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X V I SI M P Ó S I O N A C I O N A L D E EN S I N O D E F Í S I C A 1

UM MODELO PARA O CONTROLE REMOTO DE EXPERIMENTOS DE


FÍSICA BÁSICA.

Márlon Caetano Ramos Pessanha a [marlonpessanha@yahoo.com.br]


Josué Santa Ritab [josuer@cefetcampos.br]
André da Silva Santosa [andre.s.santos@terra.com.br ]
Milena Filadelpho Coutinhoa [mfiladelpho@bol.com.br]
Carlos Augusto Cruza [astrosat@bol.com.br]
Marcelo de Oliveira Souza a [mm@uenf.br]
a
LCFIS - Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF
b
Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos dos Goytacazes – CEFET/Campos

Resumo
NESSE TRABALHO APRESENTAREMOS O RESULTADO OBTIDO COM A
UTILIZAÇÃO DE UM SISTEMA REMOTO, QUE NÓS DESENVOLVEMOS,
PARA CONTROLE E MONITORAMENTO DE UM EXPERIMENTO REAL DE
FÍSICA.
PARA OS EXPERIMENTOS, UTILIZAMOS MATERIAL DE BAIXO CUSTO, E
ATÉ O MOMENTO UTILIZAMOS UM PLANO INCLINADO E UM
EXPERIMENTO DE CONVERSÃO DE ENERGIA MECÂNICA EM ENERGIA
ELÉTRICA.
PARA O REALIZAÇÃO DO PROJETO, FIZEMOS USO DE UMA INTERFACE
DESENVOLVIDA POR NÓS, QUE POSSUI COMO BASE, UM
MICROCONTROLADOR DA MICROCHIP, O PIC16C71, O QUAL POSSUI EM
SUA ESTRUTURA UM CONVERSOR ANALÓGICO-DIGITAL. A INTERFACE
AINDA POSSIBILITA O CONTROLE DO EXPERIMENTO, NO QUAL É
POSSÍVEL EXECUTAR COMANDOS COMO OS DE INÍCIO E FIM DE UM
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.
ESTA INTERFACE SE COMUNICA AO COMPUTADOR ATRAVÉS DA PORTA
PARALELA, O MICROCONTROLADOR TORNA OS VALORES ANALÓGICOS
LIDOS PELA EXPERIÊNCIA EM VALORES DIGITAIS (CÓDIGOS DE
MÁQUINA). É POSSÍVEL INTERPRETAR OS VALORES LIDOS ATRAVÉS DE
UM SOFTWARE QUE DESENVOLVEMOS NA LINGUAGEM DELPHI.
O SOFTWARE ALÉM DE CONTROLAR O EXPERIMENTO E FAZER A
LEITURA DOS DADOS DO MESMO, POSSUI INFORMAÇÕES SOBRE O
EXPERIMENTO E OS CONCEITOS DE FÍSICA ENVOLVIDOS.

