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25/05/2017

TEMA: Ensaios de Fluência


Prof. MSc. Eng. Eurico Montenegro
FADIGA - CCE0696
ENGENHARIA MECÂNICA
Recife, 11 de maio de 2017
Aula 09

TÓPICO

OBJETIVO DA AULA
Ao final desta aula, você deverá:
1. Conhecer os tipos de ensaios de fluência;
2. Conhecer o ensaio de fluência propriamente dito;
3. Conhecer o ensaio de ruptura por fluência;
4. Conhecer o ensaio de relaxação;
5. Conhecer os aspecto de ruptura por fluência;
6. Identificar o efeito dos ensaios de fluência;
7. Exercício de Fixação.

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INTRODUÇÃO
 A fluência somente ocorre devido às falhas existentes nas estruturas cristalinas
dos materiais, e são intensificadas com o aumento da temperatura. A
temperatura também afeta a velocidade com que a fluência ocorrerá. Quanto
maior a temperatura mais rápida se dará a deformação plástica;
 Os ensaios de fluência leva em consideração o tempo e a temperatura a qual é
submetido o metal estudado;
 O corpo de prova é submetido a um esforço por um tempo determinado (o
ensaio pode levar muitas horas), o motivo de tal feito é que quando uma peça de
avião está em uso, ela é solicitada por um longo tempo;
 Quanto maior a temperatura, maior será o ensaio de tração. O controle da
temperatura é rigoroso nesse tipo de ensaio e é medida em dois ou três pontos,
preferencialmente por meio de pirômetros ligados ao corpo de prova por
termopares aferidos, de pequeno diâmetro.

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TIPOS DE ENSAIOS DE FLUÊNCIA


 Para avaliar a fluência,
utilizam-se três tipos de
ensaios:
 Ensaio de fluência
propriamente dito;
 Ensaio de ruptura por
fluência;
 Ensaio de relaxação.

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ENSAIO DE FLUÊNCIA PROPRIAMENTE DITO


 Este ensaio consiste em aplicar uma determinada carga em um corpo de prova,
a uma dada temperatura, e avaliar a deformação que ocorre durante a
realização do ensaio;
 É importante ressaltar que, neste ensaio, tanto a carga como a temperatura são
mantidas constantes durante todo o processo;
 A duração deste ensaio é muito variável: geralmente leva um tempo superior a
1.000 horas. É normal o ensaio ter a mesma duração esperada para a vida útil
do produto;
 Quando um metal é solicitado por uma carga, imediatamente sofre uma
deformação elástica. Com a aplicação de uma carga constante, a deformação
plástica progride lentamente com o tempo (fluência) até haver um
estrangulamento e ruptura do material;
 Velocidade de fluência (relação entre deformação plástica e tempo) aumenta
com a temperatura.
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ENSAIO DE RUPTURA POR FLUÊNCIA


 Este ensaio é semelhante ao anterior, só que neste caso os corpos de prova são
sempre levados até a ruptura. Para isso, utilizam-se cargas maiores e, portanto,
são obtidas maiores velocidades de fluência;
 A deformação atingida pelos corpos de prova é bem maior: enquanto no ensaio
de fluência a deformação do corpo de prova poucas vezes ultrapassa 1%, nos
ensaios de ruptura por fluência pode atingir 50%;
 A tensão e a temperatura são mantidas constantes neste ensaio;
 Os resultados obtidos no ensaio são:
o Tempo para a ruptura do corpo de prova, medida da deformação e medida da
estricção, em certos casos.

CURIOSIDADE: Os corpos de prova são semelhantes aos do ensaio de tração.

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ENSAIO DE RELAXAÇÃO
 Os ensaios de fluência e de ruptura por fluência envolvem elevado número de equipamentos e
milhares de horas de ensaio;
 O ensaio de relaxação elimina essa dificuldade, produzindo dados sobre velocidade de fluência/tensão
numa gama variada de velocidades, com apenas um corpo de prova;
 Na sua forma mais simples, o ensaio de relaxação é feito mantendo a deformação constante, por meio
da redução da tensão aplicada ao corpo de prova ao longo do tempo. O resultado é justamente a queda
da tensão ao longo do tempo, que mantém a velocidade de deformação constante, num dado valor. A
maioria dos ensaios de relaxação duram de 1.000 a 2.000 horas;
 Os resultados não têm relação direta com aplicação prática e são extrapolados empiricamente para
situações reais. A principal desvantagem deste ensaio prende-se às exigências do equipamento, cujo
sistema de medição de força deve permitir medições precisas de pequenas variações de carga ao longo
do tempo;
 Outro aspecto delicado na realização deste tipo de ensaio é a necessidade de um estreito controle da
temperatura da sala onde se encontra o equipamento, pois mesmo pequenas flutuações da
temperatura provocam efeitos de dilatação nos componentes da máquina, que podem alterar os
resultados;
 Embora na prática esses ensaios se restrinjam às atividades de pesquisa e desenvolvimento de novos
materiais e ligas metálicas, é evidente sua importância para determinar as condições seguras de uso de
diversos produtos.

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ASPECTO DE RUPTURA POR FLUÊNCIA

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EFEITO DOS ENSAIOS DE FLUÊNCIA


Efeito da tensão e da
temperatura no
comportamento à fluência
 Quanto maior a temperatura e/ou
a tensão, assim se tem:
 Maior a deformação final por
fluência, que ocorre em menos
tempo;
 Menor o tempo de vida do
componente.

