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Concreto Protendido

PERDAS DE PROTENSÃO
Prof. MSc. Letícia R. Batista Rosas
Tipos de perdas de protensão
Perdas de protensão são todas as perdas verificadas nos esforços aplicados aos
cabos de protensão. As perdas de protensão podem ser classificadas em dois
grupos:
a) Perdas IMEDIATAS, que se verificam durante a operação de estiramento e
ancoragem dos cabos, a saber:
• Perdas por ATRITO, produzidas por atrito do cabo com peças adjacentes,
durante a protensão;
• Perdas nas ANCORAGENS, provocadas por movimentos nas cunhas de
ancoragem, quando o esforço no cabo é transferido do macaco para a peça de
apoio;
• Perdas por ENCURTAMENTO ELÁSTICO do concreto.
Tipos de perdas de protensão
Perdas de protensão são todas as perdas verificadas nos esforços
aplicados aos cabos de protensão. As perdas de protensão podem ser
classificadas em dois grupos:
b) Perdas RETARDADAS, que se processam ao longo de vários anos, a
saber:
◦ Perdas por RETRAÇÃO E FLUÊNCIA do concreto, produzidas por
encurtamentos retardados do concreto, decorrentes do
comportamento reológico deste material;
◦ Perdas por RELAXAÇÃO do aço, produzidas por queda de tensão nos
aços de alta resistência, quando ancorados nas extremidades, sob
tensão elevada.
Perdas nas ancoragens
Denominam-se perdas nas ancoragens as perdas de alongamento do
cabo, quando o esforço é transferido do elemento tensor (macaco)
para a ancoragem.
Nos processos com armaduras pré-tracionadas, a ancoragem das
armaduras se faz por aderência com o concreto, não havendo
propriamente perdas na ancoragem.
Nos processos com armaduras pós-tracionadas, os cabos são
esticados com auxílio de macacos, sendo os esforços nos macacos
posteriormente transferidos a ancoragens mecânicas.
Perdas nas ancoragens
Quando a ancoragem é feita por meio de rosca e porca, não existe
perda na ancoragem.
Quando, entretanto, a ancoragem é feita por meio de cunhas, essas
cunhas penetram nos furos, ao absorverem as cargas resultando
uma perda (δ) de alongamento do cabo.
Perdas nas ancoragens
Nos sistemas com cunhas individuais, observam-se os seguintes
valores médios de perdas por penetração das cunhas, para carga
máxima (Pmáx):
Perdas nas ancoragens
No sistema Freyssinet com cunha central, as penetrações das cunhas
apresentam os seguintes valores:

