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IFRN Campus Natal Cidade Alta

Curso Superior de Tecnologia em Produo Cultural


Disciplina: Estudos de literatura brasileira
Professor: Marcel Matias

Algumas caractersticas da obra Paulicia Desvairada (1922)

Possui como tema a cidade de So Paulo e seu provincianismo

Marca o rompimento definitivo do autor com todas as estruturas do passado.

considerado o primeiro livro de poemas modernista

spero de insulto, gargalhante de ironia, com versos de sofrimento e de revolta.

O Prefcio interessantssimo lana as bases estticas do Modernismo: manifesto-programa do


Modernismo brasileiro, plataforma terica, que ser retomada e aprofundada pelo prprio
Mrio de Andrade em A escrava que no Isaura (1924). Expe suas ideias a respeito de
poesia e declara ter fundado o desvairismo.

So visveis algumas aproximaes com vanguardas europeias (Dadasmo, Cubismo,


Surrealismo, Futurismo e Expressionismo).

Linguagem simples, irreverente e coloquial, tendo at mesmo erros propositais de ortografia e


gramtica.

Revolucionou a linguagem potica brasileira, pregando o verso livre.

Na obra todos os procedimentos poticos e arrojados eram expostos e reunidos pela primeira
vez, em uma poesia urbana, sinttica, fragmentria e antirromntica, que retratava uma So
Paulo concreta, cosmopolita e egosta com a populao heterognea e a burguesia cnica.

Inspirao >>> https://www.youtube.com/watch?v=8tKb5LAetT4

Ode ao burgus >>> https://www.youtube.com/watch?v=V5jf3I55cMA

[Cano Burguesia, de Cazuza >>> https://www.youtube.com/watch?v=zoP3ZXiQP9s]

Paisagem N I >>> https://www.youtube.com/watch?v=tVydGfMZ71g

Minha Londres das neblinas finas!


Pleno vero. Os dez mil milhes de rosas paulistanas.
H neve de perfumes no ar.
Faz frio, muito frio...
E a ironia das pernas das costureirinhas
parecidas com bailarinas...
O vento como uma navalha
nas mos dum espanhol. Arlequinal!...
H duas horas queimou Sol.
Daqui a duas horas queima Sol.

Passa um So Bobo, cantando, sob os pltanos,


um trall... A guarda-cvica! Priso!
Necessidade a priso
para que haja civilizao?
Meu corao sente-se muito triste...
Enquanto o cinzento das ruas arrepiadas
dialoga um lamento com o vento ...

Meu corao sente-se muito alegre!


Este friozinho arrebitado
d uma vontade de sorrir!
E sigo. E vou sentindo,
inquieta alacridade da invernia,
como um gosto de lgrimas na boca...

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