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te vinculadas > esquema ¢ a do resumo, A primeira d mportancia para se poder efetuar as duas dltimas, reter ou fixar o material lido, pois, segundo pesqu ida em 1954 por Edgar Dale, retém-se apenas 10% da leitur:1 ura de um texto artigo etc.) no pern ontetidos lidos. Para reter entéo 100% da leitura, torna-» armazené-la”, ¢ isso pode ser feito por meio de um esquema resumo, ferramentas' de inestimavel valia para a fixacao da leit a terceita parte, descrevem-se 0s conhecimentos necessérios par: ‘nsio do significado das palavras, os sentidos por elas apresentad: propriedades semanticas, suas peculiaridades, a relagao de sentido ce entre duas palavras pertencentes ao mesmo campo semantico 9 vocabulario, quarta e ima parte, examinam-se sucessivamente 0 texto © Jade; a estrutura ausentes 05 postos € 05 pressupostos semantics. as figuras de retérica; 0s niveis de leitura e 0 posicionamento critic. nda, todos esses conhecimentos, cujo objetivo principal é exteai 10 de significados de um texto, tém por objetivo capacitar 0 us ortugués brasileiro a ler melhor, PRIMEIRA PARTE SOBRE A LEITURA ler, inicialmente, 0 texto abaixo, escrito por Vigner (1979: 79-80) ns comentarios sobre as ideias nele contidas. A ESCOLA E A LEITURA* Gérard Vigner A leitura tal qual é praticada na escola foi, nesses tiltimos anos, objeto de numerosas criticas, frequentemente mui- to acirradas. Nao se trata, portanto, de fazer mais uma queixa j4 mil vezes ouvida e as vezes ndo fundamentada, mas de caracterizar um modo de aprendizagem do ponto de vista do préprio ato de leitura. = um ponto de ordem geral inicialmente. A escola nao parece ter feito sempre uma escolha muito clara entre leitura de textos ¢ estudo de textos. Aprender a ler ( equivale a desenvolver no aluno um novo tipo de com- portamento linguistico. Ora, parece que, em numerosos. ‘casos, © objetivo geral e inconfessado tenha sido, em primeico lugar, de tornar © aluno um conhecedor de texto, desenvolver mais um “saber sobre” do que uma competéncia, da mesma maneira que ~ durante muito tempo ~ 0 conhecimento da lingua, da gramética, su- plantou a pratica da lingua; —o ato de ler foi durante bastante tempo direcionado a textos exclusivamente literdrios, 0 que nao deixava e + D110 quando ele quer transte . desse a competénci adquirida, da literatura aos discursos nao lite! — uma leitura que se prenden muito mais aos signi dos linguisticos que ao sentido, pela pratica da palavra por palavra, segundo uma decodificacao |i do texto, pela insisténcia posta na leitura em vor alt, exercicio que nada tem a ver com a compreensio textos, 0 que levou Jean Hébrard a dizer numa entre vista concedida ao Nouvel Observateur? “Os que leew bem em voz alta sio quase sempre maus leitores. Entre tanto, durante 0s primeiros anos, a escola s6 se interes sa por isto: obter um ruido que corresponde aos signos tragados no papel”; = uma leitura que, pelo modo geralmente adotado dk apresentagio dos textos, tira do aluno toda possibili dade de ter diante do texto um comportamento ati (formulacao de hipéteses, reconhecimento de pistas, interpretagio etc.). Nao nos deixemos enganar com caréter pretensamente ativo de certas sessbes de expli cago de texto em que professor, por meio de uma série de perguntas, guia 0 aluno na descoberta do sen tido. Como observam muito acertadamente alguns de centes: “Esse uso de perguntas é bastante estranho. Ni vida cotidiana, pergunta-se algo a alguém para obtet ‘uma informagao. Na vida escolar, a pergunta é de mi -fé: pergunta-se ao aluno para obter uma informagiv «que ja se tem e sempre para mostrar a ignordncia del Responder As questées do professor é utilizar um trumento de pesquisa que este elaborou, enquanto que uma verdadeira pedagogia da leitura deve, em primeire levar oal agai 10 a claborar sua propria estratégia Ue juz todo leitor quando se encontra ¢ de um texto ( sra que resulta de um procedimento geralmente - wma empirico. A escola rejeitou durante muito tempo toda teoria da explicagao de texto, achando que a intuicdo, 0 gosto, a sensibilidade, eram 0s tinicos instrumentos a serem utilizados em matéria de leitura, dai o grande sal- to no escuro