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DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA
(PROGESSOCANA)
SETEMBRO DE 2008
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1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO - ProgessoCana
FONTE ADOTADA.
2. TÍTULO
Gesso Agrícola na Melhoria do Ambiente Radicular da Cana de Açúcar e Suas
Implicações na Produtividade Agrícola (ProGessoCana).
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Endereço eletrônico: reitor@reitoria.ufrpe.br
5. ENTIDADES PARCEIRAS
Nome: Sindicato das Industrias do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco
Sigla: SINDAÇÚCAR
Endereço postal: Cais da Alfândega, 130 – Bairro do Recife – Recife. CEP 50030-100
Telefone: (81) 3224 7622
Fax: (81) 3424 1717
Endereço eletrônico: sindacucar@sindacucar.com.br
Nível de participação: Apoio Institucional e Financeiro de contrapartida
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Fax: (81) 3421 2333
Endereço eletrônico: presidência@supergesso.com.br
Nível de participação: Apoio Institucional e financeiro de contrapartida
6. RESUMO
Nos últimos anos houve no sistema de produção de cana de açúcar um enorme
avanço no melhoramento genético de variedades, permitindo o desenvolvimento de
plantas adaptadas as mais variadas condições climáticas, com altas resistências a
pragas e doenças e potencialmente produtivas. No entanto, pesquisas na área de
Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas foram subestimadas e relegadas a um
segundo momento. Isto fez com que, mesmo de posse de variedades potencialmente
produtivas, aumentos consideráveis de produtividade não tiveram êxito, pela falta de
desenvolvimento de pesquisas em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, capazes
de gerar informações que pudessem nortear o manejo adequado dos solos para o
pleno desenvolvimento de variedades melhoradas.
Neste aspecto, ações de pesquisa que possam atuar na melhoria do ambiente
radicular da cana de açúcar em solos distróficos e álicos da Zona da Mata do Estado,
como os Latossolos e Argissolos Vermelho Amarelos e os Luvissolos, que representam
94 % dos solos cultivados com cana de açúcar, certamente irão proporcionar um
significativo aumento de produtividade. Assim é que o cálcio pode ser o grande veículo
na melhoria deste ambiente radicular, por sua capacidade eutrófica e, principalmente,
pela responsabilidade deste elemento como neutralizante das atividades nocivas do
alumínio em profundidade. Aumentando-se a atividade das raízes pela exploração de
um maior volume de solo, aumenta-se a eficiência das adubações fosfatadas,
potássicas e nitrogenadas, reduzindo-se custos com insumos.
Assim, o objetivo deste Projeto é gerar informações de pesquisa com o gesso
agrícola da região do Araripe visando contribuir para a reconversão de áreas
impróprias, adaptação de variedades e o aumento da produtividade da cana de açúcar
em Pernambuco, validando e difundindo o uso desta tecnologia na agricultura
Canavieira da Zona da Mata.
O ProGessoCana se propõe a trazer as informações agronômicas necessárias
para a difusão do uso do gesso na agricultura canavieira, proporcionando assim, o
surgimento de uma valiosa parceria entre as cadeias produtivas do gesso do Araripe e
a agricultura canavieira do Estado. Esta “simbiose” sócio-agro-econômica trará
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inúmeros benefícios para ambas as partes, o que dará sustentabilidade ao agronegócio
que surgirá no ex-post ProGessoCana.
9. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
Segunda economia do Nordeste, Pernambuco tem um PIB da ordem de R$
17 bilhões (2,6 % do PIB nacional), equivalente ao do Chile e superior ao de
Países como Paraguai e Uruguai. Estado onde a economia açucareira foi a mais
expressiva do Brasil, do período colonial ao início deste século, Pernambuco
passa por aceleradas transformações, porém a cana de açúcar ainda representa
40 % da economia estadual.
O cultivo da cana-de-açúcar em Pernambuco, uma das primeiras atividades
de importância econômica no Brasil, compõe o mais antigo setor agroindustrial do
País e ocupa uma posição de destaque na economia nacional. Sua produção é
destinada, principalmente, à indústria do açúcar e do álcool e, dentre os mais
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diversos produtos agrícolas destinados à industrialização, a cana-de-açúcar
destaca-se pela tradição, pela relevância sócio-econômica, pela sua função
energética e pela distribuição geográfica em toda a Zona da Mata do Estado de
Pernambuco.
A cana de açúcar é plantada na Zona da Mata pernambucana a mais de 500
anos, numa vasta extensão de terras denominada Zona Canavieira do Estado.
Próxima ao oceano Atlântico, essa área atinge 12 mil km 2 (12,6 % do território
estadual). É formada por solos com elevados potenciais para a agricultura, não
está sujeita a secas prolongadas e é uma das raras regiões do Estado que
dispõem de rios perenes. Nela estão localizados 56 dos 184 municípios de
Pernambuco. Após a Região Metropolitana do Recife, a Zona Canavieira de
Pernambuco é a região que apresenta a maior densidade demográfica: 212
habitantes por km2 (para o conjunto dos Estados essa densidade é de 72 hab/km 2).
A área plantada com cana de açúcar em Pernambuco é estimada em mais
de 381.500 hectares e na safra 2007/2008 a produção de cana de açúcar no
Estado foi de 21.142.900 toneladas, 12 % superior a safra 2006/2007. No Brasil,
de 1970 a 1996, o rendimento médio da cana de açúcar aumentou 53 %. Em
Pernambuco, no entanto, considerando a safra 2007/2008 este aumento foi de
apenas 8 %.
Nos últimos anos houve no sistema de produção de cana de açúcar um enorme
avanço no melhoramento genético de variedades, permitindo o desenvolvimento de
plantas adaptadas as mais variadas condições climáticas, com altas resistências a
pragas e doenças e potencialmente produtivas. No entanto, pesquisas na área de
Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas foram subestimadas e relegadas a um
segundo momento. Isto fez com que, mesmo de posse de variedades potencialmente
produtivas, aumentos consideráveis de produtividade não tiveram êxito, pela falta de
desenvolvimento de pesquisas em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, capazes
de gerar informações que pudessem nortear o manejo adequado dos solos para o
pleno desenvolvimento de variedades melhoradas mais produtivas.
Neste aspecto, ações de pesquisa que possam atuar na melhoria do
ambiente radicular da cana de açúcar em solos distróficos e álicos da Zona da
Mata do Estado, como os Latossolos e Argissolos Vermelho Amarelos e os
Luvissolos, que representam 94 % dos solos cultivados com cana de açúcar,
certamente irão proporcionar um significativo aumento de produtividade. Assim é
que o cálcio pode ser o grande veículo na melhoria deste ambiente radicular, por
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sua capacidade eutrófica e, principalmente, pela responsabilidade deste elemento
como neutralizante das atividades nocivas do alumínio em profundidade.
Aumentando-se a atividade das raízes pela exploração de um maior volume de
solo, aumenta-se a eficiência das adubações fosfatadas, potássicas e
nitrogenadas, reduzindo-se custos com insumos.
O aumento da eficiência das adubações com a melhoria do ambiente
radicular reveste-se de particular importância, principalmente no caso da cultura
da cana de açúcar, em que os fertilizantes são responsáveis por 20 a 25 % do
custo de produção, o que coloca esta cultura como consumidora de 16,3 % de
fertilizantes no Brasil. Neste contexto estão envolvidos não só aspectos
econômicos, mas também danos causados ao meio ambiente pelo uso
indiscriminado de adubos químicos que acarretam contaminação de lençóis
freáticos e, conseqüentemente, de cursos d’água com sérios prejuízos ambientais
e sociais.
O cálcio pode ser incorporado ao solo por dois processos: calagem e gessagem.
Na calagem utilizam-se os calcários (CaCO3) que se restringem a corrigir o pH e a
elevar os teores de cálcio em superfície, devido a sua baixa movimentação no perfil
dos solos. Na gessagem utiliza-se o gesso agrícola (CaSO4. 2H2O) que além de elevar
os teores de cálcio em superfície, também o fazem em subsuperfície, pela mais
elevada solubilidade deste produto. O cálcio do gesso terá acesso ao alumínio em
subsuperfície, reduzindo as elevadas saturações deste elemento que impedem o
desenvolvimento mais profundo do sistema radicular. É exatamente por este aspecto,
que o gesso, aliado ao calcário, pode melhorar consideravelmente este ambiente
radicular. Particularmente, no caso da cana de açúcar, este manejo calcário/gesso
torna-se ainda mais prioritário, por ser uma cultura em que o sistema radicular forma-se
na fase de cana planta e apenas renova-se nas socarias. Se houver mais espaço
propício a esta renovação, as respostas às fertilizações em socas serão certamente
mais eficazes e transformadas em aumentos significativos de produtividade.
