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O documento discute a intolerância religiosa no Brasil. Raízes históricas como a colonização católica e a falta de educação sobre diversidade religiosa contribuem para a perpetuação de preconceitos. Além disso, a Constituição brasileira garante a liberdade religiosa, mas o Estado não pune adequadamente atos de intolerância, violando os direitos dos cidadãos.
O documento discute a intolerância religiosa no Brasil. Raízes históricas como a colonização católica e a falta de educação sobre diversidade religiosa contribuem para a perpetuação de preconceitos. Além disso, a Constituição brasileira garante a liberdade religiosa, mas o Estado não pune adequadamente atos de intolerância, violando os direitos dos cidadãos.
O documento discute a intolerância religiosa no Brasil. Raízes históricas como a colonização católica e a falta de educação sobre diversidade religiosa contribuem para a perpetuação de preconceitos. Além disso, a Constituição brasileira garante a liberdade religiosa, mas o Estado não pune adequadamente atos de intolerância, violando os direitos dos cidadãos.
De acordo com o socilogo mile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um
corpo biolgico por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitrio e coeso, necessrio que todos os direitos dos cidados sejam garantidos. Contudo, no Brasil, isso no ocorre, pois em pleno sculo XXI as mulheres ainda so alvos de violncia. Esse quadro de persistncia de maus tratos com esse setor fruto, principalmente, de uma cultura de valorizao do sexo masculino e de punies lentas e pouco eficientes por parte do Governo. Ao longo da formao do territrio brasileiro, o patriarcalismo sempre esteve presente, como por exemplo na posio do Senhor do Engenho, consequentemente foi criada uma noo de inferioridade da mulher em relao ao homem. Dessa forma, muitas pessoas julgam ser correto tratar o sexo feminino de maneira diferenciada e at desrespeitosa. Logo, h muitos casos de violncia contra esse grupo, em que a agresso fsica a mais relatada, correspondendo a 51,68% dos casos. Nesse sentido, percebe-se que as mulheres tm suas imagens difamadas e seus direitos negligenciados por causa de uma cultural geral preconceituosa. Sendo assim, esse pensamento passado de gerao em gerao, o que favorece o continuismo dos abusos. Alm dessa viso segregacionista, a lentido e a burocracia do sistema punitivo colaboram com a permanncia das inmeras formas de agresso. No pas, os processos so demorados e as medidas coercitivas acabam no sendo tomadas no devido momento. Isso ocorre tambm com a Lei Maria da Penha, que entre 2006 e 2011 teve apenas 33,4% dos casos julgados. Nessa perspectiva, muitos indivduos ao verem essa ineficincia continuam violentando as mulheres e no so punidos. Assim, essas so alvos de torturas psicolgicas e abusos sexuais em diversos locais, como em casa e no trabalho. A violncia contra esse setor, portanto, ainda uma realidade brasileira, pois h uma diminuio do valor das mulheres, alm do Estado agir de forma lenta. Para que o Brasil seja mais articulado como um corpo biolgico cabe ao Governo fazer parceria com as ONGs, em que elas possam encaminhar, mais rapidamente, os casos de agresses s Delegacias da Mulher e o Estado fiscalizar severamente o andamento dos processos. Passa a ser a funo tambm das instituies de educao promoverem aulas de Sociologia, Histria e Biologia, que enfatizem a igualdade de gnero, por meio de palestras, materiais histricos e produes culturais, com o intuito de amenizar e, futuramente, acabar com o patriarcalismo. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde: O primeiro passo o mais importante na evoluo de um homem ou nao. _____________________________________________________________________________ A violncia contra a mulher no Brasil tem apresentado aumentos significativos nas ltimas dcadas. De acordo com o Mapa da Violncia de 2012, o nmero de mortes por essa causa aumentou em 230% no perodo de 1980 a 2010. Alm da fsica, o balano de 2014 relatou cerca de 48% de outros tipos de violncia contra a mulher, dentre esses a psicolgica. Nesse mbito, pode-se analisar que essa problemtica persiste por ter razes histricas e ideolgicas. O Brasil ainda no conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal. Isso se d porque, ainda no sculo XXI, existe uma espcie de determinismo biolgico em relao s mulheres. Contrariando a clebre frase de Simone de Beavouir No se nasce mulher, torna-se mulher, a cultura brasileira, em grande parte, prega que o sexo feminino tem a funo social de se submeter ao masculino, independentemente de seu convvio social, capaz de construir um ser como mulher livre. Dessa forma, os comportamentos violentos contra as mulheres so naturalizados, pois estavam dentro da construo social advinda da ditadura do patriarcado. Consequentemente, a punio para este tipo de agresso dificultada pelos traos culturais existentes, e, assim, a liberdade para o ato aumentada. Alm disso, j o estigma do machismo na sociedade brasileira. Isso ocorre porque a ideologia da superioridade do gnero masculino em detrimento do feminino reflete no cotidiano dos brasileiros. Nesse vis, as mulheres so objetificadas e vistas apenas como fonte de prazer para o homem, e so ensinadas desde cedo a se submeterem aos mesmos e a serem recatadas. Dessa maneira, constri-se uma cultura do medo, na qual o sexo feminino tem medo de se expressar por estar sob a constante ameaa de sofrer violncia fsica ou psicolgica de seu progenitor ou companheiro. Por conseguinte, o nmero de casos de violncia contra a mulher reportados s autoridades baixssimo, inclusive os de reincidncia. Pode-se perceber, portanto, que as razes histricas e ideolgicas brasileiras