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A história da Humanidade contém inúmeros nomes de pessoas que

deixaram a sua marca na época em que viveram. Em alguns casos, o nome


dessas pessoas transcendeu o tempo e o lugar, fixando-se mesmo na ciência
História, tendo suas vidas estudadas por milhares de pessoas. Porém,
nenhuma delas dividiu a linha do tempo em duas partes: antes de seu
nascimento e depois dele, como Jesus de Nazaré.

Jesus é, sem sombra de dúvida, a mais importante e a mais instigante


personagem. Nenhum documento de próprio punho comprova sua
existência terrena. Entretanto, 4 seguidores de Jesus tiveram a idéia de
registrar a Sua vinda: Mateus, Marcos, Lucas e João - Mateus e João, do
grupo apostólico e Marcos e Lucas, seguidores de Pedro e Paulo,
respectivamente.

Os registros ficaram conhecidos como Novo Testamento. O livro seria


perfeito se não tivesse passado pelas traduções e pela subjetividade
humana, ao longo dos séculos.

Escrever um livro, hoje em dia, é tranqüilo. Agora, imaginemos há dois


milênios:

- não existia lei de direitos autorais: logo, uma vez posto em circulação, o
autor perdia total controle da obra.
- não existia Xérox, nem impressora, nem gráfica. As cópias eram feitas
manualmente, pelos escribas ou por qualquer pessoa que desejasse copiar.
- a maior parte da população era analfabeta.

Sim, analfabeta. Muitos copistas não tinham a menor idéia do que


estavam escrevendo. Para eles, as letras não passavam de formas sem
sentido. Portanto, se algum sonolento, dormiu em serviço: opa! Copiou
errado. E agora? Será que o próximo copista saberia discernir o certo do
errado? Nada disso! As cópias eram feitas a partir de outras cópias e, aos
poucos, os originais se perderam. Sem contar os erros de tradução do
hebraico para o grego, do grego pro latim e assim por diante, os enxertos de
má fé e as alterações sem intenção, apenas movidas pela interpretação
pessoal.

Complicado, né? Agora, tendo essa visão, vamos ao nosso objeto de


estudo: a personalidade de Jesus.

“E, sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do mar e ele, sozinho, em


terra. E vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era
contrário, perto da quarta vigília da noite aproximou-se deles, andando
sobre o mar, e queria passar-lhes adiante. Mas, quando eles o viram andar
sobre o mar, cuidaram que era um fantasma, e deram grandes gritos” Mc
6, 47-49.

Essa é uma das clássicas passagens de Jesus. Será que aconteceu de


verdade?

Em “O Livro dos Espíritos”, questão 625, Kardec pergunta qual o tipo


de espírito mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para que lhe
sirva de guia e modelo. A resposta é objetiva: Jesus.

Ora, se ele é o único espírito puro que conhecemos, aquele que serve de
guia e modelo, logo, não possui defeitos. Então, não se comportaria de
forma orgulhosa.

Ahh, o orgulho! Se transformou nos dias atuais em qualidade! Quando


estamos satisfeitos por alguma coisa, dizemos que estamos orgulhosos.
Quando o Brasil ganha na Copa do Mundo, dizemos o quê? Que temos
orgulho de sermos brasileiros! Se soubéssemos todos os dramas que o
orgulho traz consigo, lamentaríamos verdadeiramente por tê-lo em nosso
íntimo.

Vivemos numa cultura em que o orgulho virou sinônimo de coisa boa,


quando o caminho que nos leva à verdadeira Felicidade é o da humildade.
Jesus disse: “Bem-aventurados os humildes.” E, passados dois milênios,
nós continuamos a crer que humilde é aquele que tem uma casa simples e
que fala baixinho.

A humildade nada tem a ver com a condição social. Qual a definição de


humildade? Hum…ok. Tente você. Difícil, né? Só sabemos que ela é
contrária ao orgulho.

Se o orgulhoso é aquele que gosta de mostrar que é melhor que os


outros, Jesus, que é perfeito, não se colocaria acima de ninguém. Se o
orgulhoso se destaca, o humilde se oculta!!!!!!

Pronto! Descobrimos um dos pontos da humildade: o “ocultar-se”.

Se para ser humilde é necessário ocultar-se, o que Jesus estaria fazendo


andando sobre as águas???? Ah, claro, qualquer pessoa anda sobre as
águas, né? É tão fácil….basta querermos e lá estamos nós passeando sobre
o mar de Copacabana…
Não, não é assim. Se nenhum de nós consegue andar sobre o mar, por
qual motivo Jesus andaria sobre as águas para falar com os discípulos? Para
afirmar-se o Messias? De jeito algum.

Tudo o que Jesus fazia tinha um fim útil e essa clássica passagem que,
com certeza, não fora anotada por Marcos, o único objetivo do pseudo-
Mestre era mostrar a sua superioridade, o seu poder.

Costumamos dizer que a humildade é a virtude invisível. Sua ação é


feita nos bastidores, sem que ninguém perceba, pois o único objetivo do
humilde é fazer o outro feliz, sem aguardar retribuição, até porque ele, o
humilde, não atribui a si próprio mérito algum. Portanto, para ele, não há
porquê se mostrar.

Porém, após estudarmos os meandros desta grande virtude, ela surge


como luz intensa a clarear nossos caminhos. Em cada folha do Novo
Testamento, encontramos as curas promovidas pelo Mestre e, sempre, em
cada cura, a resposta: “foi a sua fé que te curou”, ocultando as suas
possibilidades morais e energéticas de cura, a ponto de lermos a passagem
da hemorroísa (Mc 5, 21-43), por exemplo, e nos atentarmos ao grau de fé
que ela possuía no Messias e não à humildade de Jesus. Afinal, ela poderia
tocar nas vestes de qualquer um que continuaria com a doença…

Se Jesus de Nazaré veio com a missão de nos mostrar o caminho, nos


ensinou também a termos fé. Será então, que no momento extremo dEle,
que ficaria marcado pela eternidade o Seu testemunho, Ele pediria ao Pai
para afastar o cálice?

Abraços,

Fernanda Galvão

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