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Assim, pode-se perceber que a pesquisa não aponta para um aumento do número
de monarquistas no Brasil em comparação com o plebiscito realizado em 1993 no país.
Na ocasião, enquanto 66% dos votos válidos foram favoráveis à república, apenas um
pouco mais de 10% dos votos válidos foram para a forma monárquica de sistema de
governo (NÉMETH-TORRES, 2008).
É interessante como tal número não aumenta, ainda que, hoje, se tenha uma maior
atuação, ou ao menos visibilidade, do movimento monarquista. Sua aparição ocorre desde
as manifestações e protestos que ocorrem no país a partir do ano de 2013. Além disso,
sua presença na internet é relevante, com grupos intitulados como Pró-Monarquia,
Círculo Monárquico Brasileiro, o Instituto Brasileiro de Estudos Monárquicos, o Instituto
Brasil Imperial e o Causa Imperial (QUADROS, 2017).
Há, ainda, uma forte participação dos chamados “herdeiros” legítimos do trono,
como D. Luiz de Orleans e Bragança e D. Bertrand de Orleans e Bragança. Diversos
encontros monárquicos passam a ocorrer presencialmente no país nos últimos anos
estimulados pela presença e forte personalismo nessas duas figuras, além de apelo à
tradição e, principalmente, tentativa de capitanear uma população desiludida com as
diversas crises que ocorrem no Brasil (QUADROS, 2017).
Referências