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Faculdade de Engenharia de Sorocaba

Apostila de Princípios de Comunicações

Módulo II

Autor: Renata Rampim de Freitas Dias

Sorocaba, SP
2010
Capítulo 1

Módulo II

1.1 Modulação
Modulação é uma técnica para combinar sinais de diferentes freqüências. Podemos entender tam-
bém, que modulação é um processo projetado para combinar o sinal transmitido com as propriedades
do canal, através do uso de uma portadora.

1.1.1 Definições
SINAL DA PORTADORA: é um sinal elétrico que é modificado em freqüência, amplitude e/ou
fase.

SINAL DA INFORMAÇÃO: é um sinal elétrico contendo as informações para serem transmiti-


das.

SINAL PORTADORA MODULADA: é a portadora adicionado à um sinal da informação pelo


processo de modulação.

MODULADOR: é um circuito que adiciona o sinal da informação em um sinal da portadora.

1.1.2 Por que modular?


O comprimento de onda de um sinal é a razão entre a velocidade da luz e da freqüência deste
sinal.
Assim, para freqüências baixas, por exemplo:

• freqüência de 20Hz:

300000Km/s
λ= = 15000Km; (1.1)
20Hz

2
1.2 Modulação em Amplitude 3

• freqüência de 1000Hz:

300000Km/s
λ= = 300Km; (1.2)
1000Hz
• freqüência de 20KHz:

300000Km/s
λ= = 15Km. (1.3)
20000Hz
Mesmo para a freqüência de 20KHz, o comprimento de onda seria de 15 Km que é cerca de 2
vezes a altura o Monte Everest! Não existirá antena compatível com este comprimento de onda!
Contudo, se o sinal da informação é combinado com um segundo sinal de alta freqüência, cha-
mado de sinal da portadora, a resultante é um sinal da portadora modulada com um comprimento de
onda menor e pode ser transmitido por uma antena muito menor.
A modulação pode também transmitir muitos sinais de informação multiplexados, ou compartilhar
um canal de comunicação ou meio como os cabos, satélites e linhas de microondas.
A energia da portadora permite atingir distâncias muito maiores que o sinal original no meio
escolhido (fio metálico, fibra óptica ou espaço livre).
Principais técnicas de modulação são:

• MODULAÇÃO EM AMPLITUDE;

• MODULAÇÃO EM FREQÜÊNCIA;

• MODULAÇÃO EM FASE;

• MODULAÇÃO POR CODIFICAÇÃO DE PULSOS.

1.2 Modulação em Amplitude


Altera a amplitude da portadora de acordo com o sinal da informação, conforma a Figura 1.1.
A modulação em amplitude pode ser subdividida em quatro categorias:

1. AM - DSB (amplitude modulation - double side band) Modulação em amplitude com banda
lateral dupla;

2. AM - DSB/SC (amplitude modulation - double side band/supressed carrier) Modulação em


amplitude com banda lateral dupla e portadora suprimida;

3. AM - SSB (amplitude modulation - single side band) Modulação em amplitude com banda
lateral simples;

4. AM - VSB (amplitude modulation - vestigial side band) Modulação em amplitude com banda
lateral em vestígio;
1.2 Modulação em Amplitude 4

Figura 1.1: Modulação em amplitude.

1.2.1 Definições:
• ONDA PORTADORA:
eo (t) = Eo cos(ωo t) (1.4)
1
em que, ωo = 2πfo e fo = To

• SINAL MODULANTE:
em (t) = Em cos(ωm t) (1.5)
1
em que, ωm = 2πfm e fm = Tm

1.2.2 Modulação AM-DSB


O princípio da modulação AM-DSB consiste no fato de que o sinal modulante interfere exclusiva
e diretamente na amplitude da portadora.
Se o sinal da portadora é definido como na Equação 1.4 e do sinal da informação como na Equação
1.5 sempre ωo >>> ωm . O sinal modulado será:

e(t) = [Eo + em (t)]cos(ωo t) (1.6)


e(t) = [Eo + Em cos(ωm t)]cos(ωo t) (1.7)
Em
e(t) = Eo [1 + cos(ωm t)]cos(ωo t), (1.8)
Eo
mas, chamaremos de índice de modulação m a razão entre a tensão de pico do sinal da informação
e a tensão de pico do sinal da portadora, ou seja,
Em
m=
Eo
1.2 Modulação em Amplitude 5

Figura 1.2: Forma de onda do sinal da portadora.

Portanto,

e(t) = Eo [1 + mcos(ωm t)]cos(ωo t)


e(t) = Eo cos(ωo t) + Eo mcos(ωm t)cos(ωo t),

mas,
1 1
cosAcosB = cos(A + B) + cos(A − B).
2 2
Assim, o sinal modulado AM-DSB é definido como na Equação 1.9:
mEo mEo
e(t) = Eo cosωo t + cos(ωo + ωm )t + cos(ωo − ωm )t (1.9)
2 2

1.2.3 Formas de onda


A forma de onda do sinal da portadora eo (t) está representado pela Figura 1.2.
A forma de onda do sinal da informação (modulante) em (t) está representado pela Figura 1.3.
Seja a forma de onda do sinal modulado a Equação 1.6, em t = 0, temos,

em (t) = Em cos(ωm t)
em (t) = Em cos(ωm 0)
em (t) = Em
e(t = 0) = [Eo + Em ]cos(ωo 0) = Eo + Em

A forma de onda do sinal modulado é representado pela Figura 1.4.

1.2.4 Análise Espectral


Tanto o sinal modulante quanto a portadora são sinais cossenoidais, portanto estão representados
pela Figura 1.5.
1.2 Modulação em Amplitude 6

Figura 1.3: Forma de onda do sinal da informação.

