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TEORIA DA CONSTITUIÇÃO
NATAL – RN
AGOSTO DE 2010
FORMAS DE (NEO) CONSTITUCIONALISMO: UM ANÁLISI METATEÓRICO
(PAOLO COMANDUCCI)
1. Ponderações iniciais
2. O constitucionalismo moderno
1. Ponderações iniciais
2. Constitucionalismo, neoconstitucionalismo,
constitucionalização
4. O imperialismo da moral
No quarto e último tópico, Baberis declara que a deficiência do
neoconstitucionalismo defendido por Nino está na sua tendência de
reduzir os pontos de vista normativos ao imperialismo da moral, idéia
também propalada por Dworkin (1996). Para tanto, parafraseia Kelsen
na esteira de que ao Direito não se pode atribuir validez moral,
Genaro Carrió – que defende também uma obrigatoriedade
meramente jurídica -, Cristina Redondo, criadora da locução “princípio
do discurso prático”, por meio do qual é possível distinguir obrigações
morais, jurídicas e de outras naturezas.
Posteriormente, o autor elenca sete razões para a aceitação do
imperialismo da moral, quais sejam: a) disciplinar (distinção de
diferentes disciplinas práticas) – o estudo do Direito Natural e da
Filosofia do Direito estiveram por longo tempo atrelados à teologia
moral; b) metodológica (reflexão antiformalista de que o Direito é
fenômeno social e que não poderia ser isolado de fenômenos do
mesmo tipo, como a moral); c) lógica (impossibilidade do sistema
jurídico de autofundar-se); d) teórica (existem autores, em especial
Paolo Comanducci, na Itália, que teorizam o tema); e) prática (a
conclusão de um discurso prático é uma ação); f) política (a garantia
última contra eventuais aberrações do Direito Positivo pode consistir
unicamente numa justificação de caráter moral); f) filosófica (a
coerência de todos os valores – jurídicos, morais, políticos, religiosos,
etc - da esfera prática).
Por fim, conclui Barberis que o imperialismo da moral pode se
comparado a uma religião monoteísta, na qual se escolhe apenas
uma divindade, mas que também se despreza o fato do sacrifício
diário feito por todos a outros deuses. Conclui, também, pela
possibilidade da moralização do direito e da jurisdicização da moral,
sem olvidar a factível realidade de conflito entre valores jurídicos e
morais, sob pena de se enveredar por uma tirania dos valores.
QUESTÕES
1) A partir dos estudos de Comanducci, percebe-se que a
constitucionalização de direitos é fenômeno recente na história
constitucional. Relacione tal fenômeno com o
neoconstitucionalismo, bem como aponte suas características