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Fui criado na roça. Aprendi com meu pai que nunca se deve colocar um
cavalo e um boi na mesma canga. Ele me ensinou que o cavalo tem a
tendência de correr para um lado enquanto o boi anda devagar para o
outro.
Naquele tempo eu não era crente. Somente alguns anos mais tarde eu
aprendi que o apóstolo Paulo usou a figura da canga para ilustrar o
relacionamento íntimo entre pessoas.
Como pastor, não tenho outra opção. A minha firme convicção é que o
namoro, noivado e casamento misto estão totalmente fora da vontade
de Deus. Não posso vacilar neste ponto, mesmo que os noivos, os pais e
os amigos apresentam todas as vantagens sociais e econômicas
provando que o casamento é vantajoso.
Eu procuro levar o não salvo a Cristo. Se a pessoa não salva não aceita
a Cristo, tenho que dizer, com muito carinho, que não é possível, nem
aconselhável, realizar o casamento. É claro que eles podem procurar
outro pastor que realize o casamento;
No caso de João e Amélia, aprendi que ele era crente firme, embora
fosse de uma outra denominação. Eles acharam graça quando expliquei
que relacionamento misto não é batista namorando com presbiteriano e
a nossa conversa mudou para coisas mais sérias.
Paulo mostra claramente que a coisa não é bem assim. Em 1Co 10.31,
ele escreve:"Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa
qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (veja também Cl 3.17).
A última área que estudei com João e Amélia foi sobre a situação
familiar deles. Se o namoro e o noivado servem para estabelecer o
alicerce do casamento, o relacionamento que o jovem tem com sua
própria família é de suma importância.
Deixo bem claro que os pais podem ser tudo isso. A Bíblia fala
simplesmente em como o jovem deve reagir à autoridade dos seus pais,
crentes ou não; amáveis ou intratáveis. A maneira como os jovens
reagem ao relacionamento com os pais diz muita coisa sobre o tipo de
relacionamento que eles terão mais tarde como cônjuge.
João e Amélia estão casados agora. Faz cinco meses que realizei a
cerimônia religiosa. Raramente eu os vejo, mas continuo acompanhando
este casal nas orações, penso neles cada vez que outros namorados e
noivos me procuram. O aconselhamento exige muito tempo, por isso, já
iniciei um plano de ensinar a mocidade sobre o namoro. Usando a
mesma matéria deste artigo, apresento quatro compromissos que o
jovem deve fazer:
Eu faço tudo isto com uma grande certeza: o tempo que eu gasto hoje
ensinando a mocidade nas áreas do namoro, noivado, sexo e casamento
vai-me poupar de gastar horas com casais desconfiados, frustrados e
prestes a procurar o desquite ou divórcio.