Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Parecer do Comité Económico e Social Europeu sobre a «Política no domínio do turismo e coope-
ração entre os sectores público e privado»
(2005/C 74/02)
1.1.1 O referido parecer foi posteriormente apresentado no 1.6 A audição pública realizada em Sevilha (Espanha), em
Fórum Europeu do Turismo de 2003 como contributo para a 15 de Abril de 2004, mostrou com mais clareza a existência de
melhoria do turismo em geral e do turismo acessível em parti- múltiplas e valiosas experiências bem sucedidas de cooperação
cular, no quadro do «Ano Europeu das Pessoas com Deficiência». público-privado e a necessidade de prosseguir essa via, a fim de
progredir na qualidade, na sustentabilidade e na competitivi-
dade do sector turístico. Esses objectivos serão ainda mais perti-
1.2 O parecer estabelece um quadro geral para análise, prin- nentes numa Europa alargada, onde a actividade turística terá
cípios e propostas para a definição do futuro do sector do indubitavelmente um papel importante.
turismo nas suas múltiplas e diversas facetas. Foram seleccio-
nados especificamente dez aspectos pertinentes, sendo propostas
dez iniciativas para cada um, resultando num conjunto de cem
iniciativas práticas que, individualmente e em conjunto, têm por
objectivo a configuração de um turismo sustentável e acessível
para o século XXI. 2. Definição dos intervenientes e dos sectores na indústria
do turismo: sector público e sector privado.
1.3 Tendo, portanto, fixado estes objectivos como refe- 2.1 O presente parecer não pretende fixar uma definição e
rência, o CESE, no seu novo parecer sobre «Política no domínio uma delimitação perfeitas dos sectores público e privado. A
do turismo e cooperação entre os sectores público e privado», pretende título indicativo e com o objectivo de orientar a análise,
definir as acções e as medidas a levar a cabo para possibilitar e optámos por apresentar em geral, de forma simples e com
concretizar na prática esses objectivos. Pretende igualmente carácter meramente enunciativo, os dois sectores, de forma a
analisar indivíduos, sectores, organizações, entidades e insti- explicar a sua posição em relação à cooperação no sector do
tuições que as executam, tanto com base nas suas próprias turismo.
responsabilidades e competências específicas, como em coope-
ração com os demais intervenientes
2.2 O sector público é constituído pelos vários níveis da
administração (local, regional, nacional e internacional), bem
1.4 O presente parecer tem por objectivo analisar e propor como pelos órgãos e instituições que deles dependem em
metodologias de cooperação entre os sectores público e grande medida e que são financiados por impostos ou pela tari-
privado, especialmente entre as administrações públicas e as fação pública. Isto abrange, portanto, uma vasta gama de insti-
empresas privadas e respectivas organizações empresariais, tuições, designadamente educativas e promocionais, incluindo
abrangendo, também, aspectos onde estão presentes outros algumas sob a forma de empresas privadas ou conjuntas, mas
agentes do sector do turismo: trabalhadores e respectivos sindi- com competências bem definidas. O seu papel na sociedade é
catos, organizações de consumidores, etc. Por último, pretende estritamente regulado e o objectivo principal é a promoção do
responsabilizar cada interveniente em relação às suas próprias bem público. Cabe citar neste âmbito a experiência de empresas
competências e simultaneamente encontrar os mecanismos e os públicas que actuam no mercado, como é o caso dos Paradores
instrumentos que permitam coordenar essa acção com a dos em Espanha e as Pousadas em Portugal. Em geral, o sector
demais intervenientes na política e na gestão do turismo, tendo público presta serviços básicos a desenvolver pelas empresas.
C 74/8 PT Jornal Oficial da União Europeia 23.3.2005
2.2.1 É de referir em especial as entidades responsáveis pela 2.3.4 Embora não seja propriamente o objectivo do presente
informação e promoção do turismo, domínio em que a coope- parecer, considera-se oportuno chamar a atenção para o facto
ração é imprescindível para definir objectivos e acções comuns. de ser possível e desejável outros tipos de cooperação entre
instituições públicas de diferentes níveis e, ainda, entre
empresas de naturezas e titularidades diferentes, tanto sob a
forma de integração horizontal como vertical.
