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Este documento estabelece os procedimentos para operações de reintegração de posse realizadas pela polícia. Ele define as atividades críticas como solicitação de apoio policial, existência do mandado judicial, observação dos procedimentos legais e doutrinários, reuniões de desocupação pacífica e utilização da negociação. Também especifica a sequência de ações como apresentação do mandado judicial, inspeção do local, reunião de planejamento operacional e possíveis resistências.
Description originale:
Procedimentos policial Para Operações de Reintegração de Posse.
Titre original
POP-18_Procedimentos Para Operações de Reintegração de Posse.pdf
Este documento estabelece os procedimentos para operações de reintegração de posse realizadas pela polícia. Ele define as atividades críticas como solicitação de apoio policial, existência do mandado judicial, observação dos procedimentos legais e doutrinários, reuniões de desocupação pacífica e utilização da negociação. Também especifica a sequência de ações como apresentação do mandado judicial, inspeção do local, reunião de planejamento operacional e possíveis resistências.
Este documento estabelece os procedimentos para operações de reintegração de posse realizadas pela polícia. Ele define as atividades críticas como solicitação de apoio policial, existência do mandado judicial, observação dos procedimentos legais e doutrinários, reuniões de desocupação pacífica e utilização da negociação. Também especifica a sequência de ações como apresentação do mandado judicial, inspeção do local, reunião de planejamento operacional e possíveis resistências.
27/09/2010 REVISADO EM: 24/10/2012 PROCEDIMENTOS PARA OPERAES DE REINTEGRAO REVISO N: 001 DE POSSE AUTORIDADE RESPONSVEL: Agente de Segurana Pblica NVEL DE PADRONIZAO: Geral
ATIVIDADES CRTICAS
1. Solicitao da autoridade judiciria de apoio policial a Oficial de Justia
para cumprimento de Mandado Judicial de Reintegrao de Posse; 2. Existncia do Mandado Judicial de Reintegrao de Posse para o cumprimento do Mandamus; 3. Observao dos procedimentos legais e doutrinrios para o fiel cumprimento do Mandamus; 4. Reunies de desocupao pacfica, visando a sada das famlias do imvel em questo de forma espontnea, sem a presena da Polcia Militar; 5. Utilizao do princpio da negociao durante a Operao de Reintegrao de Posse, visando prevenir possveis resistncias das famlias para a sada do imvel, bem como confrontos com a fora policial; 6. Atendimento ordem judicial por parte dos ocupantes; 7. Resistncia ativa dos ocupantes; 8. Bloqueios e barricadas impedindo o acesso da tropa; 9. Priso e/ou deteno de pessoas resistentes ordem judicial; 10. Socorro de feridos, em caso de conflitos 11. Interferncia de polticos, ONGs, entidades Sindicais, Religiosos, imprensa, etc SEQNCIA DE AES
1. Apresentao do Mandado Judicial - o Oficial ou Praa a quem primeiro
for apresentado o Mandado Judicial de reintegrao de posse, o qual estar anexado ao ofcio do Juiz competente, referente solicitao de apoio policial ao Oficial de Justia para o cumprimento do respectivo Mandamus, deve adotar as seguintes providncias:
1.1. Identificar o portador, por meio da carteira funcional do Poder
Judicirio Federal ou Estadual, no sendo admitido para credenciamento outro tipo de identificao, alm de anotar seu nmero telefonnico para futuro contato;
1.2. Certificar- se de todos os dados existentes no documento, tais como:
Vara ou comarca, nomes dos funcionrios que daro cumprimento ao Mandamus, alm das atribuies a eles delegadas para a execuo da ao;
1.3. Inform-lo sobre as medidas administrativas e funcionais a serem
adotadas pela PMPE, visando o cumprimento do Mandamus, que demandar tempo at a execuo da ao propriamente dita;
2. Cadeia de Comando- Nenhum Mandado deve ser cumprido sem o
conhecimento prvio e autorizao da Diretoria Geral de Operaes, e sem que, antes, o Comandante da OME determine a inspeco do local, objeto da medida judicial, quando dever colher subsdios para informar aos escales superiores (Grande Comando a que estiver subordinado e DIESP/DIM);
3. Inspeo do Local por equipe do servio de Inteligncia- O
Comandante da OME na ocasio em que sua Unidade no possua 2 Seo, dever solicitar ao chefe da 2 EMG, uma equipe do servio de Inteligncia, a fim de realizar diligncias no local da demanda, para colher subsdios com as seguintes informaes: 3.1. Levantamento topogrfico da rea, alertando quanto s condies do terreno e o relevo, a fim viabilizar as melhores alternativas de acesso da tropa ao local da ocupao;
3.2. Filmagem e fotografias da ocupao;
3.3. Quantidade de pessoas instaladas no local;
3.4. Nmero provvel de crianas, mulheres grvidas, ancios e
enfermos;
3.5. Tempo da ocupao;
3.6. Apoio de representantes do clero, organizaes no
governamentais, Parlamentares Federais, Estaduais e/ ou Municipais, indicando os partidos;
3.7. Presena de profissionais da imprensa;
3.8. Existncia de focos de resistncia armada ou desarmada e o tipo de
material a ser utilizado por esses focos;
