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CURSO COMPLETO DE ADVOCACIA PÚBLICA 2013

Direito Tributário
Josiane Minardi

EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA Imposto sobre a Exportação (IE), Imposto


TRIBUTÁRIA sobre grandes fortunas (IGF) e Imposto sobre
produtos industrializados (IPI), é necessário
Como vimos a competência tributária é o que a medida provisória que os criar seja
poder concedido pela Constituição Federal aos convertida em lei até o final do exercício
Entes Federativos para eles criarem, financeiro, para que possa produzir efeitos no
instituírem e majorarem tributos. exercício subsequente.
Os Entes Federativos irão criar, instituir e
majorar os tributos apenas por meio de lei e via Princípio da Legalidade
de regra lei ordinária.
A lei ordinária é o instrumento por
excelência da imposição tributária. Para efeito Nos termos do art. 150, I da CF nenhum
de votação parlamentar, indica um quorum de tributo será instituído ou aumentado, a não
maioria simples, o voto favorável de mais da ser por intermédio de LEI!
metade do número de parlamentares presentes
no dia da votação. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias
Existem 4 tributos, todavia, que só podem asseguradas ao contribuinte, é vedado à
ser instituídos ou majorados por meio de Lei União, aos Estados, ao Distrito Federal e
Complementar, que são: Contribuição Social aos Municípios:
Residual (art. 195,§ 4º da CF); Empréstimo
Compulsório (art. 148 da CF); IGF (Imposto I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o
sobre Grandes Fortunas – Art. 153, VII da CF) estabeleça
e Imposto Residual (art. 154, I da CF).
Segundo a literalidade do art. 62, § 2º da CF Além dos tributos só poderem ser
Medida Provisória, que é um instrumento instituídos, extinto ou majorados, reduzidos por
normativo, com força de lei, poderá instituir e lei, temos outras matérias, de acordo com o art.
majorar impostos. 97 do CTN que também só podem ser tratadas
Primeira Observação: Ainda que o art. 62, por meio de lei, e como o CTN menciona
§ 2º da CF estabeleça que a Medida Provisória apenas lei, temos que poderá ser por meio de
poderá instituir e majorar impostos, o STF tem lei ordinária.
entendimento de que as Medidas Provisórias
podem instituir ou majorar outras espécies Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
tributárias, desde que essas não necessitem de
Lei Complementar para sua instituição. (…)
Nesse sentido, transcreve-se ementa do
Acórdão AI-AGR 236.976/MG da relatoria do III - a definição do fato gerador da obrigação
Ministro Néri da Silveira: tributária principal, ressalvado o disposto no
inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito
Medida Provisória. Força de lei. A medida passivo;
Provisória, tendo força de lei, é instrumento
idôneo para instituir e modificar tributos e IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua
contribuições sociais. base de cálculo, ressalvado o disposto nos
artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
A Medida Provisória, no entanto, para
instituir ou majorar impostos deverá observar V - a cominação de penalidades para as
dois requisitos: ações ou omissões contrárias a seus
Primeiro: Que o Imposto possa ser dispositivos, ou para outras infrações nela
instituído por meio de Lei Ordinária, pois o art. definidas;
62, § 1º, III da CF, veda a MP tratar sobre VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e
matérias reservadas à Lei Complementar. extinção de créditos tributários, ou de
Segundo: Em se tratando de impostos, dispensa ou redução de penalidades.
excepcionados o Imposto Extraordinário
Guerra, Imposto sobre a Importação (II),

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Direito Tributário
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A mera atualização do valor monetário da distinção em razão de ocupação profissional ou


