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NIKOLAS ROSE A POLITICA DA PROPRIA VIDA BIOMEDICINA, PODER E SUBJETIVIDADE NO SECULO XXI PAULUS, “al org Theale oe oman, we and Sabai the Tt Pat Conary Dio eval Catan Arline i Sonos, Dade nein de Catalogo na Pl eit, 2018 ‘opautus-2033 SUMARIO AGRADECIMENTOS CaPfrULo 2 Biopolitica no século XX1 CaPfruto 2 Politica € vida...n ss CaPtruLo 3 Uma forma emergente de vida?..... CaPtruLo 4 Sob o risco genético CaPfruto 5 Cidadaos biolégic Capfruzo 6 Raga na Era da medicina genomica CaptruLo 7 Si-mesmos neuroquimicos.. CaPfruto 8 A biologia do controle.. PosrAcio Btica somética e o espirito de 350 BIBLIOGRAFIA 359 INDICE REMISSIVO 387 AGRADECIMENTOS s ideias apresentadas aqui foram desenvolvidas ao longo de di- vversos anos em didlogo e colaboragao cora muitas outras pesso- as. Gostaria de reconhecer particularmente 0 apoio dado pelos membros da rede de pesquisa BIOS, inicialmente estabelecida a partir da Faculdade Goldsmiths, Universidade de Londres, e agradecer ‘20s meus colegas da Goldsmiths que estiveram envolvidos, especialmente Mariam Fraser e Monica Greco. Gostaria também de agradecer a Monica, IIpo Helen e Mariana Valverde, que ajudaram a organizar a conferéncia Politica da Vida, da BIOS, realizada na LSE, em setembro de 2002 - um acontecimento que reuniu uma notavel série de talentosos pesquisadores dos aspectos sociais das biociéncias. Na Escola de Economia e de Ciéncia Politica de Londres (LSB), tenho tido o privilégio de trabalhar na bastante apoiadora comunidade pesquisadora do Centro de Estudo de Biociéncia, Biomedicina, Biotecnologia ¢ Sociedade da BIOS, e de participar dos mui- tos estimulantes seminérios e simpésios que a BIOS tem promovido. Gos- taria de agradecer a Pat Spallone por seu investimento vital na vida inicial a BIOS, ea Sarah Franklin, que empregou suas energias de maneira tio plena para o desenvelvimento deste trabalho na LSE: Sarah também con- escapar. Gostaria de ter sido capaz de seguir mais as pistas que ‘Meu pensamento tem sido constantemente desafiado pelos estudan- tes pesquisadores e companheitos de pés-doutorado com quem tenho tra~ balhado, ¢ eu gostaria de agradecer particularmente a Carlos Novas, que nndo apenas me pediu para persistir nesta prodigiosa leitura e com as exi- agincias empiricas da pesquisa, mas também foi téo generoso em seus con- ceitos. Mais recentemente, agradego a Filippa Cornelliussen, Chris Hamil- ton, Annette V. B, Jensen, Kristin Klein, Linsey McGoey, David Reubi, Ayo ‘Apoltica da propria vida Wahlberg e Scott Vrecko, por me conservarem mais ou menos trabalhan- do.em todo o meu potencial. Também gostaria de agradecer a meu irmio, Steven Rose, por toda uma vida de discussio em torno de muitos desses temas: meu envelvimento com a biopolitica comegou quando, influencia- politica da biologia tanto com Steven quanto com minha cu Hi Rowe sh stent oe mus deseo, as wns aunt criticas, sempre me foram fonte de inspiracio: espero que eles me perdo- ‘em por ter-Ihes violado o tertitério e analisado consoante logica diferente. E, por tiltimo, mas nao menos importante, obrigado a Paul Rabinow por ‘sua amizade, seu feroz estimulo intelectual e por nossas disputas espiri- tuais que ajudaram a agugar meu pensamento de incontiveis maneiras. versidade do Leste de Londres, na Universidade de Copenhague, em maio de 2000, e na conferéncia sobre “O etos do bem-estar’, na Universidade de Helsinki, em seterbro de 2000. Agradecimentos sao devidos aqueles ‘que me convidaram - Barry Barnes, Kenneth Hultqvist (cuja morte re- ccente ¢ uma grande tristeza), Mike Rustin, Barry Richards, Lene Otto, Lene Koch e Hpo Helen, e aqueles cujos comentarios tém me ajudado a ‘melhorar minha argumentasio. Gostaria de agradecer particularmente a todos os meus amigos dinamarqueses, principalmente o Grupo de Saide, Humanidade e Cultura, e a Uffe Juul