Figura 1.4: Forma de onda do sinal modulado AM-DSB.


1.2 Modulação em Amplitude 7

em

Em

wm w

wo >>> wm

eo

Eo

wo w

Figura 1.5: Espectros do sinal da informação em e do sinal da portadora eo , respectivamente.


1.2 Modulação em Amplitude 8

eAMDSB

Eo

mEo/2 mE o/2

wo-wm wo wo+wm w

Figura 1.6: Espectro do sinal modulado eAM −DSB .

Figura 1.7: Forma de onda do AM-DSB, para a obtenção do m.

O sinal modulado AM-DSB, escrito pela Equação1.9,


mEo mEo
e(t) = Eo cosωo t + cos(ωo + ωm )t + cos(ωo − ωm )t
2 2
tem o seu espectro de amplitude representado pela Figura 1.6.

1.2.5 Medida prática do índice de modulação m


Existem duas formas de obter o índice de modulação m:

1. Pela forma de onda: Conforme a Figura 1.7, podemos obter A e B.


1.2 Modulação em Amplitude 9

Figura 1.8: Obtenção do m através do osciloscópio.

A = (Eo − Em ) − (−Eo + Em ) = 2E0 − 2Em


B = (Eo + Em ) − (−Eo − Em ) = 2E0 + 2Em
B+A = 2Eo + 2Em + 2Eo − 2Em = 4Eo
B−A = 2Eo + 2Em − 2Eo + 2Em = 4Em

Assim,
B−A 4Em Em
= = =m
B+A 4Eo Eo
Portanto,
B−A
m=
B+A
2. Pelo método do trapézio: consiste em injetar o sinal modulado no eixo vertical do osciloscópio
e desligando a varredura, injetar no eixo horizontal o sinal modulante, assim compor os dois
sinais, conforme representado na Figura 1.8.

1.2.6 influência do índice de modulação no sinal modulado


a-) 0 < m < 1, é o caso mais comum na transmissão em AM-DSB.
Em
m=
Eo
se, 0 < m < 1, portanto Em < Eo .

b-) m = 1, há um tangenciamento da envoltória sobre o eixo do tempo, conforme a Figura 1.9. é o


índice de modulação máximo possível sem distorção.
1.2 Modulação em Amplitude 10

Figura 1.9: Forma de onda para m = 1.

Figura 1.10: Forma de onda para m > 1.

c-) m > 1, ocorre um fenômeno em que o sinal modulado acaba cruzando o eixo horizontal, devido
a inversão de fase da portadora e que representa uma grande distorção, assim os demodula-
dores AM-DSB convencionais não são capazes de recuperar a informação a partir desse sinal
modulado. A forma de onda com m > 1 está representado na Figura 1.10.

1.2.7 Potência do sinal modulado AM-DSB


Lembre-se:
2
Emax
P =
2R
em que, R = 1Ω.
Conforme a Figura 1.11 podemos calcular a potência média do sinal modulado:

m2 Eo2 Eo2 m2 Eo2 E 2 m2 Eo2


Pm = + + = o + (1.10)
8 2 8 2 4
1.2 Modulação em Amplitude 11

PAMDSB

E2o/2

m2E2o/8 m2E2o/8

wo-wm wo wo+wm w

Figura 1.11: Espectro da potência do sinal AM-DSB.

Por exemplo, para m = 1,


Eo2 Eo2 3
Pm = + = Eo2
2 4 4
Outro ponto importante a se observar refere-se a relação de potência aplicada à portadora (que
não carrega a informação) e PmT OT AL , ou seja,
Po
η= 100%
Pm
com m = 1,
Eo2 1
η= 100% = 66, 7%.
2 34 Eo2
Podemos concluir que no mínimo a transmissão da portadora exige 67% da potência total do sinal.

1.2.8 Exercícios:
1. Dada uma onda portadora de 100V pico-a-pico e freqüência de 1MHz, é feita uma modulação
com uma informação cossenoidal de 50Vpp e 1KHz. Determinar:

a-) A expressão do sinal modulado;


b-) O espectro do sinal modulado;
c-) A potência média do sinal modulado.

2. Demonstrar que es (t) da Figura 1.12 é um sinal AM-DSB e determinar seu índice de modula-
ção. Dados: e1 (t) = 10cos2π103 t e e2 (t) = 20cos2π106 t

3. Os dois sinais dados na Figura 1.13 são utilizados em uma modulação AM-DSB. Determine:

a-) A expressão do sinal da portadora;


b-) A expressão do sinal modulante;
c-) A expressão do sinal modulado;
1.2 Modulação em Amplitude 12

Figura 1.12: Diagrama de modulação.

Figura 1.13: Sinal modulante e sinal da portadora, respectivamente.


1.3 Modulação em Amplitude com banda lateral dupla e portadora suprimida 13

d-) O espectro de amplitudes do sinal modulado;


e-) A potência média do sinal modulado.

1.3 Modulação em Amplitude com banda lateral dupla e porta-


dora suprimida
A modulação AM − DSB/SC surgiu como uma tentativa de economizar a potência utilizada
pela portadora no sistema AM − DSB, que é no mínimo 0, 67 da portadora total do sinal modulado.
O princípio da economia é a supressão da portadora, fazendo com que a potência do sinal modu-
lado seja destinado às raias de informação.

