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NAMORO E NOIVADO – CONVERSA COM JOVENS

João e Amélia chegaram para um dialogo, com a alegria de um jovem


casal saboreando as delícias das últimas semanas do noivado. Muito me
honraram em pedir que realizasse a cerimônia de seu casamento.
Aproveitei a oportunidade para marcar a cerimônia. Aproveitei também
a oportunidade para marcar alguns encontros preparativos para o
casamento.

Eles chegaram para o nosso primeiro encontro. Havíamos combinado


uma série de seis. Pedi que eles se assentassem e logo começamos um
bate-papo descontraído. Parecia que eles não tinham nenhuma
preocupação no mundo. Esse fato me deixou preocupado.

Na minha experiência em aconselhamento familiar, aprendi que 80%


dos problemas no casamento têm sua origem no período do namoro e
noivado. Esses problemas, que manifestam-se em atitudes e conduta,
são sinais vermelhos. A minha tarefa, como pastor, é descobrir quais
são esses problemas e orientar os noivos na solução dos mesmos antes
que se casem. Dificilmente o casamento terá sucesso se os problemas
não forem solucionados antes.

Você está namorando com uma pessoa crente ou descrente?

Conversamos com João e Amélia. Comecei com o problema mais


comum. Fiz uma série de perguntas com intenção de descobrir se os
dois eram convertidos. Amélia era membro da igreja onde eu
frequentava. Era líder ativa da mocidade. O João eu não conhecia. Será
que ele era crente?

Fui criado na roça. Aprendi com meu pai que nunca se deve colocar um
cavalo e um boi na mesma canga. Ele me ensinou que o cavalo tem a
tendência de correr para um lado enquanto o boi anda devagar para o
outro.

Naquele tempo eu não era crente. Somente alguns anos mais tarde eu
aprendi que o apóstolo Paulo usou a figura da canga para ilustrar o
relacionamento íntimo entre pessoas.

Certamente o casamento é a ligação mais íntima na experiência


humana. Esta intimidade é física, social, intelectual e espiritual. Paulo
nos exorta no sentido de que jamais pensemos em colocar o pescoço na
mesma canga com uma pessoa que não tem Cristo como Senhor e
Salvador.
Veja 2Co 6.14-18 e note bem as cinco ilustrações que ele usa para
demonstrar a importância da unidade espiritual. O próprio casamento é
uma ilustração humana do relacionamento de Cristo com sua noiva, a
Igreja (Ef 5.32). Este simbolismo deixa extremamente claro que não há
nenhuma possibilidade de se desenvolver um relacionamento com uma
pessoa incrédula sem que isto cause sérios problemas no futuro.

Como pastor, não tenho outra opção. A minha firme convicção é que o
namoro, noivado e casamento misto estão totalmente fora da vontade
de Deus. Não posso vacilar neste ponto, mesmo que os noivos, os pais e
os amigos apresentam todas as vantagens sociais e econômicas
provando que o casamento é vantajoso.

Eu procuro levar o não salvo a Cristo. Se a pessoa não salva não aceita
a Cristo, tenho que dizer, com muito carinho, que não é possível, nem
aconselhável, realizar o casamento. É claro que eles podem procurar
outro pastor que realize o casamento;

O caso de João e Amélia é fictício. Usamos um caso imaginário a fim de


dar segurança àqueles que nos procuram para aconselhamento, dos
quais João e Amélia são típicos.

Mas, diante da explicação clara da minha convicção bíblica, os jovens


pensarão duas vezes antes de casar-se com alguém que não participa
do plano de Deus.

O relacionamento de vocês está sendo orientado pela Palavra de Deus?

No caso de João e Amélia, aprendi que ele era crente firme, embora
fosse de uma outra denominação. Eles acharam graça quando expliquei
que relacionamento misto não é batista namorando com presbiteriano e
a nossa conversa mudou para coisas mais sérias.

A segunda área que queria sondar era a base do seu relacionamento.


Será que era a Palavra de Deus mesmo? Assim sendo, perguntei: "João,
quando você orou pela última vez com sua noiva?".

O João me olhou com surpresa e retrucou: "Oração!? Pastor, oração não


tem nada a ver com o nosso namoro!"

Com o passar do tempo, descobri uma coisa interessante: os jovens que


não oram juntos durante o namoro e o noivado, também não
conseguem orar juntos no casamento. E, para ser mais específico, os
jovens que não colocam a Bíblia como regra de fé e conduta durante o
namoro também não a colocarão depois de casados.

Esse problema é o resultado da distinção desnecessária que geralmente


fazemos entre aquilo que chamamos "espiritual" e aquilo que chamamos
"secular" ou "não espiritual" Por exemplo, muitos jovens pensam que
lecionar uma classe da escola dominical é um exercício bem espiritual.
Porém, acham que comer uma pizza com a namorada é uma atividade
carnal ou do mundo.

Paulo mostra claramente que a coisa não é bem assim. Em 1Co 10.31,
ele escreve:"Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa
qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (veja também Cl 3.17).

Eu queria que João e Amélia entendessem que Deus estará tão


interessado no namoro deles quanto nas outras áreas da sua vida, que,
até agora, pensavam ser carnais. Recomendei que os dois
estabelecessem um programa de oração e leitura da Palavra em
conjunto. Disse-lhes que deviam dedicar algum tempo conversando
sobre as coisas de Deus.

