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Momentum

Atratividade, expansão e consolidação do


varejo

Marcos Gouvêa de Souza, diretor geral da GS&MD – Gouvêa de Souza

A economia brasileira deverá fechar o ano com o terceiro maior crescimento mundial
do PIB, depois de China e Índia; e o varejo deverá seguir a mesma direção, com uma
evolução prevista de 10% em relação ao ano passado, também a terceira maior do
mundo, igualmente atrás de China e Índia.
É uma conjugação positiva e virtuosa de fatores que faz crescer o consumo das
famílias, embalado pelo aumento da massa salarial que, no primeiro semestre, cresceu
próximo a 7% e, aliado ao aumento da oferta de crédito às pessoas físicas e à
confiança do consumidor, permitiu que as vendas no varejo subissem 11,5% sobre o
mesmo período do ano passado. No segundo semestre, por conta da melhoria das
vendas nesse período no ano passado, o crescimento deverá ser um pouco menor,
fechando em torno de 10%.
A perspectiva da continuidade econômica; a relativa blindagem mostrada até agora
com relação ao cenário global; e a sequência de eventos positivos para os próximos
anos, destacando-se o Pré-Sal, Copa, Olimpíadas e a eventual Feira Mundial em São
Paulo para 2020 (como já se especula), trazem uma aura de irrefreável otimismo em
todos os segmentos econômicos e, em particular, no varejo, beneficiário direto da
expansão do consumo interno, desde 2005 um dos mais importantes motores do
crescimento brasileiro.
A certeza é que a infraestrutura brasileira, em especial aquela que envolve transportes,
energia, comunicações, será o elemento balizador e inibidor de uma maior expansão
econômica, por ausência ou superficialidade de planejamento. Nem mesmo Deus, que
recuperou sua cidadania brasileira, poderá interferir de forma direta na solução desse
problema.
No âmbito do varejo, o cenário futuro desencadeou uma espiral dinâmica de
investimentos, diversificações, expansão orgânica, e por aquisições, melhorias
generalizadas e incorporação de mais tecnologia, novos processos e práticas. Tudo
com que consultores, bancos, fornecedores de serviços e investidores poderiam
sonhar. E com inevitável aumento de custos, em especial no âmbito da mão de obra,
dos terrenos e dos insumos.
Esse cenário, ao mesmo tempo, também desperta um nível sem precedentes de
interesse global, seja das empresas já presentes no país, seja daqueles que ainda não
têm operações e negócios por aqui; e traz a perspectiva do aumento da presença e da
participação de operadores internacionais no varejo local, elevando a oferta de
benefícios ao consumidor brasileiro e também o nível futuro de competitividade, pela
satisfação dessas novas demandas. É um ciclo virtuoso, positivo e inevitável.
E que traz novos players para o mercado, como fundos, investidores e empresas de
private equity em busca de oportunidades para aquisições e consolidações,
contribuindo para o redesenho estrutural do varejo brasileiro, pela conjugação de maior
participação internacional, consolidação, expansão, profissionalização e diferentes
estruturas societárias e de controle, fazendo emergir um setor muito diferente de tudo
que conhecemos nos últimos 50 anos.
As recentes fusões e integrações de negócios que envolveram empresas como Pão de
Açúcar, Assaí, Ponto Frio, Casas Bahia, Carrefour, Atacadão, Magazine Luiza, Lojas
Maia, Ricardo Eletro, Insinuante, Grupo Viena, Advent, Tarpon, Hering, Gávea, BTG-
Pactual, Farmais, Dicico, Todimo, Carlyle, CVC, Tri-Fil, Scala e muitos outros, são
apenas uma parte de todo esse processo revolucionário e transformador do cenário do
varejo brasileiro.
Parodiando, nunca antes nesse país se transformou tanto, tão rapidamente.
O país, os consumidores e os trabalhadores do setor são os maiores beneficiários.
Pela expansão e aumento da representatividade setorial; pela profissionalização e
redução da informalidade; pelo aumento dos investimentos em lojas, centros de
distribuição, infraestrutura e tecnologia; pela geração de empregos, que transformou o
varejo no segmento com maior crescimento na geração de empregos formais no setor
privado do país; e pela atração de mais capital de risco.
O varejo, como conhecíamos nos últimos anos, nunca mais será o mesmo. Palmas
para ele e para quem percebeu esse processo transformador e se alinhou para ser
consolidador.

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