As perdas nas ancoragens ocasionam reduções nos esforços de


protensão aplicados ao longo dos cabos. A extensão do cabo
influenciada pela perda na ancoragem depende do valor dessa perda
(δ), da geometria do cabo e do coeficiente de atrito do cabo com a
bainha.
Perdas nas ancoragens
Acréscimo provisório do esforço de protensão: nos cabos com
perdas de atrito muito importantes, pode-se utilizar o artifício de
aumentar provisoriamente o esforço no macaco até atingir um certo
valor calculado, reduzindo-o posteriormente ao valor máximo
normal (𝑃𝑚á𝑥) antes de transferir o esforço para a ancoragem.
Nos sistemas de cordoalhas com cunhas individuais, o
encunhamento do cabo se faz automaticamente, quando a pressão
nos macacos é rebaixada.
Perdas por atrito
As perdas por atrito têm grande importância na variação dos
esforços efetivos dos cabos de protensão, ao longo dos mesmos.
Quando os cabos são esticados, desenvolve-se atrito entre os cabos
e peças adjacentes ao mesmo, de modo que o esforço aplicado na
extremidade sofre uma redução em cada ponto de atrito.
As perdas por atrito verificam-se principalmente ao longo do cabo,
mas também nas ancoragens e nos macacos hidráulicos.
Perdas por atrito
Perdas por atrito em armaduras pré-tracionadas: nas armaduras
pré-tracionadas as perdas por atrito verificam-se nos macacos
hidráulicos, nas ancoragens provisórias e nos pontos de mudança de
direção das armaduras poligonais.
As perdas por atrito nos macacos e nas ancoragens provisórias
podem ser medidas por calibração, compensando-se as mesmas por
um aumento da pressão manométrica dos macacos.
Perdas por atrito
Perdas por atrito em armaduras pós-tracionadas: nas armaduras pós-
tracionadas, as perdas por atrito verificam-se nos macacos, nas
ancoragens e nos pontos de contato dos cabos com as bainhas.
Perdas por atrito
Perdas por atrito em armaduras pós-tracionadas
- Perdas por atrito nos macacos e nas ancoragens: nos sistemas usuais de
cabos constituídos por fios ou cordoalhas, verifica-se experimentalmente
que as perdas por atrito dos cabos nas ancoragens e por atrito no interior
dos macacos são da ordem de 5%.
Nessas condições, designando-se por Pmáx o esforço a ser aplicado no cabo,
a pressão manométrica (p) necessária no macaco é dada pela expressão:
Pmáx
p  1, 05
Acil
onde Acil representa a área do cilindro do macaco de protensão.
Perdas por atrito
Perdas por atrito em armaduras pós-tracionadas
- Perdas por atrito ao longo dos cabos: nos sistemas de cabos internos
com bainhas, os cabos têm, em geral, uma trajetória curva.
Ao serem esticados, durante a protensão, os cabos atritam contra as
bainhas, provocando perdas nos esforços de protensão.
As perdas dependem do coeficiente médio de atrito (𝜇), entre o cabo e
a bainha, e da configuração geométrica do cabo, esta última medida
pela variação angular 𝛼 do eixo do cabo.
Perdas por atrito
Perdas por atrito em armaduras pós-tracionadas
- Perdas por atrito ao longo dos cabos: nos cabos colocados no
interior de bainhas, além do atrito causado pelas curvaturas do eixo do
cabo, existe um outro produzido por desvios da bainha em relação ao
eixo teórico do cabo (falta de linearidade, flechas, etc).
Esses desvios são construtivos, manifestam-se tanto nos trechos retos
como nos trechos curvos dos cabos; para efeito de cálculo eles podem
ser assimilados a variações angulares (k𝛼) por metro linear de cabo.
Perdas por atrito
Influência das condições da obra sobre o atrito: Os valores dos coeficientes
de atrito podem ser majorados por defeitos provenientes de má execução,
tais como:
• Oxidação do cabo ou da bainha;
• Ondulações pronunciadas na bainha, devidas à falta de alinhamento ou
deficiência de suspensão;
• Vazamentos na bainha, permitindo penetração de nata de cimento na
bainha, durante a concretagem.
Os defeitos das bainhas podem ser evitados através de boas especificações
construtivas e inspeção visual permanente dos serviços.
Perdas por encurtamento elástico do
concreto
Peças com armadura pré-tracionada: nos sistemas de pré-tracionamento,
onde os fios são protendidos antes da concretagem, quando os esforços
dos fios são transferidos ao concreto, existe uma perda de protensão
devido ao encurtamento elástico (imediato) do concreto.
Chamando 𝜎𝑐 à tensão do concreto, na seção considerada, ao nível do
cabo de protensão, sob efeito de protensão e peso próprio, a perda por
encurtamento elástico é dada por:
Δ𝜎𝑝 = 𝛼𝑒 𝜎𝑐
Onde 𝛼𝑒 representa a relação entre os módulos de elasticidade do aço e
do concreto.
Perdas por encurtamento elástico do
concreto
Peças com armadura pós-tracionada: nos sistemas de pós-tracionamento,
quando os cabos são esticados, os macacos se apoiam no concreto e,
assim, o encurtamento elástico se realiza antes de ancorar o cabo.
As vigas com cabos concentrados são em geral protendidas em uma só
operação, envolvendo todos os cabos, que são ancorados ao mesmo
tempo. Nestes casos, não existe perda de encurtamento elástico a
considerar.
Se entretanto, a viga tem n cabos, protendidos sucessivamente, a perda
média de encurtamento elástico na viga é dada por:
Perdas por encurtamento elástico do
concreto
Peças com armadura pós-tracionada: na equação 𝜎c representa a tensão
do concreto, ao nível do cabo de protensão, sob efeito da protensão e do
peso próprio atuantes na seção considerada.
Para um número grande de cabos, a fórmula anterior tende para o valor:

