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O DEUS ÚNICO
Êxodo 20.3
Quando o povo de Israel deixou o Egito, por mão forte e braço poderoso do Senhor,
viu-se liberto de seus opressores. Ao cruzar o mar para a liberdade, o povo trouxe
consigo uma influência cultural e religiosa muito forte, recebida dos egípcios. Ainda era
muito fácil aos hebreus trocar o Deus Vivo e Verdadeiro por um Bezerro de Outro (Êx
32).
Isto, porque o simples fato da libertação física do jugo e da opressão dos egípcios, não
significava que tinham também se livrado dos usos, costumes, cultura, tradições e
religiosidades adquiridos durante cerca de 400 longos anos.
Talvez a maior de todas as lembranças e o que se tornaria para Israel um dos maiores
desafios, se relacionava com a idolatria. Postes ídolos, imagens de barro, de fundição,
de ouro, de madeira, etc. Isto, porque no Egito existiam muitos deuses-animais,
imagens antropomórficas, figuras da natureza, seres inanimados, rios com jeito de
deus, deus com cara de gente como no caso de Faraó.
O desafio deste texto inicial da Lei, era promover a libertação interior do povo da
idolatria e de toda forma de culto que não poderia subsistir na vida daqueles que foram
libertos e resgatados pelo Único Deus, Vivo e Verdadeiro.
Nosso país é manipulado pelas mesmas mãos que confeccionam e administram tais
imagens para ilusão e veneração do povo. E, de igual modo, denunciam a intolerância
que certas pessoas cultivam quanto à liberdade de expressão religiosa.
Por que não ter outros deuses, se não existe outro deus além do Deus Único e
Verdadeiro? Por que proibir a adoração a outros deuses, se não passam de projeções
humanas?
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Como Deus único, verdadeiro e vivo, o Senhor requeria do povo, exclusividade. Não
aceitava outros deuses, pois não existiam outros deuses para libertá-los da
escravidão. Não houve deus que se levantasse para socorrê-los. Por que haveriam
outros deuses para ser adorados?
O profeta Elias ousou desafiar os 450 profetas, gurus e guias estabelecidos por Baal.
Reuniram- se no Monte Carmelo, na casa de Baal para um desafio.
E a Palavra afirma: "Tomaram o novilho que lhes fora dado, e invocaram o nome de
Baal, desde a manhã até ao meio dia, dizendo: Ah, Baal, responde-nos! Ao meio dia
Elias zombava deles dizendo: Clamai em altas vozes, pode ser que esteja meditando,
ou atendendo a necessidades, ou de viagem, ou a dormir... Porém não houve voz,
nem resposta" (I Rs 18.25-29).
Deus não queria qualquer tipo de associação com os deuses que foram vistos no
Egito. Os ídolos não falam. Não puderam lhes socorrer. Não são seres inteligentes e
criadores. Os ídolos desde então, são criados para manipular pessoas e a massa do
povo. Estavam a serviço da opressão e exploração a mando de Faraó. Devido a isto,
Deus queria distinção.
No livro dos Juízes existe um ciclo que demonstra como o povo de Israel, mesmo em
Canaã, ainda estava ligado à idolatria, e não portava diante do Senhor em
exclusividade de coração. Os ciclos são:
O apóstolo Pedro conclama a Igreja a estar bem atenta para não incorrer neste
mesmo erro. Em I Pe 2.9,10 ele afirma: "Vós sois raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus; a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz".
O livro dos Salmos afirma: "Prata e ouro são os ídolos deles, obras das mãos de
homens. Têm boca, e não falam; têm olhos, e não veem; têm ouvidos, e não ouvem;
têm nariz, e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam... " (Salmo
115.4-7).
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Por outro lado, afirmam alguns que as imagens são apenas representações artísticas
do ser de Deus - a adoração, todavia, segundo estes, é direcionada a Deus. Ao lermos
Jo 1.18, encontramos: "Ninguém jamais viu a Deus". E o grande líder Moisés, rogou
ao Senhor que lhe mostrasse a sua glória. E Deus lhe disse: "Não poderás me ver a
face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá" (Êx 33.20).
Como ser inspirado à adoração a Deus por uma pretensa imagem "dele" sem qualquer
glória, sem qualquer esplendor e refulgências do Deus vivo e verdadeiro? Pura
imitação. Apenas uma falsa idealização de Deus. E quem trabalha com imitações
distorcidas, com realidades falsas, mentirosas e enganosas é o diabo - o pai da
mentira.
Até mesmo na literatura apócrifa encontramos textos que combatem a idolatria, que
desmascaram a falsidade dos ídolos como no livro de Sabedoria 13.10-19:
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Significa que o artífice é o dono da obra, é o seu proprietário e que obra foi dedicada a
interesses pessoais ou mesmo coletivo. Deus não tem dono e não pode ser
manipulado, dirigido, marionetado por nada e por ninguém.
Josué afirma: Escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram os vossos
pais... ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa
serviremos ao Senhor"(Js 24.15).
DISCUSSÃO
1. Por que os homens adoram outros deuses?
2. O mandamento estudado incentiva a intolerância religiosa?
3. Os evangélicos afirmam: "Só há um Senhor!" Existe idolatria no meio evangélico?
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