1.3.1 AM − DSB/SC:
A expressão do AM − DSB/SC é dada pela Equação 1.11:

e(t) = Kem (t)eo (t) (1.11)

em que, K é a constante do circuito modulador que permite a multiplicação de duas tensões resultar
em uma outra tensão.
Desenvolvendo a Equação 1.11 e substituindo por em (t) = Em cos(wm t) e eo (t) = Eo cos(wo t),
temos:

e(t) = KEm cos(wm t)Eo cos(wo t) (1.12)


e(t) = KEm Eo cos(wm t)cos(wo t) (1.13)
[ ]
1 1
e(t) = KEm Eo cos(wo + wm )t + cos(wo − wm )t (1.14)
2 2
KEm Eo KEm Eo
e(t) = cos(wo + wm )t + cos(wo − wm )t (1.15)
2 2

Análise das Formas de onda


Analisando a Equação 1.16 nota-se que sempre que um dos dois sinais, modulante ou portadora,
passar por zero, o mesmo acontecerá com o sinal modulado. A Figura 1.14 apresenta a forma de onda
do sinal modulado AM-DSB/SC sincronizado com o sinal modulante e com a portadora.

e(t) = Kem (t)eo (t) (1.16)

Análise dos espectros


A Figura 1.15 representa o espectro de amplitude a partir da Equação 1.17.
KEm Eo KEm Eo
e(t) = cos(wo + wm )t + cos(wo − wm )t (1.17)
2 2
1.3 Modulação em Amplitude com banda lateral dupla e portadora suprimida 14

Figura 1.14: Forma de onda do sinal modulante, da portadora e do sinal modulado AM-DSB/SC.

e(t)

K E m Eo / 2 K E m Eo / 2

wo -wm wo +wm w

Figura 1.15: Espectro de amplitude para o sinal modulado AM-DSB/SC.


1.3 Modulação em Amplitude com banda lateral dupla e portadora suprimida 15

Pm

K2 E 2 m E 2 o / 8 K 2 E 2 m E 2 o / 8

wo -wm wo +wm w

Figura 1.16: Espectro de potência para o sinal modulado AM-DSB/SC.

eAM-DSB/SC (t) e1(t) eREC (t)


MISTURADOR FPB wm

eol(t) = E ol cos w ot

OSCILADOR
LOCAL

Figura 1.17: Diagrama de blocos para a demodulação do sinal AM-DSB/SC.

Potência do sinal AM-DSB/SC


Sabendo que a potência de um sinal pode ser calculado conforme a Equação 1.18
2
Emax
P = (1.18)
2R
em que, R = 1Ω.
A Figura 1.16 apresenta o espectro de potência para o sinal da Equação 1.17. Observe que toda a
potência contida no sinal modulado pertence às raias que contém informação. Portanto, o rendimento
da transmissão será de 100%, com a potência dividida entre as duas bandas laterais.

Demodulação AM-DSB/SC
A supressão da portadora complica o processo de demodulação. Será preciso para a recuperação
da informação na recepção reinjetar uma portadora de mesma fase e mesma freqüência que aquela
que foi suprimida. A Figura 1.17 apresenta um diagrama de blocos na recepção para a demodulação
do sinal AM-DSB/SC.
O processo de demodulação é apresentado nas equações abaixo:

e1 (t) = e(t)eol (t) (1.19)


[ ]
KEm Eo KEm Eo
e1 (t) = cos(wo + wm )t + cos(wo − wm )t Eol coswo t (1.20)
2 2
KEm Eo Eol KEm Eo Eol
e1 (t) = cos(wo + wm )tcoswo t + cos(wo − wm )tcoswo t (1.21)
2 2
1.3 Modulação em Amplitude com banda lateral dupla e portadora suprimida 16

ação do FPB

e1(t)

K Em Eo Eol / 2 K Em Eo Eol/ 4 K Em Eo Eol/ 4

wm 2wo -wm 2wo +wm w

Figura 1.18: Espectro do sinal e1 (t) na recuperação do sinal AM-DSB/SC.

mas,
1 1
cosacosb = cos(a + b) + cos(a − b) (1.22)
2 2
então,
KEm Eo Eol KEm Eo Eol
e1 (t) = cos(wo + wm + wo )t + cos(wo + wm − wo )t +
4 4
KEm Eo Eol KEm Eo Eol
+ cos(wo − wm + wo )t + cos(wo − wm − wo )t
4 4
KEm Eo Eol KEm Eo Eol
e1 (t) = cos(2wo + wm )t + cos(wm )t +
4 4
KEm Eo Eol KEm Eo Eol
+ cos(2wo − wm )t + cos(wm )t
4 4
KEm Eo Eol KEm Eo Eol KEm Eo Eol
e1 (t) = cos(2wo + wm )t + cos(2wo − wm )t + cos(wm )t
4 4 2

A Figura 1.18 apresenta o espectro de amplitude para o sinal e1 (t). A ação do filtro passa-baixas
permite a passagem do sinal centrado em freqüência baixa que contém a informação, conseqüente-
mente recuperando a informação.

1.3.2 Modulação AM-SSB


Observou-se que o envio de duas bandas, ambas com informações representa uma redundância
desnecessária.
Assim as pesquisas buscaram meios de eliminar ainda uma das bandas do AM-DSB/SC através
da filtragem adequada, seja a banda lateral superior USB (upper side band) ou banda lateral inferior
LSB (lower side band).
Um filtro passa-baixas preciso, tipo filtro mecânico que oferece alto fator de qualidade responde
esta exigência. Mas, a limitação destes filtros é trabalhar em faixa por volta de 1MHz, sendo pre-
ciso estabelecer processos intermediários ou efetuar uma conversão de freqüência após a primeira
modulação.
Isto é, primeiro se trabalha numa freqüência menor, 455KHz para facilitar o trabalho dos filtros
mecânicos e depois se efetua um segundo processo de modulação a partir do sinal obtido após a
filtragem efetuada.
1.3 Modulação em Amplitude com banda lateral dupla e portadora suprimida 17

1 3 4
AMPLIFICADOR DE
MODULADOR AM-DSB/SC FILTRO MECÂNICO I
ÁUDIO

OSCILADOR LOCAL

ANTENA

7
4 6
AMPLIFICADOR DE
I MODULADOR AM-DSB/SC FILTRO LC
POTÊNCIA

OSCILADOR LOCAL

Figura 1.19: Diagrama de blocos para a formação do sinal AM-SSB.

e1

Em

fm f

Figura 1.20: Espectro de amplitude no ponto 1 da Figura 1.19. Sinal modulante em (t) =
Em cos(2πfm t).

