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DIREITO TRIBUTARIC Professor José Eduard CURSO DE DIREITO TRIBUTARIO Professor José Eduardo 4°ANO - Faculdade de Direito ~ Pontificia Universidade Catélica de Campinas “= —Transcrigdes-das aulas ministradas do 1° ao 4° bimestre wK® Professor José Eduardo, 4° Bimestre Sistema é um conjunto ordenado e légico dos diferentes tibutos entre si, com © sistema econmico dominante e com os fins fiscais e extra fiscais da imposigao. Sistema, portanto, € um conjunto de normas e regras visando um objetivo ‘comum pablico com um cunho cientifico Existem dois tipos de sistemas: 1. © Sistema histérico - que se origina da evoluyo propria do tempo, onde vo se criando normas, uma se sobrepondo a outra, convivendo entre si que formam este sistema. 2 Q Sistema Racional - que é o sistema Iégico, legisiador a obra de criagdo do Nos temos, desde 1965, através da Emenda Constitucional 18, a resoluggo do Sistema Tributério Nacional, que foi imposto a sociedade, e & um sistema considerado racional, por ter sido criado pelo legistador. ‘Até ser criado esse sistema, somente existia o sistema histérico, que foi ificado, como foi dito acima, pela E.C 18/65, que emendou a Constituicao Federal de 1946, criando um sistema racional e introduzindo 0 Cédigo Tributario Nacional, o que esta previsto no artigo 1° do CTN. Em 1967, foi promulgada uma nova Constituicao (militar), neste momento, 0 CTN era uma lei ordinaria, porém a nova C.F. exigia que a regulamentagao do Sistema Tribulério Nacional se fizesse por Lei Complementar, e, tendo em vista que havia uma lei anterior (ordinéria), ela foi tranqdilamente recepcionada pela Constituigao, assim, através da C.F. de 67, 0 CTN foi elevado de lei ordinaria a Lei Complementar A Constituiggo de 67 foi totalmente allerada em 1969, com a Emenda Constitucional n° 1/59, que deu integral e nova reda¢ao & ConstituigSo de 67, CF alual foi promulgada em outubro de 1988, o jd possui 20 emendas, mas, desde a E.C. 18/65, que © CTN permanece o mesmo, em pleno vigor, totalmente recepcionado pela C.F., com exce¢do de algumas disposigSes que contrariem as disposigdes constitucionais. © Sistema Tributério & uma piramide, @ no dpico dela esta a CF, logo abaixo, fegulamentando as normas gerais, vem 0 CTN, abaixo do CTN estdo as leis ordinarias © depois os decretos-lei, Os tributos somente podem ser criados pela C.F., assim, soinefite podem ser criados tributos novos com ‘a alteragao da C.F., enquanlo nfo houver alteragao, ,Renhum tributo nove podera ser criado, pesar do Sistema Tributério Nacional ser um sistema racional, instituido por um m diploma, Percebemos certos remendos introduzidos nele, tivemos tempos atrés, © IPMF, Que acabou se tornando CPM, esses so remendos que no se encaixam na CF, so remendos que servem, na realidade, para tapar certos buracos, séo casuismos, Mas, 2p6s 0 Supremo ter declarado legal o CPMF, nao temos mais a quem recorrer, embora 0s estudiosos do direito tributdrio entendam que o CPMF nao esteja previstona CF. » ‘A CF de 67 determina que uma lei complementar estabelega as normas gerais em matéria de Legislagao Tributéria, entdo, logo abaixo da C.F, vem a | ~complementar, que &, como o proprio rome diz, unr complemento'a CF-e-0 CTN é-— uma lei complementar. 0 CTN tenta regular as limitagdes constitucionais de arrecadagao de tributos pelo Govemo, mas 0 que importa mesmo so as normas gerais, Abaixo, o tributo surge como lei ordindria, as leis ordindrias criam os tributos, sempre em respeilo 8s normas superiores, depois vem os decrelos regulamentadores. s Geralmente, onde a confusdo se estabelece no direito tributério & aqui, na estrutura piramidal do sistema tributdrio nacional. A complicagdo basica do Brasil é a federagdo, lemos uma divisdo muito saliente entre os municipios e Estados, Campinas, por exemplo, tem umas aliquotas mais altas de ISS do Brasil, assim, as empresas saemi daqui para se instalar nos municipios préximos, onde as aliquotas so menores, é a chamada guerra fiscal. Cada ente, dentro de sua compeléncia pode mandar dentvo de seu terrtério, so todos entes autnomos. ‘A propria CF, em seu artigo 1°, diz: * ..., formada pela unio indissolivel dos Estados e Municipios e do Distrito Federal... (0 movimento separatista do Rio Grande do Sul, ocorre porque as riquezas da parte sul do Brasil tem cooperado com as demais regides do norte e nordeste do pais, porque estes Estados mais geradores de riquezas nao podem deixar os outros Estados falirem, sob 0 risco de perdermos a nossa estabilidade nacional, e como podemios observer no artigo 1° da CF, esse movimento é inconstitucional, é um pleilo que no prosperard, por ir totalmente contra a CF. Entdo, compete 4 CF estabelecer um plano, um sistema que possa tramitar para 0 municipio e a prépria Unido arrecadar o suficiente para cumprir as suas obrigagdes, ao mesmo tempo tem que estabelecer uma forma de os municipios que mais arrecadam contribuir com os que menos arrecadam, o que na verdade, nao dé muito certo, porque todos os municipios, Estados e inclusive a Unido esto falidos. Para fazer essa distribuigo, a CF estabeleceu uma norma de discriminagao de renda sobre a qual existem 2 critérios: O critério de fontes e 0 critério de solidariedade. 4. Critério de fontes (origens) ~ nada mais & que a discriminagao de competéncia tributéria, ou seja, compeléncia para a inslituigéo ¢ arrecadagao dos tributos. A CF estabelece as competéncias, que podem ser privalivas, comuns e residuais. Um exemplo de competéncia privativa é que a/CF estabeleca que a Unio Pode instiluir © arrecadar Imposto de Renda; o-Estado pode instituire anecadar 0 imposto sobre veiculos aulomotores (IPVA), 0 municipio pode instiluir e arrecadar 0 Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU), e assim, vai discriminando Competéncias para a criagao de impostos e demais tribulos, ‘Também existe a competéncia comum, que pode ser também denominada de concorrente, nesse caso, se refére a determinados tributos que podem ser instituidos tanto pela Unido, como pelo Estado, ou pelo Municipio. E ainda, a CF se reserva ainda no direilo da possibilidade de criagao de novos tributos, o que se chama competéncia residual, tais como a CPMF, IPMF, ... apesar de esta competéncia estar prevista, ¢ muilo dificil a criago de novos tributos. Com este critério de fontes e competéncias, a CF estabelece quais so os tributos que podem ser arrecadados por cada ente (Municipio, Estado, Unido), Foi dado ao Municipio a competéncia para arrecadago do IPTU, ISS, ITBI (imposto de transmissio de iméveis inler vivos), poréin, ocorre que 99% dos municipios do pais nao cobram ISS, @ os outros municipios tem um valor baixo de IPTU, aliés, esses 99% dos municipios nem tituiram 0 ISS, porque ndo valetia a Pena, tendo em vista que vai dar mais trabatho do que a renda que serd arrecadada, podemos citar, inclusive que nos municipios fora do Estado de Sao Paulo, © valor cobrado de IPTU é inisério, além de que o ITBI.