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Servidor Público na Constituição Federal de 1988

Servidor público é o agente da Administração pública titular de cargo não


eletivo. José Afonso da Silva e Hely Lopes Meirelles fazem algumas
distinções entre categorias de agentes públicos, da qual se extraiu a
seguinte subdivisão:
1. Agente público – todo e qualquer trabalhador vinculado à
Administração Pública
1.1. Agente político – titular de cargo eletivo
1.2. Agente administrativo
1.2.1. Militar
1.2.2. Servidor público - civil
1.2.2.1. Funcionário público – regime jurídico estatutário
1.2.2.2. Empregado público – regime jurídico celetista
1.2.2.3. Temporário – regime jurídico excepcional (não
pode burlar a obrigatoriedade de concurso público)
A distinção entre servidor público civil é militar é feita apenas
conceitualmente na obra de José Afonso da Silva. Em seguida, ele afirma
não haver essa diferença na própria Constituição, considerando-se os
militares também como servidores públicos.
Essencial para a divisão acima é o conceito de regime jurídico. O regime
jurídico é o conjunto de normas e preceitos que regulamentam a atividade
dos agentes públicos mencionados; diz respeito a investidura, nomeação,
remuneração, direitos e deveres, penalidades, aposentadoria etc.
O artigo 37, II da Constituição Federal estabeleceu a obrigatoriedade da
aprovação em concurso público para a investidura em cargo ou emprego
público. Por isso, diz-se que o servidor contratado temporariamente tem
regime jurídico excepcional; esse tempo deve ser necessariamente
determinado, para que não haja infração ao dispositivo constitucional
supramencionado.
A realização obrigatória de concurso público é um meio de garantir a
isonomia no acesso aos cargos e funções públicas, observando-se,
naturalmente, suas exigências – não fere o princípio da isonomia, por
exemplo, exigir-se que agente de penitenciária feminina seja do sexo
feminino.
O inciso V do mesmo artigo trata de funções de confiança e cargos em
comissão, tornando-se necessário fazer a distinção entre cargo e função
pública. Função se refere às atribuições do servidor no âmbito da
Administração. Pode haver, portanto, função sem cargo, no caso dos
contratados temporariamente. Quanto às funções de confiança, o
Constituinte as restringiu aos servidores efetivos, ou seja, previamente
aprovados em concurso. Os cargos em comissão destinam-se em percentual
mínimo definido por lei aos servidores de carreira, os quais também são
titulares de cargos efetivos, mas apresentam uma hierarquia profissional.
Quanto à efetividade, esta se constitui como atributo do cargo criado pela
Administração Pública, não do servidor. Ela se relaciona com o fato de a
função atribuída àquele cargo ser uma função permanente da
Administração. Distingue-se da estabilidade, que é o direito do servidor de
não poder ser destituído de seu cargo sem decisão prévia com trânsito em
julgado em processo administrativo ou judicial. Adquire-se estabilidade
mediante o preenchimento dos seguintes requisitos (artigo 41 da
Constituição):
• Ingresso por concurso público em cargo de provimento efetivo;
• Três anos de efetivo exercício no cargo.
Ao longo desse período de três anos, denominado estágio probatório (ou
estágio confirmatório), apura-se a conveniência da confirmação do servidor
no cargo, avaliando-se se sua assiduidade, aptidão, eficiência, idoneidade
moral etc.
Uma vez estável, o servidor perde o cargo nas seguintes hipóteses:
• Extinção ou declaração de sua desnecessidade
Nesse caso,fica o servidor em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu obrigatório aproveitamento
em outro cargo
• Demissão (art. 41, § 1º I e II)
A demissão só pode ocorrer mediante processo administrativo em que
lhe seja assegurada ampla defesa e em virtude de sentença transitada
em julgado.
• Insuficiência de desempenho
Apurada por meio de avaliação periódica de desempenho, na forma da
lei complementar, mediante processo administrativo em que sejam
assegurados o contraditório e a ampla defesa (art. 41, § 1º, III e art. 247,
parágrafo único)
• Exoneração
A exoneração se distingue da demissão porque não é, como aquela, uma
penalidade aplicada ao servidor; tanto que pode ser concedida a pedido
do próprio servidor. Pode ocorrer também exoneração como forma de
redução de pessoal, como forma de cumprimento da determinação do
artigo 169:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá
exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar
referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
II - exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da
determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato
normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto
da redução de pessoal.