A Figura 1.19 apresenta um diagrama de blocos básico para a obtenção de AM-SSB. As Figuras
1.20, 1.21, 1.22, 1.23, 1.24, 1.25 e 1.26 respectivamente apresentam o espectro de amplitudes para
cada sinal indicado no diagrama de blocos da Figura 1.19.
Observe na Figura 1.25 que o intervalo entre as raias de informação é aproximadamente o dobro
da freqüência da subportadora, que se for de 455KHz, dará uma margem de 910KHz para a atuação
do filtro LC, o que é mais que suficiente.

Demodulação AM-SSB
Assim como no AM-DSB/SC a demodulação do sinal AM-SSB é feita reinjetando uma portadora
ao sinal recebido, fazendo o produto dos sinais e uma posterior filtragem passa-baixas. A Figura 1.27
apresenta um diagrama de blocos para a demodulação AM-SSB.
1.3 Modulação em Amplitude com banda lateral dupla e portadora suprimida 18

e2

Es

fs f

Figura 1.21: Espectro de amplitude no ponto 2 da Figura 1.19. Oscilador a cristal, que gera o sinal
es (t) = Es cos(2πfs t), trabalha na freqüência de subportadora que normalmente é de fs = 455KHz,
para facilitar a procura dos filtros mecânicos.

Filtro mecânico
e3

K E m Es / 2 K E m Es / 2

fs - f m fs + f m f
fs

Figura 1.22: Espectro de amplitude no ponto 3 da Figura 1.19. Sinal modulado AM-DSB/SC tem sua
USB selecionado pelo filtro mecânico. e3 (t) = KE2m Es cos2π(455103 −fm )t+ KE2m Es cos2π(455103 +
fm )t.

e4

K E m Es / 2

fs + f m f

Figura 1.23: Espectro de amplitude no ponto 4 da Figura 1.19. Sinal filtrado pelo filtro mecânico.
e4 (t) = KE2m Es cos2π(455103 + fm )t.

e5

Eo

fo f

Figura 1.24: Espectro de amplitude no ponto 5 da Figura 1.19. Oscilador a cristal que gera o sinal
eo (t) = Eo cos(2πfo )t.
1.3 Modulação em Amplitude com banda lateral dupla e portadora suprimida 19

Filtro LC

e6

K1 K Em Es Eo / 4 K1 K Em Es Eo / 4

fo - f s - f m fo + f s + f m f

Figura 1.25: Espectro de amplitude no ponto 6 da Figura 1.19. Sinal modulado AM-DSB/SC com um
filtro LC atuando na USB. e6 (t) = KK1 E4m Es Eo cos2π(fo − 455103 − fm )t + KK1 E4m Es Eo cos2π(fo +
455103 + fm )t.

e7

K1 K E m Es E o / 4

fo + f s + f m f

Figura 1.26: Espectro de amplitude no ponto 7 da Figura 1.19. Sinal modulado AM-DSB/SC tem sua
USB selecionado pelo filtro mecânico. e7 (t) = KK1 E4m Es Eo cos2π(fo + 455103 + fm )t.

eAM-SSB (t) e1(t) eREC (t)


MISTURADOR FPB wm

eol(t) = E ol cos (w o + ws)t

OSCILADOR
LOCAL

Figura 1.27: Diagrama de blocos para a demodulação do sinal AM-SSB.


1.3 Modulação em Amplitude com banda lateral dupla e portadora suprimida 20

Figura 1.28: Geração de um sinal de banda lateral vestigial.

PORTADORA

USB

f
fo - 0,75 MHz fo + 0,75 MHz fo + 4,2 MHz

Figura 1.29: Espectro de vídeo de televisão.

1.3.3 Modulação AM-VSB - banda lateral vestigial


O sinal de vídeo de 4, 2M Hz da TV comercial é transmitido como um sinal de VSB chamado
A5C pela FCC e pela ITU-T. A Figura 1.28 apresenta a formação do sinal AM-VSB.
O sinal de vídeo de banda básica modula a portadora em um modulador AM-DSB normal. Antes
da amplificação de potência, esse sinal AM entra no filtro de banda lateral vestigial, que elimina a
maior parte lateral inferior.
Vantagem: A razão para se utilizar VSB é minimizar o espectro de transmissão (banda passante)
ao mesmo tempo que se mantém um sinal AM fácil de demodular.
Desvantagem:

• utilizar um filtro de banda lateral vestigial especialmente projetado no transmissor;

• o receptor deve compensar a parte da banda lateral que fori eliminada pelo transmissor.