é cobrado pelo valor -vanal.dos. iméveis, que € um valor muito bai feceitas suficientes para as novas obrigagdes que surgiram com a CF de 88, . que 540 a8 instituigdes de ensino, a estaizago do ensino,.., € 0 riunicipio néo tem como suportar isso, mas isso j era sabido, por isso, com a criaigio da CF 88, além dessas compeléncias tributarias que foram tratadas acima, existe, ainda, o critério. sta forma, os municipios ndo tém da solidariedade, que se baseiam nas transferéncias inlergovernamentais de receitas, 2. _ Critétio da solidariedade — a partir do artigo 187 da CF, inicia-se o lratamento da reparti¢ao das receitas.tributarias, isso ¢ matéria exclusiva atinente a0 direito financeiro, j4 im passo apés a arfecadagdo, {endo em vista que ao direito— \ribulério, somente inleressa as relagSes entre 0 fisco e 0 contribuinte na arrecadagdo de tributes, 0 que se faz com o dinheiro apés a arrecadagao, os gastos piiblicos, ou seja, onde so aplicadas as receitas, isso @ problema do dieito financeiro. Por exemplo: ‘A Unio cabra, no municipio da Campinas, o ITR (imposto territorial rural), por ser de competincia dela instiluir © cobrar, porém, 50% dessa arrecadacio, °° repassada 20 municipio, com o IPVA ocore 0 mesmo, 6 um imposto de ‘competéncia do Estado, mas 50% da receita fornecida ao Estado por veiculos licenciados em Campinas @ repassado 0 municipio. Na verdade, somente 10 a 15% do orgamento do municipio so cobertos pelas receilas arrecadadas por impostes municipais, a maior parte da receita dos municipios 6 consituida por transferéncias tanto da Uniéo como dos Estados, por isso, muitos municipios n3o se importam em deixar de cobrar impostos municipais, tendo em vista que eles serao sustentados pela Unido © polo Estado, ‘Além dessa forma de reparticéo, existem os chamados fundos de participacao, onde a Unido pega uma parcela dos fundos que arrecada e jogo nos fundos de participago dos municipios e outra parcela no fundo de participago dos Estados, depois, esse bolo é rateado pelos Estados e pelos Municipios. Sendo assim, 08 impostos que so arrecadados pelo municipio acabam voltando para eles mesmos (os municipios). ‘Privativa Comum, Critério de fontes -——j Concorrente 4 competéncias Residual Discriminagao de rendas Critério de Solidariedade Imposto de importagao Imposto de Expartagao Imposto de Renda (IR) Ph 1OF mR Grandes fortunas Unido art 153 Ck wots ‘Impostos ITBI (pés mortis) Icms, IPVA, Estados, art 155 CF “a Privativas, Iss IPTU ‘Aa. 156 CF| ITBI (inter vivos) wae Empréstimos Compulsérios - s6 podem ser instituidos la Unido ate Competénei . Residual — artigo 154 CF Comum — conmum a todos os entes, todos eles podem criar taxas e contribuigSes de melhoria, taxas so referentes a servigos prestados, enquanto que contribuigbes de methoria sao referentes a obras municipais ex: taxa — taxa do lixo ~ cobrado sobre o que é consumi Contrib. Melhoria — instalagdo de gua, luz... num bairro @ ‘TRIBUTOS 0 CTN define, em seu artigo 3°, 0 que seja tributo ~ Tributo @ toda a prestacdo pecuniéria compulséria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, ndo_constit 0r_alo ilicita, instituida em lei @ cobrada mediante Existem varios conceitos diferentes de diferentes autores acerca dos tributos, mas, como estamos estudando o diteilo tibutério, devemos utilizar a conceituagao do CTN. + Euma prestacso que é o objeto de uma obrigagdo, que neste caso é uma obrigago de dar, quando 0 cédigo adota o termo prestagdo, nos leva ao estudo do entendimento do que seja obrigago, da qual o objeto é a obrigacao. © direito tributério tem natureza juridica obrigacional, & uma obrigagao +O termo compulséria é meramente a titulo de reforgo, porque se 6 uma prestagdo, consequentemente sera compulsério, porque todo objeto de uma obrigagdo é, necessariamente compulséro. + Pecuniria — quer dizer em dinheiro (peciinia), em valor. Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, porque no precisa ser, necessariamente moeda, inclusive, quando foi editado © CTN, 0 ICMS se chamava imposto do selo, porque se pagava através de um selo que era * comprado e colado na mercadoria, ndo era moeda, mas era algo que nela se podia exprimir, 0 cheque, por exemplo, ndo é moeda, mas um titulo de crédito, no em tanto, possui um valor em que se pode exprimir através da moeda, * Que n&o constilua_sancdo por alo ilicito ~ ha certas prestagées pecunidrias compulsérias que nds pagamos, inclusive, algumas até referentes a atividade administrativa vinculada, @ nem por isso seré um Iributo, por exemplo, as mullas de radar, so prestagées pecuniarias compulsérias decorrente de uma atividade administrativa, s6 que corresponde a uma sangdo por alo ilicito, no constituindo, portanto, um @ ‘ributo, esta multa se incluem entre as receitas derivadas e s40 cobradas mediante alividade administraliva plefamente vinculada. (alo administrative vineulado = n&o hd nenhuma tiberdade para o administrador, a lei estabelece 2 oportunidade, conveniéncia e momento Para a prética do alo, no ha qualquer espaco para o administrador escolher, © que diferente de ato discricionério, onde 0 préprio administrador escoine a, oportunidade e © momento conveniente para a pratica do alo. Assim sendo, a cobranga do tribulo 6 uma alividade obrigatéria do ente tributario, eles cobram 0 que, quanto e quando a lei determina, @ se deixarem de cobrar, respondem por isso +. A palawa Plenamente 6 utilizada aqui na defini¢ao somente a titulo de teforgo Se 0 tributo é uma obrigago, qual 6 0 seu sujeito ative? 5 sujeitos ativos s4o 3 no Brasil, pois temos uma federagao tripartite, sendo assim, 08 3 sujeitos ativos s40 a Unido, Estados e Municipios. E 0 sueito passive € 0 contibuinte ou responsdvel, indo necessariamente Pessoa fisica, pode ser uma pessoa juridica de direito privado ou de direito puiblico, lalém de poder ser, ainda, um terceiro responsavel. © objeto da prestagao da obrigagao tributaria principal pagar tibutos, mas existe lambém a obrigagao acesséria, que nao 6 pagar e que serd visto mais Qual € © vinculo? © que vincula as partes com 0 objeto? Por exemplo,'no direito privado, o contrato @ o que obriga o inquilino a pagar 0 aluguel, no direito privado, o vinoulo é 0 contrato, ou seja, uma manifestacéo de vontade que obriga (obrigagao ex voluntate). No direito publica, e principalmente no direito tributério, que logicamente & Publico, 0 vinculo & exclusivamente a lei, ou seja, a obrigagdo tributaria é “ex lege” Aqui no direito tributério (direito publico), no cabe aquele jargao do direito Privado — quem paga mal paga duas vezes ~ no direito tributério, se 0 contribuinie Pagar um tributo equivocadamente, mesmo que seja espontaneamente, se a lei nfo "0 Obriga @ pagar, cle pode pedir a réstitlig&o, porque sé a léi vincula, rio difeiio tributario — quem paga mal repete — Lei 4320/64 — artigo 9° - Lei de Orcamentos {A visdo dessa lel a viséo do direto financeiro de Vibulos, uma viséo anterior a0 CTN: Tributo 6 uma receila derivada (que deriva do. patriménio do particular), inslituida pelas entidades de direito piblico, correspondendo aos impostos, as taxa @ as coninbuigdes, nos tenmos da CF e das leis vigentes de matéria financeira, destinando-se 0 seu produlo 20 cusleio de alividades gevais ou especifcas exercidas por estas entidades. Esta conceituaggo @ conivente com a do direito tributério? Ou & contrariada pelo conceit que a seguir veio a ser dado pelo CTN? Na verdade, ndo é apenas um conceilo diferente, mas sim, um conceito econémico_do que venha a sero tributo, ou seja, enquanto 0 CTN adolou um ‘enfoque juridico, para o direito financeiro interessa que haja uma entrada ¢ ja diz ‘qual sera 0 destino do dinheiro, 0 que no direito tributario @ irrelevante, no importa 0 destino do que é arrecadado, desta forma, essa definigao ndo se choca com a do direito:tributério, so conceituagées diferentes por \ralar-se de pontos de vista diferentes. CLASSIFICAGAO DOS TRIBUTOS, 4. Quanto as suas espécies © O tributo é o género, as espécies desse género sao: a. "‘Néo discutiveis- so aquelas em que néo ha discussao