Outro aspecto de relevada importância quanto se melhora o ambiente
radicular da cana de açúcar é permitir às plantas uma maior resistência a
situações comuns de déficit hídrico que ocorrem com freqüência, principalmente
na Mata Norte do Estado. Com isto, aumenta-se, consideravelmente, a eficiência
do uso da água, propiciando ao ambiente radicular uma equação mais simplificada
das adições, perdas, transformações e translocações que exercem as raízes na
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rizosfera, minimizando possíveis efeitos de déficit hídrico, comuns em veranicos
curtos.
Adicionalmente, é comum na Zona Canavieira a aplicação de vinhaça nas
fertirrigações, principalmente pelos seus elevados teores de potássio. No entanto,
doses elevadas deste subproduto pode permear camadas mais profundas do perfil
do solo e, em alguns casos, provocar contaminação do lençol freático. O uso do
gesso por proporcionar a melhoria do ambiente radicular da cana de açúcar e seu
aprofundamento no perfil, irá permitir a absorção de potássio em camadas mais
profundas, aumentando o aproveitamento deste nutriente nas fertirrigações,
mesmo quando se utilizar doses mais elevadas de vinhaça.
Por outro lado, além do aspecto corretivo do gesso, é fundamentalmente
importante seu aspecto nutricional pelo suprimento de cálcio e enxofre
(macronutrientes essenciais) que o insumo pode proporcionar a cana de açúcar.
Se por um lado a cana planta exporta, em média, 150 kg/ha de cálcio e 60 kg/ha
de enxofre para uma produtividade esperada de 120 t/ha de colmos, por outro, a
cana soca, também exporta, em média, 60 e 50 kg/ha destes nutrientes,
respectivamente, para uma produtividade de 90 kg/ha. Se todo este cálcio pode
ser fornecido por uma calagem, como se maneja atualmente, com o enxofre isto
certamente não acontece. Com a modernização das indústrias de fertilizantes,
tornaram-se comuns formulações mais concentradas, que retiraram o enxofre de
suas composições. Aliado a isto, e mais grave ainda é que, as produtividades nos
últimos anos cresceram, retirando reservas consideráveis de enxofre originalmente
disponíveis às plantas. Especificamente em cana, a prática da queimada por
ocasião da colheita causa uma expressiva volatilização do enxofre contido no
material vegetal, agravando, ainda mais, possíveis deficiências deste nutriente a
curto e médio prazo. A utilização de gesso que contém, em média, 20 % de
enxofre, certamente irá fornecer quantidades adequadas deste nutriente que não
permitam possíveis deficiências com conseqüências na diminuição da
produtividade, mesmo quando se utilize formulações mais concentradas e a prática
da queimada seja indispensável.
Pesquisas em São Paulo já comprovam que o aumento nos teores de cálcio
em profundidade são os maiores responsáveis pelo aumento de produtividade da
cana de açúcar. No entanto, em São Paulo estas pesquisas foram desenvolvidas
com fosfogesso, subproduto das indústrias de fertilizantes fosfatados que,
provavelmente, podem conter quantidades apreciáveis de metais pesados danosos
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ao meio ambiente. Em Pernambuco, o gesso que se dispõe é “in natura”,
diretamente obtido do mineral gipsita.
Neste aspecto, o Projeto ProGessoCana assume uma relevância ainda
maior, por sua abrangência geopolítica e socioeconômica, pois a proposta é de se
utilizar um insumo que já existe no próprio Estado, atrelando-se duas cadeias
produtivas de larga importância na economia de Pernambuco que são: a cadeia
produtiva da cana de açúcar e a cadeia produtiva do gesso do Araripe.
A relevância e a prioridade do Projeto ProGessoCana reveste-se de
essencial importância, porque no momento em que se validar a tecnologia do uso
do gesso em cana de açúcar, haverá uma grande demanda pelo insumo na região
do Araripe, cuja exploração e industrialização é menos danosa ao meio ambiente
do que o gesso calcinado. Na calcinação, principalmente os pequenos e médios
produtores de gesso utilizam a lenha como combustível, o que tem causado sérios
prejuízos às reservas florestais da região. A proposta do Projeto ProGessoCana é
que, através de uma solução comprovadamente viável para a Zona Canavieira do
Estado, possa-se contribuir para a solução de problemas ambientais na região do
Araripe, propondo-se que a maior parte da produção de gesso agrícola passe a ser
feita por pequenos e médios produtores e o gesso calcinado pelos grandes
produtores, pelo fato destes, utilizarem como combustível produtos menos
poluentes, resolvendo, assim, em parte, os grandes problemas ambientais da
região do Araripe.
O Projeto ProGessoCana irá promover dias de campo, palestras, seminários
e simpósios para atrelar o componente de Pesquisa às ramificações necessárias
da difusão de tecnologia. A elaboração de folders e cartilhas pelos próprios
pesquisadores, utilizando dados gerados dentro da própria região canavieira dará
ao ProGessoCana a credibilidade necessária da inovação tecnológica,
influenciando diretamente o agricultor, porque os dados foram gerados em sua
circunvizinhança e, em muitos casos, dentro de suas próprias terras, o que faz
deste agricultor um multiplicador da tecnologia.
A sustentabilidade da tecnologia após o apoio do PROMATA passa
necessariamente por um bom processo de difusão, aliado ao comprometimento de
outros parceiros ligados diretamente ao processo produtivo da cana de açúcar,
como os sindicatos e as associações de produtores. Como o calcário, o gesso terá
sua própria identidade agronômica, podendo se perpetuar como insumo de uso
quase que obrigatório em solos que apresentem elevadas saturações por alumínio
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em subsuperfície, sendo, portanto, o instrumento de reconversão de áreas
impróprias ou de baixa produtividade agrícola.
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pela baixa exploração do sistema radicular em solos álicos, uma vez que a cana de
açúcar é uma planta de elevado consumo de água, necessitando de 250 partes de
água para formar uma parte de matéria seca. Assim, em regiões onde ocorre estresse
hídrico, um fator de grande importância para o aumento da disponibilidade de água
para as raízes da plantas é o manejo químico do solo, visando a eliminação de
barreiras químicas provocadas por alumínio que impossibilitam a exploração de maior
volume de solo e, conseqüentemente, maior volume de água pelas raízes da cana.
Para correção de problemas de acidez, sobretudo ocasionada por elevados
teores de alumínio trocável, usualmente utilizam-se corretivos químicos a base de
carbonato de cálcio (calcário). Contudo os efeitos ficam restritos à camada arável ou
superficial do solo, pouco excedendo 15 a 20 cm de profundidade, em vista das
dificuldades encontradas para incorporação mecânica dos corretivos a profundidades
mais elevadas. Segundo Quaggio (2000), nesta situação o uso do gesso agrícola
aparece como solução para este problema devido à sua rápida mobilidade na camada
arável, indo se movimentar para abaixo desta.
Por ser relativamente móvel, o gesso agrícola aplicado na superfície do solo
movimenta-se ao longo do perfil sob influência do excesso de umidade e, como
conseqüência, obtêm-se aumento no suprimento de cálcio e redução da toxidez
ocasionada por alumínio no subsolo. Os efeitos positivos do gesso agrícola observados
nas mais variadas condições de solo e clima são indicativos de que seu emprego pode
constituir uma boa alternativa para a melhoria do ambiente radicular em camadas
subsuperficiais dos solos (Sumner, 1995).
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Inicialmente é importante distinguir o mineral gesso (CaSO 4.2H2O) e suas formas
menos hidratadas (CaSO4.1/2H2O e CaSO4), que podem ser encontrados em depósitos
sedimentares em diferentes regiões do mundo, do gesso oriundo de processos
industrias.
No caso do processo industrial, o denominado gesso agrícola é o sulfato de
cálcio dihidratado (CaSO4.2H2O), obtido como subproduto da fabricação de fertilizantes
fosfatados. Para a produção de ácido fosfórico, as indústrias de fertilizantes utilizam
como matéria prima a rocha fosfática (apatita, especialmente a fluorapatita) que, ao ser
atacada por ácido sulfúrico + água, produz, como sub-produto da reação, o sulfato de
cálcio e ácido fluorídrico, o gesso (Malavolta, 1992).