A Figura 1.29 apresenta o espectro de vídeo de televisão. Como ambas as bandas laterais de
sinais de vídeo abaixo de 0, 75M Hz são transmitidas, mas o memos só acontece com uma das bandas
laterais do sinal de vídeo acima de 0, 75M Hz. a potência de vídeo de baixa freqüência é duas vezes
a dos sinais de alta freqüência. Se não houver compensação as baixas freqüências são enfatizadas
excessivamente na imagem e os detalhes finos têm contraste relativamente baixo. Essa forma de
distorção de freqüência é compensada em amplificadores FI de receptores de TV.
A compensação de banda lateral vestigial é obtida antes do processo de demodulação, realizando-
se a filtragem de FI. A resposta em freqüência do amplificador de FI é projetado para decair de forma
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 21

PORTADORA

100%

50%

-0,75 +0,75 f (MHz)

Figura 1.30: Resposta do filtro de compensação VSB.

linear entre ±0, 75M Hz da portadora, de modo que as altas freqüências de vídeo sejam enfatizadas
na FI. O vídeo demodulado sai com a mesma amplitude relativa do estúdio.
A Figura 1.30 apresenta a resposta do filtro de compensação VSB.

1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência


O conceito de modulação define como alterar a portadora proporcionalmente ao sinal modulante.
Pode-se variar:
• Amplitude;
• Fase;
• Freqüência.
As alterações em fase e em freqüência são conhecidas como Modulação Angular.
Na modulação angular, a amplitude do sinal da portadora permanecerá constante e o sinal da
informação vai mudar a freqüência ou o ângulo de fase da portadora.

1.4.1 Modulação em fase (PM)


A modulação de fase de uma portadora de alta freqüência é expressa matematicamente variando-
se a fase θo da Equação 1.23.
eo (t) = Eo cos(ωo t + θo ), (1.23)
com uma freqüência de portadora constante fo .
Sendo assim, PM é expressa pela Equação 1.24.

eP M (t) = Eo cos(ωo t + Kp em t), (1.24)

em que, a variação de fase é proporcional ao sinal da tensão de modulação em (t).


Kp é a constante de proporcionalidade em [rd/V ], também é chamado de sensibilidade do mo-
dulador, simboliza o circuito modulador PM, convertendo as variações de tensão do sinal modulante
em (t) em variações de fase da portadora.
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 22

Figura 1.31: Sinal modulado FM e PM com variações do sinal modulante.

Para um sinal modulante sinusoidal, ou seja, em (t) = Em cos(2πfm t), o sinal PM resulta em:

eP M (t) = Eo cos[2πfo t + Kp Em cos(2πfm t)]. (1.25)


Sendo mp o índice de modulação igual a mp = Kp Em [rd], temos:

eP M (t) = Eo cos[2πfo t + mp cos(2πfm t)]. (1.26)

A Figura 1.31 representa o sinal modulante, o sinal da portadora e o sinal modulado respectiva-
mente.
De acordo com a Figura 1.31 pode-se dizer:

• Em = 0 → eP M (t) = eo (t);

• Em > 0 → eP M (t) > 0, aumento de fase;

• Em < 0 → eP M (t) < 0, atraso de fase.

1.4.2 Modulação em freqüência (FM)


Dado o sinal modulante em (t), haverá modulação em freqüência (frequency modulation) se este
sinal modulante interferir diretamente no valor da velocidade angular instantânea do sinal modulado,
conforme a Equação 1.27.
f = fo + Kf em (t), (1.27)
a freqüência instantânea f é desviada de um valor médio fo por um sinal de informação em (t).
A máxima quantidade na qual a freqüência instantânea é desviada da freqüência da portadora é
chamada de pico de desvio △fo (p).
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 23

em(t) VCO sinal de FM


Kf [Hz/V]

Figura 1.32: Diagrama de blocos para o sinal FM.

O símbolo de um modulador de freqüência linear, é chamado de oscilador controlado por tensão


VCO. O VCO é um oscilador com uma reatância variável de tensão que controla sua freqüência de
saída. O circuito é acoplado via dc e considerado de banda muito larga e linear. A constante Kf
[Hz/V ], é a constante de modulação em freqüência, ou constante de proporcionalidade que dá a
quantidade na qual a tensão de entrada faz com que a freqüência de saída se desvie do valor médio
fo .
Observando a Equação 1.27 e fazendo em (t) = 0, temos f = fo . Também pela equação 1.27
podemos obter o pico de desvio △fo (p), ou seja,

f − fo = Kf em (t) (1.28)
△fo = Kf em (t) (1.29)
△fo(p) = Kf Em . (1.30)

em que,
f = fo + △fo . (1.31)
A Figura 1.32 apresenta um diagrama de blocos para o sinal de FM.
Seja a Equação 1.32 a expressão genérica do sinal modulado:

e(t) = Eo cosφi (t), (1.32)


em que, φi (t) é a fase instantânea de e(t).
A Figura 1.33 representa o sistema fasorial do sinal e(t) = Eo cosφi (t).
Sabendo a equação do movimento uniforme S = So + vt, temos que:

φi (t) = φo + ωt (1.33)

Para φo = 0 → φi ((t) = ωt
Então, para uma velocidade angular constante, a fase instantânea é igual a ωt, como representado
na Figura 1.34.
Se, a velocidade angular variar conforme a Figura 1.35 constantemente com o tempo a fase ins-
tantânea será:

φi (t) = ωi (t)dt. (1.34)
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 24

eixo imaginário

Eo
Eo sen F i
Fi w (velocidade angular)
Eo cos F i eixo real

Figura 1.33: Sistema fasorial do sinal modulado angular.

wi (velocidade angular
instantãnea)

t t

Figura 1.34: Gráfico velocidade angular instantânea pelo tempo com a velocidade angular constante.

wi (velocidae angular
instantãnea)

t
t

Figura 1.35: Gráfico velocidade angular instantânea pelo tempo com velocidade angular variável.
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 25

Assim,
dφi (t)
ωi (t) = . (1.35)
dt
Considerando a velocidade angular instantânea uma aproximação da velocidade angular,

