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A bipolaridade política brasileira e a caça ao inimigo invisível

O episódio iniciado na manhã de 15 de abril de 2016, na Câmara dos Deputados,


é capaz de ilustrar o cenário atual brasileiro. O muro, não mais simbólico, cortava a
Esplanada dos Ministérios em Brasília ao meio: os grupos favoráveis ao impeachment
de Dilma Rousseff ficavam à direita e os contrários à esquerda. Enquanto isso, os
deputados eram responsáveis por promover o espetáculo: “Nesse dia de glória para o
povo tem um homem que entrará para a história. Parabéns, presidente Eduardo Cunha!
Perderam em 1964 e agora em 2016.” um deles bradou. Mas afinal, quem são “eles” e
o que perderam?

Atualmente, a política brasileira se assemelha a um jogo no qual o cidadão


desconta suas frustrações e alivia seus anseios. Busca-se culpabilizar o invisível, afinal é
a solução que requer menos esforço. Dessa necessidade vem, ainda, a espetacularização
de condenações que expõem a ânsia por soluções fáceis e milagrosas.

Os muros ainda estão presentes em nossa sociedade, de tal forma que os círculos
sociais dos brasileiros passaram a depender fortemente da orientação política. O outro
é frequentemente inferiorizado, de modo que as discussões entre esquerda e direita são
diálogos de surdos, resumidos a ataques e desqualificações. Infelizmente, não é possível
visualizar um discurso de unificação e luta pelo bem comum. A quem interessa a guerra
bipolar no Brasil?

Relação entre o texto e disciplina

Estudar e discutir a bipolaridade política no Brasil, suas causas, e possíveis


desdobramentos é importante no contexto da disciplina por diversos fatores. Discutir o
cenário político de uma época é discutir os anseios e opiniões de uma sociedade, assim
como uma tentativa de entender as motivações que fazem com que aquela sociedade
se veja espelhada em um discurso ideológico/político, e desta forma conseguir
compreender melhor o ambiente ao qual o indivíduo está inserido. Diferentes posições
ideológicas, quando colocadas no poder, geram diferentes decisões governamentais,
que afetam de forma direta e indireta a sociedade como um todo, civil ou empresarial,
proletariado ou burguesia. Estas decisões impactam na área de Tecnologia e
Desenvolvimento por poderem acelerar ou frear o desenvolvimento tecnológico, ou
também por definirem rumos econômicos do país, como por exemplo investimentos
estratégicos em determinadas área e geração de crises financeiras. Em suma, o tema
influencia direta e indiretamente na vida do profissional de Engenharia.

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