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Natan Castro.
MARGENS, 3
Plugado no delrio
Sou ejetado daquele bar para viver um dia,
e beber, no clice da agonia,
toda a alegria do mundo.
No h solido indesejada,
ningum grita na selva por socorro
Animais somos ns, de patas dormentes,
pisando o terrvel desconsolo
de viver assassinando o que nos fere.
OS COCOS, OS POMBOS
no sei se eram
cocos ameaadores
ou pombos amedrontados.
Sozinho no sufoco
coisas sagradas que bebi
clices que derramei
julgam-me agora
Estar em So Lus
no estar em So Domingos,
assom como estar no Centros dos Leocdios
no estar em Porto Alegre
Pois cada habitat tem seu natural encanto.
Porto Alegre
todas elas margem de tudo
a s margens do Guaba bebeu fel.
Minha vida
numa noite de temporal.
Te como e vens
me lambes e tens
todo este leite e mel
todo este doce e fel
todo inferno, todo cu.
Me comes e te tenho
te lambo, vens e venho
e vamos sem sada
vrias vezes na vida
lamber novas feridas.
O TEMPO DO AMOR VOA
As nuvens brancas
desenham rastros;
pingos de sangue
caem da net
e molham o cho.
O ENCONTRO
Ela gaguejando:
"Tu... tu... do aca...ba....ba....do?
(e se referia vida,ao mundo, existncia)
JANEIRO DE 2002
s vagando
grande-amarga serenidade
palavra dlar
palavra custa dinheiro
arte s grana, s isso
o totem
o tabu em tudo que se toca
a mulher barbada
o metade isso, o metade aquilo
Chove.
h dois Bonfins: o de Deus
e este aqui
SUFOCO
pelos desertos
pelas mars
pela correnteza
na priso
drogado
embestecido
nos gumes
nas horas mortas
nas chamins
em praa pblica
Doralice, voltas ou no voltas?
eis a questo
POEMA X
o ovo
os salmos que me vm com as matinas
assalto
tambm, tanto faz
no mar raivoso se mais feliz
aqui fora
h sempre algum empunhando uma arma
contra nossa cabea