ω= (1.36)
dt

f = fo + Kf em (t) (1.37)
ω = 2πf (1.38)
ω = 2π(fo + Kf em (t)) (1.39)

= 2πfo + 2πKf em (t) (1.40)
dt
dφ = 2πfo dt + 2πKf em (t)dt. (1.41)
Integrando-se:
∫ ∫
φ(t) = 2πfo dt +
2πKf em (t)dt (1.42)

φ(t) = 2πfo t + 2πKf em (t)dt. (1.43)

Portanto a expressão genérica da modulação em freqüência é dado pela Equação 1.44.



e(t) = Eo cos(2πfo t + 2πKf em (t)dt). (1.44)

Supondo, em (t) = Em cos(2πfm t),



Em
2πKf Em cos(2πfm t)dt = 2πKf sen(2πfm t) (1.45)
2πfm
Substituindo a Equação 1.45 na Equação 1.44, temos:
2πKf Em
e(t) = Eo cos(2πfo t + sen(2πfm t)) (1.46)
2πfm
Sabendo que △fo (p) = Kf Em ,

△fo (p)
e(t)Eo cos(2πfo t + sen(2πfm t)). (1.47)
fm
O sinal de FM modulado por um sinal cossenoidal então é:
e(t)Eo cos(2πfo t + βsen(2πfm t)). (1.48)
em que, β é o índice de modulação FM dado por:
△fo (p)
β= [rd]. (1.49)
fm
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 26

1.4.3 Modulação em freqüência de faixa estreita (NBFM)


É uma técnica bastante utilizada quando se necessita agrupar vários sinais modulados em FM
em uma faixa relativamente restrita de freqüências, que consiste basicamente em limitar o índice de
modulação β para restringir a largura de faixa ocupada.

Análise:
A modulação em freqüência de faixa estreita se caracteriza quando os valores de β utilizados na
modulação FM não ultrapassam a casa de 0, 2rd, ou seja, β < 0, 25rd.
Sendo a Equação 1.48, que representa matematicamente o sinal modulado FM por um sinal cos-
senoidal, e lembrando que:

cos(a + b) = cos(a)cos(b) − sen(a)sen(b) (1.50)

temos,

e(t) = Eo [cos(wo t)cos(βsen(wm t)) − sen(wo t)sen(βsen(wm t))] (1.51)


e(t) = Eo cos(wo t)cos(βsen(wm t)) − Eo sen(wo t)sen(βsen(wm t)) (1.52)

Sabendo que para a modulação FM faixa estreita o βmax = 0, 2rd, analisaremos os seguintes
termos da Equação 1.52:
a-) cos(βsen(wm t)) = cos(0, 2sen(wm t)):
Os valores de sen(wm t) estarão sempre o intervalo [−1, 1] para quaisquer que sejam os valores
de wm t. Assim, podemos analisar as três condições abaixo pertencentes ao intervalo acima
mencionado:

• cos(0, 2 × 1) = 0, 9801 ∼
=1
• cos(0, 2 × 0) = 1
• cos(0, 2 × (−1)) = 0, 9801 ∼
=1
Portanto, efetuando a simplificação, podemos dizer: cos(βsen(wm t)) = 1 para qualquer β ≤
0, 2rd.

b-) sen(βsen(wm t)) = sen(0, 2sen(wm t))


O mesmo raciocínio utilizado no item acima: os valores de sen(wm t) estarão sempre o intervalo
[−1, 1] para quaisquer que sejam os valores de wm t. Assim, podemos analisar as três condições
abaixo pertencentes ao intervalo acima mencionado:

• sen(0, 2 × 1) = 0, 1987 ∼
= 0, 2 × 1 = 0, 2sen(wm t)
• sen(0, 2 × 0) = 0 = 0, 2 × 0 = 0, 2sen(wm t)
• sen(0, 2 × (−1)) = −0, 1987 ∼= 0, 2 × (−1) = 0, 2sen(wm t)
Portanto, efetuando a simplificação, podemos dizer: sen(βsen(wm t)) = βsen(wm t) para qual-
quer β ≤ 0, 2rd.
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 27

eFMFE Eo

(beta) E o / 2

wo - wm

wo wo + wm w

(beta) E o / 2

Figura 1.36: Espectro para o sinal modulado FM em faixa estreita.

Substituindo estas análises na Equação 1.52,

e(t) = Eo cos(wo t)1 − Eo sen(wo t)βsen(wm t) (1.53)


e(t) = Eo cos(wo t) − βEo sen(wo t)sen(wm t) (1.54)

mas,
1 1
sen(a)sen(b) = cos(a − b) − cos(a + b) (1.55)
2 2
substituindo na Equação 1.54 resulta na equação que rege o comportamento de um sinal modulado
em FM de faixa estreita com sinal modulante cossenoidal:
βEo βEo
e(t) = Eo cos(wo t) − cos(wo − wm )t + cos(wo + wm )t. (1.56)
2 2

Espectro do sinal FMFE:


A Figura 1.36 apresenta o espectro do sinal modulado em FM faixa estreita sendo o sinal de
informação um sinal cossenoidal.

Potência:
A Figura 1.37 apresenta o espectro de potência do sinal modulado em FM faixa estreita sendo o
sinal de informação um sinal cossenoidal e o valor de R = 1Ω.
Sabendo que o valor da potência na portadora é:

Eo2
Po = . (1.57)
2
A potência nas bandas laterais é:

( βE2 o )2 β 2 Eo2
PBLI = PBLS = = . (1.58)
2 8
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 28

PmFMFE Eo2 / 2

(beta) 2 Eo 2/ 8 (beta) 2 Eo 2/ 8

wo - wm wo wo + wm w

Figura 1.37: Espectro de potência para o sinal modulado FM em faixa estreita.