Por esse motivo, visando reduzir o acúmulo de resíduos e comercializá-los em
forma de insumo agrícola, há vários anos algumas indústrias de fertilizantes vêm
estimulando o uso de gesso agrícola, também denominado neste caso de fosfogesso.
Este tipo de gesso tem sido o de mais comum utilização agrícola, sendo largamente
utilizado e estudado em diversas regiões do país, especialmente no Sudeste.
O mineral gesso, o qual pode apresentar ótimas condições para utilização na
agricultura, é encontrado em depósitos sedimentares de diversas regiões do mundo. O
Estado de Pernambuco possui, na região do Pólo Gesseiro, uma produção de 2,6
milhões de toneladas/ano, representando 95 % de todo o gesso brasileiro; entretanto,
menos de 1 % deste total é utilizado para fins agrícolas (Nascimento, 2003).
O gesso agrícola é um sal pouco solúvel em soluções aquosas (2,5 g/L), mas
que pode atuar significativamente sobre a força iônica da solução do solo, de maneira
que haja contínua liberação do sal para a solução por longos períodos de tempo. Essa
característica, aliada aos teores de Ca (17 a 20 dag/kg) e de S (14 a 17 dag/kg),
possibilitam o uso do gesso para diferentes finalidades na agricultura (Alvarez V. &
Dias, 1994).
radicular
A prática da calagem visando à correção da acidez e neutralização do Al
trocável do solo é realizada incorporando-se o material corretivo à camada arável do
solo (em torno de 20 centímetros). Sendo assim, seus efeitos normalmente restringem-
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se à essa profundidade. Aspectos relacionados a textura do solo, granulometria do
corretivo e intensidade pluviométrica podem, ao longo do tempo, determinar que a
calagem corrija camadas mais profundas com baixos teores de Ca e, ou, elevados
teores de Al trocável.
A presença de camadas subsuperficiais com baixos teores de Ca 2+ e, ou,
elevados teores de Al3+ pode determinar a perda de safras, principalmente em regiões
susceptíveis à ocorrência de períodos de estiagem, uma vez que conduzem ao menor
aprofundamento do sistema radicular, refletindo em menor volume de solo explorado,
ou seja, menos nutrientes e água disponíveis para a cultura.
O gesso agrícola tem despertado interesse por possibilitar o fornecimento de Ca
e a redução da saturação de alumínio em camadas subsuperficiais do solo, devido à
sua maior solubilidade e mobilidade no solo relativamente ao calcário, permitindo que a
cultura desenvolva melhor o sistema radicular, e explore um maior volume de solo.
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Desta forma, para um solo de textura arenosa, com baixa CTC e pequena
capacidade de adsorver sulfato, a movimentação de bases seria, potencialmente maior
que aquela para um solo de textura argilosa com alta capacidade de adsorção de
sulfato e elevada CTC (Nascimento, 2003). Portanto, nestes solos onde o potencial de
movimentação de bases é elevado, o cuidado com a quantidade de gesso aplicada ao
solo deve ser maior, para se evitar o risco de uma movimentação além das camadas
exploradas pelo sistema radicular da planta cultivada.
Dentre os cátions de caráter básico, ao K deve ser dada uma maior atenção,
pois entre os demais, é aquele retido com menor força pelos colóides do solo. A
lixiviação de magnésio tem sido uma resposta freqüente nos estudos com a aplicação
de gesso nos solos. Assim, Wadt & Wadt, (1999) recomendam que quando a aplicação
de gesso for realizada em doses elevadas no solo, devem ser desenvolvidas
estratégias para minimizar as perdas de magnésio trocável. Por essa razão o uso
isolado do gesso não tem sido recomendado e sim em conjunto com o calcário.
Os resultados obtidos por Dal Bó et al (1986), estudando o efeito da adição de
calcário e gesso sobre a movimentação de bases em colunas de solos, mostram que
nos tratamentos com gesso isolado, o deslocamento de magnésio em profundidade foi
muito mais acentuado do que o do cálcio, provavelmente porque a associação do
sulfato com o magnésio é mais solúvel do que a associação do sulfato com o cálcio. O
deslocamento de potássio também se apresentou bastante acentuado. Foi possível
também, constatar que nos tratamentos com a aplicação de gesso de forma isolada
houve elevado aumento da relação cálcio/magnésio nas camadas superficiais do solo,
esse efeito pode causar um desequilíbrio entre cálcio e magnésio na planta e constituir-
se em um sério problema.
Trabalho realizado por Morelli et al. (1992), mostra que a aplicação de doses
combinadas de calcário e gesso agrícola em solo cultivado com cana de açúcar,
resultou em aumentos de produção da cana, com incrementos da ordem de 18 t ha -1
em cana planta. Os dados de produção indicaram que ao longo de quatro cortes, as
melhores produções obtidas foram com a associação calcário/gesso devido ao reflexo
das melhores condições químicas do solo em subsuperfície.
Medina & Brinholi (1998), estudando os efeitos da aplicação de gesso e calcário
no comprimento e diâmetro médio dos colmos, no número de colmos e na produção de
cana de açúcar, constataram que os maiores incrementos de produção são obtidos
com a associação gesso/calcário, os resultados mostram, ainda, que as menores
produtividades foram obtidas quando se fez uso isolado do gesso. Esse efeito negativo
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do uso isolado do gesso agrícola na produção das culturas, certamente está
relacionado com a perda de cátions das camadas superficiais que acompanham o
sulfato do gesso em seu movimento descendente ao longo do perfil do solo.
A melhoria do subsolo ácido com o uso de doses combinadas de calcário e
gesso se faz sentir na melhoria do ambiente radicular das culturas (Figura 1), seja pela
eliminação do alumínio tóxico ou pelo fornecimento de cálcio para as camadas mais
profundas, e próximo ao sistema radicular das culturas. A presença de cálcio na
solução do solo em contato com as raízes é essencial para a sua sobrevivência e bom
desenvolvimento, uma vez que não há translocação do nutriente da parte aérea para
as porções mais novas das raízes em crescimento.
Normalmente, a aplicação de gesso agrícola não provoca alterações
significativas no pH do solo. Ensaios de campo e em laboratório têm demonstrado que,
caso haja aumento do pH do solo a magnitude desse aumento é da ordem de 0,2 a 0,3
unidade (Nascimento, 2003). Pode-se inferir que existirá alteração de pH em função de
duas reações básicas que ocorrem entre o gesso e a superfície dos colóides no solo.
Na primeira, o Ca2+ desloca Al3+ (cuja hidrólise produz H+) e na segunda, o SO42-
desloca OH- pela troca de ligantes. O pH resultante depende da extensão dessas duas
reações em cada caso particular de solo. Em solos com alto teor de Al, o H + liberado
pela hidrólise pode exceder o OH- liberado, causando decréscimo no pH. Para solos
muito intemperizados, mas com baixos teores de Al, o inverso pode ocorrer. Para
horizontes ricos em óxidos e hidróxidos de Fe e Al, que condicionam alta capacidade
de adsorção de sulfato, possivelmente ocorram pequenas elevações de pH pela maior
liberação de hidroxilas à solução.
Outro aspecto que colabora para que as alterações de pH sejam mínimas
baseia-se no fato de que na faixa de pH dos solos agrícolas o íon sulfato não é um
forte receptor de prótons, como os íons bicarbonato e hidroxila, produtos da
dissociação do carbonato de cálcio presente nos calcários (Alvarez V. & Dias, 1994).
Contrariamente à sua reduzida capacidade de alteração do pH do solo, a
aplicação de gesso pode proporcionar significativa redução no teor de Al e em sua
saturação (m %). A neutralização do alumínio trocável pela adição de gesso ocorre,
basicamente, devido as seguintes reações:
1) Precipitação na forma de Al(OH)3 decorrente da liberação de OH- para a
solução em decorrência da adsorção de sulfato;
2) Formação do complexo AlSO4+ que é menos tóxico às plantas;
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3) Precipitação de minerais de sulfato de Al, como alunita e basaluminita, por
exemplo, decorrente do aumento da concentração de sulfato na solução.
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Na literatura podem ser encontrados diferentes critérios, alguns mais empíricos que
outros, mas, que de certa forma, podem auxiliar na resolução do problema.
Com relação aos critérios de quando recomendar sua aplicação visando a
correção de camadas subsuperficiais ou melhoria do ambiente radicular das plantas, a
Comissão de Fertilidade do Estado de Minas Gerais (1999) sugere que o gesso deve
ser utilizado quando a camada subsuperficial (20 a 40 cm ou 30 a 60 cm) apresentar
menos que 0,3 cmolc/dm3 de Ca2+ e, ou, mais que 0,5 cmolc/dm3 de Al3+ e, ou, mais que
30% de saturação de Al3+ (m).