INTRODUÇÃO
A Física em todo o mundo é uma das áreas da ciência, que apesar de seu grande apelo
popular, que não tem conseguido nas escolas motivar a participação ativa dos estudantes.
Quando dizemos que possui um grande apelo popular, nos referimos a visão que a
população tem do desenvolvimento científico, estimulada por imagens, de grandes físicos, como é o
caso do Einstein, da conquista espacial, das novas tecnologias e de situações do cotidiano.
Apesar dessa presença constante em nosso dia-a-dia, nas escolas uma grande parte dos
professores de Física não tem conseguido despertar o interesse dos estudantes.
Nos últimos anos no Brasil e em diversos países, tem sido incentivado o desenvolvimento de
projetos voltados para o ensino e divulgação da Física para os estudantes e para o público em geral.
Nos cursos de Licenciatura em Física há um grande esforço para que os futuros professores
consigam estimular os seus estudantes.
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Uma busca, que tem sido amplificada nos últimos anos, é a utilização de novas tecnologias
no ensino. Uma avaliação que podemos fazer de um processo que tem obtido sucesso na área
educacional é a apresentação de conteúdos através da busca pela associação com situações do
cotidiano e do estímulo a participação direta dos estudantes no processo de aprendizagem com a
utilização de questões chaves como elemento motivador.
Esse processo permite que os estudantes sintam-se membros ativos do processo e não
somente elementos passivos e depósitos de informações. Um dos grandes temas em discussão é,
uma necessidade dos tempos modernos, a inserção de novos recursos tecnológicos no ensino de
Física. Temos uma preocupação grande sobre esse processo. Essa preocupação está alicerçada no
papel que será reservado a participação do educador no processo. A questão central é como realizar
as adaptações necessárias no sistema educativo sem relevar o convívio, a troca de experiências e o
debate científico, que levam ao aparecimento de novas idéias e a formação de profissionais
solidários que vivam em mundo real, e que busquem compreendê-lo com as suas dualidades e
incongruências, mas que aceitem um papel ativo de transformadores dessa realidade na direção de
um mundo mais justo e no qual as novas tecnologias sejam ferramentas de auxílio e não elementos
que modulem o comportamento social.
No contexto do mundo atual há questões relativas a organização de nossa sociedade que,
como já preconizava Vigotsky1 e muitos outros educadores, afetam diretamente o processo de
ensino aprendizagem, sendo o meio no qual os estudantes estão imersos um dos agentes nesse
processo. Por isso não devemos considerar a utilização das novas tecnologias como um elemento
que sozinho seria responsável por uma nova prática pedagógica.
A utilização de modelos virtuais interativos automatizados no ensino tem sido objeto de
diversas análises2,3,4. É uma das mais poderosas ferramentas de auxílio à participação não presencial
do estudante no processo de ensino aprendizagem. O ensino à distância para seu sucesso depende
da funcionalidade de equipamentos que permitam interação remota na execução de práticas e na
análise dos resultados obtidos. Um modelo de controle remoto de experimentos desenvolvido por
nós forma a base deste trabalho.

DESENVOLVIMENTO DO P ROJETO
Na construção dos modelos consideraremos a utilização da porta paralela do
microcomputador como o canal de coleta e de saída de dados. Entre a porta paralela e o
equipamento (modelo automatizado) utilizamos uma interface composta por um microchip PIC
16C715 que possui um conversor analógico-digital em sua estrutura. Essa interface permite a coleta
e o controle dos equipamentos através de um programa que desenvolveremos com a utilização da
linguagem DELPHI e que utiliza o componente IOport,.
Para coleta de dados utilizamos sensores mecânicos acoplados aos modelos e para o controle
dos mesmos nos utilizamos servo-motores ou motores de passo acoplados as engrenagens dos
modelos.
Para a construção dos modelos utilizamos material de baixo custo. O modelo permite uma
análise precisa do conceito de Física envolvido através da obtenção de resultados experimentais
durante o seu uso.
Foram colocados sensores em um plano inclinado e através de um programa desenvolvido
na linguagem DELPHI é possível, controlar o início e término da experiência e realizar a coleta de
dados. No caso do plano inclinado são coletados dados relativos ao tempo para percorrer a distância
entre dois sensores. Foram colocados ao longo do plano inclinado nove sensores, permitindo
determinar o aumento da velocidade à medida que um objeto se desloca no plano inclinado de 90cm
de comprimento. Utilizamos sensores magnéticos Reed Switch que eram ativados com a passagem
de um carrinho com um imã em sua base.
Outro experimento desenvolvido foi um modelo de geração de energia elétrica a partir da
utilização de uma fonte alternativa de energia: o vento. Os sensores são utilizados para o controle
do início e término da experiência e para coleta de dados, nesse caso, a diferença de potencial
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elétrico. O sistema de aproveitamento da energia eólica, é um modelo simples construído com a


utilização de material de baixo custo. Folhas de alumínio para a construção de um cata-vento, cujo
eixo foi conectado a um conversor da energia mecânica em energia elétrica.
Na figura 1 apresentamos uma imagem da interface utilizada, um esquema com a estrutura
básica do projeto que desenvolvemos, a conexão do experimento com a interface e a conexão da
interface com o computador e também apresentamos o esquema do circuito da interface. A interface
possui além do PIC16C71, dois buffers inversores do tipo CD40696 que amplificam o sinal que
chega do PIC e invertem o sinal, pois a porta paralela lerá de modo invertido. A porta paralela
trabalha em modo EPP, isto é, em modo bidirecional, e o endereçamento $378 da porta paralela é
usado para a leitura do byte que vem da interface.