Essa equação é utilizada, frequentemente, fornecendo um resultado a


favor da segurança.
Perdas devido à retração
A retração provoca encurtamento do concreto, e, portanto, encurtamento
do cabo de protensão, e consequentemente uma perda de tensão no
mesmo. Designando-se por Δ𝜎𝑝,𝑠 a perda da tensão na armadura
protendida, causada pela retração do concreto, pode-se escrever:

O valor da deformação unitária de retração depende de diversos fatores,


notadamente: espessura da peça, grau de umidade e temperatura do meio ambiente.
Perdas devido à fluência
O concreto, comprimido pelos cabos de protensão, sob efeito de fluência,
deforma-se lentamente. Denomina-se coeficiente de fluência (𝜑), a
relação:

𝜖𝜖𝑐𝑐 = deformação unitária retardada, provocada por fluência do concreto.


𝜖𝜖𝑐𝑒𝑙 = deformação elástica do concreto (𝜖𝑐𝑒𝑙= 𝜎𝑐𝐸𝑐).
Perdas devido à retração
Designando-se por Δ𝜎𝑝,𝑐 a perda de protensão devido à fluência do
concreto, pode-se escrever:

𝜎𝑐 = tensão no concreto, ao nível do cabo de protensão, produzida pelas ações de carga


permanente e protensão.
𝛼𝑒 = relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto.

O coeficiente de fluência (𝜑) depende dos mesmos fatores indicados para


a retração.
Perdas devido à relaxação do aço
Os aços de protensão, quando ancorados com comprimento constante e
sob tensão elevada, sofrem uma perda de tensão, fenômeno denominado
relaxação.
Os fatores mais importantes que influem na quantidade de relaxação são
as características metalúrgicas, a tensão sob a qual o aço é ancorado, e a
temperatura do ambiente.
Perdas devido à relaxação do aço
Como valores representativos de relaxação pura dos aços brasileiros,
podem tomar-se os valores tabelados no quadro abaixo, para
𝜎𝑝0 = 0,7 𝑓𝑝𝑡 e temperatura 20°C. Obtêm-se, assim, os valores do
quadro para a relaxação relativa final.

Nos sistemas de protensão com barras, as perdas por relaxação são


muito inferiores às verificadas nos casos de fios e cordoalhas. Para as
barras de aço CP80/105, pode-se adotar um valor:
Variações das perdas de protensão
Faixas de variação dos valores finais das perdas de protensão em
uma seção: denominam-se perdas finais de protensão as que
ocorrem após a estabilização das perdas retardadas, isto é,
produzidas por retração e fluência do concreto, e relaxação do aço.
As perdas retardadas de protensão são assintóticas, representando-
se a época de estabilização com o tempo 𝑡 = ∞.
O cálculo das perdas finais de protensão, exclusive de atrito e
encunhamento, conduz valores da ordem de 20% a 30% da
protensão inicial instalada em uma seção:
Variações das perdas de protensão
Variações das perdas de protensão
As relações 𝑃∞/𝑃0 não são constantes ao longo de uma peça
protendida, pois elas dependem das dimensões das diversas seções,
e das tensões no concreto ao nível dos cabos.
Para simplificar o processo de análise, e considerando-se as
imprecisões com que as perdas podem ser estimadas, adotam-se
seções de referência, para as quais se determinam as porcentagens
de perdas, aplicando-se essas porcentagens às outras seções.
Variações das perdas de protensão
Assim, nas vigas simplesmente apoiadas, basta fazer o cálculo das
perdas na seção do meio do vão, usando-se este valor para toda a
viga.
Nas vigas contínuas, as perdas são calculadas nos pontos de maiores
momentos positivos e negativos.

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