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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE

DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS.

Referência: Cobrança
Comarca de Santa Cruz de Goiás – Vara das Fazendas Públicas
Protocolo n.º: 86067-82.2015.809.0141(201500860675)
Requerente: Município de Santa Cruz de Goiás
Requerido: PALMELO AUTO POSTO LTDA

O MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DE GOIÁS, Estado de Goiás,


pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ sobe o nº
02.669.976/0001-87, situado na Rua Padre Prego, nº37, Centro, Santa Cruz de
Goiás, representado pelo Prefeito Municipal, MATEUS FELIX LOPES, podendo ser
encontrado na sede do Poder Executivo, por suas procuradoras ,regularmente
constituídas, vem perante esse EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DE GOIÁS, interpor o presente recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO C/C
PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO, com fundamento no art. 995, parágrafo único,
e, art. 1.015, inc. I, do Novo Código de Processo Civil, em face da decisão proferida
pelo MM. Juiz de Direito da Vara da Fazenda Públicas da Comarca de Santa Cruz
de Goiás-Go, para que seja suspensa a decisão prolatada, pelas razões expostas
em anexo, requerendo seja ela recebida e regularmente processada, para os fins de
direito.

PRELIMINARMENTE

1.1 - DO INTERESSE DO MUNICÍPIO EM AGRAVAR.

A Decisão prolatada em primeiro grau ora agravada atinge


o Município, tendo em vista, que o fatos na inicial não corresponde à
realidade do fatos, razão pela qual se apresenta aqui como
Agravante.

1.2 - DA TEMPESTIVIDADE
A decisão vergastada fora publicada em 18 de agosto de 2017, de
acordo com o mandado de intimação número 171136866 o Gestor Municipal foi
intimado pessoalmente em 26/10/2017, conforme certidão as folhas...

Assim sendo, conforme verso das folhas...., o mandado foi


juntado em 31/10/2017. Desse modo o prazo para apresentar o
presente recurso, iniciou-se no dia 01/11/2017 (quarta-feira) – 1º dia
útil após a intimação pessoal, findará no dia 18/12/2017 (segunda-
feira).

Outrossim, considerando o disposto, no artigo 231 do NCPC/2015:


Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
(...)
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a
intimação for por oficial de justiça; grifamos.

Contudo, convém ressaltar-se que o presente Recurso se evidencia


tempestivo, eis que segundo a regra do art. 183 do NCPC, conta-se em dobro
quando a parte for entre público:

Preceitua o art. 183 do NCPC/2015:

“Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas


autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as
suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação
pessoal,” grifamos.

Assim sendo, o prazo do recurso em espécie quinzenal (CPC, art.


1.003, § 5º) não se aplica a fazenda pública, como delineado acima a mesma
goza de prazo em dobro para todas as suas manifestações, por isso, o prazo
processual fora devidamente obedecido.

Tendo em vista o claro interesse do Município em Agravar, já que a


decisão o atinge, a regra acima deve ser aplicada ao caso.

Destarte, demonstrada a tempestividade do presente Agravo de


Instrumento em tela, requer-se que o mesmo seja conhecido.

1.3 - DOS DOCUMENTOS JUNTADOS E DOS REQUISITOS DO


ARTIGO 1.016 e 1.017 DO NCPC/2015.

Junta-se ao procedimento os documentos obrigatórios à


propositura do presente agravo.
As procuradoras signatárias da presente certificam que os
documentos ora juntados são cópias fiéis dos originais, sendo que, nos moldes
do art. 425, IV, Código Processual Civil, as cópias que instruem o presente
recurso são autênticas.

Posto isso, em atendimento ao disposto no artigo 1.016, do


NCPC/2015, informa-se o nome e o endereço completo das advogadas do
agravante:

PAULA CAROLINA CARDOSO, inscrita na OAB/GO sob o


n.30.531, com Escritório profissional situado, à Rua 254, nº 78, Setor Coimbra,
Goiânia – Go. Telefone: (62) 98405-333, e, MARINALVA RODRIGUES DOS
SANTOS, inscrita na OAB/GO sob o nº 39.697, podendo ambas serem
encontradas na sede do Poder Executivo.