Para se calcular a quantidade a ser aplicada do produto, atualmente existem
algumas fórmulas baseadas nas características químicas e físicas do solo. No entanto,
estas fórmulas ainda necessitam ser amplamente avaliadas em ensaios de campo nas
mais diversas condições de solo e culturas. Portanto, existe, apesar de algum
fundamento teórico, certo grau de incerteza na utilização das fórmulas.
As principais fórmulas atualmente utilizadas são:
1) Petrofértil (citado por Alvarez V. & Dias, 1994) - Para a correção da camada de 20 a
40 cm usar uma das seguintes fórmulas:
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3) Comissão de Fertilizante do Estado de Minas Gerais (1999) - Após serem satisfeitas
as condições que justifiquem a necessidade de utilização de gesso, a quantidade a ser
aplicada baseia-se no teor de argila do solo, ou seja:
de 15 a 35 % 1,0 t/ha
de 36 a 60 % 1,5 t/ha
4) Pesquisadores, citados por Alvarez V. & Dias (1994), após desenvolverem amplo
estudo com amostras de 13 solos de cerrado, propuseram o uso de fórmulas que se
baseiam em algumas das características anteriormente citadas como determinantes de
maior ou menor movimentação de bases pelo perfil. Essas equações foram geradas a
partir das premissas de que deva existir em solução, na camada de 20 a 60 cm, uma
concentração de S da ordem de 10 mg/dm3 ou de 0,0788 cmolc/dm3 de Ca2+.
A primeira premissa fundamenta-se na experiência dos autores que afirmam que
essa quantidade de S em solução seria suficiente para que, já no primeiro ano agrícola,
ocorra lixiviação de sulfato e de cátions para a camada de 20 a 60 cm. A segunda, parte do
pressuposto de que existe uma relação entre o S-SO42- retido e o Ca2+ retido (retenção
simultânea) e que a quantidade de Ca2+ retida que equivale a 10 mg/dm3 de S em solução
após a adsorção do S-SO42- é da ordem de 0,0788 cmolc/dm3.
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Em Pernambuco, e no Nordeste em geral, os critérios para recomendação das
doses de gesso a aplicar não estão ainda estabelecidos. A carência de pesquisas para
as nossas condições de solo e clima é o principal motivo para essa indeterminação no
melhor critério a ser adotado.
Para a escolha do método a ser utilizado, algumas considerações devem ser
ponderadas. De maneira geral, dependendo das características do solo, as duas
primeiras fórmulas tendem a recomendar quantidades de gesso superiores a 2,0 t/ha, o
que, dada as características do produto e as considerações aqui discutidas, pode
acarretar problemas de perdas excessivas de cátions do solo. Neste sentido, critérios
que levam em consideração as características físico-químicas que normalmente
encontram-se associadas à textura do solo e que podem condicionar a movimentação
de bases, tais como CTC e capacidade máxima de adsorção de sulfato. Por outro lado,
como as quantidades a serem aplicadas não são muito grandes, para que ocorra uma
completa correção da camada, possivelmente deva-se considerar um programa de
correção com aplicações anuais.
Sempre que possível, o gesso deve ser aplicado juntamente com calcário
magnesiano ou dolomítico, como já discutido anteriormente. Amostragens periódicas
das camadas subsuperficiais devem ser realizadas com a finalidade de acompanhar a
movimentação de bases pelo perfil, procurando evitar que ocorra uma drástica
remoção destas no volume de solo explorado pelo sistema radicular das plantas.
Para solos onde existe um bom manejo de resíduos orgânicos e sem a presença
de camadas subsuperficiais com elevado teor de Al3+ e, ou, baixo teor de Ca2+ o
potencial de utilização de gesso seria muito pequeno. Situação semelhante poderia ser
considerada para plantas de ciclo curto com sistema radicular pouco profundo, como
muitas hortaliças. Por outro lado, para culturas perenes já implantadas como por
exemplo, café e citrus, ou para pastagens e cana de açúcar, quando cultivadas em
solos declivosos e ácidos, a mistura gesso+calcário deve ser encarada como uma
possibilidade de carrear cátions para camadas mais profundas, uma vez que a
incorporação de calcário nestes sistemas é problemática.
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No caso do calcário, os íons HCO3- e OH- gerados são responsáveis pela
elevação do pH, devido a serem aceptores dos prótons H+, e pela correção do Al tóxico
(Nascimento, 2003). Estes efeitos, devido a menor solubilidade do calcário, limitam-se,
geralmente, à camada de solo onde houve a aplicação. Perceba-se que o íon HCO3-
reage na solução do solo e perde-se para a atmosfera como CO2, o que deixa o cálcio
sem um ânion acompanhante que o permite deslocar-se no perfil do solo.
O gesso, ao contrário do que pode-se pensar, não deve ser utilizado para
substituir o calcário na correção da acidez do solo. Como o sulfato não é um bom
aceptor de prótons (por ser formador de ácido forte), especialmente nas condições de
solo, os prótons H+ gerados pela acidez não podem ser eliminados (Nascimento, 2003).
O gesso, devido ao ânion acompanhante sulfato, possui a capacidade de deslocar Ca
para as camadas mais profundas de solo; este ânion, por sua vez, pode aliviar a
toxicidade de Al em subsuperfície pela precipitação de sulfato de alumínio. Um efeito
adicional é o fornecimento de dois importantes nutrientes vegetais (Ca e S) a partir da
dissolução do gesso no solo.
Em decorrência das deficiências cada vez mais comuns de S no campo, o gesso
apresenta-se como mais uma boa opção entre os demais fertilizantes existentes no
mercado para fornecimento deste elemento às plantas.
20
fina camada da parede do perfil, de modo a expor as raízes que podem ser contadas e
registradas através de imagens.
Assim, para a cultura da cana de açúcar, Vasconcelos et al. (2003), estudando
cinco diferentes métodos de avaliação do sistema radicular, recomendam o método do
perfil, com a quantificação de comprimento pelo SIARCS (Sistema Integrado para
Análise de Raízes e Cobertura de Solo) para pesquisas que visam avaliar a
visualização da distribuição do sistema radicular da cana de açúcar, além de que,
quando em comparação com os outros métodos em estudo, o método do perfil, com a
quantificação de comprimento pelo SIARCS apresentou, em geral, os menores
coeficientes de variação, sendo, portanto, um método que supre perfeitamente as
necessidades de avaliação do sistema radicular da cultura da cana de açúcar em
pesquisas com uso de gesso agrícola na melhoria do ambiente radicular.
nutrientes.
- FREIRE, F.J. Sistema para cálculo do balanço nutricional e recomendação de
corretivos e fertilizantes para cana-de-açúcar. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa,
2001. (Tese de Doutorado).
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Agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife: UFRPE/Área de
Solos, desde 2001.
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21
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Brasileira de Ciência do Solo, 2002. CD-ROM.
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Solo, 1996. v.I. p.74 – 75.
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Ciência do Solo, 1991, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: Sociedade Brasileira de
Ciência do Solo, 1991. v.I. p.78 – 78.
março/2009.
11. OBJETIVOS
GERAL
27
validando e difundindo o uso desta tecnologia na agricultura Canavieira da Zona
da Mata.
ESPECÍFICOS
12. METAS
As metas do ProGessoCana serão a seguir detalhadas por objetivo
específico e divididas em atividades com seus respectivos indicadores e tempo
para atingí-los.
28
mineralogicamente, principalmente quanto aos teores de alumínio trocável em
subsuperfície e sua saturação.
METAS
• Identificar áreas na Zona da Mata Canavieira com solos que apresentem
teores de alumínio trocável em subsuperfície ≥ 1,0 cmolc/dm3 e, ou,
saturação por alumínio ≥ 30 %;
• Identificar áreas na Zona da Mata Canavieira com solos que apresentem as
seguintes classes de teores de argila:
• Classe I – Solos com teores de argila < 15 %;
• Classe II – Solos com teores de argila ≥ 15 e < 35 %;
• Classe III – Solos com teores de argila ≥ 35 e < 60 %;
• Classe IV – Solos com teores de argila ≥ 60 %.