3.9. Presena de pessoas oriundas de outros pases;
3.10. Existncia de pontos de energia eltrica e gua encanada.
4. Inspeo Judicial- Aps a inspeo no local, o Comandante da OME,
que vislumbrar a iminncia de confronto quando do cumprimento do Mandamus, poder solicitar, por escrito, autoridade judiciria competente, a inspeo judicial, amparado no Pargrafo nico, do art. 126 da Constituio Federal, bem como Art.. 440 e 441 do Cdigo de Processo Civil (Lei n 5.869, de 11 JAN 73). Em sendo aceito o referido pleito, dever ser providenciada a necessria segurana para garantir a integridade fsica do magistrado, facilitando o seu acesso a todas as dependncias e instalaes do imvel inspecionado. Caso o juiz mantenha a deciso do cumprimento da ordem judicial, no poder ser desobedecido, porm o respectivo Comandante dever comunicar o fato ao Grande Comando a que estiver diretamente subordinado e DIESP/DIM para as providncias cabveis;
5. Aps procedido o levantamento do local, o Comandante da OME
dever encaminhar a documentao relativa ao caso ao Comando a que estiver diretamente subordinado, bem como DIESP/DIM, a fim de que esta ltima possa autorizar o cumprimento do Mandamus;
6. Em nenhuma hiptese, o Comandante de OME prestar apoio a Oficial
de Justia para cumprimento do Mandado de Reintegrao de Posse, sem a autorizao prvia da Diretoria Geral de Operaes;
7. Atuao da Diretoria Geral de Operaes: Recebida a documentao,
a DIESP/DIM encaminhar o processo aos seguintes rgos: rea Urbana- Secretaria Especial de Articulao Social (SEAS) e Companhia Estadual de Habitao e Obras (CEHAB). rea Rural- Secretaria Especial de Articulao Social (SEAS), Ouvidoria Agrria Nacional e Promotoria Agrria. Tal procedimento visar dar conhecimento aos referidos rgos sobre a medida judicial de Reintegrao de Posse, vislumbrando um possvel canal de negociao para soluo do problema, bem como conhecer a real situao do imvel, ou seja, se a rea est em fase de assentamento por parte do Governo, se h perspectiva de compra, relocao das famlias, entre outras medidas;
8. To logo a DIESP/DIM autorize o cumprimento relativo ao apoio
judicial para cumprimento do Mandado de Reintegrao de Posse, o Comandante da OME dever adotar as seguintes providncias:
8.1. Realizar reunio de desocupao pacfica das famlias com as
partes envolvidas no caso (Proprietrio do Bem, representante da ocupao, Oficial de Justia, Secretrio Especial de Articulao Social, Promotor Agrrio e Superintendente do INCRA, para imvel em rea Rural, e Presidente da CEHAB, para terreno em rea Urbana, bem como representante da prefeitura local), objetivando a sada espontnea das famlias do local em questo, sem a presena da Polcia Militar de Pernambuco. O proprietrio do imvel, o Promotor Agrrio, Superintendente do INCRA e Presidente da CEHAB, ou representantes legais, so pessoas indispensveis para a realizao da reunio, devendo a mesma ser remarcada para uma segunda ocasio, na falta de um desses.