1.4 - DO CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Assim preceitua o Código de Processo Civil:

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões


interlocutórias que ver- sarem sobre:
I – tutelas
provisórias;
II – mérito do
processo;
III – rejeição da alegação de convenção de
arbitragem;
IV – incidente de desconsideração da personalidade
jurídica;
V – rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do
pedido de sa revogação;
VI – exibição ou posse de documento
ou coisa; VII – exclusão de
litisconsorte;
VIII – rejeição do pedido de imitação do
litisconsórcio;
IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X – concessão,
modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI – redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º; XII
– (Vetado);
XIII – outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único.
Também ca- berá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de
sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
I – poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação
de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao
juiz sua decisão: grifamos.(...)
Diante disso, pleiteia-se o processamento do presente recurso,
sendo o mesmo distribuído a uma das Câmaras Cíveis deste Egrégio Tribunal
de Justiça (CPC, art. 1.016, caput), para que seja, inicialmente, e com
urgência, submetido para análise do pedido de efeito suspensivo ao recurso
(CPC, art. 1.019, inc. I).

Termos em que
Pede e espera deferimento.

Santa Cruz de Goiás - GO, 14 de dezembro 2.017.

MARINALVA RODRIGUES DOS SANTOS


OAB/GO 39.697

PAULA CAROLINA CARDOSO


OAB/GO 30.531
RAZÕES DO RECURSO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS.

Referência: Ação Civil Pública


Comarca de Santa Cruz de Goiás – Vara das Fazendas Públicas
Protocolo n.º: 86067-82.2015.8.09.0141
Agravante: Município de Santa Cruz de Goiás
Agravado: PALMELO AUTO POSTO LTDA

COLENDA TURMA. EMÉRITO RELATOR.

O presente Agravo têm o condão de mostrar que não assiste razão à


decisão de Primeiro Grau as folhas....., uma vez, que está foi baseada somente
nas alegações do requerido, ora agravado, ou seja, o mesmo apresenta notas
fiscais que já foram pagas, conforme documentos do sistema da prefeitura.

Nobres Julgadores essa decisão fere princípios constitucionais, que


será demostrado neste Agravo de Instrumento, não tendo amparo jurídico.

BREVE RESUMO DA DEMANDA

O Agravado, propôs Ação de Cobrança, em face do requerido, cujo


objeto o suposto inadimplemento do Município referente ao fornecimento de
combustível no valor de R$ 166.571,00 (cento e sessenta e seis mil quinhentos
e setenta e um reais).

Contudo esta não é a realidade dos fatos narrados, assim sendo


quando a nova gestão tomou conhecimento da presente ação, frise-se não
houve a transição de mandato como disciplina a lei, vários atos da Gestão
anterior foi descoberto quando o Munícipio necessitou de certidões Federais e
demais, deste modo as folhas ..., o Município Chamou o feito a ordem devido
as várias obscuridades na presente lide.

Em decisão as fls...., o MM Juiz da Vara da Fazenda Pública da


Comarca de Santa Cruz de Goiás-Go, não vislumbrou o requerido e indeferiu o
solicitado. De bom alvitre que evidenciemos, em síntese, a decisão interlocutória
hostilizada, in verbis:

“ PROTOCOLO: 201500860675 DECISAO: VERIFICA-SE QUE DEVIDAMENTE CITA DO,


O REQUERIDO DEIXOU TRANSCORRER IN ALBIS O PRAZO PARA CONTESTA R,
RAZAO PELA QUAL LHE FORA DECRETADA A REVELIA, CONSOANTE SE EXTRAI AS
FLS. 95. NADA OBSTANTE, O REQUERIDO AS FLS. 104/107, PUGNA PARA QUE SE
CHAME O FEITO A ORDEM, RESTABELECENDO-LHE O PRAZO PARA MANIFESTAR,
POIS NAO SE PRODUZIRA OS EFEITOS DA REVELIA CONTRA A FAZENDA PUBLICA,
RESTANDO FERIDOS OS PRINCIPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL,
CONTRADITORIO E DA AMPLA DEFESA, ASSIM, REQUER A DEVOLUCAO DO PRAZO
RECURSAL, QUE DEVERA FLUIR ASSIM QUE INTIMADO. POIS BEM. TENHO QUE NAO
MERECE PROSPERAR O PEDIDO FORMULADO PELO REQUERIDO, VISTO QUE SOA
COMO VALVULA DE ESCAPE DIANTE DA PERDA DO PRAZO RECURSAL, POIS
CONSOANTE SE INFERE DOS AUTOS, A FAZENDA PUBLICA REQUERIDA FORA
INTIMADA DA SENTENCA DE FLS. 93/97, EM 07/12/2016 E O PRESENTE PEDIDO
SOMENTE FORA PROTOCOLADO EM 07/03/2017. SEM EMBARGO, A DESPEITO DA
REVELIA DECRETADA, DESDE JA OBSERVO QUE OS EFEITOS DESTA NAO SAO
ABSOLUTOS, RESUMINDO-SE A MATERIA DE FA TO, POR SE TRATAR DE PESSOA
JURIDICA DE DIREITO PUBLICO INTERNO NO POLO PASSIVO, NAO HAVENDO QUE SE
FALAR EM OFENSA AOS PRINCIPIOS DO CONTRADITORIO, DEVIDO PROCESSO LEGAL,
TAMPOUCO AMPLA DEFESA, HAJA VISTA QUE A SENTENCA LANCADA AOS AUTOS
NAO FORA PROFERIDA COM BASE EM PRESUNCOES, MAS AMPARADA NAS PROVAS
CONSTANTES DOS AUTO S. NESSE SENTIDO: APELACOES CIVEIS. ACAO DE (...), A
ALEGACAO DE PREJUIZOS EM RAZAO DA TROCA DE GESTORE S, O QUE SE DEU POR
07 (SETE) VEZES NO PERIODO DE 2013 A 2016, NA O TEM O CONDAO DE
RESTABELECER A MUNICIPALIDADE QUALQUER PRAZO RECURSAL, POIS COMO
VISTO, A FAZENDA PUBLICA FORA CITADA PESSOALMENTE, NA PESSOA DE SEU
REPRESENTANTE LEGAL PARA, QUERENDO, CONTESTA R O FEITO, NO ENTANTO,
QUEDOU-SE INERTE. DESSA FORMA, REITERAR INTIMACOES EM RAZAO DE NOVA
GESTAO MUNICIPAL, TRARIA A FAZENDA PUBLICA PRIVILEGIOS NAO PREVISTOS
EM LEI EM PREJUIZO DOS ADMININSTRADOS. ASSIM, CADA GESTAO TEM A
OBRIGACAO DE TOMAR AS PROVIDENCIAS NECESSARIAS PARA O DESENVOLVIMENTO
DA MAQUINA ADMINISTRATIVA, RESPONDENDO TEMPESTIVAMENTE AOS COMANDOS
JUDICIAIS QUE LHE SAO IMPUTA DOS, SENDO QUE SUA INERCIA NAO PODE SER
INTERPRETADA EM SEU FAVOR. EVENTUAIS NEGLIGENCIAS NA ADMINISTRACAO DA
COISA PUBLICA, ISSO INCLUI A DEFESA PROCESSUAL QUANDO DEMANDADA EM
JUIZO, SUJEITA O GESTOR A RESPONSABILIDADE POR ATO DE IMPROBIDADE. FATO
E QUE O ADMINISTRADO NAO PODE SER PENALIZADO PELA DESORDEM NA GESTAO
PUBLICA, SEJA LA POR QUAL MOTIVO FOR. ASSINALO QUE O PRAZO LEGAL PARA
CONTESTACAO, QUE JA E DIFERENCIADO, FOI DEVIDAMENTE OBSERVADO, NAO
PODENDO SE FALAR EM INOBSERVANCIA DO CONTRADITORIO E DA AMPLA DEFESA.
ADEMAIS, DENOTA-SE DOS AUTOS, QUE A PARTE AUTORA FORMULOU AS FLS. 65
(28/09/2015), PEDIDO DE BUSCA E APREENSAO DOS AUTOS, UMA VEZ QUE O
PROCESSO SE ENCONTRAVA EM PODER DO ADVOGADO DO REU DES DE 18/06/2015,
REFORCANDO DESTA FORMA SEU DESINTERESSE EM MANIFESTAR NOS AUTOS.
COMO DITO, SUJEITA-SE O PROFISSIONAL AS PENALIDADE S CIVEIS, CRIMINAIS E
ADMINISTRATIVAS NO AMBITO DA RESPECTIVA ENTIDADE QUE INTEGRA, DEVENDO
O ATUAL GESTOR VEZ POR TODAS BUSCAR ES SA RESPONSABILIZACAO, ATE MESMO
PARA DEMONSTRAR ZELO COM A COISA PUBLICA. ASSIM, INDEFIRO OS PEDIDOS DE
FLS. 104/107 E 127 FORMULA DOS PELO REU. CERTIFIQUE-SE A ESCRIVANIA QUANTO
AO PRAZO RECURSAL REMETENDO-SE OS AUTOS AO TRIBUNAL DE JUSTICA PARA
REEXAME NECES SARIO. INTIME-SE. CUMPRA-SE. SANTA CRUZ DE GOIAS, 15 DE
AGOSTO DE 2017. NIVALDO MENDES PEREIRA JUIZ DE DIREITO “, grifamos e sublinhamos.

Contudo, tal entendimento não pode prosperar como entrega


definitiva da prestações jurisdicional, tendo em vista que o Nobre Magistrado
de primeiro grau ciente que o Município trocou de gestores por 07(sete) vezes,
bem como que seu antecessores não faziam a transição de mandato, ou seja,
nobre Julgadores a briga política foi árdua e notória como o próximo tomador
do Poder Municipal poderia conhecer dos processos em tramite?!

Além do mais, nos autos pode se comprovar a mudança do


procurador por várias vezes, outro ponto ao iniciar a gestão 2017-2020 o Nobre
Magistrado deveria ter intimado o Munícipio para constituir novo procurador, o
que não foi feito, deste modo o prazo Recursal teria sido atendido.

Portando é a presente interposição do presente agravo para


conhecimento e provimento. Passamos a delinear o Mérito

A ANTECIPAÇÃO DA PRETENSÃO RECURSAL

PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DE QUE TRATA O ART. 1.019,


inc. I, do CPC.

As questões destacadas no presente recurso de Agravo de


Instrumento são de gravidade extremada e reclama, sem sombra de dúvidas, a
concessão da tutela recursal (CPC, art. 1.019, inc. I).

Demonstrado, pois, o preenchimento do requisito do “risco de lesão


grave e de difícil reparação” e da “fundamentação relevante”, há de ser
concedido efeito ao recurso em comento.

Nesse compasso, a parte Agravante demonstrou o requisito da


“fundamentação relevante”. É irrefutável que ficou comprovado a situação de
desequilíbrio de toda uma Coletividade, ou seja, a cidade de Santa Cruz
tem no histórico os desmando dos ex gestores, assim sendo a população
padecerá caso haja a obrigação do gestor pagar este valor astronômico o
qual não tem origem na realidade dos fatos.

Ademais, além da “fundamentação relevante”, devidamente fixada


anteriormente, a peça recursal preenche o requisito do “risco de lesão grave e
difícil reparação”. Há possibilidade do Agravado solicitar o bloqueio do valor
nas contas públicas, tendo em vista, a sentença prolatada sem critérios
legal.
Desse modo, para o Agravante, como para toda uma
COLETIVIDADE, é medida drástica que afetará significativamente na sua
ordem a população de Santa Cruz que necessita dos serviços essenciais o qual
o Município é provedor.

De outro passo, é consabido que a “Nossa Constituição Federal de


1988 revolucionou, impondo ao Estado a obrigação de prestar a assistência
integral à população carente”, assim sendo o Município de Santa Cruz, tenta
fazer sua parte de Poder Público, mas está sendo impedido por interesses por
esta decisão do Juiz a “quo.”

Como consequência, pede-se, tutela de maneira a suspender os


efeitos da decisão interlocutória guerreada (CPC, art. 1.019, inc. I), o artigo 8º
do NCPC/2015, esclarece ao Julgador a questão social ao decidir uma lide,
vejamos:

Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às


exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa
humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a
publicidade e a eficiência.