Jensen, cuja inspiracdo intelectual ¢ ‘gastron6mica contribuiu para meu pensamento de diversas maneiras, Ma- terial desses ensaios est entretecido nos capitulos 1 e 2 do presente tex- to. Esses capitulos, ¢ a introducao, também usam como fonte um ensaio intitulado “A politica da vida no século XX", apresentado na Universidade da California, Irvine, e na Universidade da California, Berkeley, em 2003, ¢ eu gostaria de agradecer a Inderpal Grewal ea seus colegas pelo convite para Irvine, ea Laurence Cohen e a Aihwa ONG pelo convite para Berkeley. O capitulo 3 foi desenvolvido a partir de um ensaio intituado “For. mas emergentes de vida’, apresentado na primelra Conferéncia Blanken- see, "Pormnas emergentes de vida: Rumo a uma antropologia das Giéncias da vida", entre 08 dias 11 e 13 de dezembro de 2003, Obrigado a Stefan Beck ea Michi Necht por me convidarem e por me permitirem usar o tito Yo da conferéncia em minha discussio. (Os capitulos 4 ¢ 5 esto fortemente baseados em ensaios conjur- tamente escritos com Carlos Novas. Revisei os ensaios a fisn de deixar claro quais aspectos surgem diretamente de sua obra, ¢ pare identificar 1s contribuigoes especificas dele, mas esses capitulos foram concebidos € ‘escritos em mitua cooperacdo, ¢ agradeso a Carlos por sua generosidade em me permitir apresenté-los dessa forma. O capitulo 4 & derivado de C. Novas e N. Rose, “Risco genético e o nascimente do individuo somatico’, Economy and Society, nimero especial sobre configuragSes de risco, 2000, 29(4), p. 484-513. O capitulo 5 origina-se de um ensaio preparado para tum grupo de discussao em Praga, em abril de 2001, sob titulo de “Oikos ¢ Anthropos: Racionalidade, tecnologia, infraestrutura’, organizado por Aihwa Ong, Stephen Collier e Paul Rabinow, mais ublicado em N. Rose e C. Novas, Global Assemblages: Technology, Politics and Ethics as “Anthropological Problems (Montagens Globais: Tecnologia, Politica e ftica como Problemas Antropolégicos), organizado por Aihwa Ong e Stephen Collier (Oxford: Blackwell, 2005, p. 439-463). ‘O capitulo 6 nasceu de um simpésio internacional sobre “Racana era da medicina genémica’, organizado pelo centro BIOS na LSE, em maio de 2003, e financiado pela Wellcome Trust. Embora nao espere que muitos pparticipantes concordem com minha andlise, agradego aqueles que vieram de muitos paises para esses dois dias intensivos de discusséo, e possibili- taram um debate que ultrapassou as bastante estereotipadas respostas a esses temas, as quais caracterizam a maior parte das discusses nos Es- tados Unidos. Uma versio anterior desse ensaio fora apresentada no De- partamento de Estudos Afroamericanos na Universidade de Yale, em abril de 2004, e eu gostaria de agradecer a Paul Gilroy ¢ a Alondra Nelson pelo cconvite e hospitalidade, e por tio generosa escuta de meus argumentos. (0 capitulo 7 foi mostrado sob muitas formas ao longo dos anos: sua primeira versio fora preparada para 0 Grupo de Pesquisa de Histéria do Presente, em 1998, e, subsequentemente, apresentado no Departamento de Ciéncia Social da Universidade de Loughborough, em maio de 1999. ‘Obrigado a Mariam Fraser por me convidar, e a todos os que me ajudaram a rever a discussio no decorrer de suas varias encarnagbes. ~ aeou sea A poiltica da prépria vida © capitulo 8, em versio mais antiga, fol publicado como “A blologla da culpabilidade: Identidades patologicas em uma cultura biolégica’, The- ‘retical Criminology, 2000, 4(1), p. 5-34: obrigado a meu bom amigo Pat ‘O'Malley por sugerir-me escrevé-lo, e aos editores e aos peritos daquele petiédico pelos comentérios. Servieme também de outros ensaios publicados e inéditos: “Norma lidade e patelogia na era biologica’, Outlines, 2001, 1, p. 19-34 (Outlines € um periédico nérdico, interdisciplinar, de ciéncia social, publicado em inglés); “Biopolitica no século XXI ~ Notas para uma agenda de pesquisa’, Distinktion, 