2.2.2 Para o sector público, as diversas formas de coope-
ração público-privado podem significar novas formas de finan-
ciamento de actividades, em especial na promoção, na reali-
zação de infra-estruturas, no reforço da qualidade e em várias
acções.
3. A situação actual
3.1.2 Coexistência. Neste cenário, as entidades públicas e 3.1.4.2 Uma das actividades que expressa com maior
as empresas privadas toleram-se mutuamente, trabalham de frequência este nível de cooperação é a criação de produtos
forma autónoma para conseguir os respectivos objectivos, turísticos, de forma conjunta, entre os sectores público e
respeitam as respectivas competências, cumprem os seus privado. Há produtos criados em cooperação que obtêm grande
deveres jurídicos e sociais e respeitam os direitos dos demais sucesso.
agentes turísticos. É um ambiente de tolerância mútua, que
embora represente uma evolução em relação ao cenário ante-
rior, é claramente insuficiente para desenvolver o turismo 3.2 Ao analisar a actual situação, verifica-se que na prática
sustentável que consideramos adequado para o século XXI. É existem os quatro cenários descritos, umas vezes na sua forma
um cenário bastante frequente em destinos em que o turismo pura, mas em geral combinando elementos e criando situações
não é a actividade principal, servindo apenas para completar os intermédias e diversificadas. O presente parecer considera que a
rendimentos obtidos noutros sectores, ou em povoações ou cooperação é um objectivo possível e desejável para o sector
cidades com economias diversificadas em que o turismo repre- turístico da Europa e do mundo, na medida em que reforça a
senta apenas uma pequena percentagem da actividade econó- competitividade e a sustentabilidade do turismo. Há também
mica local. que reconhecer e promover as boas práticas que, na Europa e
em todo o mundo, estão a ser levadas a cabo no sector do
turismo, umas por iniciativa do sector público e muitas outras
fomentadas e criadas pelo sector privado.
3.1.3 Coordenação. Este ambiente caracteriza-se pela exis-
tência de uma certa coordenação de políticas, estratégias e
acções dos diferentes agentes públicos e privados que actuam
no turismo. Cada um deles tem os seus próprios objectivos, 3.3 Em geral, podemos dizer que, nos destinos turísticos ou
mas compreende que a coerência e a informação mútua dos actividades em que a cooperação público-privado está na base
dois sectores resultam num melhor cumprimento dos objec- da melhoria de qualidade, do planeamento do desenvolvimento,
tivos de cada um, beneficiando, assim, a sociedade. O principal da resposta a uma situação de crise e em diversos casos seme-
instrumento deste cenário é a informação e comunicação, tanto lhantes, a eficácia e a rentabilidade das acções aumentam
de políticas como de acções, entre os diversos intervenientes do bastante e são reforçadas pela competitividade do destino ou
sector enquanto actores no turismo. Essa comunicação pode actividade.
ser realizada mediante instrumentos de participação sob a
forma de grupos de trabalho, fóruns, reuniões informativas, etc.
Pressupõe um nível superior de cooperação público-privado e, 3.3.1 Por outro lado, as situações de confronto, a falta de
na nossa opinião, promove a consecução do objectivo de coordenação ou a simples ignorância da realidade que, por
sustentabilidade económica, social e ambiental do turismo. Tem vezes, surgem voluntária ou inconscientemente, apenas
tendência para existir em situações ou destinos tipicamente agravam os problemas, atrasam as soluções, reduzem a compe-
turísticos, em que o turismo se desenvolve de forma adequada, titividade e são um obstáculo à rentabilidade.
com actores públicos e privados conscientes da importância do
turismo para as suas populações.
