Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Os artistas so de carne e
osso, aqui no h truques
para te enganar
Galeria 17 e Na Galeria
Co-produo Boa/Evo (BR PT, 2007) e Circo K , trilogia (2012)
H ainda uma terceira caracterstica atribuda a esta idia
delleuziana de menor que dialoga com essa prxis teatral: o fato de,
nas literaturas menores, tudo adquirir um valor coletivo:
Uma obra de literatura menor no fala por si mesma, mas fala
por milhares, por toda a comunidade. Os agenciamentos so
coletivos. Mesmo um agenciamento singular, fruto de um escritor, no
pode ser visto como individual, pois o um que a se expressa faz parte
do muitos, e s pode ser visto como um se for identificado tambm
como parte de todo coletivo. (...) a paixo da personagem (...) remete
para alm da singularidade que parece ser a primeira vista,
remetendo-se a todo um leque de problemas e inquietaes da
comunidade minoritria da qual o singular artista faz parte.
Acredito que a presena do teatro na academia tem por
misso intervir nesta descolonizao do saber na qual a
imaginao e a imagem tm um papel fundamental. Isto no
implica apenas numa tomada de posio intelectual, mas
tambm uma tomada em direo a uma posio tico-afetiva
e uma descida ao sul da cabea, uma descida ao corao.
Finalizando....
So trs ingredientes fundamentais, tanto para a cena quanto para
uma compreenso das epistemologias do sul: corpo, corao e
imaginao. Este seria o caminho para o sul. Caminhando para o sul
da cena, caminhamos tambm ao sul do saber, buscando uma
compreenso e uma experincia mais profunda da alteridade,
fundamental ao teatro.