acerca de ser ‘ou nao um tribulo, ¢ efetivamente uma espécie que lodos concordam, todos so tunanimes em dizer que 0s que pertencem a esta éspécie sao tributos, so os que esto previstos no artigo 145 da CF e no art. 15 do CTN, s80 os impostos, taxas © contribuigdes de melhoria, As taxas se subdividem em 2 espécies: 41) regular exercicio do poder de policia 2) Utilizagdo efetiva ou potencial de servigas puiblicos Discutiveis ~ sao aquelas prestacées em que a doutrina discute sobre se eles se enquadram na categoria de tributos ou nao, um exemplo so 05 empréstimos compulsérios, previstos nos artigos 148 da CF e 15 do CTN. © termo empréstime lembra 0 mituo do dieito civil (contrato de mituo), € ele € discutivel porque 0 empréstimo hora esta langado sob forma de imposto, © hora sob forma de de taxa, ndo ha a menor divida de que ele seja tributo, o que se tem duvida é em que categoria de Vibuto ele se encaixa, No caso do que ocorreu em 1996 no Brasil, quando ocorreu 0 empréstimo compulsério dos combustiveis, o empréstimo {oi langado como imposto. A divida esta em que espécie ele esta inserido, porque ele & instituido hora como taxa e hora como imposto. © artigo 149 da CF trata das contribuicdes, mas _no de melhoria, so as chamadas contribuigSes especiais, que podem ser chamadas de contribuigses sociais, pode ocorrer por intervencao no dominio econdmico ou por interesses de categorias profissionais, como por ex OAB, FINSOCIAL, CREA... Esias contribuig6es so cobradas por Lei Federal delegando 0 poder de tributar a esses 6rg%os, existem organismos que s&o os conselhos regionais, so profissées regulamentadas por lei federal, © por isso esta lei federal institui conselhos pata regulamentar os profissionais, e para manter estes conselhos 6 que os profissionais 18m que contribuir. Qual é a contribuiggo de interverigao no dominio econémico? Eo PIS, queéo ma de integragao social, nada mais ¢ do que uma forma de tirar um pouco do lucro da empresa e distribuir enire seus funciondrios, Eas contribuigdes sociais sao ISS,CPMF, Cofins,... © INSS, por exemplo, todos convibuem, 0 empregado e o empregador, er elagao 20 empregado, hd uma contraprestacao, que 6 a aposentadoria (previdéncia), hospitais (INPS), portante, por haver @ contraprestac4o, com relagao a0 empregado, a contribuiggo social (INSS) @ uma taxa, mas’ com relago a0 empregador, ele contribui por mera obrigagdo, sem aguardar nenhuma contraprestacao, portanto, com relacdo a ele, o INSS é um imposto, e ai esta a divida, por isso estd entre os tributos discutiveis. ~~ Nas~eategorias profisstonais, “tals -como a~OAB>CREA; contrapresta¢éo para o profissional que recolhe, que @ a fiscalizagao dos ha uma @ profissionais, fundamental para garantir a perpeluidade @ ética da profissdo, assim, deve ser uma taxa, mas 8 disculivel, hd muita discussfo doutrinaria sobre este ‘assunto, somente doulrindria, pois 0 proprio artigo 149 da CF manda que seja tratado come tributo, assim, embora haja discussdo doutrindria a respeito disso, na pratica, deve ser tratado como tributo e ponto final. Mas 0 pedagio 6 uma espécie que nao se encaixa totalmente nas demais, std previsto no atigo 150,V da CF, que trata da proibigao da limitagao do tréfego, ressalvada a cobranca de pedagio. 0 pediigio pode ser considerado uma taxa? © fim da arrecadacao do pedagio & pela conservagao das estradas, mas nds nao pagamos pela conservagao, mas sim, pela utilizagao ‘das estradas, e a utilizagao nao & um servigo, como , por exemplo, alugar um prédio pablico, neste caso eu page ‘um aluguel, no um tribulo, portanto, ele nao pode ser considerado uma taxa. ‘A discussao que existe a respeilo do pedagio ¢ se ele seria um tributo ou uma receita originaria decorrente do patriménio publico, ou trata-se de uma espécie ‘oe taxa, ou talvez uma espécie aulbnoma, que ndo se encaixa em nenhuma delas. © fato gerador do pedigio é a ullizago, @ nfo havendo. uma contra prestagao de um serviga, assim, 0 pedagio escapa um pouco da figura tributaria, Da mesma forma, a laxa de gua, luz, seria. considerado um tribulo se fosse cobrado pelo Estado ou o Municipio, mas como é a CPFL, ou 2 Sanasa, n&o é uma taxa, é uma espécie que serd tratada posteriormente 2. Tributos quanto ao aspecto material das hipéteses de incidéncia Hipdlese de incidéncia & sindnimo de fato gerador, ou seja, ¢ aquela situagao eserita’ na norma que quando ocorre gera a obrigarao de pagar um determinado tributo, é 0 fato concreto daquela hipélese prevista na norma, a. _Tributos Vinculados - 0 lermo vineulado aqui ndo tem nada a ver com © termo vinculado do direito administrativo. © Inibulo & vinculado @ uma contraprestagéo vollada para o contvibuinte, existe uma alividade contraprestacional do Estado em relago 2 quem contribui, estdo enquadradas nesta categoria as taxas as contribuigées de melhorias 4 ©.” Tiibutos no vinculados ~ so pagos independentemente de qualquer contraprestacao do Estado, aqui esta enquadrada a categoria dos impostos. No came do IPTU existem 3 tributos: © imposto (IPTU) e uma taxa (taxa do lixo), esta segunda, que, Segundo a Prefeitura, se destina a coleta e destinagdo do lixo, e uma Segunda taxa, @ taxa de combate a sinistros.; Quanto & taxa do lixo, a contraprestacdo ‘é indiscutivel, mas a taxa de combate a sinistros, no hd porque, endo em vista que a Prefeitura ndo faz nada~para evitar sinistros, por sinistro, subsritende-se a inundagao, incandio, destruigao, ...enlo, ndo é cefla.esta taxa, 6 uina taxa inconstitucional, porque nao ocorre aqui nenhuma contraprestagao da Profetura com relagao 20 contribuinte, tendo em vista que os bombeiros, que cuidam ae sinistros, so de responsabilidade do Estado, nada tém a ver com a Prefeitura, além disso, a taxa para eles ja & paga quando vai ser expedido o Habitese. CONTRIBUICAO DE MELHORIA O artigo 81 do CTN dispée sobre as contribuigdes de melhoria. ' A contraprestacao que o contribuinte tem ao pagar esse tibuto 6 a Valorizagao imobilidria de seu imével decorrente de uma obra piiblica, & agora passamos a tralar dos tribulos discutiveis, como por exemplo, o empréstimo compulsério, onde ele se encaixaria? joria que por estar vinculado a um destino certo, 0 Wvestimento puiblico, ,.ou guerra ou calamidade publica, que so os ensejadores Pata a ciiagso desse tributo, previstos na CF, & um relomo, uma conlraprestacao, entdo, para essa maioria, ele deveria ser considerado um tributo vinculado, i, Outro. tibuto que taribém & discutivel 6 a contribuiggo Previdericiaria, como o INSS, que para o empregado hd uma contraprestagao Yestatal, talvez do imediata, mas futura, hd pelo menos ‘uma expectativa de contraprestagao, portanto, neste aspecto, ele & considerado um tributo vinculado, Mas a contrério sensu, quando a empresa paga o INSS, nao tem em vista Giretamente, nenhum benelicio, “énquadrand6-sé, “portanto, neste aspecto, na — 8 categoria de tributos nao vinculados. O PIS e a coniribuigao sindical também caem nesta mesma discussao. : (0 CPMF, se for analisar pela destinagSo da arrecadagao, que em tese, seria para a sauide, deveria ser considerado um tributo vinculado, mas ndo ‘esta a classificaggo, a contraprestagao, nesse caso, leria que ser para o contribuinte, e neste caso, a contraprestagao ndo é para 0 coniribuinte, portanto deveria entrar na classificago dos tributos néo vinculados. De acordo com o artigo 4° do CTN — "A natureza juridica especifica do Wibuto & delerminada pelo falo gerador da respectiva obrigagao, sendo imelevantes para qualificd-ta: i 1a denominagao e demais caracteristicas