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A IGREJA E O PODER ECONÔMICO


Malaquias 6.12

Economia é a "boa ordem no governo e administração da casa e do estabelecimento


público." "Poder econômico é o que diz respeito à administração, especialmente de um
país."

Geralmente, falando-se de economia, a gente pensa numa "caderneta de poupança",


em que o dinheiro vai se acumulando, cada mês, mais e mais. E, ainda que não seja
apenas isso, é isso mesmo, de certo modo. Pois o poder econômico de um país, de
uma empresa ou de uma pessoa está nas reservas que o país, a empresa ou a
pessoa possui.

A gente costuma dizer: "Tal país ou tal empresa é uma potência." Mas a potência ou
poder de tal país vem, não da sua extensão territorial ou do número de sua população,
mas das reservas que possui.

A empresa tal é uma potência, não por ter um grande número de empregados, mas
por possuir reservas de recursos e bens. Deste modo, podemos perceber que quem
tem reservas, quem tem economias, tem poder - o poder econômico. E quem tem o
poder exerce o domínio.

1 - É INEVITÁVEL O DOMÍNIO POR QUEM TENHA O PODER


ECONÔMICO
Um grupo de meninos estava jogando futebol. Um deles cometeu uma falta e todos
queriam ou aceitavam a cobrança da falta. Todos, menos o que havia cometido a falta.
Em meio à discussão, o que não queria a cobrança da falta pegou a bola, foi saindo e
disse: "A bola é minha e o jogo está acabado."

É isso aí! "O dono da bola manda no jogo" ou "Quem tem as rédeas dirige o cavalo."

Assim é com quem tem o poder econômico. Podemos encontrar exemplo disso na
Bíblia: José havia armazenado gêneros alimentícios, no Egito, fazendo uma grande
reserva. No momento em que faltaram os gêneros em todo o país e até noutros
países, o poder econômico estava todo nas mãos de José. E este comprou para Faraó
todo o gado e todas as terras dos egípcios (Gn 47.13-26).

E estas reservas que dão poder econômico podem ser de outra natureza, que não
seja dinheiro. Quantas vezes alguma classe de trabalhadores tem pressionado
(exercido domínio) sobre uma empresa ou sobre o governo, por meio de greves, para
conquistar aumento de salário ou outro benefício?

Isso também é domínio do poder econômico, pois é a força de uma estratégia para
alcançar uma conquista. Aí dominará quem tiver maior poder econômico, ou seja,
maior reserva de recursos.

2 - A IGREJA TAMBÉM É VÍTIMA DO PODER ECONÔMICO


Vimos, na lição passada, que a Igreja é constituída de pessoas que não são do
mundo, mas pessoas que continuam no mundo; sendo, portanto, uma organização na
terra e sujeita às circunstâncias da vida terrena.

Ela é, até certo ponto, sujeita ao domínio do Estado, que é grande detentor do poder
econômico. Nalguns países, a Igreja se acha mesmo sufocada por esse domínio.

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E não é só em referência a leis do Estado que a Igreja é, tantas vezes, vítima do poder
econômico, e, também, não só em relação ao governo. Não só os membros da Igreja,
mas a própria Igreja como organização sofre as consequências da inflação resultante
do poder econômico.

A Igreja pode se tornar vítima do poder econômico também por um modo inverso, ou
seja, passar ela a exercer domínio pelo poder econômico. Se ela for maioria em algum
país, poderá pretender usar esse poder econômico de ser maioria para dominar a
política, dominar outras organizações.

3 - A IGREJA NÃO PODE USAR O PODER ECONÔMICO QUE


TIVER, PARA EXERCER DOMÍNIO
Jesus ensinou aos seus discípulos que os governadores têm os povos sob seu
domínio, mas que entre os discípulos de Jesus não há de ser assim.

Portanto, mesmo quando a Igreja tiver reservas em número de membros ou de


prestação de serviços ou de propriedades que possua, não deverá usar esse poder
(que é econômico, no sentido de estratégia) para dominar a ação do governo ou de
organizações particulares.

Pode ocorrer, por exemplo, em Presbitério, que uma Igreja de maiores recursos queira
impor os seus interesses sobre os interesses da causa geral no Presbitério. Parece
que foi assim que o bispo de Roma chegou a ser papa. "Mas entre vós não é assim."

A Igreja não pode se valer nem mesmo do poder da verdade para dominar. Ela possui
a preciosa reserva de ser conhecedora e proclamadora da verdade. E isto é poder
econômico porque é uma força estratégica.

Mas ela não pode se utilizar da verdade para dominar os que não conhecem a
verdade. O seu papel é ensinar-lhes a verdade, para serem verdadeiramente livres da
superstição, da idolatria, do pecado.

4 - A IGREJA DEVE INFLUIR PARA O ABRANDAMENTO DO


DOMÍNIO DO PODER ECONÔMICO
A Igreja deve proclamar a verdade dos ensinamentos da Palavra de Deus, para que as
pessoas, conhecendo o dever da fraternidade, não exerçam domínio umas sobre as
outras. É preciso que as pessoas saibam exercer autoridade sem exercer domínio.
Pois o domínio é violência.

As pessoas até podem usar o poder econômico, tanto do dinheiro como da autoridade.
Mas não podem usar esse poder para subjugar outras pessoas, indevidamente. E é
conscientizando as pessoas de tais fatos que a Igreja influirá para o abrandamento do
domínio do poder.

Fornecer homens tementes a Deus e fiéis à Escritura Sagrada, para o comando do


poder econômico, seja na área do governo ou seja na área da iniciativa particular, é
outra maneira de a Igreja influir para tal. (Embora com o risco de inversão dos papeis.)

A Igreja precisa, portanto, de pessoas que sejam capazes tanto de ser fiéis aos
princípios bíblicos quanto de administrar o poder econômico. Quem sabe você será
um deles? quem sabe?...

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Outra maneira de a Igreja influir é ser o exemplo. E ela só influirá, realmente, se der o
exemplo. "Procurai a paz da cidade ... e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós
tereis paz." (Jr 29.7).

CONCLUSÃO
O poder econômico fica nas mãos de alguns, apenas. Os quais, conseguindo
acumular economias de natureza vária (dinheiro, sabedoria, perspicácia, etc.),
alcançam poder.

O poder econômico leva seu possuidor ao domínio e, muitas vezes, o corrompe. Por
isso, a Igreja deve, principalmente com o seu exemplo, influenciar o indivíduo, a
sociedade e o governo, para que não haja o domínio corrupto e cor-ruptor do poder
econômico.

Jesus disse: "Sabeis que os que são considerados governadores dos povos, têm-nos
sob domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é
assim: pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será este o que vos
sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós, será servo de todos. Pois o próprio Filho
do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos." (Mc 10.42b,43).

AUTORA: LILIAN NELY MARTINS G. DE CAMPOS

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