3.3.2 Diversos estudos mostram e confirmam que o turista
se apercebe de que a qualidade dos serviços recebidos durante
uma viagem ou umas férias depende em 50 % dos serviços
3.1.4 Cooperação. Este cenário pressupõe que, apesar de prestados pelas entidades públicas e que os restantes 50 %
cada interveniente público ou privado manter os seus próprios dependem dos serviços prestados pelo sector privado, essencial-
objectivos, há objectivos comuns ao nível das intervenções e mente empresas, através dos seus trabalhadores. A medida dos
das estratégias ou até mesmo das políticas. Tal exige coerência indicadores de qualidade apreendidos pelos turistas e a sua
nos objectivos e uma visão da actividade turística muito ponderação no resultado final da percepção da qualidade do
evoluída que é difícil de alcançar, sendo necessária a aplicação produto total foram examinados em diversos estudos reali-
contínua de critérios de sustentabilidade económica, social e zados, por exemplo, pelo município de Calvià em Espanha, no
ambiental, a curto, médio e longo prazos. Consideramos que âmbito dos planos de excelência turística.
este é o cenário mais evoluído que o novo conceito de turismo
sustentável deve atingir se quiser sobreviver enquanto indústria
geradora de benefícios nos domínios económico, social e
ambiental. 3.4 É encorajador notar a tendência contínua no sentido da
cooperação em detrimento do antagonismo, que foi talvez mais
comum nos primeiros anos do turismo enquanto indústria, em
períodos de forte crescimento, sem limites de ocupação dos
3.1.4.1 Podem utilizar-se diversos instrumentos para essa melhores lugares da costa ou das paisagens naturais. Foram
cooperação: empresas conjuntas, entidades patronais, tempos em que a procura da rentabilidade a curto prazo enco-
fundações, instituições conjuntas, conselhos, parcerias, etc. bria outros condicionantes de sustentabilidade, que até o sector
Todavia, em todos eles o intercâmbio de experiências, de público não foi capaz de ter em consideração nem incorporar
conhecimentos, de projectos empresariais de investimento a na sua estratégia e desenvolver a sustentabilidade em coope-
longo prazo constituem elementos essenciais para realizar a ração com o sector privado.
cooperação e a optimização dos esforços. É importante assi-
nalar que essa cooperação tem o seu expoente máximo ao nível
local, onde os interesses públicos e privados se aproximam 3.4.1 A consciência social sobre os factores e as limitações a
mais concreta e directamente. É ao nível local que se pode criar longo prazo, em especial no que se refere à conservação dos
o enquadramento adequado para que o turismo seja o recursos naturais, tem vindo a aumentar, e a forma de actuar
promotor do desenvolvimento local, criador de emprego de no turismo é hoje em dia muito mais coerente com objectivos
qualidade e socialmente sustentável. comuns do que no passado.
C 74/10 PT Jornal Oficial da União Europeia 23.3.2005
4. Objectivos da cooperação público-privado actual grande importância, tendo ambos os sectores interesse na
melhoria da formação e da profissionalização dos seus trabalha-
dores.
4.1 Em termos gerais, os objectivos básicos de todo o
processo de cooperação só podem ser o fomento e a integração
dos objectivos próprios de cada interveniente nas suas acções,
nas suas estratégias e no planeamento da sua própria actividade
que está na base da sua presença na sociedade de hoje e do 4.2.2 Sociais. Não é possível fixar objectivos para a coope-
futuro. Cada interveniente deve apresentar os seus objectivos, ração público-privado se não se tiver em conta os objectivos
individuais e colectivos, e procurar integrá-los nos dos demais sociais que devem estar subjacentes a todas as actividades
intervenientes. humanas. Mais concretamente, o desenvolvimento local e a
criação de postos de trabalho estão na base dos objectivos do
turismo e, por conseguinte, da cooperação no sector.
4.2 É possível distinguir diversos tipos de objectivos para a
cooperação no sector turístico.
4.2.1 Sectoriais. Tal como já foi referido de diversas formas 4.2.2.1 O facto de o turismo ser uma actividade económica
e em várias ocasiões, o sector e a indústria de turismo têm uma fundamentalmente de serviços pessoais permite que qualquer
importância estratégica para a concretização de vários objec- nova actividade turística gere novos postos de trabalho.
tivos que estão no centro da própria razão de ser das políticas Todavia, um turismo de qualidade e sustentável só é possível
da União Europeia, da sua vontade de construir uma Europa com empregos de qualidade.
melhor, hoje e para o futuro das gerações vindouras.