Eu sugeri um plano simples para que o João, como líder espiritual,


começasse a orar com Amélia. Num encontro subsequente, perguntei
como iam os momentos de oração e leitura. Fiquei muito contente em
saber que o João tinha levado a sério o aconselhamento. Naquela
mesma noite, numa praça, conseguiram ler e orar juntos. Naturalmente,
era o único casal da praça namorando com uma Bíblia na mão.

Vocês desenvolveram intimidade física antes da intimidade espiritual?

Há uma outra área, talvez a mais delicada de todas. No quarto ou quinto


encontro procuro abordar o assunto do sexo do ponto de vista bíblico. O
assunto é difícil, mas não posso deixar de abordá-lo. Verifiquei através
de uma pesquisa entre jovens de várias denominações evangélicas, que
aproximadamente um terço deles se envolvem em relações sexuais com
seu namorado, ou outra pessoa, antes do casamento. É triste, mas é a
realidade atual.

Antes de encontrar-me com o casal, releio várias passagens que tratam


da pureza moral que Deus quer no namoro. Em
1Ts 4.1-8, Paulo fala claramente dos problemas que surgem quando as
intimidades são invertidas e o relacionamento sexual ocorre antes do
casamento.
Os olhos percorrem o texto. Esta palavra "defraude" é interessante.
Significa "excitar desejos sexuais em outra pessoa que não podem ser
satisfeitos dentro do plano de Deus, que é o casamento".

No encontro com João e Amélia, quando tratamos das normas bíblicas


do sexo, João compartilhou algo que não me tinha dito antes. Na noite
que pararam na praça e oraram, já tinham resolvido ir para a casa dela,
mas, por acaso, leram o Salmo 139 depois da oração. "Não dava. Não
dava mesmo", disse João, e olhando para mim com sinceridade,
perguntou:"Pastor, até onde posso chegar na área íntima com minha
namorada?".

Eu já estava pronto com a Bíblia aberta em 1Ts 4. "A resposta mais


completa e clara está neste trecho", respondi. "Quando a Bíblia diz para
'não defraudar o seu irmão' ela está tratando do limite que Deus impôs
no relacionamento físico no namoro. Se um abraço, um beijo, mãos
dadas, ou qualquer demonstração de carícias defrauda o rapaz ou a
moça, Deus diz que é pecado".

Neste momento a Amélia, curiosa, perguntou, "Mas Pastor, como vou


saber se estou defraudando o meu namorado?".

A palavra "comunicação" é a varinha mágica que pode desembaraçar a


situação. Bem-aventurada a moça ou o moço que tem a coragem de
dizer: "Não. Já chega!"

Vocês estão vivendo em harmonia nos seus próprios lares?

A última área que estudei com João e Amélia foi sobre a situação
familiar deles. Se o namoro e o noivado servem para estabelecer o
alicerce do casamento, o relacionamento que o jovem tem com sua
própria família é de suma importância.

"Como assim?", muitos jovens me perguntam, "o que tem a ver os


meus pais com o meu namoro?"

Tem muito a ver! Deus usa a própria família e o relacionamento em casa


para nos moldar. É no contexto da família que Ele desenvolve em nós as
qualidades espirituais que tanto precisamos no casamento.

Nesta altura, eu fiz a leitura de Ef 6.1-3 e Cl 3.20 que tratam


claramente da necessidade do jovem se submeter à autoridade que
Deus estabeleceu no lar.
O jovem que não aprende a ser submisso e obediente em casa vai ter
problemas sérios no casamento. Uma noite, no escritório, falei assim
para Amélia: "Observe bem a maneira como o João trata a mãe dele.
Um dia ele vai tratá-la da mesma maneira".

Eu vi que ela não gostou, virei-me para o João e perguntei: "Você já


observou como a Amélia trata o pai dela? Ela é respondona?
Desobediente? Insubmissa? Muito bem, depois de casados, ela vai
responder para você exatamente como responde ao pai dela".

Neste momento, o conselheiro pode preparar-se para a reação que


invariavelmente vem. "Mas pastor, o senhor precisa conhecer a mãe
dele (ou pai dela)". E a reação continua mais ou menos assim: "Ele(a) é
descrente, irracional, terrível, dominante, injusto(a)", etc.

Deixo bem claro que os pais podem ser tudo isso. A Bíblia fala
simplesmente em como o jovem deve reagir à autoridade dos seus pais,
crentes ou não; amáveis ou intratáveis. A maneira como os jovens
reagem ao relacionamento com os pais diz muita coisa sobre o tipo de
relacionamento que eles terão mais tarde como cônjuge.

João e Amélia estão casados agora. Faz cinco meses que realizei a
cerimônia religiosa. Raramente eu os vejo, mas continuo acompanhando
este casal nas orações, penso neles cada vez que outros namorados e
noivos me procuram. O aconselhamento exige muito tempo, por isso, já
iniciei um plano de ensinar a mocidade sobre o namoro. Usando a
mesma matéria deste artigo, apresento quatro compromissos que o
jovem deve fazer:

1. "Sempre namorarei uma pessoa crente".

2. "Basearei sempre o meu namoro nos princípios e propósitos de


Deus".

3. "Não defraudarei a outra pessoa".

4. "Procurarei sempre estar em harmonia no meu lar".

Eu faço tudo isto com uma grande certeza: o tempo que eu gasto hoje
ensinando a mocidade nas áreas do namoro, noivado, sexo e casamento
vai-me poupar de gastar horas com casais desconfiados, frustrados e
prestes a procurar o desquite ou divórcio.

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