2001, 3, p. 25-44; € “O nascimento do si-emesmo neuroquimi- co", preparado para a série de semindrios sobre "Ciéncias Sociais, Psiquia- *, CESAMES (o Centro para Pesquisa sobre Saiide Mental e Universidade de Paris, em 5 de maio de 2002; “A politica je, Biomedicalizagao, conflitos sociais e a nova politica da biostica’, Viena, outubro de 2002; "Biopoder hoje” (com Paul Rabinow); “Politica de vida: Satide, medicina e bioeconomia", 5-7 de setembro de 2003; "Gerenciando individuos de risco em uma era biolégica’, discurso central inaugural durante a Conferéncia Anual da Seco Forense da Royal Faculdade de Psiquiatria, Southampton, em fevereiro de 2004; “Adminis- trando a vontade”, apresentado em Munique e Oxford, em fevereiro de 2004, e em Princenton, em abril de 2004. Obrigado também a Mary Murrel, da Editora da Universidade de Princenton, por seu entusiasmo pela ideia que se transformou neste li- vr0; a Fred Appel, que o orientou tio diligentemente através do proceso de revisio, e aos revisores andnimos, cujas criticas me forcaram a refinar ‘meus argumentos. Conforme ficaré claro a partir desses agradecimentos (que sio in- completos ~ peco desculpas aqueles que nao mencionei pelo nome), meu trabalho depende grandemente da pesquisa de muitos outros e s6 se tor- nou possivel devido a riqueza e & produtividade da comunidade de estu- diosos que pensam, como eu, que algo muito significativo - politicamente ~ est assumindo forma no decurso dos recentes desenvolvimentos das ciéncias e da politica da vida. Nao faro nenhuma reivindicacao de origina- lidade neste livro, mas se consegui destilar alguns conceitos que, por bre- ve tempo e de maneira modesta, possam beneficiar o trabalho de outros, ele terd alcancado seu propésito. Nikolas Rose Londres AEM ACRONIMOS Associagao Francesa contra as Miopatias AIDEUA Agénciade Desenvolvimentolntemnacionaldos Estados Unidos ANDM ANPA APD CAA ADAH CAG ccs DH DPG BEG FCE FIV TELS IRNS. Alianca Nacional em torno de Doengas Mentais ‘Alianga Nacional para a Pesquisa do Autismo “Assistente Pessoal Digital (um dispositivo de computador de dolso ou portatil) Cure o Autismo Agora Criancas e Adultos com Transtorno de Déficit de Atencio com widade jo” que consiste de uma sequéncia de trés dos quatro nucleotideos que formam o DNA: C (citosina), A (adenina) e G (guanina). Tais trios as vezes aparecem repetidos - CAG- CAGCAG ete. -, ¢ algumas doencas, tais como a Doenca de Huntington, ocorrem quando hé um niimero incommum de tais repeticées. O assim chamado “cédigo genético”, carregado de ‘moléculas de DNA, consiste em unidades trinucleotideas for- ‘madas por combinacdes de quatro bases: A (adenina), T (timi- na), € (citosina) e G (guanina) ‘Comité de Genética e Seguro Doenga de Huntington Diagnéstico de Pré-implantagio Genética Eletroencefalograma Fluido Cérebro-Espinhal Fertilizagao In Vitro Implicagdes ético-legal-sociais (um acrénimo associado parti- cularmente & alocagio de uma pequena proporgao de fundos do projeto do Genoma Humano para o estudo dessas implica~ bes do sequenciamento genético) Inibidor de Recaptacio da Norepinefrina da Serotonina ‘A poltica da propria vida LSE ‘Map Hap Inlbidor Seletivo de Recaptaglo da Serotonina (is vezes ex- andido como Inibidor de Recaptagio Seletiva de Serotonina) London School of Economics and Political Science Mapeamento Haplétipo. © Projeto Internacional de Mapea- ‘mento Haplotipo é uma parceria di se de agéncias financiadoras do Canadd, China, Japio, Nigéria, Reino Unido «Estados Unidos para desenvolver uma fonte piblica que aju- daré os pesquisadores a encontrar genes associados a doencas hhumanas e responsiveis pelo uso farmacéutica de uma técnica conbecida como Mapeamento Haplotipo (cf. http://www hap- map.org/) © nome comum da Associa¢ao Nacional para a Satide Mental, do Reino Unido Nao Culpado por Razdes de Insanidade Organizacao para Cooperacio