Neste encontro devero ser provocados s referidas autoridades
alguns pontos importantes, a saber: acampamento provisrio para remoo das famlias, depsito para a guarda dos objetos dos ocupantes, tratores, transporte para mudana das pessoas, entre outras questes de relevante interesse; dever ainda ser informado ao proprietrio do imvel, que aps o cumprimento do Mandamus, este adote as medidas necessrias, no intuito de se evitar uma nova invaso, ou seja, contratao de seguranas, implantao de cerca, construo de muro, etc. O mesmo tambm dever designar o seu advogado para se fazer presente no dia da Operao, a fim de dar entrevistas e apoiar no que for preciso. Todos os assuntos tratados na reunio devero ser registrados em ATA, que por fim ser assinada por todos.
Conforme repercusso social da ao ainda podero ser convidados
para a reunio: Ouvidor Agrrio Nacional, Presidente da Cmara de Vereadores, dirigente do rgo Estadual ou Municipal de Promoo e Defesa dos Direitos Humanos, Presidente da OAB, Conselho Estadual de Direitos Humanos, Presidente do Conselho Tutelar local, e Presidente da Comisso de Direitos Humanos da Assemblia Legislativa (com base no Item 02 do Manual de Diretrizes Nacionais para execuo de Mandados Judiciais de Manuteno e Reintegrao de Posse Coletiva, do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio/ Departamento de Ouvidoria Agrria Nacional e Mediao de conflitos/ 2008 e Sunor n 029/2006/ PMPE);
A solicitao para a reunio de desocupao pacfica das famlias
dever ser feita DIESP/DIM, a fim de que esta possa viabilizar a melhor data para o encontro, conforme disponibilidade dos representantes dos rgos indispensveis (CEHAB, INCRA e Promotoria Agrria), sem, no entanto, deixar de atentar para prazo de cumprimento da ao judicial. Destarte, a DIESP/DIM ficar ainda incumbida de convidar o Secretario Especial de Articulao Social, e se necessrio, o Ouvidor Agrria Nacional, ou seus representantes legais para a reunio, enquanto que a OME acionar os demais rgos, a nvel local.
Toda Reintegrao de Posse dever ser precedida de uma reunio
de desocupao pacfica das famlias. Na reunio ser acordada uma data para a sada espontnea das famlias.
8.2. Realizar reunio de Planejamento Operacional com todas as
Unidades e rgos envolvidos na misso; isso caso no acontea a sada pacfica das famlias do imvel na data determinada.
Durante o planejamento, o Comandante de OME dever analisar o
emprego de da tropa do BPChoque e de outras Especializadas (CIPces, RPMon, BPTran,BPRv, CIPOMA, CIOE, CIOSAC e GTA), por possurem conhecimento tcnico, bem como equipamentos e armamentos apropriados para esse tipo de atividade. Todavia, caso vislumbre a no possibilidade ou necessidade de emprego das mesmas, devero ser utilizados os Grupos de Aes Tticas Itinerantes, que assumiro as atribuies da tropa de Choque.
Destarte, nesta reunio devero comparecer as seguintes
pessoas: os Oficiais P/3 das Unidades que trabalharo na Operao, Delegado Seccional da rea e representantes do Corpo de Bombeiros, Compesa, Celpe, SAMU, a fim de apresentar o planejamento em questo, bem como esclarecer as atribuies de cada rgo e OME, e tambm solicitar os meios necessrios execuo do servio.
8.3. Remeter expediente Procuradoria Geral de Justia ou Ministrio
Pblico local, 15 (quinze) dias antes da Operao, solicitando a presena de um Promotor de Justia, a fim de se fazer presente no dia da desapropriao, independente do nmero de ocupantes; 8.4. Remeter a documentao ao Grande Comando a que estiver diretamente subordinado e DIESP/DIM, 15 (quinze) dias antes do dia da Operao, para fins de anlise e autorizao;
9. Remeter DIESP/DIM 02 (dois) dias aps a Operao, Relatrio e Certido
da Operao de Reintegrao de Posse, conforme modelos anexos, prescritos no SUNOR n 029, de 04 de outubro de 2006.