Assim, a potência média do sinal modulado FMFE é dado por:

Pm = Po + PBLI + PBLS (1.59)


( )
Eo2 β2
Pm = 1+ . (1.60)
2 2

Sabendo que, para FMFE o βmax = 0, 2rd, a potência média máxima do sistema será:
( )
Eo2 (0, 2)2 E2
Pm = 1+ = o (1 + 0, 02). (1.61)
2 2 2

Concluímos que 2% da potência média total estará nas bandas laterais, e podemos dizer que
aproximadamente a potência total do sistema será a potência da portadora.

Forma de onda:
A forma de onda do sinal modulado pode ter seu valor de amplitude máximo em:

em (t) = Eo 1 + β 2 . (1.62)

O sinal resultante pode ter uma amplitude de até 2% maior que a portadora, para o caso limite
onde β = 0, 2rd.

Obtenção:
O sinal FMFE pode ser obtido de acordo com o sistema Armstrong de Modulação FMFE ilustrado
pela Figura 1.38.

1.4.4 Modulação em freqüência de faixa larga (WBFM)


Verificamos na subseção anterior que limitando o índice de modulação FM β em 0, 2rd, o sinal
modulado resultante será de faixa estreita. Nesta subseção, verificamos o sinal modulado para β >
0, 2rd.
Partiremos da Equação 1.52 e analisaremos os seguintes termos:
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 29

Modulador - FMFE
Integrador balanceado
Sinal
modulante +

Ao cos(w ot)

Ao sen(w ot)
-90º
Ao cos(w ot)

Figura 1.38: Espectro para o sinal modulado FM em faixa estreita.

Figura 1.39: Valores de Jn (β).

a-) cos(βsen(wm t));


b-) sen(βsen(wm t)).
A solução para estas equações é encontrada em Funções de Bessel de Primeira Espécie, em que:
cos(βsen(wm t)) = Jo (β) + 2J2 (β)cos(2wm t) + 2J4 (β)cos(4wm t) + ... (1.63)
sen(βsen(wm t)) = 2J1 (β)sen(wm t) + 2J3 (β)sen(3wm t) + 2J5 (β)sen(5wm t) + ... (1.64)
O valor de Jn (β) é dado conforme uma tabela mostrada na Figura 1.39 e o gráfico apresntado na
Figura 1.40.
As Funções de Bessel têm duas propriedades importantes:
1. Primeira propriedade: para 0 ≤ β ≤ 29 e n → ∞
Jo2 (β) + 2J12 (β) + 2J22 (β) + 2J32 (β) + ... + Jn2 (β) = 1 (1.65)

2. Segunda propriedade (Regra de Carson): para 0 ≤ β ≤ 29 e n = β + 1


Jo2 (β) + 2J12 (β) + 2J22 (β) + 2J32 (β) + ... + Jn2 (β) ∼
= 0, 98 (1.66)

Portanto os termos superiores à β + 1 são praticamente desprezíveis.


1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 30

Figura 1.40: Gráfico para a obtenção do Jn (β).


1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 31

Substituindo na Equação 1.52 as Funções de Bessel definidas em 1.63 e 1.64, temos:

e(t) = Eo cos(wo t) [Jo (β) + 2J2 (β)cos(2wm t) + 2J4 (β)cos(4wm t) + ...] +


−Eo sen(wo t) [2J1 (β)sen(wm t) + 2J3 (β)sen(3wm t) + 2J5 (β)sen(5wm t) + ...]
e(t) = Jo (β)Eo cos(wo t) − 2J1 (β)Eo sen(wo t)sen(wm t) + (1.67)
+2J2 (β)Eo cos(wo t)cos(2wm t) − 2J3 Eo coswo tsen(3wm t) +
+2J4 (β)Eo cos(wo t)cos(4wm t) − 2J5 Eo coswo tsen(5wm t) + ...

Sabendo que,
1 1
senasenb = cos(a − b) − cos(a + b)
2 2
1 1
cosacosb = cos(a − b) + cos(a + b)
2 2
Temos,

e(t) = Jo (β)Eo cos(wo t) +


[ ]
1 1
−2J1 (β)Eo cos(wo − wm )t − cos(wo + wm )t +
2 2
[ ]
1 1
+2J2 (β)Eo cos(wo − 2wm )t + cos(wo + 2wm )t +
2 2
[ ]
1 1
−2J3 (β)Eo cos(wo − 3wm )t − cos(wo + 3wm )t +
2 2
[ ]
1 1
+2J4 (β)Eo cos(wo − 4wm )t + cos(wo + 4wm )t +
2 2
[ ]
1 1
−2J5 (β)Eo cos(wo − 5wm )t − cos(wo + 5wm )t +
2 2
[ ]
1 1
+2J6 (β)Eo cos(wo − 6wm )t + cos(wo + 6wm )t + ...
2 2

E finalmente, a Equação 1.68 é a expressão do sinal modulado em FM faixa larga (FMFL) para
um sinal modulante cossenoidal.

e(t) = Jo (β)Eo cos(wo t) + (1.68)


−J1 (β)Eo cos(wo − wm )t + J1 (β)Eo cos(wo + wm )t +
+J2 (β)Eo cos(wo − 2wm )t + J2 (β)Eo cos(wo + 2wm )t +
−J3 (β)Eo cos(wo − 3wm )t + J3 (β)Eo cos(wo + 3wm )t +
+J4 (β)Eo cos(wo − 4wm )t + J4 (β)Eo cos(wo + 4wm )t +
−J5 (β)Eo cos(wo − 5wm )t + J5 (β)Eo cos(wo + 5wm )t +
+J6 (β)Eo cos(wo − 6wm )t + J6 (β)Eo cos(wo + 6wm )t + ...
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 32

Jo(beta) E o

J1(beta) E o

J2(beta) E o J2(beta) E o

J3(beta) E o

J4(beta) E o J4(beta) E o

...
...
wo - 3wm wo - wm w
wo - 4wm wo - 2 w m wo wo + wm wo + 2 wm wo + 3wm wo + 4wm

J3(beta) E o

J1(beta) E o

Figura 1.41: Espectro para o sinal modulado FM em faixa larga.