Existe relevante fundamentação jurídica para a concessão da


antecipação da tutela recursal no presente Agravo, porque caso a liminar não
seja deferida de imediato e a decisão agravada continue irradiando seus efeitos,
o Agravado peticionará pelo cumprimento da sentença.

Não é justo Nobres Julgadores que a POPULAÇÃO SEJA penalizada


pela decisão de primeiro grau.

Desta feita, caracterizado está o PERICULUM IN MORA porque se a


decisão prolatada for mantida produzirá efeitos irreversíveis, sem contar que
este numerário a ser ressarcido irá beneficiar a população em inúmeros
benefícios sociais.

Podemos constatar que, pela sua completa ilegalidade, a decisão


monocrática deve ser suspensa, e este Egrégio Tribunal deve conceder ime
diatamente a liminar pleiteada, até o julgamento final do presente Agravo, para
se evitar graves e irreparáveis prejuízos à Coletividade, por força da equivocada
decisão de primeiro grau.

Também estão presentes, para concessão da antecipação da tutela


recursal, os requisitos do fumus boni iuris .
O FUMUS BONI IURIS se evidencia porque a concessão de liminar
prolatada pelo MM Juiz foi baseada somente em notas fiscais sem o critério
legal.
Além desse absurdo, a decisão prolatada não passou pelo crivo
do Ministério Público!!
.
O Município é, MM. Desembargadores, a célula máster da nossa
sociedade, como já dizia o grande RUI BARBOSA, sendo seu o encargo de
garantir o bem-estar da população, com todas responsabilidades que isso
significa: cuidar da educação, saúde, segurança, transporte, etc.

Tais argumentos já autorizam o recebimento do presente agravo no


seu efeito suspensivo.

É o relatório.

DO DIREITO E RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA:

Assim preceitua o Código de Processo Civil:

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões


interlocutórias que versarem sobre:
(...)
II – mérito do processo;
(...)

DA REALIDADE DOS FATOS DO CONTRATO EMPENHADO:

Contudo as razões trazidas a pretório pelo réu ora Agravado jamais


poderão prosperar, uma vez que destituídas do mínimo suporte fático ou legal,
foram lançadas no único escopo de prejudicar o agravante, ou seja, notas fiscais
que os Nobres Julgadores poderão verificar que foram pagas, além do mais as
que não foram pagas são pelo fato que foram anuladas por não ter havido a
prestação do fornecimento do produto.

Além disso, quando esta gestão assumiu a prefeitura não havia


restos a pagar da gestão anterior, ou seja, não pode o município pagar algo
que não consta em seu orçamento, pois a lei de responsabilidade fiscal impede
tal ato.

Para tanto, o Agravante faz constar nos autos prova irrefutável do


pagamento, ou seja, cópia de NOTA DE EMPEENHO COM ORDENS DE
PAGAMENTO onde a quitação se deu via conta bancaria do requerido.
TROCA DOS EX GESTORES:

Outro fato importantíssimo, o Município de Santa Cruz de Goiás, entre


os anos de 2013 - 2016, teve a mudança 07 (sete) vezes dos seus Gestores, que
por interesses obscuros deixaram a Prefeitura um caos, acostamos as Atas de
Posse, ou seja, com a mudança de Gestores os documentos se perdiam no
tempo.

Nobres Julgadores, não é justo e nem juridicamente aceitável que


essa gestão pague por algo sem o devido contraditório, haja vista, os desmandos
das gestões passadas, bem como os documentos acostados que desmascaram
o agravado.

Ressaltemos, que com a troca dos gestores, todos os documentos


eram levado por estes, assim sendo eram impossível para o próximo gestor
saber de todos os processos em curso, bem como pontuamos a gestão 2017-
2020 não teve a transição de mandato, além disso o Nobre Magistrado não
intimou a nova gestão para constituir novo procurador!!, ato que sem
dúvida ilidiria o Recurso a Sentença proferida nos autos e publicada em
26/10/2016.