formais adotadas pela lei I—a destinagdo legal do produto da sua arrecadacao Nao interessa se 0 Govemo aplique um tributo e © chame de contibuigdo, 0 que deverios analisar é se ele realmente se encaixa na qualificagao de contribuigdo, mas se chegamos & concluséo de que ele se enquadra na categoria de imposto, pouco importa a sua nomenciatura dada, ele seré imposio, independente do nome que é dado pelo governo. ‘Se a Prefeitura langa uma taxa de asfalto, nds sabemos que ndo é uma taxa, ela pode alé chamar de taxa, mas, na realidade, é uma contribuicao de methoria, entéo, apesar de ser chamada de taxa, ela deverd ter o tatamento de coniribuigao de melhoria, porque é o que é na realidade, ‘Assim, devemos analisar as regras da contribuicao de melhoria fornecidas pela lei, © so aquela “chamadat taxa nao for, realmente, uma 12x, caimos no artigo 4167 do CTN, que diz que néo inleressa o nome dado, 0 que importa & em que categoria ela realmente se enquadra, Uma coisa pode ser sempre sanalisada, quando o nome no bate com a real categoria, com certeza é poraue ha algo de errado. No inciso ll do artigo tratado (art. 4°), diz. que nao importa a destinagdo legal do produto da arrecadacao do Wibulo, ou melhor, pars & definigao, pouco importa a destinacdo real do produto da arrecadagao, mas 3 finalidade prevista para 0 recolhimento ¢ importante para definirmos espécie tibutéria, para lo como espécie esclarecer podemos citar um exemplo, 0 CPMF, para defi \ributaria, @ importante sabermos a destinagdo legal dada ao dinheiro arrecadado, que @ para a saiide, mas 0 que {oi feito realmente gom o dinheiro, se ele, na realidade néo foi transferido para a satide, isso 6 que é irrelevante para a definics0 do tipo tributario, ndo porque foi mal ulilizado o dinheiro que sera alterado o titulo do tributo, 3. Classificagio dos tributos quanto a sua finalidade Se 0 artigo 4° diz que 6 imelevante a sua desiinagao, como vamos fazer uma classificagéo, ent&o, nesse caso, ndo-é {do irelevante assim, na tealidade, ao menos 0 fim previsto 6 relevante. é 1) Tributos Fiscais ~ com fins fiscais 2) Tributos Para-Fiscais 3) Tributos Extra-Fiscais © que seria o fim fiscal (objetivo fiscal) do tributo? ‘$0 fins meramente arrecadatérios, interesses apenas e {do somente arrecadar, Tributos Para-Fiscais ~ “Para” aqui vem de paralelos, estes tributos s4o aqueles destinados 2 atos da Administragao indirela, a administracdo indirela & quando © poder pubblico se cerca de outros érgdos para 0 cumprimento de certos ~~ Objetivos fundamentais, como por exémiplo @ EMDEC, Sétec: Tudo aquilo que se paga para estes érgdos s40 os tributos paracfiscais (6rgos ou entidades que compdem a administragao indireta), Anteriormente néo_ se falava em contribuigbes especiais, s6 se falava em contribuigses para-fiscais, alé que em 1982 0 govemo criou o Fimsocial, e no Fimsocial, embora a sua previséo seja para 0 financiamento da Seguridade Social, gle entra direto no cofre da Administragao direta, entdo, foi a prirneira contribuigao nao para-iscal, e a partir dessa descoberta, temos agora coniribuigses sobre 0 lucro, que entram direto para os cofres piblicos e néo para a previdencia, ento, ndo podemos.mais se falar de contribuigdes. para-fiscais, tao somente, porque ndo se englobaria tudo, entéo hoje se fala de contribuigSes especiais, mas nos livros consta, ainda, como contribuigdes parafiscais. Assim, dentro das contibuigses especiais nés temos as coniribuigées para-fiscais (INSS, Previdéncia social, as contribuigdes sindicais, contribuigSes profissionais). E “as nao para-fiscais, que vo direto para 0 bolo, para 0s cofres da Unido. A Cofins (contribuigao sobre faturamento) 6 uma mina de ouro para o Governo 0 decorrente da receita da Cofins, que incide sobre todas as empresas, 2% sobre 0 faturamento bruto, é hoje, a maior receita da Unido. Tributos Extra-fiscais ~ tem fins extra-fiscais, por exemplo, quando a Unio altera 0 imposto de importagao de veiculos de 10 para 60%, o que ela pretente? Ela quer zerar 0 imposto, no quer arrecadar mais nada do imposto, ela, a Unido, quer somente proteger a industria nacional, lengao, ao mexer no imposto {oi proibir a entrada de carros importados no Brasil, se entrar teria que pagar 70%, 0 que toma inviavel economicamente, & um obstaculo intransponivel, em termos econémicos, 4 importagao de veiculos. Ou quando 9 Governo pretende tirar © dinheiro do mercado financeiro de CDBs e jogar na cademeta de poupanga, para financiar a construgdo de casas populares, ele (0 Governo) aumenta 0 1OF do GDB, ai 0 rendimento perde pelo imposto, entdo fica desinteressante a aplicacdo em CDBs, assim 0 aplicador busca ‘outro modo de aplicar o seu dinheiro. OTR também ¢ utilizado como politica de reforma agréria, por isso as terras improdutivas pagam 0 ITR maior do que ss produtivas. Nestes casos acima cilados, 0 imposto é ulilizado com fim extra-fiscal, e nao com fins lucrativos. Entdo, quando falamos de finalidade extra-fiscal de um tributo estamos falando de outras poliicas governamentais no sistema tribulério, sendo 0 tributo, 3s, Ndo 6 necessario que 0 ributo tenha exclusivamente mero veiculo destas pol fins extrafiscais, ele pode ter os dois fins, extra-fiscais e fiscais. Por exemplo, 0 tribute pode Ter este ano um fim extra-fiscal e 0 ano que vem um fim fiscal. 0 legistador e © governante tem, agindo sempre em conjunto, liberdade para utilizar 0 tributo, porém, essa liberdade tem certos limites; ¢, na realidade, uma liberdade entre aspas, para que nao seja ferido 0 principio da igualdade, da isonomia, como ‘corre no caso da guerra fiscal, onde dao até 10 anos de isengao tributaria para que grandes empresas se firmem em determinados municipios, mas e as outras empresas que ja estavam ld anles e que recothem corretamente 0s impostos, contribuindo com o municipio? & importante lembrar que essa liberdade s6 pode ocorrer com 0s tributos que no tem vinculag4o, se por exemplo, a contribuigo de methoria, ela tem 2 limites para ser cobrada: o limite geral total ( 0 prego da obra néo pode ultrapassar 0 custo da obra) @ o limite individual para 0 contribuinte (que é a valoriza¢ao — ninguém paga mais do que valorizou a sua obra), Ora, se a prépria lei determina os limites, este tributo ndo pode ser ulilizado para um fim que nao seja o simplesmente arrecadatério. Mas e a taxa, pode ser ulilizada com fim extra-fiscal?. 0 valor da taxa deve comesponder ao custo que © contribuinte provocou, no caso da Agua, se fosse fornecida pelo Governo, ele pagard pelo tanto que gastou, 0 mesmo ocorre com a luz,... esses S40 tributos vinculados a uma contraprestacdo, entdo fica praticamente impossivel utilizar os tributos vinculades com fins extra- fiscais. Os ndo vinculados so s6 os impostos, eles nao tem vinculacdo, nao tem um limite de valor, 0 ente tributante tem liberdade de mexer com os impostos de forma 2 alcangar outros objetivos que ndo os meramente arrecadatérios. Pode diminuir, por exemplo, 0 IPI dos fabricantes de computadores, para incentivar a informalizagao no Brasil ., 0U Se quiser incentivar o aumento do ntimero de universidades, e assim por diante IMPOSTOS seu conceito esta previsto no artigo 16 do CTN — Imposto 6 0 tributo cuja obrigac4o tem ‘por fato gerador uma situacao independente de qualquer atividade estatal especifica relativa ao contribuinte. ‘As caracteristicas da norma sdo as seguintes: ela sempre & abstrata, impessoal, genérica, ela raz uma hipdtese que no dirello tribulario se chama hipétese de’ incidéncia’ Assim, numa norma que