10. A DIESP/DIM aps receber o Relatrio e Certido da Operao de
Reintegrao de Posse dever encaminh-las aos seguintes rgos para conhecimento e providncias: SEAS, CEHAB, Ouvidoria Agrria Nacional, Promotoria Agrria e Secretaria de Defesa Social. 11. Dia da Operao 11.1. Atribuies do Comandante da Operao: 11.1.2. Reunir, previamente, para preleo, em local distante do ponto da invaso, com os de frao e rgos envolvidos, e posteriormente, esses chefes com suas respectivas equipes, objetivando uma interao sobre os procedimentos e atribuies a serem seguidos, dando- se pleno conhecimento que a Polcia Militar cabe apenas garantir a execuo da medida judicial, coibindo-se excessos que possam ocorrer de ambas as partes, preservando a ordem pblica, sem se arvorar como executora do Mandamus; 11.1.3. Definir os permetros de atuao nas reas Interna e Externa no local do imvel, atravs das atribuies de cada OME envolvida na Operao ; 11.1.4. Disponibilizar proteo ao Oficial de Justia e Promotor de Justia, atravs dos PMs escudeiros da tropa do BPChoque; 11.1.5. Escalar um policial militar para filmar a operao; 11.1.6. Deslocar todo o efetivo envolvido na Operao, em comboio, a fim de demonstrar organizao, uma vez que tal procedimento exerce um efeito psicolgico muito positivo sobre os ocupantes, inibindo uma possvel reao; 11.1.7. Coordenar o posicionamento da tropa no local da ocupao, por ocasio da chegada do efetivo; 11.1.8. Acompanhar o Oficial de Justia para a leitura do Mandado; 11.1.9. Interceder no cumprimento do Mandamus, esclarecendo aos ocupantes o objetivo da misso, caso observe alguma resistncia, devendo conhecer os seus propsitos, para evitar posturas hostis; 11.1.10. No permitir o estacionamento das viaturas prximo ao local crtico, a fim de evitar depredaes e que estas se transformem em barreiras, e atrapalhem a mobilidade da tropa; 11.1.11. Prover o acompanhamento dos trabalhos de retirada dos pertences e desarme dos barracos, a ser feito por braais e veculos a serem contratados pelo proprietrio, a fim de que aconteam de forma segura; 11.1.12. Providenciar a busca pessoal e veicular, em casos de fundada suspeita; 11.1.13. Providenciar o revezamento do efetivo, para alimentao e turnos de servio, no caso de longa durao; 11.1.14. Autorizar a entrada da imprensa no local da ocupao, quando a situao estiver sob controle e em clima de perfeita tranqilidade, a fim de resguardar a integridade fsica dos profissionais; 11.1.15. Dar entrevistas quando no exista Oficial da Assessoria de Comunicaes e Marketing da PMPE no local; 11.1.16. Racionalizar o emprego dos reforos e apoios de outras OMEs. Em caso de desocupao pacfica, priorizar a dispensa gradativa, das tropas de apoio e especializadas, objetivando o retorno destas ao servio de rotina; 11.1.17. Acompanhar o Oficial de Justia, por ocasio da entrega ao proprietrio ou ao seu representante da Certido de cumprimento do Mandado de Reintegrao de Posse, ora fornecido pela PMPE, prescrito no SUNOR n 029, de 04 de outubro de 2006; 11.1.18.Reunir o efetivo para as palavras finais; 11.1.19.Realizar Relatrio da Operao, conforme modelo constante no SUNOR em tela. 12. Caso ocorra resistncia durante a Operao: 12.1. Prender o elemento por desobedincia ou outro tipo de delito, e encaminhar delegacia da rea, para as providncias legais; 12.2. Dar continuidade aos trabalhos para o cumprimento do Mandamus; 13. Na iminncia de confronto, que ponha em risco a integridade fsica de todos os envolvidos; 13.1. Suspender temporariamente a Operao, e informar aos escales superiores (Cmt. OME, Grande Comando a que estiver subordinado, Diretor Geral de Operaes, Juiz responsvel pelo Mandado Judicial e o Promotor de Justia), a fim de tomar conhecimento sobre as novas providncias, que devero ser adotadas.