ATIVIDADES
• Seleção prévia das áreas na Zona da Mata Canavieira através de consulta
ao Levantamento Exploratório dos Solos do Estado de Pernambuco
(Jacomine et al., 1973) e, ou, ao Levantamento dos Solos de Referência do
Estado de Pernambuco (Ribeiro et al., 1999);
• A partir dos locais previamente definidos bibliograficamente, contactar as
instituições participantes para intermediar junto aos agricultores a
disponibilização das áreas para caracterização dos solos;
• Abertura de perfis de solo com respectiva caracterização física, química e
mineralógica de seus principais horizontes.
INDICADOR/TEMPO
• Escolha das áreas desejados para realização dos ensaios de campo que
deverá ocorrer finalizando a FASE I do ProGessoCana.
METAS
29
• Historiar na Zona da Mata Canavieira áreas com possíveis experiências de
utilização de gesso agrícola, visando avaliar a atividade da utilização do
gesso agrícola nestas áreas;
• Obtenção de imagens do desenvolvimento radicular da cana de açúcar no
perfil do solo em áreas com e sem aplicação de gesso agrícola;
• Identificar variedades que apresentem uma maior exploração do ambiente
radicular, como resposta a adição de gesso agrícola;
• Determinar a eficiência do uso da água na cana de açúcar em função da
aplicação de gesso agrícola;
• Determinar a eficiência nutricional, principalmente de nitrogênio, fósforo e
potássio na cana de açúcar em função da aplicação de gesso agrícola.
ATIVIDADES
• Contactar as instituições participantes para intermediar junto aos
agricultores a disponibilização de áreas onde houve utilização de gesso
agrícola;
• Abertura de perfis culturais para fotografias digitais do sistema radicular de
plantas de áreas com e sem aplicação de gesso agrícola;
• Análise das imagens pelo Sistema Integrado de Análises de Raízes e
Cobertura do Solo (SIARCS).
• Mensurações da evapotranspiração da cana de açúcar em áreas com e sem
aplicação de gesso agrícola e estimativa do consumo de água dos ensaios;
• Mensurações da matéria seca da cana de açúcar em áreas com e sem
aplicação de gesso agrícola e estimativa da eficiência de utilização dos
nutrientes.
INDICADORES/TEMPO
• Distribuição da percentagem de raízes no perfil cultural de diferentes
variedades de cana de açúcar que deverá ocorrer no período final da FASE
III do ProGessoCana;
• Produção de cana de açúcar que deverá ocorrer no período final da FASE III
do ProGessoCana.
30
Relacionar características físicas e químicas de diferentes solos com a
neutralização da saturação por alumínio pela aplicação do gesso agrícola.
META
• Obter correlações estatísticas com características físicas e químicas dos
solos.
ATIVIDADE
• Análises estatísticas dos dados.
INDICADOR/TEMPO
• Definição de doses adequadas de gesso agrícola que deverá ocorrer no
período final da FASE IV.
META
• Estabelecer a redução da saturação por alumínio em função da
granulometria do gesso com o tempo de aplicação.
ATIVIDADE
• Amostragens periódicas dos solos para determinação dos teores trocáveis
de alumínio e cálculo da saturação por alumínio em subsuperfície.
INDICADORES/TEMPO
• Determinação de relações granulometria/tempo de aplicação de gesso
agrícola aos 4, 6, 8, 10 e 12 meses. Estes indicadores devem ser obtidos na
FASE III do ProGessoCana.
• Determinação do Poder de Neutralização da Saturação por Alumínio (PNSA)
do gesso agrícola que deverá ocorrer no período final da FASE IV.
META
• Estabelecer doses adequadas de enxofre que podem ser fornecidas pelo
gesso agrícola.
ATIVIDADE
• Análises dos teores foliares de enxofre em folhas índices e na matéria seca
da produção de cana de açúcar, e análises de solo para determinação do
teor recuperado de enxofre em função do enxofre aplicado.
INDICADORES/TEMPO
• Determinação do nível crítico de enxofre no solo e em plantas de cana de
açúcar que serão referências para aplicação de doses adequadas de gesso
agrícola que deverá ocorrer no período final da FASE IV do ProGessoCana.
• Produção de cana de açúcar no período final da FASE III do ProGessoCana.
META
• Estabelecer o referencial de pureza do gesso agrícola “in natura”.
ATIVIDADE
• Análises dos teores foliares de metais pesados em folhas índices de cana
de açúcar e no solo periodicamente, em áreas com aplicação de gesso
agrícola do Araripe (“in natura”) e com fosfogesso.
INDICADOR/TEMPO
• Estabelecimento de limites de teores de metais pesados toleráveis em solo
e plantas de cana de açúcar com o uso dos insumos que deverá ocorrer no
período final da FASE IV.
32
OBJETIVO ESPECÍFICO (E7)
Avaliar possíveis implicações da utilização de gesso agrícola com o
equilíbrio da relação Ca/Mg/K e o deslocamento de nitrogênio no perfil do solo.
META
• Estabelecer relações catiônicas adequadas quando da utilização de gesso
agrícola;
• Estabelecer o tempo de permanência do nitrogênio em superfície.
ATIVIDADE
• Amostragens de solo periódicas no perfil cultural da cana de açúcar para
realização de análises de cátions, nitrato e amônio.
INDICADOR/TEMPO
• Estabelecimento de relações Ca/Mg/K e teores de nitrato e amônio aos 4, 6,
8, 10 e 12 meses. Estes indicadores devem ser obtidos na FASE III do
ProGessoCana.
META
• Capacitar agricultores e técnicos quanto ao uso da tecnologia da aplicação
de gesso agrícola.
ATIVIDADES
• Realização de dias de campo, palestras, simpósios e seminários divulgando
os resultados do ProGessoCana.
• Confecção de cartazes e folders para divulgação das ações do
ProGessoCana e apresentação dos resultados;
• Elaboração de publicações do ProGessoCana (circulares e boletins
técnicos).
33
INDICADOR/TEMPO
• Realização de dois Seminários para agricultores e técnicos, um no início da
FASE III e outro no final da fase IV;
• Entrega das publicações do ProGessoCana no final da FASE IV.
34
Quadro 1. Objetivos específicos, metas, atividades, indicadores e tempos previstos de execução do ProGessoCana
OBJETIVO META(S) ATIVIDADE(S) INDICADOR(ES) TEMPO
E1 Identificar solos que Seleção e disponibilização das áreas para Escolha das áreas desejadas para FASE I
apresentem elevados teores de caracterização dos solos; realização dos ensaios de campo.
alumínio trocável e, ou, elevada Abertura de perfis de solo para caracterização física,
saturação por alumínio, e com química e mineralógica.
diferentes teores de argila.
E2 Historiar áreas com gesso Disponibilização de áreas onde houve utilização Distribuição da percentagem de FASE III
agrícola; de gesso agrícola; raízes no perfil cultural de diferentes
Obtenção de imagens do Abertura de perfis culturais para fotografias variedades de cana de açúcar;
desenvolvimento radicular da digitais do sistema radicular de variedades de cana- Produção de cana de açúcar.
cana de açúcar; de açúcar .
Determinar a eficiência do uso Análise das imagens dos perfis culturais e
da água e eficiência nutricional mensurações da evapotranspiração e da matéria
de nutrientes na cana. seca da cana de açúcar nos ensaios.
E3 Obter correlações estatísticas Análises estatísticas de dados Definição de doses adequadas de FASE IV
com características físicas e gesso agrícola
químicas dos solos
E4 Estabelecer a redução da Amostragens periódicas dos solos para Determinação de relações FASE III
saturação por alumínio em determinação dos teores trocáveis de alumínio e granulometria/tempo quanto ao Poder FASE IV
função da granulometria do cálculo da saturação por alumínio em subsuperfície de Neutralização da Saturação por
gesso com o tempo de aplicação. Alumínio do gesso agrícola.
E5 Estabelecer doses adequadas Análises dos teores de enxofre nas folhas, na Determinação do nível crítico de FASE III
de enxofre que podem ser matéria seca da produção de cana de açúcar, e enxofre no solo e em plantas de cana de FASE IV
fornecidas pelo gesso agrícola. análises de solo para determinação do teor açúcar;
recuperado de enxofre em função do enxofre Produção de cana de açúcar.
aplicado.
E6 Estabelecer o referencial de Análises dos teores de metais pesados em cana Estabelecimento de limites de teores FASE IV
pureza do gesso agrícola do de açúcar e no solo, em áreas com gesso “in natura” de metais pesados toleráveis em solo e
Araripe (“in natura”). e com fosfogesso. plantas de cana de açúcar.
E7 Estabelecer relações Amostragens de solo periódicas no perfil cultural Estabelecimento de relações FASE III
catiônicas adequadas quando da da cana de açúcar para realização de análises de Ca/Mg/K e teores de nitrogênio.
utilização de gesso agrícola e cátions, nitrato e amônio.
tempo de permanência de
nitrogênio em superfície.
E8 Capacitar agricultores e Realização de dias de campo, palestras, Realização de Seminários para FASE III
técnicos quanto ao uso da simpósios e seminários. agricultores e técnicos; FASE IV
tecnologia da aplicação de gesso Confecção de cartazes e folders para Entrega das publicações do
agrícola. apresentação das ações e dos resultados; ProGessoCana.
Elaboração de circulares e boletins técnicos.
35
13. METODOLOGIA
A prática da calagem visando a correção da acidez e neutralização do alumínio
trocável do solo é realizada incorporando-se o material corretivo à camada arável do
solo, por isso, seus efeitos normalmente restringem-se a superfície.
A presença de camadas subsuperficiais com baixos teores de cálcio trocável e,
ou, elevados teores de alumínio trocável pode determinar a perda de safras de cana de
açúcar, principalmente em regiões susceptíveis à ocorrência de períodos de estiagem,
uma vez que conduzem ao menor aprofundamento do sistema radicular, refletindo em
menor volume de solo explorado, ou seja, menos nutrientes e água disponíveis para a
cultura.
A Hipótese experimental é de que o gesso agrícola irá possibilitar o
fornecimento de cálcio e promover a redução e, ou neutralização da saturação por
alumínio em camadas subsuperficiais, devido à sua maior solubilidade e mobilidade no
solo relativamente ao calcário.
Para verificar a validação desta hipótese e de outros objetivos específicos
36
mol/L, com forme EMBRAPA (1997). O Ca2+ e o Mg2+ serão determinados por
espectrofotometria de absorção atômica; o K + por fotometria de chama; o P por
colorimetria, o Al3+ e o (H+Al) por titulometria; o C por combustão úmida com
dicromato de potássio; e o Premanescente segundo Alvarez V. (2000). Todas as
análises químicas serão realizadas no Laboratório de Química do Solo da UFRPE.
Mineralogicamente as amostras de solo serão previamente preparadas em
lâminas e a fração argila será submetida a difratometria de raiox para identificação
dos principais minerais. As análises serão realizadas no Laboratório de
Mineralogia do Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco (ITEP).
Estes materiais e métodos descritos atendem o objetivo específico (E1) e
as metas e os indicadores previstos.
37
As doses de gesso agrícola que comporão o espaço experimental serão
definidas pelos seguintes níveis da necessidade de calagem (NC): 0,0; 0,30; 0,60;
0,90; e 1,50 da NC. A NC que definirá as doses será calculada pelo método da
neutralização do alumínio trocável ou elevação dos teores trocáveis de cálcio e
magnésio (Recomendações de Adubação para o Estado de Pernambuco, 1998) na
camada subsuperficial em que se pretende reduzir ou neutralizar a saturação por
alumínio. Em todos os tratamentos, os solos serão corrigidos com calcário,
conforme a necessidade de calagem da camada arável, utilizando-se o método da
neutralização do alumínio trocável ou elevação dos teores trocáveis de cálcio e
magnésio. Os insumos serão aplicados em área total, 30 (trinta) dias antes do
plantio da cana de açúcar. A dose de calcário para corrigir o pH da camada arável
e as diferentes doses de gesso serão aplicadas conjuntamente na mesma época.
Os fertilizantes serão aplicados conforme Recomendações de Adubação
para o Estado de Pernambuco (1998).
As granulometrias terão como base a finura do insumo, utilizando-se gesso
agrícola de textura super fina; fina e grossa.
Como tratamento adicional deverá ser utilizada uma única dose de
fosfogesso corresponde a 0,30 da NC, combinada nas variedades indicadas pela
EECC.
38
13.1.3. Planejamento estatístico dos dados
A análise da variância (ANOVA) dos fatores em estudo deverá ser:
39
“spray” de esmalte sintético, geralmente de cor branca, visando conferir um bom contraste
entre as raízes e o solo.
Para a obtenção das imagens do sistema radicular dentro do perfil do solo, é
recomendável a utilização de uma câmara fotográfica digital, por ser o meio mais
prático e eficiente para tal finalidade.
Estes materiais e métodos descritos atendem o objetivo específico (E2) e as
metas e os indicadores previstos.
40
A produção de cana de açúcar será avaliada por Tonelada de Cana por
Hectare (TCH); Tonelada de Pol por Hectare (TPH); Pol por Cento na Cana (PCC) e
Sólidos Totais no Caldo (Brix).
Estes materiais e métodos descritos atendem os objetivos específicos
41
(SINDUSGESSO). Assim, as ações de pesquisa terão sua difusão mais
consubstanciada, porque à frente do Projeto estão as entidades que representam
seus associados.
A participação do SINDUSGESSO se dará no sentido de fornecer ao Projeto os
insumos necessários ao desenvolvimento do ProGessoCana, intermediando com
seus associados a difusão do Projeto e a importância do gesso agrícola do Araripe
na agricultura canavieira de Pernambuco.
Compreenda-se como insumos, o gesso agrícola em suas diferentes
granulometrias, o calcário e os fertilizantes para realização das adubações básicas
de plantio e cobertura para a cultura da cana de açúcar no desenvolvimento dos
ensaios de campo.
Como ação de difusão, o SINDUSGESSO também deverá coordenar a
realização de pelo menos um seminário para divulgação dos resultados obtidos com
o Projeto.
Por outro lado, a participação do SINDAÇÚCAR deverá ser de intermediadora
entre pesquisadores e seus associados, compromisso já assumido quando da
realização de uma palestra para apresentação deste Projeto no auditório do
SINDAÇÚCAR no início deste ano. Esta participação disponibilizará áreas das
unidades produtoras de cana de açúcar para instalação e acompanhamento dos
ensaios de campo, desde que previamente selecionadas pelos pesquisadores. Todo
o apoio institucional e logístico de implantação e acompanhamento destes ensaios,
envolvendo disponibilidade de maquinaria e mão de obra, é responsabilidade e
contrapartida do SINDAÇÚCAR.
Esta parceria entre a UFRPE e o SINDAÇÚCAR tem-se perpetuado por longos
anos por meio da Estação Experimental de Cana de Açúcar de Carpina (EECC), que
juntas têm executado projetos de grande importância para o Estado, principalmente
no que diz respeito ao melhoramento genético de variedades. Do mesmo modo,
recentemente, o SIDUSGESSO e a UFRPE com o apoio da FACEPE através da
CAPES, promoveram um curso de Gestão Ambiental do Uso do Gesso na
Agricultura, demonstrando, assim, a experiência destas parcerias com a UFRPE na
realização de Projetos de considerável importância para Pernambuco.
Assim como no caso do SINDUSGESSO, o SINDAÇÚCAR também deverá
coordenar a realização de um seminário para divulgação dos resultados obtidos com
o Projeto.
42
15. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
FASES MESES
I 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Seleção e disponibilização das áreas, e histórico X
onde houve utilização do gesso agrícola.
Abertura de perfis de solo para caracterização física, X X X
química e mineralógica.
II
Implantação dos ensaios de campo X X X X
III
Abertura de perfis culturais. X X X X X
Análise das imagens dos perfis culturais X X X X X X X X X X
Mensurações da evaporação, transpiração e X X X X X X X X X X X X X X
precipitação.