estabelece que quem vender mercadoria paga ICMS, neste caso esté, hipotelicamente criada a norma, e no iomenfo €m que um comerciante Vende uma mercadoria,ocomeu uma-situagdo ——— @ concreta que corresponde exatamente & hipdlese descrita abstralamente na norma, @ essa siluagdo de praticar uma ago concreta que esta descrita na hipétese de incidéncia de uma norma, é a ocorréncia do fato gerador do tributo. Enldo, a hipétese de incidéncia 6 a hipdtese descrita na norma enquanto ‘que o fato gerador ¢ a situacdo concreta idéntica & descrita na norma que ocorreu. ‘Quando ccorre isso, 0 nome ulilizado pelo direito & subsungao do fato a norma, ou seja, a ocorréncia concreta do fato descrita na norina, @ quando ocorre isso, nasce a obrigagdo tributéria. Hipétese de incidéncia- vender produtes (ICMS) Fato Gerador - o'bar da esquina vende um mago de cigarros Imposto 6 0 tributo cuja obrigagao tem por falo gerador, uma situacdo independente de qualquer atividade estatal especifica relativa ao contribuinte. Esta, portanto, enquadrado na categoria dos tributos nao vinculados, pois os vinculades tem que haver alguma contraprestagao vollada a quem est pagando, 0 nico tributo no vinculado é 0 imposto. © legislador elegeu como falo gerador do imposto uma situago que no depende de uma. contraprestag3o do. Estado a quem. esta pagando (a0 contruibuinte), na verdade a receita oriunda de impostos néo tem destinago especifica, ela volla para 0 custeio das atividades e despesas gerais do ente {ributante, e essa situagao escolhida pela norma para o imposto é sempre um fato, ‘uma situagao indicadora de capacidade construtiva, é sempre uma siluagao do diteito privado, ou seja, ele esté sempre vinculado a algo que gera riqueza, os impostos acabam * retomando" & popula¢o, mas no geal, nao ha uma destinagao especifica; 0 imposto.é destinado de acordo com o que est no orgamento, apés 0 ‘orgamento aprovado, a receita de impostos @ que vai pagar as despesas especificadas no orgamento do ente tibutante, E muito importante, no momento em que nos vemos diante de uma exigéncia criada por uma norma, verificar se realmente ha ou no uma contraprestaggo estatal para com 0 contribuinte, se ndo:houver, 0 tributo @ um imposto, mesmo que tenha outro nome (as vezes o governo da o nome de taxa a um imposto, por exemplo). + Classificagao dos impostos a 4. Quanto ao nexo entre a matéria tributavel € 0 contribuinte — dentro dessa classificago podem sor criadas duas sub-classificagdes, 0 imposto, com relagao 20 nexo entre a matéria tributavel e o contribuinte pode ser: a, Pessoal ou real b. Dir al. Imposto pessoal ~ Séo 0s imposios que levam em consideragao as condigSes peculiares do contribuinte. Um exemplo 6 0 LR., se numa empresa todos tem o mesmo salério, nBo s8o todos que pagardo o mesmo imposto, porque um foi 20 médico, ao denlista, outro tem flhos, paga escola, um paga aluguel, 0 outro néo, tudo isso é levado em conta na hora de pagar 0 LR. ail Imposto real — so aqueles que levam em conta a coisa (rex), sendo imelevantes as condig6es’ pessoais do contribuinte. Neste tipo de imposto é absolutamente irrelevante as condigdes pessoais do sujeito passivo, exemplos deste {ipo de imposto 6 0 IPTU,ITR,IPVA\IPIICMS. Para 0 IPTU, a tinica coisa que importa ¢ 0 valor venal do imével, sobre 0 qual se aplica a aliquota, que & um percentual sobfe a base de calculo (no caso do IPTU, a base de célculo 6 0 valor venal do imével), entdo, nesse imposto, a Unica ‘coisa que importa para o Estado 0 valor do imével, independendo se 0 contribuinte ___. etd desempregado, hospitalizado, enquanto que para a apuragao do IR, levam-se ‘em consideragao todos os fatos peculiares e pessoais do contribuints durante todo o periodo de um ano. ‘Antigo 145 §12, CF — sempre que possivel os impostos terao cardter pessoal © serio graduados segundo a capacidade econdmica do contribuinte, Este € um principio constitucional que prevé o carater pessoal do imposto, 0 respeito 20 principio da capacidade contibutiva do suite passivo, mas evidente que esta é uma mensagem dirigida ao legisiador, dizendo: * se voces vo criar um imposto, que os faga de forma que seja pessoal, de forma que ele leve em consid as Condigdes Wo contribuinte, porque-esse &-0 ideal,-cada-um paga de @ acordo com a sua capacidade, isto ¢ uma recomendagso da constituigao, endo una + ordem da mesma, ou seja, isso, sempre que possivel. © artigo 156,§1° da CF prevé que os imfostos que incidem sobre a propriedade predial e territorial urbana podem. ser progressivos, de forma a lassegurar o cumprimento da fungdo social da sociedade, Em Campinas, a Prefeitura diferencia em 3 niveis a tributagdo de IPTU, um a aliquota de 2% para os iméveis residenciais, de 3,5% sobre os iméveis ndo residenciais © de 4% para os terrenos, entéo, & evidente que penalizar com uma aliquota maior os terrenos é até justificdvel, tendo em vista da inten¢4o da Prefeitura de que os proprietérios déem um destino ao imével, dependendo de que isso realmente seja para assegurar uma fungdo social, mas no caso dos iméveis ndo comerciais nao ha jusificativa, © lembrando que a defini¢ao do termo “fun¢ao social" cabe @ uma lei federal, e ndo qualquer prefeilo, deve ser, na verdade, uma definigdo federal, 0 que ainda ndo existe, Porém, © que ocore em Campinas, ndo é para garantir fungao social nenhuma, mas eles se utilizam do principio da capacidade econdmica para justificar fa cobranga maior de IPTU. com relagdo aos. iméveis ndo residenciais, entéo, segundo eles, as empresas geram riquezas e tem capacidade econdmica enquanto que residéncias nao, na verdade, essa 6 uma presun¢ao absurda e sem fundamento, porque mesmo quem mora ganha dinheito, pode, inclusive ser dono de uma empresa. Mas 0 problema no acaba ai, 0 IPTU é um imposto real, @ assim sendo, nao leva em condi¢ao as condigSes peculiares do sujeilo passive, nem o destino dado ao imével, na verdade, s6 se leva em canta 6 valor do imével, portanto, i ‘a aliquota deveria ser igual a todos, sendo infundada a justificativa de capacidade econdmica ‘Aitigo 182 CF - este artigo trata da polilica urbana, e 0 seu §4° prevé 0 que a Prefeitura deveria fazer, na verdade, para aumentar as aliquotas com um fim social, fa finalidade social de néo deixar terrenos vazios por varios motivos, tais como proliferagdo de lio e ratos,..., @ a lel prevé a punigao do aprovellamento inadequado do imével, mas como a Prefeitura quer cobrar a mesma aliquota de 4% do terreno da Nova Campinas, que tem luz, gua, esgoto, asfalto, com um lote situado no DIC \V, onde ndo tem agua, nem luz, nem asfalto, assim podemos cbservar que a difentenga na aplicagao de aliquolas relativas 20 IPTU em Campinas tem um indiscutivel cardter fiscal, somente arrecadatério, sem qualquer finalidade social, @ Por isso pode ser julgado inconstitucional. bil Imposte Direto ~ aquele em que a carga Libutéria (Snus financeiro) @ suportado direlamente pelo contibuinte eleito pela lei, como por exemplo, o IR, IPTU,ITR,... bl. Imposto Indireto ~ neste caso a lei de antemao, j4 sabe que o fespectivo encargo financeiro sera transferido a terceitos, tais como no caso do ICMS, IPI. Entao, aqui nés temos dois lipos de contribuintes, 0 contribuinte de direito, que € a loja, ou © comércio, por exemplo, que mantém rela¢ao juridica com 0 Estado (ente tributante), e 0 contribuinte de fato, que @ aquele que pée a mao no bolso e suporta o encargo, ¢ quem paca o. imposto, 0 contribuinte A indistria quando vende um produto ao distribuidor, e para isso emite uma nota fiscal, ela