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Por exemplo, Cols observa que os debates sobre o ps-colonial na Amrica Latina iro
acentuar as diferenas entre esse continente e as outras regies do mundo no que tange a
histria da colonizao. Se pensarmos o ps-colonial como luta dos sujeitos colonizados
pelo poder interpretativo3 no bojo do processo colonizador, ento podemos ver a
Amrica Latina como ps-colonial antes mesmo do surgimento do discurso colonial e
ps-colonial na academia anglfona nos anos 1980. Em outras palavras, para Cols a
incluso da Amrica Latina nos debates sobre o ps-colonial transforma o prprio
campo dos estudos ps-coloniais, possibilitando formas mais sofisticadas de
compreenso da ps colonialidade.
CITAO DIRETA
Chama a ateno, sem causar estranheza, a confluncia das avaliaes sobre a situao
brasileira com relao tanto ao feminismo quanto ao ps-colonialismo. Em ambos os
argumentos percebe-se a preocupao, por um lado, no caso do feminismo, com sua falta de
insero no debate terico no Brasil, e, por outro, com relao ao ps-colonialismo, com a
necessidade de reflexo sobre um pensamento ps-colonial que se insira na experincia e
vivncia histrica do pas. Em comum, constata-se a percepo de que qualquer teorizao, seja
sobre o feminismo ou o pscolonialismo, deva necessariamente levar em considerao a
localizao e o posicionamento desses campos tericos em uma ancoragem no contexto
brasileiro, a partir de uma reflexo local que possa dialogar com as discusses no mbito global
e internacional, procurando, assim, desfazer as assimetrias histricas que levaram a uma
estrutura interligada e excludente de poder e conhecimento, questes essas relevantes que
surgem com frequncia nos debates tanto sobre o pscolonialismo quanto sobre o feminismo.