14. Se a reposta for de continuar os trabalhos, dever o Comandante da
Operao: 14.1. Continuar a Operao atentando para o Uso Progressivo da Fora, seguindo o modelo da Apostila de Uso Progressivo da Fora, oriundo da Secretaria Nacional de Segurana Pblica (SENASP), de 17 de Fevereiro de 2009, a saber: 14.1.1. Presena fsica- Representada pelo efetivo uniformizado, onde muitas vezes ser o bastante para conter um crime ou contraveno ou ainda prevenir um futuro crime em algumas situaes; 14.1.2. Verbalizao- Baseia- se na ampla variedade de habilidade de comunicao, por parte do Comandante da Operao, capitalizando a aceitao geral que a populao tem da autoridade; 14.1.3. Controles de contato ou controle das mos livres- Trata- se do emprego de talentos tticos por parte do policial para assegurar o controle e ganhar cooperao, ocasio em que so utilizadas tcnicas de mos livres para imobilizar o indivduo; 14.1.4. Tcnicas de submisso (controle fsico)- o emprego da fora suficiente para superar a resistncia ativa do indivduo; 14.1.5. Tticas defensivas no letais- So utilizadas aps constatao das atitudes agressivas do indivduo, onde justificado ao policial adotar medidas apropriadas para deter, imediatamente, a ao agressiva, bem como ganhar e manter o controle do indivduo, depois de alcanada a submisso; 14.1.6. Fora letal- Usada em situaes de ltimo grau de perigo, onde o policial deve utilizar tticas absolutas e imediatas para deter a ameaa mortal e assegurar a submisso e controle definitivos. 15. Encaminhar os detidos delegacia da rea para adoo das medidas legais (lavratura dos competentes Autos de Priso em Flagrante Delito, Termos Circunstanciados de Ocorrncia, encaminhamento de feridos ao IML para exames de corpo delito, etc) 16. Atribuies das OMEs de rea e Interior do Estado durante a Operao: 16.1 Empregar policiamento a p, no permetro externo, a fim de realizar bloqueios nas vias de acesso ocupao, no intuito de evitar a entrada estranhos, curiosos, simpatizantes, entre outros; 16.2. Empregar guarnies, a fim de realizar a conduo dos presos e/ou detidos delegacia da rea; 16.3. Apoiar o trabalho dos agentes de trnsito, em caso de ameaas ou agresses praticadas por populares, quando do controle do trfego; 16.4. Providenciar a filmagem de toda a operao; 16.5. Empregar agentes de inteligncia, conforme solicitao 2 EMG, a fim de realizar o servio velado, visando assessorar o Comandante da Operao, na tomada de decises; 16.6. Empregar os Grupos de Aes Tticas Itinerantes (GATIs) para realizar abordagens a pessoas e edificaes, a fim de apreender armas, drogas e outros objetos que ponham em risco a Operao (permetro interno ou externo), bem como substituir a tropa do BPChoque, no intuito de desenvolver aes de Choque, quando no impedimento desta ou no vislumbrar o seu emprego; 16.7. Se necessrio, realizar abordagens a pessoas e veculos, nas vias de acesso ao local do imvel, visando apreender armas, drogas, entre outros objetos que possam por em risco a Operao. 17. Atribuies da Tropas Especializadas durante a Operao 17.1. BPChoque: 17.1.1. Realizar aes de Controle de Distrbios Civis (CDC), se necessrio; 17.1.2. Prover a segurana do Promotor e Oficial de Justia, por meio dos policiais militares Escudeiros; 17.1.3. Empregar Grupos de Polcia para proceder abordagens em pessoas suspeitas e edificaes, visando apreender armas, drogas, entre outros objetos que possam por em risco a Operao; 17.1.4. Encaminhar as pessoas presas e/ou detidas s guarnies envolvidas na Operao para conduo delegacia da rea; 7.2. CIPces: 17.2.1. Realizar aes de Controle de Distrbios Civis, em apoio aos pelotes de Choque; 17.2.2. Realizar atividades de deteco de drogas, artefatos explosivos, armas e munies, atravs dos ces de faro; 17.2.3. Proceder abordagens em elementos suspeitos. 17.3. RPMon: 17.3.1. Realizar aes de Controle de Distrbios Civis, em apoio aos pelotes de Choque. 