j4 embute no prego final, o valor do ICMS, que para ficar mais facil, diremos que tem aliquota de 10% sob o valor da mefcadoria, entao a industria vende Para © distribuidor por R$ 110,00 (neste valor ja esta embutido 10% do ICMS, na realidade 0 valor da mercadoria seria R$ 100,00,'os outros R$ 10,00 so relativos a0 ICMS), 0 distribuidor vai vender Para a loja, pelo valor de R$ 200,00, desse valor, tera que recolher 10%= R$ 20,00, entdo, a mercadoria sera vendida Para a loja por R$ 220,00, e desses R$ 20,00 recolhidos Pelo distribuidor, como ele ja havia recolhido R$ 10,00 na transagao anterior, ele sé recolhe R$ 10,00, que totaliza os -_....R$.20,00. serem recolhidos, tendo.em vista o valor de RS 200,00 da mercadoria. Agora, depois que a loja comprou a mercadoria do distribuidor Por R$ 220,00, ela Vai vender a0 consumidor por R$ 400,00, mas desse valor, terd que ser recalhido 10% relativos ao. ICMS, assim, a mercadoria custard ao consumidor R$ 440,00, desses R$ 40,00 recebidos na venda, a loja recolhe R$ 20,00, porque ja havia ‘ecolhido RS 20,00 na operago anterior, assim, 0 consumidor é o tnico que paga, ‘sozinho, todo 0 valor a ser recolhido para o ICMS, ou seja, 10% do valor total, que é RS 40,00, e os outros comerciantes nao pagam nada, eles simplesmente transferem de um para 0 outro, até que 0 bobo final, que somos nés pagamos todo o pato. Dessa forma, percebemos que esse imposto no ¢ cumulative, porque ele tibiae Mas nés possuimos tribulos cumulativos, um exemplo é 0 CPMF, porque todos recothem a mesma aliquola em cada transagao e no é repassado a ninguém, J a industria que faz sofas paga CPMF pata comprar mercadoria, porque pagou com cheque, © distibuidor compra a mercadoria com cheque, paga novamente o CPMF, depois a loja, e por fim 0 consumidor paga novamente 0 CPMF, e 0 custo adicional, claro, sera acrescido na mercadoria, porque os comerciantes nd vao querer suportar 0 prejuizo, e 0 prego da mercadoria aumenta muito, esse 6 0 efeilo cascata, que gera um efeito inflacionario, justamente por isso, & que 0 legislador no permite a criagdo de imposios novos que tenham essa caracteristica, somente a criagdo de impostos nao cumulativos, vejamos que a CPMF néo é imposto, mas sim uma contribuiggo, e mesmo antes, quando era IPMF, ndo era um imposto, 86 tinha 0 nome de imposio, como serd visto, posteriormente, Como ja foi dito, no direito tributério, diferentemente do direito privado, quem paga mal, repete, ou seja, pede de volta, com excegao do artigo 166 CTN, que tata dos impostos indiretos, porque nestes tipos de impostos, quem paga, realmente, ¢ 0 consumidor final, porque ele foi sendo ransferido, a cada operasao, portanto, se 0 industrial, 20 produzir 0 produto, se ele pagou indevidamente o ICMS, ele ndo podera repetir, porque, na realidade, quem pagou nao foi ele, ele transferiu, quem ‘pagou foi o consumidor final, @ 0 consumidor final também nao pode repetir, porque ‘ele ndo tem relagao juridica com 0 estado, somente pode pleitear a repetigao do imposto, a empresa que tem relacdo direta com 0 govero, que é a empresa, assim, ‘05 impostos indiretos no comportam restituigo. Concluindo a classificagdo, nds podemos Ter impostos pessoais diretos, que 6 0 caso.do IR, impostos reais diretos (IPTU, ITR,IPVA), e impostos reais indiretos (coMPtn. Num pais desenvolvido, a predominancia de impostos pessoais diretos, nos paises em desenvolvimento, tal como 0 Brasil, a predominancia & de impostos reais indiretos 3. Classificagae dos impostos quando a natureza econdmica Esta classificagdo est no indice do CTN: importagao Comércio Exter exportagao ’ b. Patrimé jo erenda ~ITR, ITBI, IPTU, IR c, Produc’o e circulac3o~ IPI, ICMS, OF, ISS d. Especiais ~ so os impostos extraordinarios de guerra Esta classificagao apresentada € uma classificago pela natureza econémica da siluacdo eleita pela lei como produtora de riqueza, como caracterizadora de uma capacidade contributiva, dividida por sua natureza econdmica, assim classificou o TN, diferentemente 6 a classificago da CF, que divide os impostos levando-se em conta a compeléncia dos Estados, Unido © Municipios. Enlao, enquanto no CTN levou-se em conta a natureza econémica dos impostos, na CF, levou-se em conta a competéncia econdmica de cada ente tributante. Existem alguns impostos previstos no CTN que j4 no mais existem, tais como a Se¢a0 Il do Capitulo IV, Sego I e V do Capitulo V. 4 Por outro lado, existem impostos que existem mas que no constam do CTN, tais como: Grandes Fortunas, que entraria na parte dos Impostos sobre Patsiménio e Renda, mas no esté em vigor, e 0 IPVA, que também se enquadraria ‘na classificagao de patriménio e renda, ocorre que 0 IPVA néo existia ao tempo da criagao do CTN, mas hoje est previsto na CF. Assim, devemos estar sempre atentos & época, temos que saber visualizar 0 GTN no momento atual, como por exemplo, 0 ITBI era um imposto de competéncia exclusiva dos Estados, hoje em dia, ele foi dividido em dois, o ITBI “causa montis" que 6 de competéncia do dos Estados, e 0 ITBI infer vivos, que é de competéncia do Municipio. 4. Classificagdo em Razao da Autoridade da qual Emanam: a. Impostos Federais ~ artigo 153 CF b._ Impostos Estaduais — artigo 155 CF ‘e. Impostos Municipais ~ artigo 156 CF TAXAS @ Quando falamos da aplicag3o dos tibutds, disculimos a alividade administrativa de 2 formas, as gerais (uti universi) e as especificas (uti singuli), sendo que as gerais sto destinadas a toda a coletividade e as especificas que so dirigidas a um grupo determinado de pessoas, ou a determinada pessoa. J vimos, também, no artigo 16 do CTN, que o imposto se presta a cobertura dos gastos gerais do ente tributante. A alividade administrativa geral que so para a coletividade como um todo, 6 coberta pelos impostos, toda a despesa do Estado que se reveste de uma caracteristica geral, coleliva, deverd ser uma receita obtida alravés de um imposto. 4 0 Estado também se aparelha para prestar algumas obrigagSes, tais como 0 tratamento de agua, que 6 um servico prestado a um determinado numero de pessoas, € quando é destacada uma parcela da alividade administrativa dirigida a um grupo de individuos, esse servigo vai se caracterizar como uma atividade specifica e a cobertura do seu custo sera através da taxa, portanto: Taxa é 0 tribulo deslinado a0 custeio de atividades administrativas especificas e divisiveis prestadas diretamente ao contribuinte. ‘Ast. 150,lI da CF -determina que a Unido, Estados ou Municipios poderdo instituir os seguintes tribulos, e entre eles est a taxa.. ACF cabe a alribuigSo de competéncia de enumeragao de tributos, mas a definigdo do que sejam estes tributos cabe a lei complementar (CTN). Artigo 77 e 78 do CTN—0 artigo 77 cita o poder de policia, e © 78 vem para definir 0 que soja 0 poder de policia. Poder de policia € a aluacdo estatal visando adequar alividades do particular 20 interesse publica, verificando o cumprimento das normas pertinentes para a concesséo de aulonzagao, licenga ou alvara. E 0 poder no sentido de fiscalizagao, de controle, no de policia armada. Ex. Para construir num terreno, necessitamos de uma aprova¢do do projelo pela Prefeitura, que vai verificar 0 zoneamento, 0s recuds..., Se estiver tudo coreto, sera concedido um alvara. © inleresse para que 2s normas sejam obedecidas & coletivo, mas 0 alvard foi concedido para uma determinada pessoa, assim, embora com fins eminentemente coletives, de inleresse publico, sao alividades especificas, @ por isso deve ser cobrada uma taxa para o exercicio desse