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EFEITO DOS ENSAIOS DE FLUÊNCIA

Cavidades nos contornos de grão antes da ruptura por fluência que é intergranular

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EFEITO DOS ENSAIOS DE FLUÊNCIA


Fatores que influenciam a resistência à fluência:
 Temperatura;
 Módulo de elasticidade;
 Tamanho de grão;
 Composição química.

Em geral:
Quanto maior o ponto de fusão, maior o módulo de
elasticidade e maior é a resistência à fluência;
Quanto maior o tamanho de grão maior é a resistência à
fluência.

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EFEITO DOS ENSAIOS DE FLUÊNCIA


Fatores que influenciam a resistência à fluência - Temperatura

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EFEITO DOS ENSAIOS DE FLUÊNCIA


Fatores que influenciam a resistência à fluência - Temperatura
 Outro efeito degradante que atua sobre os materiais quando expostos à
alta temperatura, além da fluência, é a oxidação superficial;
 A reação química do material da superfície com o meio forma compostos
cerâmicos em geral frágeis (óxidos, sulfetos etc.), que tendem a quebrar
e portanto reduzem a seção resistente do componente;
 Em aços se adiciona cromo em teores crescentes para aumentar a
resistência desses materiais à oxidação em temperaturas crescentes;
 Desta forma aços para trabalho a alta temperatura em geral contém: Mo
de 0,5% até 1 % (para resistir à fluência) e Cr de 1,5% até 9% (para
resistir à oxidação) antes de se optar por aços de alta liga, do tipo
inoxidável.
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EFEITO DOS ENSAIOS DE FLUÊNCIA


Fatores que influenciam a resistência à fluência - Temperatura

CURIOSIDADE: Oxidação superficial causada pela elevada temperatura.

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EFEITO DOS ENSAIOS DE FLUÊNCIA


Fatores que influenciam a resistência à fluência – Tamanho de grãos

No exemplo acima, o caso “b” (fundição unidirecional) apresenta tempo de ruptura 2,5X maior que o
caso “a” (fundição convencional), e 9X maior para lâminas monocristalinas.
Ao lado, fissuras intergranulares (ao longo do contorno de grão) em tubo de aço inoxidável 304

Baixas temperaturas: Os contornos de grão freiam o movimento das discordâncias: Em geral grão pequeno melhor

Altas temperaturas: Os mecanismos do processo de fluência se desenvolvem nos contornos de grão, movimentos
de vazios e de discordâncias: Em geral grão grande melhor.
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EFEITO DOS ENSAIOS DE FLUÊNCIA


Fatores que influenciam a resistência à fluência – Composição química
 Todos os elementos químicos formadores de carbonetos (com o carbono
do aço) ou precipitados de segunda fase nos materiais não ferrosos
travam o processo de fluência pois dificultam o movimento dos
contornos de grão;
 Nos aços, o Molibdênio possui um efeito maior que os demais elementos
(Ti, V, W, Nb), quando adicionado entre 0,5 e 1 %.

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. Assinale falso (F) ou verdadeiro (V) em cada afirmativa.
(v) A Fluência ocorre abaixo do limite elástico do material;
(F) A temperatura não influi no fenômeno da fluência;
(V) O ensaio de fluência é, em geral, bastante demorado;
(F) O extensômentro avalia a temperatura do corpo de prova
A sequência correta é:
a) V - V – F - F.
b) F - F – V - V.
c) F - F – F - F.
d) V - F – V - F.
e) V - V – V - V.

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
2. Marque com um (X) a resposta correta. No ensaio de ruptura por
fluência:
a) Utilizam-se cargas maiores para acelerar a fluência;
b) As cargas são variáveis no mesmo ensaio;
c) As carga são aumentadas até que o corpo de prova se rompa;
d) As cargas não afetam o resultado do ensaio.
3. Marque com um (X) a resposta correta. No ensaio de relaxação:
a) A carga é mantida constante e a temperatura aumenta;
b) A deformação é mantida constante e a carga é alterada;
c) A deformação e a carga são aumentada;
d) São usados os corpos de provas com cargas diferentes.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia Recomendada
o NORTON, Robert L., Projeto de Máquinas uma abordagem integrada. Porto Alegre: Bookman,
2004;
o STROHAEKER, Telmo Roberto. Mecânica da Fratura. Porto Alegre: Gráfica UFRGS, 2000;
o Charles, J. A.; Greenwood, G. W.; Smith, G.C. ? Future Developments of Metals and Ceramics,
The Institute of Materials, 1992;
o BRANCO, C.M., FERNANDES, A.A., CASTRO, P.M.S.T., Fadiga de Estruturas Soldadas. Rio de
Janeiro: Fundação Calouste Gulbenkian, 1986.

Bibliografia Complementar
o CHARLES, J.ª; Smith, G.C. Advances in Physical Metallurgy, The Institute of Metals,1992;
o HERTZBERG, R.W. Deformation and Fracture Mechanics of Engineering Materials, 3rd ed.,
New York: John Wiley & Sons, 1986;
o ANDERSON, T.L., Fracture mechanics. Fundamentals and applications, 2ª ed., CRC Press,
1995;
o DIETER, G.E. Mechanical Metallurgy, SI Metric Edition, McGraw-Hill Book Company, N.Y, 1988.

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REFLEXÃO

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Obrigado!
Eurico Montenegro
eurico.montenegro@gmail.com
(81) 9 9800.1656 / 9 8406.0033 - (81) 3311.4856

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