Ilustres Julgadores, com respeito a decisão proferida nos autos, o


Agravante apresenta justificativas necessárias, amparado pelos princípios da
ampla defesa e do contraditório que encontram-se registrados no plano
constitucional, assim sendo da análise da decisão foram verificadas a falta de
informações a este Nobre Julgador, que mudará toda a sistemática da presente
decisão as folhas ... proferida em 26/10/2016, com vistas a suprir tais falhas
e, neste particular, conferindo preceitos fundamentados para alterar a decisão
vergastada, o que será comprovado no decorrer desta peça

Vale salientar, por pertinente, que, in casu, a presente não defende


apenas do Ente Municipal, ou seja, TODA UMA CIDADE PADECERÁ caso a
sentença seja cumprida, deste modo o valor sentenciado que será retirado do
cofre público é vultoso, sendo que a falta deste numerário priva a população de
Santa Cruz de inúmeros benefícios.

Nobres Julgadores, o Município nada deve, como prova os


documentos em anexo, outro ponto que esclarecemos este ente municipal não
tem arrecadação própria sobrevive dos recurso advindos do Governo Federal e
Estadual.
Excelso Julgadores manter a decisão é ferir os preceitos
Constitucionais, na mídia podemos vislumbrar a sociedade em massa
reclamando da falta de estrutura da saúde pública, educação, dentre outros.

Nobres Julgadores, toda uma cidade padece pela decisão as folhas


..., essa decisão é absurda, e sem sombra de dúvidas padecerá a população tão
sofrida e carente, sendo que serviços essenciais à população, como saúde,
educação dentre outros, serão suprimidos pela falta do numerário.

Desta feita o futuro de toda uma População foi desrespeitado por


esta decisão, COM TODO RESPEITO A DECISÃO PROFERIDA, MAIS ANTES
DEVE-SE ESTAR OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA RAZOABILIDADE,
PROPORCIONALIDADE, TRANSPARÊNCIA, ISONOMIA, EQUIDADE,
IMPESSOALIDADE, enfim, a Justiça para com o povo de Santa Cruz de Goiás.

Assim, é necessário que estes Nobres Julgadores, vislumbre o


direito Fundamental da População de Santa Cruz de Goiás, desta feita não
existe qualquer possibilidade de ser mantida esta decisão, devendo inclusive ser
revogada por ser a população que sofrerá os danos advindos desta.

DA IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO SEM A CONTRA PRESTAÇÃO DO


SERVIÇO.

Diante das disposições legais supracitadas, o contrato de fornecimento


DE COMBUSTÍVEIS FOI EMPENHADO EM SUA TOTALIDADE COMO DISCIPLINA
A LEI, AS NOTAS FISCAIS QUE DEVIDAMENTE FOI FORNECIDO O
COMBUSTÍVEL FORAM LIQUIDADAS E PAGAS, CONTUDO AS QUE NÃO TEVE A
CONTRA PRESTAÇÃO FORAM CANCELADAS COMO DEMONSTRAM OS
DOCUMENTOS EM ANEXO.

De outro norte, o Administrador Público está vinculado ao princípio da


legalidade, ou seja, significa a Administração Pública, em toda a sua atividade,
presa aos mandamentos da lei, deles não se podendo afastar, sob pena de
invalidade do ato e responsabilidade de seu autor. Qualquer ação municipal, sem
o correspondente calço legal ou que exceda ao âmbito demarcado pela lei, é
injurídica e expõe-se à anulação.

Noutro diapasão, enquanto o particular pode fazer o que na lei permite


e não proíbe, a Administração Pública, somente pode fazer o que a lei autorizar e,
ainda assim, quando e como autoriza.

No mais, urge salientar, se a “Lei nada dispuser, não pode a


Administração Pública agir, salvo situações excepcionais”, conforme nos ensina
DIÓGENES GASPARINI, em sua tradicional obra Direito Administrativo, Ed.
Saraiva, 3ª ed. Pág. 6.

Continuando o Autor: “A esse princípio também se submete o


agente público. Com efeito, o agente da Administração Pública está preso à
lei e qualquer desvio de suas imposições pode nulificar o ato e tornar o seu
autor responsável, conforme o caso, disciplinar, civil e criminalmente.”