4.2.2.4 A cooperação público-privada em outros sectores 4.2.4.1 A prevenção ambiental é um dos domínios em que
também pode beneficiar a actividade turística. Assim, por a cooperação público-privado pode revelar-se um instrumento
exemplo, quanto ao valor da gastronomia como elemento de de acção para a concretização do objectivo de qualidade do
riqueza e património cultural e turístico, o fomento daquela ambiente. Acontecimentos recentes, como o desastre do Pres-
cooperação na melhoria da evolução agroalimentar de quali- tige, revelaram não só a necessidade da prevenção ambiental,
dade e das denominações de origem, terá repercussão futura na mas também a necessidade de aquela ser desenvolvida tanto
oferta turística. pelo sector privado como pelo sector público.
4.2.3.1 As tecnologias de informação e comunicação (TIC) 5.1.2 Princípio da co-responsabilidade. Os diversos interve-
são outro domínio dos objectivos económicos do sector que nientes devem estar directa ou indirectamente relacionados ou
exige cooperação devido à necessidade de uma resposta que envolvidos na situação subjacente à constituição da parceria.
associe os objectivos dos destinos turísticos, normalmente
representados pelo sector público, aos da actividade económica 5.1.3 Princípio do voluntariado. Só quem escolher livre-
de vendas de serviços turísticos, geralmente representados pelas mente participar de forma activa numa parceria fica abrangido
empresas. A informação turística acessível a todos, incluindo as pelas suas disposições.
regiões periféricas, é um instrumento necessário para a compe-
titividade do sector.
5.1.4 Princípio da democracia. As regras da tomada de
decisões e de representação devem ser bem claras e cumprir os
princípios da democracia participativa.
4.2.3.2 No âmbito dos objectivos económicos da coope-
ração, há que ter em conta que a intervenção do sector público 5.2 Os critérios de acção das parcerias para garantirem a
deve ser exercida, por um lado, evitando a concorrência desleal consecução eficaz dos objectivos incluem:
e, por outro lado, no sentido da uniformização de situações de
concorrência, como por exemplo a fiscalidade, que propiciam
um mercado não transparente. 5.2.1 Critério de concretização de objectivos, que devem ser
explícitos, concretos e, se possível, quantificados em termos
económicos, cronológicos e consensuais.
4.2.4 Ambientais. O turismo é uma indústria, possivel- 5.2.2 Critério de pertinência. Os objectivos fixados devem
mente a única, com a particularidade de o seu produto básico ser importantes para todos os intervenientes, seja directa ou
ser o «atractivo natural», integrado por um conjunto de indirectamente.
elementos nos quais a percepção da natureza, da sua variedade
de ambientes e paisagens, da sua diversidade biológica e, conse-
quentemente, do seu respeito ambiental, desempenham um 5.2.3 Critério de controlo dos resultados. É importante que
papel essencial na qualidade e adequação do produto que os os intervenientes vejam claramente os resultados da sua partici-
utilizadores, os turistas, procuram. É perfeitamente possível e pação numa parceria. Se assim não for, perdem o interesse e
desejável que os actores públicos e privados determinem como abandonam a parceria.
objectivo da cooperação a manutenção de condições que asse-
gurem a sustentabilidade dos recursos naturais e a sua utili- 5.2.4 Critério de proporcionalidade. É imprescindível que
zação racional e sustentável, garantindo a sua capacidade de haja proporcionalidade entre a dimensão dos desafios e o
gerar lucros. envolvimento dos intervenientes.
C 74/12 PT Jornal Oficial da União Europeia 23.3.2005
7. O papel das redes de agentes turísticos: de cidades, de 8.1.1 Turismo de Barcelona: a experiência baseia-se na
empresários, de projectos concretos constituição, em 1993, da empresa TURISMO DE BARCE-
LONA pela Cámara de Comercio de Barcelona, o Ayunta-
miento de Barcelona e a Fundación Barcelona Promoció, com o
7.1 Num mundo globalizado como o nosso, a actividade
objectivo de fomentar a promoção da cidade de Barcelona no
económica só pode ser realizada segundo critérios de relação
domínio turístico. Nos dez anos decorridos desde então, a
com os demais actores. Esse mesmo princípio aplica-se a
Turismo de Barcelona reforçou a imagem e a realidade turística
cidades e, neste caso, aos destinos e actores do sector turístico.