poder pubico. @ Da mesma forma, ao terminar a obra, ser necessério o alvard do corpo de bombeiros, que se chama habilese, @ esta alividade provocada pelo cidadao com felagdo ao corpo da bombeiros 8 remunerada por taxa. + No caso de cobranca de taxas relalivas ao exercicio do poder de policia, geralmente:serd uma taxa fixa. Entdo, no artigo 78 CTN, nds temos um rol que nos mostra quais S40 os interesses piblicos que ensejam a cobranca de taxas, tais como a seguranga, a higiene publica, idade que est4 disciplinanda uma atividade do particular visando um objetivo maior, que é 0 interesse publico, esta atividade @ especi fica © divisivel, e 6 especificamente dirigic um contribuinte, como divisivel, significa que ela seja possivel de dividir por enlre os que dela se vtiizam, 4 . Tudo isso que foi dito foi com relacdo a taxas cobradas pelo exercicio do poder de policia, agora passaremos a segunda espéci Asligo 79 CTN — Aqui surge um complicador, temos que definir 9 que é a uutlizaco ~ ex: a Prefeitura instala no bairro luz, agua € esgoto, para utilz-o, basta ‘que eu simplesmente faga uma ligagao, mias enquanto eu nao fizer essa ligagdo eu no pago a taxa? Pago, porque neste caso ha uma utilizago em potencial, € uma forma de custear as despesas da instalago, se eu no ulilizo, pagarel uma taxa minima, que pelo chamado uso em potencial. Assim, se eu tenho uma fossa na minha casa, porque quando ela foi construida ainda riao havia esgoto no bairro, mas a partir de um certo momento a Prefeitura insiala esgoto no bairro, eu posso alegar que nao \utllizarel, por possuir uma fossa, mesmo assim, eu pagarei uma taxa minima, 6 a Feceita com que @ Prefeitura conta para custear o investimento. Potencialidade de utiizagso-—-servigos. para os quais 0-Esiado.se.apareiha para atender a um determinado ou determinavel grupo de individuos devem ser sua manulengao custeada por esses beneficiarios, independente de fruirem ou nao do beneficio. A {ruigd0 efetiva € mais simples, porque ¢ medido 0 consumo na exata proporcdo ulizada, como por exemplo, no caso da agua, todo més vai o funcionario da SANASA para verificar no reloginho o quanto foi gasto de agua durante o periodo, e & sobre esle consumo que o coniribuinte deverd pagar. @ Entdo, relembrando, 0 imposto se diferencia da taxa no sentido que a taxa é um tributo que remunera uma contraprestag3o estatal a0 contribuinte, decorrente da aplicagéo do poder de policia ou da utlizacao de servigos publicos, entendendo que aplicagao do poder de policia entende-se pela alividade provocada pelo contibuinle para que, o poder publica fiscalze (regule) a pratica de um ato, por algum inleresse publica. E por prestagdo de servicos pablicos, a CF e 0 CTN no art, 77 fazem distingdes entve uilizagdo efetiva ou potencial dos servicos pablicos. : artigo 79, |, a, do CTN diz que os servigos so utilizados efetivamente quando usufruides pelo contribuinte, assim, quanto a esse tipo de ullizacdo ndo ha maiores dificuldades. ? © que nos gera mais problemas @ com relagdo 2 chamada utlizagéo potencial. Em Campinas nés podemos utilizar como exemplo a taxa de colela de lixo, que & cobrada juntamente com 0 IPTU . Os lotes de terreno pagam essa taxa, mas nao ha produgdo de lixo pelos terrenos, mas a Prefeitura alega que cobra a taxa de coleta de lixo dos lotes pela potencialidade , o que ¢ equivocado, porque a potencialidade ocorre em iméveis edificados. Assim, mesmo que por algum motivo eu no utilize 0 servigo de coleta. de lixo, porque eu tenho, por exemplo um incinerador em casa que elimina todo 0 lixo, neste caso, mesmo eu nao utlizando eu terei que pagar, porque ha uma utilizagao potencial, 0 servigo é oferecido, eu nao utiizo porque no quero, mas com rela¢o aos terrenos nao caberia. Assim, se 0 Poder Pablico se equipa ou se aparelha para a prestagao de um determinado servigo a um determinado ou determindvel grupo de pessoas, entao, cada membro desse grupo deveré contribuir para a manuten¢ao desse servico, nem que seja com 6 valor minimo. © mesmo ocorre com a luz, $2, por um acaso vocd sai ‘de viagem por 2 meses, ndo utilizando, portanto a luz elétrica durante esse periodo, mesmo assim, tera que pagar uma taxa minima. Com relagdo @ taxa de coleta de lixo, surge, ainda, outra discus: discussao 6 se a coleta de lixo é um interesse da populacao como um todo, tenha ou nao residéncia, produza ou nao lixo, levando em conta a sade puiblica, porque, se entendermos que a coleta do lixo € um interesse de toda a populagao, ela € uti Universi e no uti singuli, como deveria ser a taxa, ou seja, ela presta a populacdo como um todo ¢ nao a um determinado grupo de individues, e por isso deveria ser cobrado como imposto, 0 que no seria possivel, porque a CF nao prevé a f possibilidade de criagdo de novos impostos, mas essa tese ndo anda sendo aceita ros tribunais. Porém, a tese da Prefeitura de que os terrenos tem uma utilizago potencial do serviga de coleta de lixo, como a taxa de primeira instancia. istro, vem sendo demubado em Astigo 79, = os servigos podem ser especificos Isto ocorre quando 0 Poder Publico se aparelha para a prestagdo de um delerminado servigo especifico, como por exemplo, construir uma estrutura para fornecer agua @ populagac diante de um servigo especifico, uti singuli, ,, faz 0 ratamento, encanamento, neste caso, estamos Attigo 79,IN|~ divisibiidade Além da especificidade, a outra caracleristica que deve possuir 0 tributo para ser cobrado como taxa é sua divisibilidade, ou seja, a ullizagao potencial ou efetiva deve ser possivel de ser usufruida separadamente, ela deve poder ser medida, para ser cobrada correspondentemente pelo que foi utlizado. Por exemplo, no caso da taxa do lixo, a Prefeitura cobra utilizando-se da metragem cibica, ou seja, a area construida das casas, dai verificam o local, se tem coleta todos os dias, ou dia sim, dia ndo, multiplica-se por um determinado percentual e se chega a taxa'a ser cobrada. No caso de terreno a Prefeitura utliza @ {estada, ou seja, a metragem da frente do terreno, e isso é uma grande palhacada, tendo,em vista que os terrerios de esquina pagam 0 dobro dos outros. trarmos na discusséo do calaulo da taxa do lixo, antes analisaremos © artigo 145 §2° da CF —* As taxas no poderdo Ter base de cdiculo de impostos”. IPTU 6 calculado pelo valor venal do imével, ele & a base de céiculo, e sobre ela se aplica um percentual, a base de célculo do ICMS 6 0 valor da mercadoria, e assim por diante. Enldo, base de célculo é aquela medida sobre a qual se eplica uma aliquota para se determinar 0 valor devido do tribute. 