que se torna a cada vez uma explicagio de texto tanto para o aluno quanto para o professor. Mas entio é realmente sério pretender ensinar uma compe- téncia que se ¢ incapaz de descrever e, consequentemen- te, de teorizar? Todas essas deficigncias se explicam, alis, muito bem pelo fato de que o ensino da leitura foi constantemente desviado dos seus verdadeiros objetivos. Os textos servi- ram a virias finalidades: difusdo de valores morais, re- finamento do gosto, propaganda politica. Eles serviram de ponto de partida para atividades nada relacionadas 4 leitura: ensino da ortografia, estudo da gramatica, do vocabulirio... Objeto de uma devogéo sagrada ou pau para toda obra do ensino de kinguas, 0 texto foi raramen- te tratado como ele é de fato: um instrumento semidtico complexo, gerador de sentido, com 0 qual era preciso an- tes de tudo iniciar os alunos. Como se espantar depois disso que os alunos leiam mal? *Traduzido pela Autora COMENTARIOS Convém, inicialmente, situar esse texto em seu contexto sociocultural cea seguir, destacar algumas de suas ideias tecendo comentarios sobre elas. Iiscrito em francés para franceses, o texto encerra criticas a escola fran- 0 tipo de e nguistico.” Logo, a aprendizagem (de qualquer contetido, em xeral, ¢ da leitura, em particular) implica uma mudanga de comportam aprendiz, 0 que, nesse caso, representa desenvolver a competéncia em itura. “O ato de ler foi durante bastante tempo direcionado a textos exclusiva nte literdrios.” Esse fato pressupde que todos os alunos devam aprend. nguuagem literdria e, com isso, tornar-se literatos. Isso, sem diivida, cons- lum contrassenso, porque nao permite aos alunos ler bem textos técni- 0s ou cientificos. De modo geral, textos literérios possuem uma linguagem subjetiva e metaforica, jé os técnico-cientificos possuem uma linguagem ob- jetiva e denotativa, “Uma leitura que se prendeu muito mais aos significados linguisticos que a0 sentido.” Como todo texto é portador de sentido, o leitor deve aprender 1 extrair dele esse sentido. Um mau leitor nao consegue fa2é-lo. “Uma leitura que (...) tira do aluno toda possibilidade de ter diante do texto um comportamento ativo (formulagao de hipéteses, reconhecimento de pistas, interpretacao etc.) Disso se infere 0 seguinte: no ensino da ura, 0 comportamento do aluuno é ~ de modo geral ~ passivo, porque ele “ecebe do professor explicagées prontas, nao lhe permitindo raciocinar por i $6 € chegar As préprias conclusdes. Na verdade, a leitura constitui um >rocesso ativo e dindmico em que deve obrigatoriamente ocorrer a intera- Ho entre leitor e 0 texto. “Uma leitura que resulta de um procedimento geralmente empitico.” Esse >rocedimento, baseado apenas na experiéncia, nio tem carter cientifico. \tualmente existem dezenas de obras que, baseadas em teorias cientificas, nsinam © processo de leitura. Entretanto, poucos docentes a elas recorrem. © ensino da leitura foi constantemente desviado de seus verdadeiros bjetivos. Os textos serviram a varias finalidades: difusio de valores mo: ais, refinamento do gosto, propaganda politica.” Em conse: i se perguntar: qual & 0 verdadeiro objetivo da leitura de pietive consiste em capacitar o leitor a ® yerve de prevexto para 0 F Deve-se idades + (os textos) se gramitica, do vocabu ” De modo geri © texto em si nao é estudado, cle i ensino de assuntos diversos, tais como: sintaxc, sfologia, semantica, literatura ete. ’ tee “é um instrumento semi6tico complexo, gerador de sentido “iniciar o aluno na leitura de textos”. De fato, dada a complexi- due € a riquezasigniicada de todo texto, deve-se ensinar leitor a extrait toxlos os significados nele presentes para bem compreendé-lo, ; de modo bastante severo ~ a escola francesa © autor francés critica - : porque ela no habilita 05 alunos a lerem bem. Tudo leva a eter que tai tviticas podem se estender também a escola brasileira, a qual também = nai la alunos a lerem bem, Esse fato pode ser comprovado nao s6 pel ‘existéncia de analfabetismo funcional no Brasil, mas também pelo artigo E abaixo. BRASIL LE MAL Claudio de Moura Castro Afirmei nesta coluna que os cursos E (no Provo) podiam trazer grandes beneficios aos alunos. Alguns médicos en- viaram e-mails