Espectro do sinal FMFL:


O espectro do sinal modulado em freqüência em faixa larga é dado pela Figura 1.41.

Potência:
A partir da Equação 1.68 podemos determinar a potência do sinal modulado, lembrando que
R = 1Ω.
(Jo (β))2 (J1 (β))2 (−J1 (β))2
Pm = + + + (1.69)
2 2 2
(J2 (β))2 (J2 (β))2 (J3 (β))2
+ + + +
2 2 2
(−J3 (β))2 (J4 (β))2 (J4 (β))2
+ + + + ...
2 2 2
J 2 (β)Eo2 J 2 (β)Eo2 J 2 (β)Eo2
Pm = o +2 1 +2 2 + ... (1.70)
2 2 2
Eo2 [ 2 ]
Pm = Jo (β) + 2J12 (β) + 2J22 (β) + 2J32 (β)... (1.71)
2
Substituindo a primeira propriedade de Bessel 1.65 na Equação 1.71, a potência média de um
sinal modulado FMFL com largura de faixa infinita é dada pela Equação 1.72.

Eo2
Pm = (1.72)
2
E substituindo a segunda propriedade de Bessel (Lei de Carson) 1.66 na Equação 1.71, a potência
média de um sinal modulado FMFL com raias finitas é dada pela Equação 1.73.
Eo2
Pm = 0, 98 (1.73)
2
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 33

Conclusão: Com o prejuízo de apenas 2% da potência contidas em infinitas raias, podemos re-
duzir a largura de faixa de um sinal modulado em FM, de maneira a situar, lado a lado no espectro,
vários sinais modulados, de diferentes portadoras, com a certeza de que não haverá interferência entre
elas.

Largura de faixa ocupada pelo sinal FM:


Sabemos que a largura de faixa de um sinal é a banda passante de informação BW deste sinal.
Um sinal modulado em FM tem sua largura de faixa calculada em função do número de bandas
laterais, que se concentram ao redor da portadora, assim podemos calcular o valor da banda passante
como:
BW = 2nfm (1.74)
em que, n é o número de bandas laterais para cada lado da portadora, por isso o fator 2.
Pela segunda propriedade de Bessel - Lei de carson, temos n = β + 1, mas β é definido em 1.49,
como:
∆f
β= (1.75)
fm
então temos largura de faixa do sinal, ou seja, a banda passante do sinal FM dada por:

BW = 2(β + 1)fm (1.76)


∆f
BW = 2( + 1)fm (1.77)
fm
BW = 2(∆f + fm ) (1.78)

Os valores limites para os parâmetros de uma transmissão FM são designados pela FCC, tendo
estipulado que a máxima freqüência do sinal modulante é 15KHz e que o desvio de freqüência
máximo para radiodifusão comercial FM é 75KHz. O som das transmissões de televisão modulado
em FM tem o desvio máximo de freqüência de apenas 25KHz.
Largura de faixa máxima a ser ocupada por um sinal modulado em FM:

• Radiodifusão comercial:

BW = 2(75 + 15)KHz (1.79)


BW = 180KHz (1.80)

• Som da TV:

BW = 2(25 + 15)KHz (1.81)


BW = 80KHz. (1.82)

Exercícios:
1. Um sinal de FM expresso como eF M (t) = 1000cos(2π107 t+0, 5sen2π104 t) é medido em uma
antena de 50Ω. Determine:
1.4 Modulação Angular - Modulação em Fase e em Freqüência 34

a-) Potência total do sinal modulado;


b-) Índice de modulação;
c-) Pico de desvio de freqüência;
d-) Sensibilidade de modulação se forem necessários 200mVp para se obter o resultado do item
(c);
e-) Espectro do sinal modulado;
f-) Banda passante pela propriedade primeira de Bessel e a banda passante do circuito aproxi-
mado pela regra de Carson (segunda propriedade);
g-) Potência na menor banda lateral da banda passante;
h-) Potência total da informação, ou seja, sinal modulado.

2. Um sinal modulado em ângulo com a freqüência da portadora fo = 105 é descrito pela Equação
1.83

e(t) = 10cos(wo t + 5sen(3000t) + 10sen(2000πt)) (1.83)

a-) Encontre a potência do sinal modulado;


b-) Encontre o desvio de freqüência ∆f .

3. Sobre um intervalo de |t| ≤ 1, um sinal modulado em ângulo é dado por:

e(t) = 10cos13000t. (1.84)

Sabemos que a velocidade angular da portadora é wo = 10000[rd/s].

a-) Se este é um sinal PM com Kp = 1000, determine em (t);


b-) Se este é um sinal FM com Kf = 1000, determine em (t).

4. Um VCO linear produz uma portadora de 100M Hz, de 4V pp, não modulada, e tem uma cons-
tante de modulação 10KHz/V . Se o VCO é modulado por um sinal cossenoidal de 1V, 5KHz,
determine:

a-) A expressão do sinal modulado;


b-) O espectro de amplitude do sinal modulado;
c-) A potência do sinal modulado, nestas condições, sobre uma antena de 100Ω.

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