Aliás, não pode a chefe do Poder Executivo, face o princípio da


legalidade, efetuar o pagamento em desacordo com a legislação, bem como, notas
fiscais sem o devido critério, bem como sem a devida contra prestação de
fornecimento, sob pena de responder posteriormente sobre os mesmos, podendo
ser obrigada a restituir do próprio bolso, o valor pago.

Da leitura dos autos em testilha constata-se a falta dos documentos


que venha a dar guarida e suporte aos requerimentos formulados pela Requerente.
Conforme preconiza o art. 373 do Código de Processo Civil, o ônus da prova cabe
ao autor quanto ao fato constitutivo do seu direito.

Não se trata de justificativa vil para esquivar-se ao pagamento, mas


sim de atuar em conformidade com as regras que regem a Administração Pública,
especificamente ao princípio da LEGALIDADE, expresso no art. 37 da Carta Magna.

Não obstante aos fatos alegados acima, urge salientar, que a presente
que as alegações da parte autora não merecem prosperar, pois não passa de um
amontoado de ideias conturbadas, e que não justifica o pretendido.

DA VIOLAÇÃO AO ARTS. 1º, 37, 196, 197 e 198 DA CONSTITUIÇÃO


FEDERAL.

No atendimento ao interesse público, os princípios que regem


administração pública deve ser respeitados, vejamos alguns:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte”(...).

Determina os citados dispositivos constitucionais, os direitos e


garantias fundamentais estabelecidos na Constituição Federal e não
resguardados pela r. decisão, então vejamos:
(...) Art. 6º “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer,
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. (...)
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por
pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as
seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de
governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas,
sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à sa- úde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010). (...)

No entanto, a decisão ora Agravada, infringirá extremo sofrimento à


população mais carente do município, pois resta claro que se a mesma for
cumprida sem o devido processo legal estará sujeitando toda uma população.

DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

“O que se faz contra a lei, sem justa causa, sem fundamento legal,
com ciência disso, é feito de má-fé.” (De Plácido e Silva, Dicionário
jurídico).

No presente caso litigância de má-fé é manifesta. É sabido que o


judiciário é diariamente procurado e conta com um número enorme de
processos que demandam soluções, e estas em alguns casos, necessariamente
rápidas.

Manifesta, assim, a litigância de má-fé, a deslealdade processual, o


ato atentatório à dignidade da justiça, uma vez, são ilegítimas as afirmações ora
descritas, tendo em vista, não haver documentos que comprovem o alegado nos
moldes constitucionais, como delineamos nos autos.

Portanto, pleiteia-se a condenação da parte em multa e nas penas


da litigância de má-fé, nos temos dos arts. 79 a 80 do NCPC/2015.
DA INVESTIGAÇÃO NA DERCAP.

No decorrer do presente ano, a nova gestão foi surpreendida com o


oficio nº 552/2017 da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a
Administração Pública, o qual relata a emissão de dois cheques pelo ex Gestor
Esley Augusto Damaso ao posto Palmelo ora agravado, nos valores de r$
15.000,00 e 35.328,00, ora Excelência estranhamente o posto Palmelo ora
agravado está envolvido em supostas irregularidades conforme consta no
Inquérito nº 088/2008.

Ademais conforme consta no depoimento dos vereadores a época do


fato os mesmo relatam que os cheques emitidos ao posto Palmelo foram
emitidos para pagar despesas pessoais e sustados posteriormente com a
descoberta da manobra, além disso o Controle interno não informou sobre quais
notas fiscais se referia ou se a dívida estava empenhada para dar guarida a
emissão dos cheques, outro fato estranho é que se os cheques foram sustados
não tem processo Judicial manejado pelo posto Palmelo ao Poder Público
Municipal referente ao não recebimento dos cheques!!!

Qual credibilidade tem uma empresa que está envolvida em


investigação junto a Dercap?, além disso em consulta no site do Tribunal de
Contas dos Municípios não conseguimos encontrar os documentos
obrigatórios do Pregão 002/2013 que originou o contrato vultoso que
originou as notas fiscais do presente autos!!

Desta feita, é impossível prosperar a decisão as folhas..., por


verdadeira afronta a Constituição Federal, bem como aos direitos dos cidadãos
de Santa Cruz de Goiás.

