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JOÃO
O APÓSTOLO AMADO

1 João 4.16

A Sagrada Escritura é, num certo sentido, o livro das grandes biografias. Figuram nela,
desde Adão até Cristo, inúmeros vultos de realçado valor e repercussão, homens e
mulheres valorosos em obras e em idéias.

Em regra, as biografias bíblicas são sintéticas; são uma como que espécie de esboço
de quadros fascinadores. Os traços predominantes destes retratos vivos são o caráter
moral, a orientação religiosa que expressaram, a consagração à causa humana e
divina.

O divino Biógrafo não oculta nem as virtudes nem os defeitos de seus biografados.
São vultos humanos. Realizaram ações - umas excelentes, outras medíocres, e todas
bem julgadas pelo Deus Triúno.

Tais biografias contam vidas de estadistas, de pensadores, de chefes religiosos, de


poetas, de governantes, de pastores, de profetas, de servos, de nobres, de plebeus,
de ricos, de grandes e de pequenos.

A lição de hoje focaliza uma das mais lindas e vigorosas vidas, a de um grande
discípulo de Jesus, que viveu com Ele e foi seu Apóstolo. É João, a "Águia
Apostólica", o "Discípulo Amado", o homem das visões apocalípticas. Foi chamado à
vocação cristã na alvorada do Cristianismo, e foi o último dos apóstolos a deixar o
cenário terreno.

Julga-se que foi o mais jovem dos apóstolos, tendo vivido cerca de 95 anos, enchendo
com sua útil existência quase todo o primeiro século da era cristã. Escreveu o último
Evangelho, três epístolas e registrou a notável visão do Apocalipse.

O texto central de hoje sintetiza de modo vívido tudo o que o Apóstolo predileto de
Jesus foi como crente. João experimentou no seu caráter e na sua alma a influência
do amor divino em Cristo, com um vigor talvez único neste mundo. Que vida bela e útil
a desse homem! Imitemo-la

1 - SÍNTESE BIOGRÁFICA
Este jovem — João — tinha este nome, muito comum entre os hebreus, que em
hebraico é Johanan; e em grego, Joanes.

Era filho de um distinto casal residente na Galiléia — Zebedeu, pescador, e Salomé,


irmã de Maria, a mãe de Jesus (Mt 4.21; 27.56; Mc 1.19,20; 15.40; 16.1). Tinha um
irmão mais velho que ele, Tiago (Mc 1.19,20), que foi apóstolo e mártir (At 12.1,2).
João e Tiago eram pescadores, sócios de seu pai nesta profissão, aliás muito honrosa
e usual na Galiléia (Mc 1.19,20).

João era amigo e colega e Pedro, outro discípulo e apóstolo, também pescador, antes
de ser chamado para o sagrado ministério (Lc 5.10). Era religioso, discípulo de João
Batista, que o endereçou a Cristo por meio de sua pregação fiel (Jo 1.35-40).

Com André, Pedro, Filipe e Natanael fez parte do primeiro grupo oficial dos discípulos
de Cristo (Jo 1.35-51). Foi posto no colégio dos apóstolos, com Pedro e Tiago, quando
pescavam (Mt 4.21,22; 10.1-5).

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João não era um homem perfeito. Parece que, no princípio de sua carreira cristã, foi
de um temperamento um tanto impetuoso, um tanto intolerante, e possuía boa dose de
egoísmo. Isto se vê de três ocorrências registradas nos Evangelhos - Lc 9.49; Lc 9.52-
56; Mt 20.20-24.

Por isso, desde o início Jesus lhe deu, bem como a seu irmão Tiago, o nome
característico de Boanerges —"filhos do trovão" (Mc 3.17).

Mostrou-se sempre zeloso pela causa de seu Mestre (Mc 10.35-41). Fazia parte do
grupo dos três mais intimamente chegados a Jesus, tendo sido, com Tiago e Pedro,
testemunha ocular da ressurreição da filha de Jairo (Lc 8.51), da transfiguração (Mc
9.2) e da cena do Getsemane (Mc 14.33).

João era, ao que parece, de linhagem nobre, pois conhecia o sumo pontífice (Jo
18.15). Na ceia, estava junto de Cristo (Jo 13.23). Era conhecido na intimidade do
grupo apostólico como "discípulo amado" (Jo 13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20). Tomou ao
seu cuidado a sua tia, a mãe de Jesus, após a morte deste (Jo 19.27). Foi testemunha
da ressurreição do Mestre (Jo 20.1-10; 20.19-30). Depois da ascensão de Cristo, João
ficou com os colegas em Jerusalém, no Cenáculo (At 1.13).

Foi missionário (At 3.1; 8.14). Morou em Jerusalém boa temporada, pois Paulo o
visitou nessa capital depois de sua primeira viagem missionária (At 15.6; GI 2.9).
Sofreu perseguições (At 4.19; 5.17-31; 8.1-3; Ap 1.9). Talvez foi um dos evangelistas
das sete igrejas da Ásia (Ap 1.11). Segundo boa tradição, o velho Apóstolo foi o pastor
da igreja em Éfeso, onde morreu em paz no reinado do imperador Trajano. Foi o
mestre de três grandes bispos cristãos: Inácio, Policarpo e Papias, nos fins do primeiro
século da nossa era.

João evoluiu muito no seu caráter, em contato com Cristo. Passou a ser tolerante,
bondoso, paciente e amável. Foi o Apóstolo que mais escreveu sobre o amor cristão.
Só em duas pequenas epístolas há mais de 25 referências a este tema suave e
sublime. Vejam-se os seguintes textos: Jo 13.23; I Jo 2.9,10; 3.14-18; 4.7-11. Estes,
são bastante para mostrar o que João aprendeu na divina escola de Jesus.

2 – UMA JUVENTUDE ABENÇOADA


Do que se encontra nos Evangelhos, com referência à vida adolescente de João, o
Apóstolo, tira-se a evidência do fato de que ele foi bem sucedido no seu destino.
Nasceu num lar honesto e de gente trabalhadora. Talvez tivesse linhagem nobre. Foi
educado na religião revelada, e não se deixou desviar dela.

Ao primeiro encontro com uma boa oportunidade de se aperfeiçoar na fé, tomou-a a


sério, fazendo-se discípulo do maior vulto de seus dias, João Batista, e, depois, do
próprio Cristo. Foi criado na escola do trabalho e esteve ao lado de seu pai e seu
irmão nas tarefas árduas do mar.

Aprendeu pelo menos três línguas, e bem: a aramaica — que era o dialeto popular os
judeus; a hebraica — o idioma oficial da igreja; o grego — a língua comum das nações
de então. Vê-se que a juventude de João foi otimamente aproveitada. Não se deixou
enredar nas tentações do mundo.

Ele confiou só nos recursos paternos. Não foi um ocioso, mas um moço de linha, de
idealismo, de entusiasmo, de caráter. O meio social dos dias desse moço não eram os
melhores. Havia mundanismo, farisaísmo, erros e vícios tentadores ao seu derredor,
como os há nos dias de hoje. João fugiu de todos esses males.

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É claro que nisto estava presente a graça divina. O meio mau não é escusa para o
pecado. Nem õ meio bom é motivo para se negligenciar a formação pessoal do
caráter. Contra aquele deve reagir o homem digno, deve saber usar este para a sua
melhor obra. João soube aproveitar as oportunidades de sua abençoada juventude.

Quantos homens hoje são farrapos de caráter só porque nunca deram séria atenção
às bênçãos de sua mocidade, aos benefícios do lar, do trabalho, da escola, da religião,
e à dignidade da vida!

3 - UM ENCONTRO FELIZ
Indiscutivelmente, o dia em que se viu diante do divino Mestre, foi o mais venturoso de
toda a mocidade de João, foi um encontro pleno de bênçãos. Mudou-se a sua sorte.
Firmou-se aí o seu destino. Vencido pela presença do sereno Rabi, pelo seu olhar
suave e tranqüilizador, por sua palavra justa e firme e por sua grande bondade, João
não o deixou mais.

