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http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2010/02/20/retorica-da-intransigencia/
Para justificar essa proposição, ele procura mostrar de que maneira as políticas
trabalhista, fundiária e de crédito agrícola foram (e têm sido) responsáveis pelo atual
predomínio, no setor agrícola brasileiro, de padrão tecnológico concentrador,
caracterizado pela produção em grande escala e pela mecanização. Em sua opinião,
“seria de se esperar que a agricultura familiar tivesse se desenvolvido muito mais no
Brasil, com base nas próprias forças do mercado livre. Isso se deveria às características
peculiares do mercado de trabalho agrícola, que cria dificuldades para o
desenvolvimento da agricultura capitalista, como reconhecido na ampla literatura
internacional sobre o assunto. A inexistência de economias de escala na agricultura
reforçaria essa tendência de predomínio da agricultura familiar”.
Hoje, quando o governo federal decide fechar o cerco aos proprietários e empresários
rurais atuados pelo Ministério do Trabalho como exploradores do trabalho em
condições degradantes de escravidão por dívida, e determina a suspensão de
financiamento dos fundos constitucionais para os envolvidos, há avanço na civilização
brasileira. Eles devem perder ainda o direito a benefícios fiscais e outros subsídios. O
Congresso tem a oportunidade de ajudar a resolver o problema, aprovando a PEC
(Proposta de Emenda Constitucional) necessária para o confisco das terras dos
infratores, como medida civilizadora. A presença do Estado, via diversas instituições, é
fundamental para a construção da nação brasileira com a garantia dos direitos civis
individuais.
Para terminar essa breve apresentação deste livro, cuja leitura é imperdível, no artigo
cujo link está abaixo há outros exemplos da retórica da intransigência brasileira. O autor
faz análise da mídia e política no primeiro governo de Lula.