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O livro surgiu de uma pergunta que perseguiu a dupla de economistas repetidas vezes nos
últimos anos: por que o Brasil ingressou em um período de baixo crescimento na década
atual, após o bom desempenho da economia na década passada? “O fracasso do modelo
estava anunciado”, respondem. "Até o começo da atual década, vivemos a "fase fácil" e, para
crescer, bastava injetar demanda na economia. Com o início da “etapa difícil”, quando foi
necessário expandir a capacidade de oferta, o governo falhou", ressalta Giambiagi. “O
crescimento rápido dos anos Lula foi um sonho interrompido, exatamente porque dormimos
durante boa parte deles”, complementa Schwartsman.
De partida, os autores revelam que o Brasil cresceu a uma média anual de 3,5 % entre 2002 e
2013. Neste mesmo período, as taxas médias de Chile, Colômbia e Peru foram de 4,6 %, 4,7 %
e 6,4 %, respectivamente, enquanto o vizinho Uruguai cresceu 5,1 % a.a. O motivo deste
desempenho medíocre, contudo, extravasa a razão do “cochilo” após a fase da bonança
mundial. Vai da ênfase excessiva no consumo, do intervencionismo exacerbado, do descaso
com os sinais de aumento da pressão inflacionária, do desleixo fiscal, ao abuso da
contabilidade criativa.
Sublinhando os entraves nacionais, muitos dos quais sem resolução no curto prazo - os autores
ressaltam que o roteiro de reformas precisa ser perpetrado ou complementado e são
taxativos: “o Governo deve sacrificar parte de seu capital político para restaurar a credibilidade
na política econômica. Ignorar essa lição, politicamente é muito cômodo, mas não resolve. E
resultará em um futuro sombrio“.
Apresentação: