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O brocardo da clareza, muito embora tenha sido formulado em latim, no tem origem no
Direito Romano, onde o prprio Ulpiano asseverou (P.55)
O brocardo da clareza pressupe que pode haver textos cujas palavras so todas unvocas
(dotadas de um nico sentido). No entanto, a no ser numa linguagem lgica estritamente
cientfica, dificilmente encontraremos termos unvocos (P.55).
O fato de que alguns termos so utilizados ora em sentido usual ora em sentido tcnico na
ordem jurdica positiva evidencia a necessidade de interpretao (P.56).
A ontologia a parte da filosofia que estuda o Ser, bem como o problema da essncia e da
existncia dos entes. O fundamento ontolgico da interpretao diz respeito ao fato de que a
conduta humana (P.58)
A axiologia a parte da filosofia que estuda os valores. Todo fato valorado. O fundamento
axiolgico da interpretao liga-se necessidade de se perguntar pelos valores contidos no
fato (P.58).
A interpretao autntica aquela que feita pelo Poder Legislativo atravs de uma lei. O ato
interpretativo deve seguir o mesmo rito processual exigido pelo interpretado, alm de ser
procedente do mesmo rgo (P.60)
A interpretao autntica gozou de prestgio em pocas autoritrias, quando Imperadores,
como Justiniano, colocavam-se como intrpretes oficiais das normas que eles prprios
impunham (P.61)
A lei interpretativa, entretanto, retroage data da lei interpretada para atingiros casos
pendentes, muito embora no atinja a coisa julgada por fora de determinao constitucional
(P.62)
A interpretao judicial aquela que feita pelos juizes e tribunais. A sua reiterao uniforme
pode gerar um costume judicirio ou norma jurisprudencial, que, inclusive, pode ser dotada de
vigncia.(P.62)
A interpretao administrativa aquela que feita por rgos da Administrao Pblica, quer
atravs do poder regulamentar quer casuisticamente (62)
A vontade do legislador pode ser entendida de dois modos: ou como a inteno subjetiva
original que imediatamente motivou o surgimento da norma (corrente subjetivista) ou como
uma metfora que se refere a uma vontade intrnseca norma que encontra razes na
sociedade (corrente objetivista) (P.64)