Figura 1 – Acima à dire ita: Esquema da estrutura básica do projeto; Abaixo à direita: Foto da
interface com o PIC; Desenho à esquerda: Esquema do circuito da interface.

Com o desenvolvimento desses modelos foi possível testar o funcionamento da interface e


do programa em DELPHI que controla o experimento e armazena os dados coletados e os
disponibiliza em uma tela no computador. Na figura 2 apresentamos uma imagem da tela principal
do programa. A interface se comunica com o computador através da porta paralela, e o
microcontrolador torna os valores analógicos lidos pela experiência em valores digitais (códigos de
máquina), de forma que através do programa, é possível interpretar os valores lidos. O programa
além de controlar o experimento e fazer a leitura dos dados do mesmo, possui informações sobre o
experimento e dos conceitos de física envolvidos.
Como conseqüência do resultado obtido com o projeto, está sendo produzido mais modelos
de experimentos e estamos buscando disponibilizar o acesso aos experimentos através da Internet.
Nos primeiros testes realizados, ainda com um número controlado de estudantes acessando o
experimento, obtivemos um bom resultado em relação ao funcionamento do sistema desenvolvido.
É possível controlar dois experimentos simultâneos e controlar os dados obtidos pelos sensores
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conectados a um dos experimentos.


A interface será utilizada em escolas públicas da cidade de Campos dos Goytacazes.
O projeto foi selecionado como um dos melhores projetos de iniciação científica da UENF
no Encontro de Iniciação Científica dessa instituição realizado em julho de 2004.

Figura 2 – Tela Principal do Programa em DELPHI de Controle do Experimento do Plano Inclinado


CONCLUSÃO
A interface que desenvolvemos foi testada com sucesso com dois modelos construídos com
material de baixo custo de experimentos de Física Básica. O projeto desenvolvido inicialmente
realizou testes com um número limitado de estudantes. Ele se mostrou útil como uma ferramenta
auxiliar para a apresentação dos conteúdos de Física através da utilização de modelos
experimentais.
Como continuidade do projeto estaremos estendendo a utilização da interface para escolas
públicas da cidade de Campos dos Goytacazes. Estamos em fase de testes de um sistema de acesso
ao programa de controle do experimento através da Internet. Novos modelos de experimentos
também estão em fase final de desenvolvimento, como é o caso de um modelo de um hidrelétrica e
um sistema com molas e polias.

REFERÊNCIAS
1. VIGOTSKY , L. S., Mind in Society: The development of higher psycological processes.
Harvard University Press, Cambridge, MA, (1978).
2. SOUZA, M. O., The use of new technologies in Physics teaching: a critical analysis, Anais da
VIII Conferencia Interamericana sobre Educación en Física, Havana, Cuba, 2003
3. SOUZA, M. O e BOECHAT V. A. P,. Laboratório Virtual: Máquinas Interativas In. XV
Simpósio Nacional De Ensino De Física, 2003, Curitiba - Paraná , Anais do XV Simpósio Nacional
de Ensino de Física, (2003)
4. Shaping the Future, New Expectations for Undergraduate Education in Science Mathematics,
Engineering, and Technology, Advisory Committee to the NSF Directorate for Education and
Human Resources. NSF homepage: www.nsf.gov (arquivo nsf96139.txt.)
5. Data Sheet PIC16C71X, Microchip
Disponível em: http://ww1.microchip.com/downloads/en/DeviceDoc/30272a.pdf
6. Data Sheet CD4069UBC, Fairchild Semiconductor
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a FENORTE/TECNORTE, CEFET/Campos e a UENF o apoio recebido para a
realização do projeto.

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