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Esta famosa mxima de Leonardo da Vinci explica bem o que acontece com
cientistas que se preocupam apenas em juntar montanhas de dados, sem
nunca tentar extrair o significado maior deles. So as teorias que do sentido
s informaes que acumulamos sobre a natureza. Portanto, fundamental
para um cientista saber o que so teorias e como us-las no seu trabalho.
Caso uma tese continue se mantendo vlida aps vrios testes, sendo capaz
de explicar a maioria dos casos observados, ela passa a ser chamada de
regra. Pode-se chamar tambm de regra um fato que se repete com muita
freqncia (por exemplo, a Regra de Bergmann). Uma regra que praticamente
no tem excees pode vir a ser chamada de lei (por exemplo, a Lei da
Relao Espcies-rea ou a Lei da Seleo Natural). Leis so mais fceis de
serem descobertas nas cincias que lidam com sistemas mais elementares,
como a Fsica e a Qumica, do que nas cincias que lidam com sistemas
altamente complexos, como a Biologia e a Psicologia. Contudo, importante
ressaltar que a diferena filosfica entre regra e lei maior, porque a primeira
seria um padro repetido muitas vezes como fruto de processos
desconhecidos, enquanto a segunda seria um padro repetido muitas vezes
como consequncia lgica de uma teoria no sentido estrito.
Chegando a este ponto, cabe dizer que h uma diferena entre teoria no
sentido estrito e arcabouo conceitual. Por um lado, quando estamos
falando de um conjunto de conhecimentos que relacionam-se entre si apenas
por estarem ligados a um mesmo problema de interesse, contudo sem
contarem com um espinha dorsal conceitual que lhes d coerncia, trata-se de
um arcabouo ou framework. Por outro lado, caso estejamos falando de um
conjunto de conhecimentos, cuja coerncia interna mantida por uma espinha
dorsal composta por postulados e parmetros, isso sim uma teoria no sentido
estrito.