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Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV)

Laboratório de Educação Profissional em Atenção à Saúde (Laborat)

Regis Vinicius Silva da Gama Ferreira

Resumo do seminário sobre “estigma”

Convidada: Maria Cecília de Araújo

No principio a discussão se pauta na necessidade de por em cheque as diferenças da aplicação do


projeto com esquizofrênicos e a possibilidade de adaptar para o trabalho com álcool e drogas.
Chegou à conclusão de uma diferença marcante seria que o esquizofrênico ocupara esta posição
para o resto da vida enquanto o usuário de álcool e dragas pode ter o uso de uma forma não
continua.
A demanda por contato que o projeto pede pode ser um ponto delicado numa tentativa de se
fazer o mesmo com as drogas, pois a presença de um usuário pode ser tomada como um incentivo
ao uso e aí caminhamos por uma linha tênue.
Outro ponto importante é a não marginalização do uso das drogas, já que, o consumo não pode
ser associado à pobreza, portanto temos que fazer uma dissociação sobre a pobreza e o uso de
drogas, periculosidade e infração.
Nesse mesmo caminho ir à busca por investigar a relação entre droga, juventude, tráfico e
pobreza; e conseguir caracterizar o uso de drogas durante a juventude.
Aparece como preocupação também o fato de sempre se associar drogas ao tráfico, visto que
tivemos propagandas com essa temática, se torna muito pregnante tentarmos não ficarmos
presos a isso e fazermos algo escapar para além do tráfico e da violência e assim ficarmos
concentrados na nossa temática que é discutir o estigma aos usuários de álcool e drogas.
Apresenta-se como grande dificuldade à manutenção de um tema que nos suscitará muitos outros
assuntos e lidar com isso sem que façamos cortes, isto é, dando uma continuidade é muito
importante. Temos de tomar de maneira holística o coletivo que se apresentará diante de nós. O
tema não pode ser de forma alguma imposto, o tema escolhido tema passar pela vida desses
jovens, ter alguma forma de contato e a partir daí discutir o assunto.
A relação entre os Oficineiros/interventores deve ser colocada em discussão porque se o assunto é
estigma não podemos tomar a posição estigmatiza de palestrantes, ou professores, temos de estar
perto desses jovens e para isso quando convocados fazer com deixamos claro que estamos
presentes e não estamos na posição de observadores desses alunos.
O estigma apresenta particularidades, pois sempre é de fora para dentro e ressaltando uma
característica que inferioriza aquele sujeito. Então é interessante fazer com que os alunos se
coloquem no lugar de estigmatizado e saber que ao mesmo tempo isso não aparece no discurso
daquele sujeito que é estigmatizado. Fica clara a importância que tem a diminuição do estigma
para que se fique mais fácil desses usuários que tem intenção de parar ou mesmo daqueles que
fazem seu uso “controlado”, isto é, que mantenham suas atividades normais sem causar prejuízo
nenhuma a elas.

Questões:
A falta de contato com o sujeito que possui comportamento estigmatizado reforça o estigma?
Como falar sobre estigma sem que aquilo aumente mais a própria força do estigma?
Relatório- Estigma
Valentin Heigl

Entendendo o estigma como uma “marca” que não pode ser retirada, a questão principal
que se coloca é a forma como pensamos e como é pensado o estigma e as relações que se
estabelecem entre aquele que sofre o estigma e os que o imputam.
É importante compreender que o estigma não comporta somente um preconceito ou
estereotipo, mas sim adentrar a perspectiva de como se coloca o estigmatizado e como é visto
por outros. É uma via de mão-dupla e assim sendo, não nos interessa julgar a moralidade desta
“dinâmica social”.
Em nossa prática em serviço, pudemos constatar diversas vezes que o estigma era trazido
pelo próprio estigmatizado. “Bom dia, meu nome é Tal e eu sou um dependente químico” foi uma
fala cotidiana em nossa observação. Embora houvesse reclamações constantes sobre o estigma e
preconceito que sofriam, os usuários adotaram de tal forma a identificação com esta marca que
mesmo em diferentes grupos sociais ele continuava o mesmo. Sua identidade estava cristalizada.
O ponto central que concerne nossa intervenção são as conseqüências do estigma, como o
isolamento de diversos grupos sociais, ficando restrito a um ou a nenhum grupo, descrédito ou
afastamento pela família (sendo desacreditado, como no caso de deficientes físicos, ou sendo
desacreditável, pela manipulação das informações que denunciam sua condição), dificultando ou
impossibilitando o acesso à saúde, educação, profissão e outros aspectos que caracterizam a vida
social.
A partir das conseqüências, poderemos traçar a intervenção, com a intenção de promover
um consenso ou flexibilização das barreiras impostas socialmente pelo estigma. Tratar do estigma
é algo muito complexo, pois não pode ser destituído, já que faz parte da nossa cultura, nem
removido, uma vez que não se trata de extirpar o estigma pela negação da diferença. Trata-se,
enfim, de possibilitar sua reformulação.

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