protestando: Como? Ser tratado por um médico formado em escola E? Ora, a coluna exchufa ta- xativamente a medicina, ao dizer: “Na area médica ou em outras em que ha questoes de seguranga envolvidas, que se exijam minimos invioléveis.” Um punhadinho de doutos médicos nao soube ler o texto. Se até na carreira mais elitizada de todas parece haver uma patologia no ato de ler, imagine-se 0 resto. Para diagnosticar tal enfermidade, o Instituto Nacional de Estudos ¢ Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) buscou uma clinica de luxo, 0 Pisa. Trata-se de um sistema de testes de rendimento escolar organizado sob a bandeira + 3. Aemaninandin nara Canneracdo ¢ A iniciativa trouxe resultados de incaleulav: Ao contrario dos testes convencionais, nao sen Professores decidindo 0 que os alunos devem saber, ( organizadores foram ao mundo real das sociedades 1 dernas e perguntaram que conhecimentos ling riam necessérios para operar com éxito nas empress « na vida, Portanto, os testes buscaram a competénci leitura que se usa no mundo real ~€ 0 que migra da la para a pratica. Como 0 tinico outro pais do Terceiro Mundo era.o Mex 0, a diivida era se serfamos os iiltimos ou os penii Melhor nao podiamos esperar. Mas saber que carre) mos a lanterninha é de interesse menor. Foram prejudicados os paises onde hé muitos alunos com defasagem idade-série, como 0 Brasil, pois o teste « alunos de 15 anos (na série que estejam). Analisando ape nas os estudantes sem atraso, nossos escores empatam os da Riissia. Resultado horripilante para a Ruissia, que ja teve um dos melhores sistemas educativos do mundo, Mas isso tudo é irrelevante. O que interessa saber € p. que nao aprendemos a ler corretamente. © Pisa mosti que os alunos brasileiros conseguem decifrar o texto ¢ ter uma ideia geral sobre o que ele esta dizendo. Dai para a frente, empacam. Isso nao seria uma grande surpresa, diante da real de de nossas escolas piblicas, ainda esmagadas por pi blemas angustiantes no seu funcionamento bésico. Mas poderiamos esperar que nossas escolas de elite fizes: uma bela apresentagao. Afinal, operam com os melhores Professores, os melhores alunos ¢ sem problemas econd o result igico © © que mais esp traz. Saimo-nos mal, muito mal. A proporgéo de bras leiros de elite capazes de compreensao perfeita dos tex- tos escritos é muito pequena, comparada com a taxa de outros paises (1%, em vez dos 6% da Coreia e dos 13% dos EUA). Ou seja, nossa incapacidade de decifrar um texto escrito nao se deve a pobreza, mas a um erro sistémico. Estamos ensinando sistematicamente errado. Se é assim, passar a ensinar certo deve trazer incontéveis beneficios para a edu- cacao € para a sociedade. Endo pode ser to dificil assim. Parece haver uma estratégia errada no ensino. da leitu ra. Os alunos se contentam com uma compreensao su- perficial do texto, Satisfeitos, passam a divagar sobre 0 que pensam, sobre 0 que o autor poderia estar pensando, sobre 0 que evoca 0 texto. Mas isso tudo ocorre, antes de acabarem de processar cognitivamente o texto, de de- cifré-lo segundo os cédigos rigidos da sintaxe. Dispara a imaginacao, trava-se a cognicao. Lemos como poetas ¢ nao como cientistas. Mas antes da hora de ler poesia, apés o jantar, ha que ler contratos, cartas comerciais, bu- las de remédio, instrucdes de servigo, manuais, andlises da sociedade e dos politicos e por ai afora. A revolugio possivel na competéncia em leitura de nossa gente nos permitiria galgar outro patamar de desenvol- vimento. E isso pode ser feito a custo praticamente nulo. F s6 querer. Na Europa, o Pisa provoca um feroz debate. [Nas terras tupiniquins, s6 a noticia do tltimo lugar con- seguiu chegar & imprensa, A tonica foi criticar 0 governo, cm vez de entender ou tirar ligées. Sao Paulo, 6 mar. 2002. SEGUNDA PARTE TES, que as es das ~ ndo ensinam os alunos a lerem bem. Além disso, Cl Castro acredita que “A revolugao pos el na competénci nossa gente nos permitiria galgar outro patamar de desenvolvim. sas palavras, pode-se inferir que esse tipo de competéncia tra senvolvimento ao Brasi A TECNICA DA SUBLINHA 12 importancia para a leitura, a sublinha consiste em, num deter- x

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