0 artigo 77, parégrafo tnico do CTN diz o mesmo que 0 145§2° da CF, ou seja, no’ é permitido ullizar-se, para as taxas, a base de célculo propria dos imposto. corre que o valor venal do imével que 6 a base de cAleulo do IPTU, é apurado pela metragem consiruida, metragem do terreno, zoneamento,..., sendo assim, a metragem construida 6 um elemento da base de calculo do IPTU, porque sem isso ndo 6 possivel 0 calculo do valor venal, e o STF vem decidindo que nao precisa haver identidade (serem idénticos) entre a base de célculo de uma taxa e de um imposto para ser declarada a sua inconslilucionalidade, basta que a taxa _utlize um elemento da base de calculo de um imposto. Portanto, na taxa do lixo, que se uliliza a metragem construida, 6 uma taxa inconstitucional. Outro problema encontrado na referida taxa do lixo, é com relagao divisibiidade, porque para ser cobrado cometamente, 0 lixo de cada _residéncia deveria ser pesado, caso conirério nao se identifica a sua divisil lidade e portanto, foge dos pressuposios exigidos pela taxa, tendo em vista que se for impossivel haver a diviséo de custo, 0 tibuto deve ser tido como imposto. ‘A taxa sempre remunera uma contraprestagdo estatal que tem que ser especifica e divisive, ndo se pode ulilizar taxas com outros fins © Suprema deu, a pouco, uma decisdo que derrubou as laxas de Sao Paulo, que s80 muito parecidas com as nossas, por se ullizarem de metragem construida para o caleulo das mesmas, ja é uma luz no fim do tunel. Exisie outro problema também, com algumas cidades que insistem em cobrar a taxa de iluminago publica, que é impossivel verificar 0 quanto cada um utilizou quantos do Bairro, da rua, ou alé de oulra cidade que passou por l4 a viagem, portanto é um servico indivisivel, além do que a iluminagao publica ¢ considerada inespecifica , por ter sido considerada a solucao para o problema da criminalidade, 6 um problema de seguranca publica, portanto inespecifico, geral, ndo podendo ser cobrado através de taxa Assim, a0 nos depararmos frente a uriia nova taxa, devemos verificar se ela & uma efetiva contraprestagSo, se hd ulilizagdo efetiva ou potencial, se especifica, e se @ divisivel, se ndo se enquadrar em todos esses requisites, ndo 6 uma taxa. PRECOS PUBLICOS Hoje em dia a grande maioria dos servigos ndo sdo fomecides diretamente pelo Poder Publico, mas sim por lerceiros, através de concessio a Gegrae fatd ane agar none ‘2 empresas do setor privado a prestagdo de servigos publicos, como por exemplo a CPFL, a Telesp, transporte coletivos, para os quails sq pagas as tarifas, assim, 0 servigo fomecido por empresas do setor privado, relalivas a serviros piiblicos so remunerados por tarifas, @ no esido sujeilas a conirole como se fossem tibulos, € por isso nao estao previstas no CTN. Pregos publicos ¢ quando 0 Poder Publico invade uma atividade de direito: privado, no caso dos bancos, Petrobras, onde o Poder Publico ingress numa alividade propria do direito privado e vai concorrer direlamente com 2s ‘empresas. privadas, o que @ pago a essas empresas so pregos publicos, também nao sujeitas a limitagées dos tributos, nao previstos no CTN, entéo, quem tem conta no Banco do Brasil, e paga por extratos mensais, taldes de cheque, "2 realidade, ‘os chamados pregos puiblicos. sta pagando Concluindo, se 0 ramo privado ingressa no campo do Poder Publica Por concessio, 0 que se paga a eles s40 latifas, © se 0 Poder Publica ingressa ne atividade privada concoirendo e visando lucre, nés pagamos pregos publicos. Pedai Por fim chegamos 4 analise do pedgio, que é uma figura muito discuida pela doutina, 0 artigo 150V da CF ressalva a cobranga’de pedigio pola utlizacéo de vias conservadas pelo Poder Publico. Nao existe taxa de ullizago de bem publica, para lei o pedagio nao é uma taxa-nés pagamos.a ullizagto das estradas, no caso do pediagio, ee nso @ Nm receita derivada, ele se origina do proprio patrimonio publico, portanto, ele € um pagamento pela utiizagao de um patriménio public. No caso das eslrades privalizadas, o que esta muito na moda hoje em cia, 0 ‘que se recone s&o tarifas, como ja foi tratado. CONTRIBUIGAO DE MELHORIA 0 tribute devido pelo proprelsrio do imével em razso de uma valoizagso gerada em seu imovel decorrente de uma obra publica. E considerado um dos tributos mais justos do nosso sistema, evitanto que 0 proprietario do imével seja beneficiado pela sua valorizagao decorrente de uma obra publica, ou seja, por uma obra que ele nao fez, entao o Poder Publica faz uma obra e de repente 0 seu imével tem 0 seu valor duplicado em razdo da obra, seria um caso de enriquecimento injusto, entao para que no ocorra isso, existe essa contribuigao. A contribuicdo de methoria possui 2 elementos basicos: 4. Ela se destina exclusivamente, ou seja, 6 vinculada ao custeio de uma ~~ obra publica 2 Desta obra deve ocorrer a valorizago imobiliaria Astigo 81 CTN — Contribuigées de melhoria cobrada pela Unido, Estados & Municipios, ou seja, @ um tribulo de compeléncia comum, tendo em vista que qualquer destes entes, desde que realize a obra, pode cobrar a contribuigso. ‘A contribuigdo de melhoria é instiuida para fazer frente 20 custo de obras pablicas das quais decomam valorizacao imobilidria, tendo como limite total a despesa tealizada (custo da obra), e como limite individual 0 acréscimo de valor que a obra resultar para cada imével beneficiado. Se a Prefeitura asfaltar um bairro em que eu possuo um terreno, e devido 20 asfalto ele valorizou de R$ §,000,00 para R$ 10.000,00, l6gico que a Prefeitura nao poderd cobrar RS 5,000.00 de mim, porque isso se configuraria um confisco, ela teria que cobrar de todos 0s beneficiados pela obra, 0 valor gasio, 0 que no pode ultrapassar de 10% do valor da valorizagéo ocorrida. 0 limite total é muito facil de ser apurado, ou seja, 0 que sera cobrado de todos os beneficiados, ¢ s0 fazer um orgamento da obra, 0 dificil € ser apurado 0 limite individual, ou seja, quanto sera cobrado de cada um A Prefeitura asfalta esta rua do bairro, entao elalerd que limitar a zona beneficiada, mas claro que os iméveis marginais 20 asfalto foram direlamente beneficiados, mas e as ooOoa ruas de (rds, porque agora passa onibus no baitro, mas légico que nao valorizou o ooo000 mesmo. Ha casos de asfaltamento de uma rua que permite o acesso de um bairro a outro, ou ao Centro, entdo, nao sé 0 bairro onde a rua foi asfallada foi beneficiado, entao, como podemos verificar, a delimitagao da zona beneficidria 6 uma coisa muito complexa, e além disso, como sera distri ido 0 custo da obra por entre os beneficiados, como sera atribuido 0 percentual de valorizagao de cada imével, na realidade, néo h como fixarmos isso, de forma que nenhuma contribuiggo de melhoria conseguiu, até hoje, fixar este limite, 8 um tributo que existe na teoria, mas nndo na pratica Em algumas cidades menores, a Prefeitura asfalla a rua e manda um camezinho para todos 03 proprietérios lindeiros, e 0 pessoal paga, mas se ndo quiserem pagar d problema, porque no pode ser cobrado como taxa, tendo em vista que néo é um servigo, mas sim uma obra, e 0 servigo prestado é que é cobrado através de taxa, no caso de ser obra, 6 contribui¢ao de methoria, Como diferenciar obra de servigo? Essa 6 uma questo de direito’ administrativo, diferenciamos pela preponderancia da mao de obra ou de material, quando ha uma preponderancia de material, & considerado obra, quando o que prepondera é mao de obra, neste caso 6 servigo, porque numa obra utiliza-se tanto mao de obra como servigo, por isso nds temos que diferenciar pela preponderancia. ‘A contribuigao de methoria é um tributo qué gerou’ grandes alleragies constitucionais na nossa histéria, vamos fazer um retrospecto histérico para ver como eles tentaram solucionar isso: ACF do 1946 vigorou até 1967, a CF de 46, originalmente, em seu artigo 30,1, § nico, falava © seguinle: | — Contibuigao de methoria quando se verificar valorizagao do imével em consequéncia de obra publica. § Unico -A contribuicgo de melhoria nao podera ser exigida em limites superiores despesa realizada nem 0 acréscimo de valor que da obra decomrer 0 imével beneficiado, Entéo, na CF de 46, nés tinhamos 2 limites, 0 total e o individual (custo total da obra e valorizagao individual de cada imével). AE.C. 18/65, que alterou a CF @ nos trouxe o Sistema Tributério Nacional, do qual nasceu o CTN, ¢ 0 artigo que tratava da contribuigao de melhoria passou a ser © sequinte:

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