Desta feita recorremos ao poder Judiciário no intuito de QUE O


DEVIDO PROCESSO LEGAL seja respeitado.

Contudo, manter a decisão de primeiro grau é pretender a falência


do Poder Público Municipal, ferindo assim os princípios da dignidade humana,
sendo que ao Município compete, enfim, prover a tudo quanto respeite a suas
obrigações e deveres ao bem-estar de sua população, saliente-se que a
Administração Pública Municipal de Santa Cruz, obedece aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, além de às
normas contidas nos arts. 37 e seguintes da Constituição Federal, neste caso o
mesmo não foge as normas contidas na CF/88.

DO MINISTÉRIO PÚBLICO NOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS


A Constituição Federal estabeleceu no artigo 129, III, que cabe ao
Ministério Público promover o inquérito civil e ação civil pública para proteção do
patrimônio público e social, do meio ambiente, e outros interesses difusos e
coletivos, sendo que no tocante à legitimação para ações civis, não impede a de
terceiros, como previsto no parágrafo 1º do mesmo artigo.

O artigo 127, caput, da Constituição Federal estabelece também que


cabe ao Ministério Público a defesa dos interesses individuais indisponíveis.
Contudo, isto não significa que somente possa defender direitos através de ação
civil pública. O Ministério Público pode usar outros instrumentos processuais
cíveis que não sejam a ação civil. Importante transcrever o trecho da Constituição:

“Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à


função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.”

Desta feita, tal decisão deveria ter passado pelo crivo do “PARQUET”
contudo não foi o procedimento, Julgadores o valor é altíssimo o Ministério
Público tem que manifestar quando o fim pretendido será a coletividade, tendo
em vista, que o patrimônio público de alguma forma vai ser lesado.

Nobres Julgadores, são mais de 100 laudas do presente processo e


estranhamente NÃO HÁ MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO!! Um
verdadeiro abuso de cerceamento de defesa, a constituição federal dita
preceitos fundamentais que foram desrespeitado na presente lide.

DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer o Agravante seja o presente


Recurso de Agravo de instrumento recebido e conhecido, dando-se ao mesmo
efeito suspensivo, inaudita altera pars, até o pronunciamento definitivo desse
Egrégio Tribunal, nos termos dos artigos 932, inciso II, e ainda:
LIMINARMENTE:
a) que seja revogada a decisão deferida pela Juiz de primeiro grau,
conferindo efeito suspensivo ao recurso de agravo de instrumento, até
pronunciamento jurisdicional definitivo

b) que seja intimado o agravado para responder aos termos do


presente Agravo, no prazo legal.
c) que a decisão deste Tribunal seja comunicada ao Ilustre
Magistrado “a quo” prolator da decisão agravada, oportunidade em que poderá
utilizar-se do Juízo de retratação, na forma da lei (art. 1.019 do CPC), e/ou
prestar as informações que julgar necessárias;

e) que, ao final, seja provido o presente agravo, revogando a decisão


recorrida, para que os efeitos da mesma desapareçam da ordem jurídica com
fim de abrir prazo para as pertinentes defesas do agravante que foram
suprimidas arbitrariamente, bem como restabeleça o prazo para a Fazenda
Pública manifestar, para que as fases processuais não restem negligenciada, e,
em consequência, não reste ferido o princípio do devido processo legal, corolário
do contraditório e da ampla defesa, uma vez que é de suma importância que o
Juiz aquo analise todos os fatos suprimidos pelo agravado da presente.

NO MÉRITO

f) que seja confirmado o restabelecimento do prazo para a Fazenda


Pública manifestar, para que as fases processuais não restem negligenciada, e,
em consequência, não reste ferido o princípio do devido processo legal, corolário
do contraditório e da ampla defesa, uma vez que é de suma importância que o
Juiz “Aquo” analise todos os fatos suprimidos pelo agravado da presente.

g) finalmente requer que o Ministério Publico pronuncie no


presente feito, tendo em vista, que o mesmo não foi intimado a se
pronunciar no feito.

Nestes termos,
pede deferimento.

Santa Cruz de Goiás - GO, 18 de dezembro de 2017.

MARINALVA RODRIGUES DOS SANTOS


OAB/GO 39.697

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