A doutrina costuma denominar essa previsão constitucional de


flexibilização da estabilidade.
É vedada a acumulação de cargos, empregos ou funções públicas,
exceto por: dois cargos de professor; um cargo de professor e um
técnico ou científico; ou dois cargos privativos de profissionais da área
da saúde.
Quanto à Previdência, a Constituição estabeleceu um regime
contributivo e solidário também para os servidores públicos. Além das
aposentadorias, o regime previdenciário abrange também as pensões.
O artigo 40, § 2º estabeleceu um limite ou teto individual para os
proventos e a pensão. Estes benefícios, por ocasião de sua concessão,
não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo
efetivo ou vitalício em que se deu a aposentadoria ou que serviu de
referência para a concessão da pensão. Não é permitida a dupla
percepção de aposentadoria e de pensão, salvo aquelas decorrentes dos
cargos acumuláveis já vistos.
A aposentadoria dos servidores públicos se dá de três maneiras:
• Aposentadoria por invalidez permanente
Os proventos podem ser integrais, se a invalidez decorrer de acidente

em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou


incurável, especificadas em lei; ou proporcionais ao tempo de
contribuição, nos demais casos.
• Aposentadoria compulsória
Ocorre aos setenta anos de idade. Os proventos são proporcionais ao
tempo de contribuição.
• Aposentadoria voluntária
• Requisitos mínimos: dez anos de efetivo exercício no serviço público e
cinco
anos no cargo em que se dará a aposentadoria. Se no cargo anterior
o tempo mínimo de cinco anos foi atingido, com base nele serão
calculados os proventos; e se não tiver em nenhum cargo ocupado
mais de cinco anos, muito embora tenha mais de dez na soma total, o
cálculo deve ser feito com base no cargo inicial.
O recebimento de proventos pode ser das seguintes formas:
Integral – requer sessenta anos de idade e trinta e cinco de
contribuição, se homem; cinqüenta e cinco anos de idade e trinta
anos de contribuição, se mulher;
Proporcional ao tempo de contribuição – requer sessenta e
cinco anos de idade, se homem; sessenta, se mulher.
Os requisitos de idade e tempo de contribuição para a aposentadoria com
proventos integrais são reduzidos em cinco anos aos professores que se
dedicarem exclusivamente às funções de magistério na educação infantil,
ensino fundamental e médio.
Uma questão controversa acerca dos servidores públicos é com relação ao
direito de greve. Aos militares, a greve é proibida; aos servidores civis, a
Constituição assegurou direito à sindicalização e à greve (art. 37, VI e VII).
No entanto, a norma referente à greve é de eficácia limitada; condicionou-
se o exercício desse direito aos “termos e limites definidos em lei
específica”, que desde então não foi editada.
O Tribunal de Justiça editou duas Resoluções acerca do tema:
188/2004: Até que seja editada a lei especifica a que alude o artigo 37, VIL da Constituição Federal, as faltas decorrentes da
participação de servidores do Tribunal em movimentos de greve ensejarão o desconto de vencimentos e não poderão, em
nenhuma hipótese, ser objeto de: I – compensação, nem mesmo com o saldo do banco de horas; II - abono; III - cômputo de
tempo de serviço ou qualquer vantagem que o tenha por base (art 1°).
329/07: dispôs que as ausências dos servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, ocorridas no período de 29 de
junho a 27 de setembro de 2004, em razão de movimento reivindicatório, devem ser consideradas como exercício, única e
exclusivamente, para a aquisição das vantagens funcionais previstas no artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo e
no artigo 209 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968 (art. 1°). Ratificou os descontos já efetuados, bem como a redução
do período de férias previstas no par. 3º do artigo 176 do Estatuto dos Servidores Públicos estaduais.
Ações recorrentes contra a Fazenda Pública propostas por
servidores públicos

• Quinquênio e sexta-parte dos proventos integrais


Artigo 129 da Constituição Estadual - Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de
serviço, concedido no mínimo, por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais,
concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o
disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição.

A Fazenda alega ser o benefício aplicável somente sobre o salário base por
conta da proibição do “efeito repique” introduzida pela Emenda
Constitucional 19/98:
Art. 37, XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de
concessão de acréscimos ulteriores.
O entendimento dominante tem sido no sentido de que somente se exclui da base de cálculo tanto do qüinqüênio quanto da
sexta-parte aqueles benefícios que são temporários, ou seja, que não se incorporam aos vencimentos.

• Inconstitucionalidade da Lei Complementar Estadual nº


943/03 (e legislação posterior que a alterou)
A lei majorou a alíquota da contribuição previdenciária de 6% para 11%. Os
servidores pretendem a devolução desses 5% alegando a
inconstitucionalidade da lei, bem como a desnecessidade do aumento, o
que tem sido reiteradamente negado em primeira e segunda instâncias.

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