Passou a segui-lo. Tornou-se seu discípulo. Fez-se Apóstolo, para ir com Ele caminho
a fora, alegrando-se com servi-lo. Encontro feliz, porque o moço entusiasta, vigoroso,
intolerante, fanático, muito zeloso nas suas idéias, de caráter impetuoso, agitadiço,
querendo vencer os homens pelo fogo violento do castigo, passou, pouco a pouco, a
um nível mais alto, mais sadio.

Tornou-se pacífico, fez-se doce na palavra e nos gestos, criou o hábito da tolerância,
transfigurou-se em "Discípulo Amado" e Apóstolo do amor.

Quem encontra Jesus muda o destino e plasma o caráter em linhas firmes de boa e
generosa atividade. João deu mostras, depois de estar com o Mestre, de que se
transformara. Entrou para o circulo íntimo dos amigos de Cristo, tornou-se
compenetrado, corajoso e fiel até à morte.

Na história dos cristãos, sempre isso foi assim. Mesmo no nosso país já temos
inúmeras experiências destas almas tumultuadas de paixões, caracteres esfarrapados,
vidas odiosas e viciadas.

Quantos corações assim se têm santificado entre nós! Um dia Jesus apanhou na sua
fria religião ritualística e supersticiosa a um padre, o cônego José Manuel da
Conceição, e fez dele o primeiro ministro evangélico brasileiro. De outra feita, retirou
de um quarto escuro, sujo, pobre e anônimo a um coitado fugitivo de sua Pátria —
Portugal —, exilado político, viciado, bêbado e jogador, e fez dele o consagrado
evangelista, Rev. Bernardino de Souza.

Encontrou numa oficina de ferreiro certo rapazinho violento, sem nome, sem lar, sem
nada, e de um dia para outro transfigurou-o em um ministro evangélico. Certa feita viu
na rua um garoto vadiando, e o guindou às alturas da nobreza cristã. E esse menino
foi o grande orador sacro, Rev. Álvaro Reis. E assim vai fazendo Jesus com os que
encontra, com os que com Ele ficam.

Você já encontrou o divino Senhor? Que está Ele modelando em sua vida, de belo e
grande, para Sua honra e glória?

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CONCLUSÕES

• Imagine você se João tivesse negligenciado os benefícios de seu nascimento,


lar, pátria, religião, o meio ambiente, não procurando cultivar-se, fazendo-se
boêmio, deixando de lado as oportunidades espirituais que teve... Seu nome
seria ignorado no mundo. Talvez deixasse uma recordação dolorosa e
marcada de vergonha! E você está usando todos os recursos que Deus tem
posto ao alcance de suas mãos, para se santificar e melhorar?

• O que faz grande a vida é ser vivida junto com Cristo. As relações de amizade
com Ele não têm concorrência, nem interesses mesquinhos, nem ódios.

• Os defeitos de nosso caráter e temperamento não são males insanáveis. Há


um Especialista que cura a todos eles. A graça de nosso Redentor santifica e
enobrece.

• A juventude é o melhor tempo para se entregar a Cristo. "Lembra-te do teu


Criador nos dias de tua mocidade!"

• A Amizade que um coração mantém com o Senhor resulta em sua própria


felicidade. Ela reconstrói a vida, dá poder, fixa hábitos bons, cria idéias nobres
e conduz ao apostolado do Bem.

A responsabilidade de cada futuro é um fato certo nas mãos de cada um. Deus dá os
meios, mostra o caminho, abre as portas de ouro das ocasiões, põe-se na estrada ao
encontro do pecador exausto, oferta-lhe sua amizade em Cristo, apela: "Vem e vê!"
Mas, a cada um fica o dever de aproveitar tudo isso, ou recusar tais benefícios para
desgraça própria.

A gente pode ter nascido um "Boanerges", mas Cristo se oferece de graça para
tranformar-nos em "discípulos amados" e do amor.

Quem encontra Jesus tem uma "cruz" que se transforma em "coroa de glória".

Há um Amigo ideal e leal para os moços e velhos - é Jesus. Vale a pena cultivar a sua
doce convivência.

AUTOR: REV. GALDINO MOREIRA

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