dificultam a erradicao da violncia contra a mulher no pas. Para que essa erradicao seja possvel, necessrio que as mdias deixem de utilizar sua capacidade de propagao de informao para promover a objetificao da mulher e passe a us-la para difundir campanhas governamentais para a denncia de agresso contra o sexo feminino. Ademais, preciso que o Poder Legislativo crie um projeto de lei para aumentar a punio de agressores, para que seja possvel diminuir a reincidncia. Quem sabe, assim, o fim da violncia contra a mulher deixe de ser uma utopia para o Brasil. Redaes nota 1000 - 2016 A locomotiva de Marx De acordo com Albert Camus, escritor argelino do sculo XX, se houver falhas na conciliao entre justia e liberdade, haver intempries de amplo espectro. Nesse sentido, a intolerncia religiosa no Brasil fere no somente preceitos ticos e morais, mas tambm constitucionais estabelecidos pela Carta Magna do pas. Dessa forma, observa-se que a liberdade de crena nacional reflete um cenrio desafiador seja a partir de reflexo histrico, seja pelo descumprimento de clusulas ptreas. Mormente, ao avaliar a intolerncia religiosa por um prisma estritamente histrico, nota-se que fenmenos decorrentes da formao nacional ainda perpetuam na atualidade. Segundo Albert Einstein, cientista contemporneo, mais fcil desintegrar um tomo do que um preconceito enraizado. Sob tal tica, indubitvel que inmeras ojerizas religiosas, presentes no Brasil hodierno possuem ligao direta com o passado, haja vista os dogmas catlicos amplamente difundidos no Brasil colnia do sculo XVI. Assim, criou-se ao longo da historiografia, mitos e concepes deturpadas de religies contrrias ao catolicismo, religio oficial da poca, instaurou-se, por conseguinte, o medo e as intolerncias ao diferente. Desse modo, com intuito de atenuar atos contrrios a prtica da religiosidade individual, cabe ao governo, na figura do Ministrio da Educaao, a implementao na grade curricular a disciplina de teorias religiosas, mitigando defeito histrico. Alm disso, cabe ressaltar que a intolerncia s crenas burla preceitos constitucionais. Nessa perspectiva, a Constituio Brasileira promulgada em 1988, aps duas dcadas da Ditadura Militar, transformou a viso dos cidados perante seus direitos e deveres. Contudo, quase 20 anos depois de sua divulgao, a liberdade de diversos indivduos continua impraticvel. vista de tal preceito, a intolerncia religiosa configura-se uma chaga social que demanda imediata resoluo, pois fere a livre expresso individual. Dessa maneira, cabe ao Estado, como gestor dos interesses coletivos, a implementao de delegacias especializadas de combate ao sentimento desrespeitoso e, at mesmo violento, s crenas religiosas. Destarte, depreende-se que razes histricas potencializam atos inconstitucionais no Brasil. Torna-se imperativo que o Estado, na figura do Poder Legislativo, desenvolva leis de tipificao como crime hediondo aos atos violentos e atentados ao culto religioso. Ademais, urge que a mdia, por meio de novelas e seriados, transmita e propague a diversidade religiosa, com propsito de elucidar e desmistificar receios populacionais. Outrossim, a escola deve realizar debates peridicos com lderes religiosos, a fim de instruir, imparcialmente, seus alunos acerca da variabilidade e tolerncia religiosa. Apenas sob tal perspectiva, poder-se- respeitar a liberdade e combater a intolerncia de crena no Brasil, pois como proferido por Karl Marx: as inquietudes so a locomotiva da nao." _____________________________________________________________________________ "O ser humano social: necessita viver em comunidade e estabelecer relaes interpessoais. Porm, embora intitulado, sob a perspectiva aristotlica, poltico e naturalmente socivel, inmeras de suas antiticas prticas corroboram o contrrio. No que tange questo religiosa no pas, em contraposio laicizao do Estado, vigora a intolerncia no Brasil, a qual resultado da consonncia de um governo inobservante Constituio Federal e uma nao alienada ao extremo. No obstante, apesar de a formao brasileira ser oriunda da associao de dspares crenas, o que fruto da colonizao, atitudes preconceituosas acarretam a incrdula continuidade de constantes ataques a religies, principalmente de matriz africana. Diante disso, a unio entre uma ptria cujo obsoleto iderio ainda prega a supremacia do cristianismo ortodoxo e um sistema educacional em que o estudo acerca das disparidades religiosas escasso corrobora a cristalizao do ilegtimo desrespeito religiosidade no pas. Sob essa conjectura, a tese marxista disserta acerca da inescrupulosa atuao do Estado, que assiste apenas a classe dominante. Dessa forma, alienados pelo capitalismo selvagem e pelos subvertidos valores lquidos da atualidade, os governantes negligenciam a necessidade fecunda de mudana dessa distpica realidade envolta na intolerncia religiosa no pas. Assim, as nefastas polticas pblicas que visem a coibir o vilipndio crena ou descrena, no caso do atesmo alheia, como o estmulo s denncias, por exemplo, fomentam a permanncia dessas incoerentes prticas no Brasil. Porm, embora catica, essa situao mutvel. Convm, portanto, que, primordialmente, a sociedade civil organizada exija do Estado, por meio de protestos, a observncia da questo religiosa no pas. Desse modo, cabe ao Ministrio da Educao a criao de um programa escolar nacional que vise a contemplar as diferenas religiosas e o respeito a elas, o que deve ocorrer mediante o fornecimento de palestras e peas teatrais que abordem essa temtica. Paralelamente, ONGs devem corroborar esse processo a partir da atuao em comunidades com o fito de distribuir cartilhas que informem acerca das alternativas de denncia dessas desumanas prticas, alm de sensibilizar a ptria para a luta em prol da tolerncia religiosa."