da cidade. Essa evolução positiva traduz-se no aumento da
Peritos neste tema indicam que a nova economia global se arti-
oferta e da procura, na melhoria da ocupação hoteleira e de
culará territorialmente em torno de redes de cidades, procu-
outros indicadores. Todavia, o aspecto mais relevante poderá
rando agir de forma coordenada. Apesar de numa primeira fase
ser o facto de a dotação orçamental institucional ter passado,
os destinos turísticos seguirem estratégias competitivas para a
nesse período, de 70 % a 20 % do orçamento total, sendo os
recolha de financiamento, para o aumento de vendas, para
restantes rendimentos gerados pela própria actividade da
serem elementos essenciais na informação que flui pelo mundo,
Turismo de Barcelona de intermediação turística do mercado
ou seja, para serem melhores, mais competitivos e crescerem
da habitação. A criação de diversos produtos turísticos bem
mais, numa fase posterior percebe-se a necessidade de estabe-
sucedidos, como o Barcelona Bus Turistic, o Barcelona Card, o
lecer relações de complementaridade com outros destinos para
Barcelona Pass, entre outros, e de programas como o Barcelona
a promoção e actuação conjuntas face a governos nacionais e/
Convention Bureau, o Barcelona Shopping Line, etc., merece
/ou organismos internacionais.
uma referência especial. O sucesso da experiência deve-se sem
dúvida alguma à cooperação estreita entre a indústria turística e
7.2 Cada vez mais se considera necessário o intercâmbio de as instituições públicas, que se uniram numa aliança para
experiências entre destinos turísticos mundiais para colaborar melhorarem a realidade turística de Barcelona.
23.3.2005 PT Jornal Oficial da União Europeia C 74/13
8.1.2 ICTE Instituto para a Qualidade Turística Espa- com o apoio da Comissão Comunitária Francesa (COCOF) e de
nhola: neste caso, a experiência remonta à criação, no início programas públicos para a formação e o auxílio à renovação de
dos anos 90, de diversos instrumentos activos ao serviço da centros de férias filiados em associações como «Centro Turistico
procura da qualidade culminando, no ano 2000, na criação do Giovanile» (CTG) em Itália.
Instituto para a Qualidade Turística Espanhola, em resposta à
ameaça evidente que os destinos turísticos emergentes no Medi-
terrâneo, nas Caraíbas, entre outros, representavam para a lide- 8.4 Existem sem dúvida na Europa e no mundo várias
rança da indústria turística espanhola. Optou-se por uma clara outras experiências bem sucedidas de cooperação público-
estratégia de qualidade integral tendo em conta a necessidade -privado, nomeadamente aquelas incluídas no valioso contributo
de integrar todos os actores que intervêm na actividade turís- da publicação da Organização Mundial do Turismo e na da
tica. As empresas vinculadas do sector estão presentes em todas Comissão Canadiana de Turismo intitulada «Cooperação e
as suas acções: hotéis, restaurantes, agências de viagem, trans- parceria no turismo: uma perspectiva mundial», editada em
portes, turismo rural, golfe, estações balneares, municípios e 2003. Nessa publicação são apresentados dezoito casos bem
províncias, etc. A situação actual caracteriza-se pela partici- sucedidos de cooperação no turismo a nível mundial, que
pação no sistema integral de qualidade turística espanhola de devem ser tidos em conta pela sua importância na demons-
mais de 250 associações empresariais, da administração tração de boas práticas.
pública, das Comunidades Autónomas e dos municípios, de
mais de três mil empresas turísticas que recebem assistência
técnica e de 463 empresas e entidades certificadas em qualidade
turística. Tal como em Barcelona, o ICTE representa um
modelo bem sucedido de cooperação público-privado na
procura desse elemento essencial na actividade turística que é a 9 Promoção da cooperação ao nível europeu
qualidade integral.
O Presidente
do Comité Económico e Social Europeu
Roger BRIESCH