Econémica e Desenvolvimento Organizacéo Mundial de Saude Propriedade Intelectual Projeto de Medicacao Algoritma do Texas Polimorfismo de Nucleotideo Simples Pseudoxantoma Eléstico, um distarbio hereditario que afeta 0 tecido conectivo em algumas partes do corpo Ressonincia Magnética Esquizofrenia ~ Emergéncia Nacional (trabalho beneficente na rea da satide mental, sediado no Reino Unido) Sistema Nervoso Central Sindrome Respiratdria Aguda Severa ‘Transtorno de Ansiedade Generalizada Tentativa de Controle Aleatério Torografia por Emissdo de Pésitrons Simples Transtorno do Défict de Atencio com Hiperatividade Transtorno Disférico Pré-menstrual Terapia Eletroconvulsiva ‘Tomografia por Emissio de Pésitron Venga.o Autismo Agoral INTRODUCAO era de possibilidades médicas maravilhosas, embora pertar- © apagar das luzes do século XX, muitos predisseram que “nés" estarlamos entrando em um “século biotécnico’, uma N badoras.' Alguns acreditavam que 0 sequenciamento do ge- noma humano inauguraria uma era de manipulacae-genética com.con- sequéncias maravilhosas, talvez aterradoras. Unindo genomas aos de- ‘senvolvimentos na tecnologia reproduti is pré-implantagao genética e a clonagem, smperamentos, emor6es, desejos ¢ inte- ligéncia a vontade. Out sonhavam com a conquista da imorta- lidade, e com um mundo no qual os seres humanos estenderiam indefi- pecta jomédicas que nova geracdo de remédios peiquldtricos cujo modelo comum é Prosae. De outros disiate que estariam “prestes a chegar”: engenharia gen¢tica, ‘enotransplante, medicina personalizada, a ‘ou usando clulas-tronco que poderiam ser distin. de tecido. 18m suscitado esperancas e temores, expectativas ta pesquisa, Muitos politicos, universidades,corparagbs invetidores privades esperam que esses avancos biomédicos gerem propriedade inte- lectual valiosa e acionem uma bioeconomia nova e altamente lucrativa; re pos deena tha para que sejam vencidas as restrig6es a im de permitira pesquisa que ‘poderis trazer experanca a seus entes queridas. Outros fazem campanha para que as restrisbes sejam ainda maie rfpidas, garticularmnente para peo teger a “santidade da vida" do évulo desde a fertilizagao ou até mesmo antes. Outros coxa acne cesses debates apelando a urna moralidade eases desenvolvimentos rodent? Quem devera ter o padcr de trsaz decisoes em cada uma das situagées percurbadoras em que ¢ deve Fader a (BUA); e Kass 2003). nem uma série de especulacdes acerca do futuro nem do fatiaro, seus veCtiOS € eSperancas, TiaTvalagbesejulgamentos~ sto elementos em uma forma de vida emergente.” A politica dessa forma de | vida, essa “politica vital’, é 0 foco deste livro. Naturalmente, ha muito tempo a politica temi Se preocupado com as vivaaes vidas daqueles que so governados. Correndo o risco de simplificacao, poder-se-ia dizer que a politica de vida dos séculos XVIII e XIX era uma politica da satide ~ das Baas Seis de wna “forma de vide se , obviament,ergial.Conforme digo no apie santa ta eae sing panto por Son Bok © Koco Ba ‘Kense, nt Altman, em 2005, Fo amber usada por Michael Facher como oil Ge una recente ‘oleie de anus entalonantropoligico (Pacer, 2003). Explcto © uso que face dla ne capt 3 5 esow se|IO;N ‘Apoltica da propria vida taxas de nascimento e de morte, de doencas e epidemias, do policlamento ds fa, de tzuamento, stores aimee, _cemitérios e da vitalidar govern: devolvé-las a entida- ‘es regulatérias quase autOnomas - comissdes de biotica, por exemplo; ses nas racionalidades € exe Has teal de governe taibem implicaram * Amedida que o milnio se aproximava, Sarah Franklin eu, ndependentemente, comeyamos 8 ‘eabahar com eta ideia de propria vid" ~ uma ldela que ambos adsptamos de diferentes maneiac ‘partic de temas dos esrtos de Michel Foucault O enesio dela (Pantin, 2000) fol exci por volta Prermoceno qt orp Rese, 2001)

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