17.4. CIPmotos: 17.4.1. Realizar o motopatrulhamento, no permetro externo, visando realizar abordagens em elementos suspeitos, para apreenso de armas, drogas, artefatos explosivos, entre outros objetos que possam comprometer a Operao. 17.5. BPTran e BPRv: 17.5.1. Realizar o controle do trnsito no permetro externo, no intuito de evitar acidentes, por ocasio da mudana das famlias, bem como possibilitar a fluidez do trfego; 17.5.2. Proceder bloqueios nas ruas que circundam a ocupao, ou no caminho do imvel, para verificar a documentao irregular dos veculos (kombis, nibus, etc), que porventura estejam transportando pessoas, que possivelmente podero reforar os ocupantes. 17.6. GTA: 17.6.1. Realizar o patrulhamento areo, para monitoramento da situao, visando assessorar o Comandante da Operao na tomada de decises. 17.7. CIOE e CIOSAC: 17.7.1. Realizar incurses no local da ocupao, visando proceder abordagens a elementos suspeitos, no objetivo de apreender armas, drogas, entre outros objetos, que possam por em risco a Operao; 17.7.2. Proceder a remoo de artefatos explosivos. 17.8. CIPOMA: 17.8.1. Realizar o policiamento fluvial, visando evitar a fuga de elementos criminosos, que por acaso exista na ocupao; 17.8.2. Realizar abordagens a elementos suspeitos; 17.8.3. Inibir aes, que prejudiquem o meio ambiente; 17.8.4. Apreender animais de posse proibida. 17.9. Atribuies dos rgos de Apoio: 17.9.1 Corpo de Bombeiros: 17.9.1.1. Realizar atendimentos de primeiros-socorros de pessoas feridas ou que porventura venham a passar mal durante a Operao; 17.9.1.2 . Realizar a conduo de pessoas enfermas a hospitais; 17.9.1.3. Executar atividade de combate a incndio. RESULTADOS ESPERADOS
1. Garantir a segurana de todos os envolvidas na Operao (PM, Oficial
de Justia, proprietrio do imvel, ocupantes, Imprensa, outros); 2. Garantir a retirada das famlias do imvel em questo, a fim de reintegr- lo ao autor da ao, de forma pacfica e tranquila; 3. Atender a solicitao do Poder Judicirio de apoio a Oficial de Justia para desocupao do imvel, objeto da ao; 4. Adotar procedimentos doutrinrios e legais para execuo do Mandamus; 5. Agendar a reunio de desocupao pacfica das famlias e a de Planejamento Operacional, aps a autorizao da Diretoria Geral de Operaes; 6. Obedecer a sequncia cronolgica para cumprimento dos Mandados Judiciais de Reintegraes de Posse, por parte da Diretoria Geral de Operaes, conforme ordem de chegada dos documentos; 7. Respeitar a disponibilidade das Unidades Especializadas, em apoio aos Batalhes de rea da Capital, Regio Metropolitana do Recife e Interior do Estado, para cumprimento das Operaes de Reintegraes de Posse; 8. Realizar a Operao de Reintegrao de Posse, mesmo sem a presena do Promotor; 9. Avaliar a Operao, por meio do Relatrio de servio e filmagem das aes (OMEs, Grandes Comandos e DIESP/DIM); 10. Reforar o efetivo da Delegacia local, a fim de dar suporte s possveis necessidades de atuao da Polcia Judiciria, desde o incio at o fim da Operao, atravs de solicitao endereada ao Delegado Seccional da rea; 11. Os rgos de apoio cumpram com suas misses especficas; 12. Considerar as intempries no planejamento, a fim de se evitar acidentes na Operao; 13. Solicitar a Inspeo Judicial, caso o Comandante da OME vislumbre a iminncia de confronto no dia da Operao, conforme levantamento da rea, procedido pelos agentes de Inteligncia; 14. Evitar que a Operao de Reintegrao de posse ocorra antes das 06 e depois das 18 horas, mesmo que tenha que durar mais de um dia; AES CORRETIVAS
1. Se ocorrer desvio de funo entre os rgos de apoio, corrigir de