Amostragens periódicas dos solos X X X X X X
Análises químicas de solo X X X X X X X X X X X X X X
Análises químicas de planta X X X X
Dias de campo X X
Seminário X
IV
Definição da doses adequadas de gesso agrícola; X X X
Determinação de relações granulometria/tempo X X X
Determinação do nível crítico de enxofre em solo e X X X
planta
Estabelecimento de limites de teores de metais X X X
pesados toleráveis em solo e plantas de cana de
açúcar
Palestras, simpósios e seminários X X
Confecção de cartazes e folders para apresentação X X X
das ações e dos resultados
Elaboração de circulares e boletins técnicos. X X X
Publicações em congressos científicos, artigos em X X X
periódicos e elaboração de relatórios
43
16. RECURSOS HUMANOS
44
Atividades:
• Levantamentos e Classificação de solos
• Interpretações físicas, químicas e mineralógicas de solos
• Participação nos eventos para difusão da tecnologia
Dados pessoais: CPF – 002.159.104-00
Endereço: Rua Isaac Markman, 175 Bongi CEP 50751-370
Tel: (81) 3228 2081/3302 1226 Fax: (81) 3302 1220
E-mail: mrosas@depa.ufrpe.br
45
Formação Acadêmica: Engenheira Agrônoma - Doutora em Solos e Nutrição de Plantas
Área de especialização/atuação: Química do Solo
Dedicação: 12 horas
Atividades:
• Avaliação da movimentação de cátions no perfil do solo com a aplicação de gesso
• Avaliações nutricionais na cultura da cana de açúcar
• Participação nos eventos para difusão da tecnologia
Dados pessoais: CPF – 371351394-53
Endereço: Rua Irmã Lúcia, 40/1501 - Casa Amarela
CEP 52060-030
Tel: (31) 3892 8233/(81)3320 6220 Fax (81) 3320 6220
E-mail: betania@depa.ufrpe.br
46
Função: Pesquisador
Vínculo Institucional: Iniciativa privada – Bunge Fertilizantes
Cargo que exerce e lotação: Coordenador Técnico da Bunge Fertilizantes
Formação Acadêmica: Engenheiro Agrônomo – Mestre em Agronomia - Ciência do Solo
Área de especialização/atuação: Fertilidade do Solo
Percentual de dedicação: 5 horas
Atividades:
• Realização e interpretação de imagens do sistema radicular da cana de açúcar
• Participação nos eventos para difusão da tecnologia
Dados pessoais: CPF – 026781624-35
Endereço: Av. Afonso Olindense, 192F/12 Várzea CEP 50810-000
Tel: 3272 1224/3302 1220 Fax (81) 3302 1220
E-mail: eduardosaldanha@zipmail.com.br
47
17. RECURSOS FINANCEIROS
48
17.1.3. Materiais de consumo
Item de despesa Especificação/Finalidade Unidade Quantidade Valor Total
unitário
Cloreto de Potássio Análises de Ca, Mg, Al, preparo Saco 1 600,00 600,00
de lâminas para mineralogia 50kg
Acetato de Cálcio Análise de H+Al 500 g 1 50,00 50,00
Ácido Clorídrico Análises de metais pesados e L 50 14,40 720,00
micronutrientes, P e K
Ácido Sulfúrico Análises de metais pesados e L 50 12,00 600,00
micronutrientes, P e K, e N no
solo
Fosfato de Potássio Análise de P 500g 1 50,00 50,00
Cloreto de Cálcio Análise de P-remanescente 500g 1 48,00 48,00
Dicromato de potássio Análise de C 500 g 1 50,00 50,00
Sulfato ferroso Análise de C 1 kg 1 12,00 12,00
amoniacal
Ácido Ascórbico Análise de P 100 g 1 20,00 20,00
EDTA Análise de Al, H+Al 500g 6 30,00 180,00
Molibdato de Amônio Análise de P 500 g 1 96,00 96,00
Água Oxigenada Análise mineralógica L 5 10,00 50,00
Ácido Nítrico Digestão de planta, análises de L 50 6,00 300,00
metais pesados no solo
Ácido Perclórico Digestão de planta, análises de L 10 300,00 3.000,00
metais pesados no solo
Hexameta fosfato de Análises granulométricas do kg 1 30,00 30,00
Sódio solo
Ácido Fluorídrico Análise de metais pesados no L 2 300,00 600,00
solo
Acetato de Sódio Análises mineralógicas 500g 1 50,00 50,00
Ditionito de Sódio Análises mineralógicas 500g 1 98,40 98,40
Bicarbonato de Sódio Análises mineralógicas 500g 1 20,00 20,00
Acetona Análises mineralógicas L 5 10,00 50,00
Metanol Análises mineralógicas L 3 118,00 354,00
Etanol Análises mineralógicas L 5 15,00 75,00
Cloreto de magnésio Análises mineralógicas 500g 1 30,00 30,00
Acetato de magnésio Análises mineralógicas 500g 1 30,00 30,00
Glicerol Análises mineralógicas L 1 40,00 40,00
Subcarbonato de Análise de P 500g 1 20,00 20,00
bismuto
Hidróxido de Sódio Análise de N kg 5 12,00 60,00
Liga de devada Análise de N 50g 1 200,00 200,00
Acetato de Amônio Análise de S no solo kg 1 30,00 30,00
Ácido Acético Análise de S no solo L 5 19,20 96,00
Fosfato de Cálcio Análise de S no solo Kg 1 30,00 30,00
Sulfato de potássio Análise de N kg 1 21,60 21,60
Sulfato de cobre Análise de N 500g 2 20,00 40,00
Ácido Bórico Análise de N kg 1 20,00 20,00
Fenolftaleína Análise de H+Al 50g 1 50,00 50,00
Azul de Bromotimol Análise de Al 50g 1 50,00 50,00
Erlenmeyer de 250 mL Análises de solo e planta Unid. 50 12,00 600,00
Becker de 50 mL Análises de solo e planta Unid. 10 2,50 25,00
Becker de 100 mL Análises de solo e planta Unid. 10 4,00 40,00
Becker de 500 mL Análises de solo e planta Unid. 10 6,00 60,00
Becker de 1000 mL Análises de solo e planta Unid. 10 12,00 120,00
Pipetas Graduadas de Análises de solo e planta Unid. 10 2,00 20,00
1mL
49
Continuação...
Item de despesa Especificação/Finalidade Unidade Quantidade Valor Total
unitário
Pipetas Graduadas de 5 Análises de solo e planta Unid. 10 5,00 50,00
mL
Pipetas Graduadas de Análises de solo e planta Unid. 10 10,00 100,00
10 mL
Pipetas Graduadas de Análises de solo e planta Unid. 5 15,00 75,00
50 mL
Pipetas volumétricas de Análises de solo e planta Unid. 5 5,00 25,00
1 mL
Pipetas volumétricas de Análises de solo e planta Unid. 5 7,00 35,00
5 mL
Pipetas volumétricas de Análises de solo e planta Unid. 10 10,00 100,00
10 mL
Pipetas volumétricas de Análises de solo e planta Unid. 5 15,00 75,00
50 mL
Pipetas volumétricas de Análises de solo e planta Unid. 5 20,00 100,00
100 mL
Balão Volumétrico de 50 Análises de solo e planta Unid. 10 12,00 120,00
mL
Balão Volumétrico de Análises de solo e planta Unid. 10 19,20 192,00
100 mL
Balão Volumétrico de Análises de solo e planta Unid. 5 24,00 120,00
500 mL
Balão Volumétrico de Análises de solo e planta Unid. 5 33,60 168,00
1000 mL
Balão Volumétrico de Análises de solo e planta Unid. 3 48,00 144,00
2000 mL
Bureta de 100 mL Análises de solo e planta Unid. 2 96,00 192,00
Proveta de 1000 mL Análises de solo e planta Unid. 10 24,00 240,00
Proveta de 100 mL Análises de solo e planta Unid. 5 10,00 50,00
Funil de Buchner Análises de solo e planta Unid. 1 60,00 60,00
Tubo de digestão Análises de solo e planta Unid. 40 14,00 560,00
Lâmpada de Catodo Análises de Zn em solo e planta Unid. 1 1800,00 1800,00
oco-Zn
Lâmpada de Catodo Análises de Cr em solo e planta Unid. 1 1800,00 1800,00
oco-Cr
Lâmpada de Catodo Análises de Ni em solo e planta Unid. 1 1800,00 1800,00
oco-Ni
Lâmpada de Catodo Análises de Ca em solo e planta Unid. 1 1200,00 1200,00
Oco-Ca
Lâmpada de Catodo Análises de Mg em solo e planta Unid. 1 1200,00 1200,00
Oco-Mg
Cartucho de impressora Análises de dados Unid. 5 120,00 600,00
HP- Preto
Cartucho de impressora Análises de dados Unid. 2 120,00 240,00
HP- Colorido
Papel A4 Análises de dados resma 10 13,00 130,00
Disquetes de 1.44MB Análises de dados cx 10 12,00 120,00
CD gravável Análises de dados Unid. 10 3,00 30,00
Sacos de Plástico Coleta de solo kg 10 15,00 150,00
Sacos de Papel Coleta de planta Cento 10 10,00 100,00
Etiquetas Coleta de solo e planta Unid. 10000 0,01 100,00
Papel de Filtro Coleta de solo e planta cx.c/50 10 156,00 1560,00
Barbante Coleta de solo e planta rolo 5 5,00 25,00
Fita Adesiva Coleta de solo e planta rolo 5 3,50 17,50
Pincel para retroprojetor Coleta de solo e planta Unid. 10 2,00 20,00
Cavalete Flip Shart Dias de Campo Unid. 2 75,00 150,00
50
Continuação...