respectiva base de cálculo NÃO constitui função por eles exercida, independentemente
majoração de tributo, nos termos do art. 97, § da denominação jurídica dos rendimentos,
2º do CTN, podendo ser realizada por meio de títulos ou direitos (art. 150, II da CF).
simples Decreto. Pelo princípio da isonomia deve-se tratar
Todos os tributos estão sujeitos ao Princípio igualmente os iguais e desigualmente os
da Legalidade, ou seja, só podem ser desiguais na medida de suas desigualdades.
instituídos ou majorados por intermédio de lei. Enquanto o art. 5º da CF determina a
Conquanto, a Constituição Federal, em seu igualdade de modo genérico, o art. 150, II da
artigo 153, § 1º prevê alguns impostos que CF, explora-a de modo específico, no campo
podem ter as alíquotas alteradas, desde que do direito tributário.
observados os limites e condições A concessão de isenção, dispensa legal do
estabelecidos em lei, por meio de ato do dever de pagar tributo, ou tratamento
Poder Executivo, o que se dá comumente por diferenciado para algumas atividades, não viola
decreto presidencial ou por portaria do o princípio da isonomia, quando se busca tratar
Ministro da Fazenda. São eles: desigualmente contribuintes em situações
desiguais.
Imposto sobre a Importação (II) A Lei Complementar nº 123/2006, por
Imposto sobre a Exportação (IE) exemplo, traz tratamento diferenciado para as
Imposto sobre produtos Industrializados microempresas e empresas de pequeno porte,
(IPI) pelo fato dessas apresentarem capacidade
Imposto sobre Operações de Crédito, contributiva distinta das demais empresas.
Câmbio e Seguros (IOF)
Princípio da Irretroatividade
O art. 153, § 1º da CF ao estabelecer que o
Poder Executivo poderá alterar as alíquotas do É vedado à União, aos Estados, ao Distrito
II, IE, IPI e IOF, possibilitou, inclusive, que Federal e aos Municípios cobrar tributos em
esses tributos tenham suas alíquotas relação a fatos geradores ocorridos antes do
majoradas, por decreto, por exemplo, desde início da vigência da lei que os houver
que observados os limites e condições instituído ou aumentado. (art. 150, III, “a” da
estabelecidos em lei, é claro. CF).
O art. 177, § 4º, I, “b” da CF também O princípio da Irretroatividade também
possibilita ao Poder Executivo reduzir e reflete a segurança jurídica, nos termos do art.
restabelecer as alíquotas da Contribuição de 5º, XXXVI da CF, o qual determina que “a lei
intervenção no domínio econômico não prejudicará o direito adquirido, o ato
Combustível – CIDE COMBUSTÍVEL, por meio jurídico perfeito e a coisa julgada”.
de ato próprio, no caso, o decreto presidencial. O Código Tributário Nacional prevê três
O art. 155, § 4º, IV, “c” da CF possibilita ao exceções ao princípio da irretroatividade,
Poder Executivo reduzir e restabelecer as artigos 106, I e II e art. 144, § 1º.
alíquotas do ICMS incidência monofásica, nas
operações com combustíveis e lubrificantes Primeira Possibilidade: (art. 106, I, do CTN) -
previstos em lei complementar federal. Quando se tratar de lei expressamente
No caso do ICMS combustível os convênios interpretativa e desde que não comine
interestaduais, celebrados no âmbito do penalidade.
CONFAZ (Conselho de Política Fazendária) é Uma lei interpretativa apenas esclarece o
que definirão as suas alíquotas. sentido de uma outra anterior, sem inovar a
ordem jurídica e por essa razão somente
Princípio da Isonomia retroagirá se a interpretação que der à lei
anterior coincidir com a interpretação que lhe
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito der o Judiciário e havendo qualquer agravação
Federal e aos Municípios instituir tratamento na situação do contribuinte, será considerada
desigual entre contribuintes que se encontrem ofensiva ao princípio da irretroatividade das
em situação equivalente, proibida qualquer leis.

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- casos de redução e restabelecimento


Segunda Possibilidade: (art. 106, II, “a” e das Alíquotas da CIDE Combustível e do ICMS
“b”e “c” do CTN) - A lei tributária poderá Combustível (155, § 4º, IV, “c” e 177, § 4º, I, “b”
retroagir tratando-se de ato NÃO da CF.
definitivamente julgado: • Contribuição Social (195,§ 6º da CF)
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a c) Existem tributos que devem respeitar o
qualquer exigência de ação ou omissão, desde Princípio da Anterioridade (RESPEITAM o
que não tenha sido fraudulento e não tenha Princípio da Anterioridade do Exercício),
implicado em falta de pagamento de tributo; mas não precisam respeitar 90 dias (NÃO
c) quando lhe comine penalidade menos RESPEITAM o Princípio Nonagesimal), são:
severa que a prevista na lei vigente ao tempo
da sua prática. -IR
- alteração de Base de cálculo do IPTU e
Terceira Possibilidade: (art. 144, § 1º do do IPVA
CTN) - Em se tratando de lançamento
tributário, lei que instituir novos critérios de Dizer que esses tributos respeitam a
apuração ou fiscalização. anterioridade do exercício e não respeitam 90
Princípio da Anterioridade dias significa dizer

O tributo que for instituído ou majorado


nesse exercício financeiro, (coincide com o ano
civil, inicia no dia 1º de janeiro e se encerra no
dia 31 de dezembro), somente poderá ser
exigido no próximo exercício e desde que
tenham transcorridos 90 dias da data da
publicação da lei que houver instituído ou
majorado o tributo. (art. 150, III, “b” e “c” da
CF).
a) Temos tributos que não precisam
aguardar o próximo exercício (NÃO RESPEITA
o Princípio da Anterioridade) e nem 90 dias Importante: o art. 150, III, “b” e “c” que se
(NÃO RESPEITA o Princípio Nonagesimal), refere aos princípios da anterioridade do
ou seja, o tributo pode ser cobrado: exercício e nonagesimal, só se aplicam no
IMEDIATAMENTE!!!! Sãoeles: caso de instituição ou majoração de tributo.
A mudança da data do prazo de pagamento
- Imposto extraordinário guerra (IEG) do tributo não está sujeita aos princípios da
- empréstimo Compulsório Guerra ou anterioridade. Nesse sentido, temos a Súmula
Calamidade Pública, 669 do STF:
- Imposto sobre importação (II),
- Imposto sobre exportação (IE) Norma legal que altera o prazo de recolhimento
- Imposto sobre operações financeiras da obrigação tributária não se sujeita ao
(IOF) princípio da anterioridade.

b) Existem tributos, no entanto, que não


precisam aguardar o próximo exercício (NÃO
RESPEITAM o Princípio da Anterioridade)
MAS precisam aguardar 90 dias, para poder
ser exigido, (RESPEITAM o Princípio
Nonagesimal), são:

- IPI

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