imediato, visando as competncias de cada instituio; 2. Proceder as adequaes necessrias no planejamento, visando garantir o cumprimento do Mandamus de forma satisfatria; 3. Caso aparea algum fato novo adverso, e no previsto no planejamento, que ponha em risco o sucesso da Operao, que seja criteriosamente avaliado, adiando- se, se necessrio, o cumprimento do Mandamus, dando- se cincia ao Poder Judicirio; 4. Caso haja necessidade de emprego de fora policial para cumprimento do Mandamus, que seja proporcional resistncia oferecida; 5. Se houver pessoas feridas ou enfermas estas devem receber atendimento mdico de urgncia, promovendo a remoo para hospitais, caso os procedimentos de primeiros- socorros no sejam suficientes; 6. Se ocorrer desobedincia, desacato ou resistncia contra PM ou Oficial de Justia, no prescindir das medidas legais, mesmo tratando- se de crianas ou adolescentes; 7. Caso algum policial se exceda na ao corrigi-lo prontamente; 8. Caso o Proprietrio do imvel no tenha providenciado os meios necessrios para a execuo da Operao, esta dever ser cancelada e informada autoridade judiciria responsvel pela solicitao.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Agendar Operao de Reintegrao de Posse para imvel que no
possua o competente Mandado Judicial; 2. Marcar a reunio de desocupao pacfica das famlias ou a de Planejamento Operacional, sem prvia autorizao da Diretoria Geral de Operaes; 3. Marcar a Operao de Reintegrao de Posse sem a prvia reunio de desocupao pacfica das famlias e a de Planejamento Operacional; 4. Agendar o cumprimento do Mandamus sem o devido levantamento do servio de Inteligncia; 5. Proceder ao planejamento sem considerar os aspectos que possam interferir no sucesso da Operao; 6. Realizar a Operao sabendo da iminncia de confronto, sem ter ocorrido a inspeo Judicial; 7. No envolvimento dos rgos competentes para o caso; 8. Desconsiderar as condies climticas para a realizao da Operao; 9. Insuficincia do nmero de policiais para a quantidade de ocupantes; 10. Realizar a Operao sem a presena do Oficial de Justia; 11. Utilizar policiais militares para o transporte dos pertences dos ocupantes e desmanche de barracos; 12. No dispor de mquina fotogrfica e filmadora para realizar a Operao; 13. Utilizar viaturas para o transporte dos pertences das famlias; 14. Utilizar viatura de outra instituio para servir de barreira ou manobra policial; 15. Descuidar- se da segurana das pessoas envolvidas na Operao, a exemplo do Oficial de Justia e Promotor, possibilitando agresses fsicas por parte dos ocupantes ou simpatizantes; 16. Deixar de adotar medidas policiais contra pessoas que tenham praticado crimes ou contravenes; 17. Permitir que os profissionais da imprensa tenham acesso ao local da Operao, quando a situao estiver sob tenso; 18. Realizar a Operao em horrio no permitido em lei 19. Realizar a Operao com a ausncia de tropas especializadas para tal fim; 20. 20.Executar a Operao sem atentar para os procedimentos doutrinrios e legais; 21. Realizar a Operao na iminncia de confronto, pondo em risco a integridade fsica de todos os envolvidos no local do imvel, sem, no entanto, adotar providncias junto aos escales superiores, a fim de minimizar ou solucionar o problema, bem como suspender a Operao com o intuito de preservar vidas; 22. 22 Executar o servio, colocando em risco os policiais envolvidos; 23. Deixar de solicitar a presena do Ministrio Pblico para acompanhar a Operao, independente do nmero de pessoas; 24. Deixar de agir, conforme o determinado no planejamento; 25. Agir com abuso ou excesso durante ao policial; 26. 26.Desobedecer aos princpios bsicos do Uso Progressivo da Fora (legalidade, proporcionalidade, necessidade e convenincia), havendo resistncia ao. ESCLARECIMENTOS
1. Mandado Judicial: Ordem escrita em que o magistrado obriga, manda
que se adote medida coativa contra seu destinatrio. 2. Esbulho Possessrio: Ato violento, em virtude do qual uma pessoa despojada e desapossada de um bem legtimo, caracterizando crime de usurpao.. 3. Reintegrao de Posse: Restituio, recuperao ou reocupao da coisa, de cuja posse se foi privado violentamente. tambm a ao judicial para recuperar a posse perdida ou para ser nela restitudo. 4. Inspeo Judicial: Observao direta dos fatos, pessoas e demais coisas envolvidas na lide, realizada pelo juiz de direito, com o objetivo de se esclarecer e formar convico.