Item de despesa Especificação/Finalidade Unidade Quantidade Valor Total
unitário
Cartolina Dias de Campo Unid. 50 1,00 50,00
Gás Acetileno Análises no Absorção Atômica cilindro 2 250,00 500,00
Gás Butano Análises no Fotômetro de Bujão 2 30,00 60,00
Chama 13Kg
Sub-Total 3 22.694,50
17.1.5. Equipamentos
51
Total = 14.400,00 + 27.986,67 + 22.694,50 + 21.500,00 + 6.500,00 = 93.081,17
TOTAL DE DESEMBOLSO DO CNPq – R$ 93.081,17
17.2.1. UFRPE
17.2.2. SINDUSGESSO
52
17.2.2.1 Materiais de consumo
Item de Especificação Unidade Quantidade Valor unitário Total
despesa
Gesso Agrícola Utilização nos tonelada 30 75,00 2.250,00
ensaios de
campo.
Calcário Utilização nos tonelada 20 60,00 1.200,00
ensaios de
campo.
Fertilizantes Utilização nos Saco 50 kg 50 75,00 3.750,00
ensaios de
campo.
Sub Total 9 7.200,00
17.2.3. SINDAÇÚCAR
53
17.3. Cronograma de desembolso
54
18. RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS
A reconversão de áreas impróprias, a identificação de variedades mais adaptadas
a explorar um maior volume de solo e a difusão de um insumo ainda incipiente para a
cultura da cana de açúcar na Zona da Mata de Pernambuco terá uma repercussão muito
significativa na agricultura canavieira. Contraditoriamente, quando fala-se em redução de
insumos na agricultura, principalmente corretivos e fertilizantes, justamente este Projeto
vem, em Tese, recomendar o uso de mais um insumo. No entanto, a utilização do gesso
agrícola pode revolucionar o processo produtivo, por sua condição não de corretivo, mas
de condicionador de solo. Esta condição por si só, o torna favorável ao ambiente por sua
atuação no incremento da eficiência do uso da água e, mais favorável ainda, por sua
capacidade de aumentar a eficiência dos fertilizantes, minimizando o uso indiscriminado
destes insumos. Pode-se, então estimar, que a utilização do gesso na agricultura
canavieira irá favorecer o meio ambiente, reduzir custos de produção e aumentar a
produtividade agrícola. Portanto, estes seriam os benefícios diretos da utilização deste
insumo.
Em outro contexto, durante muitos anos criticou-se a Zona da Mata de Pernambuco
pela monocultura da cana de açúcar. Porém, muito tem-se feito para diversificar a
agricultura nesta região, principalmente durante a entre safra da cana. Quando então se
propõe uma tecnologia que enaltece a reconversão de áreas impróprias, a adaptação de
variedades e o aumento de produtividade da cana de açúcar, como isto pode aumentar a
oferta de alimentos e, ou, alterar a geração potencial de empregos na Zona da Mata ?
Acredita-se que é difícil imaginar uma Zona da Mata mais desenvolvida e com uma
agricultura diversificada sustentável, sem uma agricultura canavieira forte, com adequada
relação benefício/custo, proporcionando mais empregos e aumentando a renda per capita
dos trabalhadores para que eles possam canalizar recursos para uma agricultura familiar
que proporcione a tão desejada diversificação agrícola na região, porém de forma
sustentável, capaz até de ofertar alimentos e complementar renda na entre safra da cana
de açúcar.
Outro aspecto de grande importância no Projeto é que, pela maneira como ele está
sendo planejado, já o credencia como grande multiplicador de tecnologia, porque a
pesquisa se dará a olhos vistos, ou seja, dentro das comunidades, facilitando
imensamente seu aspecto difusor.
O ProGessoCana não apresenta impactos ambientais negativos ou desfavoráveis,
muito pelo contrário, como tem-se afirmado em citações anteriores. Para favorecer ainda
55
mais este aspecto, este insumo é proveniente de um minério, a gipsita moída, ou usando
um termo mais adequado, é o próprio minério sem nenhum tratamento químico adicional,
ou seja, é o gesso “in natura”.
O ProGessoCana se propõe a trazer as informações agronômicas necessárias
para a difusão do uso do gesso na agricultura canavieira, proporcionando assim, o
surgimento de uma valiosa parceria entre as cadeias produtivas do gesso do Araripe e a
agricultura canavieira do Estado. Esta “simbiose” sócio-agro-econômica trará inúmeros
benefícios para ambas as partes, o que dará sustentabilidade ao agronegócio que surgirá
no ex-post ProGessoCana.
56
20. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVAREZ V., V.H.; NOVAIS, R.F.; DIAS, L.E. & OLIVEIRA, J.A. Determinação e
uso do fósforo remanescente. B. Inf. SBCS, 25:27-32, 2000.
ALVAREZ V., V.H.; DIAS, L.E. Enxofre. Viçosa: ABEAS/Universidade Federal de Viçosa,
1994. 106p.
BÖHM, W. Methods of studying root systems. New York, Springer-Verlag, 1979. 194p.
CAIRES, E.F.; FONSECA, A.F.; MENDES, J.; CHUEIRI, W.A.; MADRUGA, E.F. Produção
de milho, trigo e soja em função das alterações das características químicas do solo pela
aplicação de calcário e gesso na superfície em sistema de plantio direto. Revista
Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.23, p. 315 – 327, nov. 1999.
DAL BÓ, M.A.; RIBEIRO, A.C.; COSTA, L.M.;THIÉBAUT, J.T.L. ; NOVAIS, R.F. Efeito da
adição de diferentes fontes de cálcio em colunas de solo cultivadas com cana-de-açúcar:
I. Movimentação de bases no solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas,
v.10, p.195-198, 1986.
JACOMINE, P.K.T. ; CAVALCANTI, A.C.; BURGOS, N.; PESSOA, S.C.P. & SILVEIRA,
C.O.DA. Levantamento exploratório – reconhecimento de solos do Estado de
Pernambuco. Recife, DNPEA, Divisão de pesquisa pedológica. SUDENE / DRN, Divisão
de Agrologia, 1973. V. 1. (Bol. Téc. 26. Séris pedologia, 14).
JORGE, L.A.C.; RALISCH, R.; ABI SAAB, O.J.G; MEDINA, C.C.; GUIMARÃES, M.F.;
NEVES, C.S.V.J.; CRESTANA, S.; CINTRA, F.L.D.; BASSOI, L.H.; FERNANDES, S.B.V.
Aquisição de imagens de raízes. In: JORGE, L.A.C., ed. Recomendações práticas para
aquisição de imagens digitais analisadas através do SIARCS. São Carlos: EMBRAPA-
CNPDIA, 1996. (EMBRAPA-CNPDIA. Circular Técnica, 1). p. 2-28.
57
KOFFLER, N.F. A profundidade do sistema radicular e o suprimento de água às
plantas no cerrado. Piracicaba, Potafós, 1986. 12p. (Informações Agronômicas, 33).
MORELLI, J.L.; DALBEN, A.E.; ALMEIDA, J.O.C.; DEMATTÊ, J.L.I. Calcário e gesso na
produtividade da cana de açúcar e nas características químicas de um Latossolo de
textura média Álico. Revista Brasileira de Ciência do Solo. Campinas, 16, p. 187 – 194,
Abr. 1992.
RAIJ, B.V. Gesso Agrícola na melhoria do ambiente radicular no subsolo.1º ed. São
Paulo. ANDA – Associação Nacional para Difusão de Adubos e Corretivos Agrícolas.
1988. 88p.
SHIGAKI, F.; FREITAS, N.; BERTO, A.; CEDDIA, M. B.; LIMA, E. Influência do estresse
hídrico nos parâmetros de crescimento e acúmulo de N em variedades de cana de
açúcar. In: Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 29, 2003, Ribeirão Preto, SP.
Anais... Viçosa – Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2003. 1 CD – Rom.
58
SUMNER, M.E. Amelioration of subsoil with minimum disturbance . In: JAYAWARDANE,
N. S. & STEWART, B.A. eds. Subsoil management techniques. Athens, Lewis
Publishers, 1995. p. 147 – 185.
21. PALAVRAS-CHAVE
• Cana de Açúcar
• Gesso
• Sistema Radicular
• Relações Nutricionais
59