DOUTRINA OPERACIONAL
1. Declarao Universal dos Direitos Humanos (Resoluo n 217 da
Assemblia Geral da ONU, de 10DEZ48). 2. Constituio da Republica Federativa do Brasil: promulgada em 05OUT98 3. Cdigo Civil Brasileiro: vade mecum acadmico de direito / organizao Anne Joyce Angher 4 ed. So Paulo / SP: Rideel, 2006 (coleo leis rideel). 4. Constituio do Estado de Pernambuco: promulgada em 05OUT89; 5. Cdigo Penal Brasileiro: vade mecum acadmico de direito / organizao Anne Joyce Angher 3 ed. So Paulo / SP: Rideel, 2006 (coleo de Leis Rideel). 6. Cdigo de Processo Civil: vade mecum acadmico de direito / organizao Anne Joyce Angjer 3 ed. So Paulo / SP: Rideel, 2006 (coleo de Leis Rideel). 7. Cdigo de Processo Penal: vade mecum acadmico de direito / organizao Anne Joyce Angher 4 ed. So Paulo / SP: Rideel, 2006 (coleo de Leis Rideel). 8. Decreto Lei Federal n 667 (02MAI69). 9. Decreto Lei Federal n 88.777 (R-200) (30SET83). 10. Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei n 8.906, de 04JUL94). 11. Lei n 11.365, de 26JUL96 (Ministrio Pblico). 12. Manual Bsico de Policiamento Ostensivo da Inspetoria Geral das Polcias Militares; 13. Suplemento Normativo n 029, da Polcia Militar de Pernambuco, de 04 OUT 06; 14. Apostila de Uso Progressivo da Fora, da Secretaria Nacional de Segurana Pblica, de autoria do Maj PMMG- Marcelo Vladimir Corra, de 17 FEV 09; 15. Procedimento Operacional Padro da Polcia Militar de Gois, para Cumprimento da Requisio Judicial de Fora Policial de Reintegrao de Posse, de 22 de agosto de 2003. DIAGNSTICO DO TRABALHO SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL OPERACIONAL SUPERVISOR: SUPERVISIONADO: N POP: NOME DA TAREFA: Vias DATA: ___/____/____ N PROCESSO: 0.00.00 de Fatos ATIVIDADES CRTICAS SIM NO OBSERVAES 1.O ofcio da Vara ou comarca de solicitao de apoio policial para cumprimento de Reintegrao de Posse encontra- se com o competente Mandado Judicial? 2. Foi providenciada a devida inspeo do local da ocupao, por parte do Comandante da OME responsvel pelo caso, antes do cumprimento do Mandamus? 3. A OME responsvel pelo caso solicitou autorizao DIESP/DIM para a realizao da Operao de Reintegrao de Posse? 4. A Operao de Reintegrao de Posse foi autorizada pela DIESP/DIM? 5. Foi realizada a reunio de desocupao pacfica das famlias, antes da Operao de Reintegrao de Posse? 6. Foi realizada a reunio de Planejamento Operacional, em razo das famlias no haverem deixado o local de forma pacfica? 7. O Ministrio Pblico foi convocado para acompanhar a Operao de Reintegrao de Posse, independente do nmero de ocupantes? 8. O Comandante da Operao agiu conforme determinado no Planejamento?
9. A Operao de Reintegrao de Posse foi
suspensa por vislumbrar iminncia de confronto, at que as autoridades competentes definam uma soluo para o problema? 10. O efetivo da Delegacia local foi reforado no dia da Operao, para dar suporte s necessidades de atuao da Polcia Judiciria?
O Emprego das Forças Armadas em Situações de Conflitos Internos Graves: uma análise das Regras de Engajamento e a compatibilidade com os Direitos Fundamentais