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Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB

Teoria e Questões comentadas


Prof. Feliphe Araújo - Aula 04

Aula 04
Curso: Contabilidade p/ AFRFB
Professor: Feliphe Araújo
Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB
Teoria e Questões comentadas
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Aula 04 – 8. Ativos: estrutura, grupamentos e classificações, conceitos,


processos de avaliação, registros contábeis e evidenciações. 17. Tratamentos
de Reparo e conservação de bens do ativo, gastos de capital versus gastos
do período. 21. Tratamento técnico dos ajustes a valor presente. 29.
Tratamento dos saldos existentes do ativo diferido. 31. Conjunto das
Demonstrações Contábeis, obrigatoriedade de apresentação e elaboração de
acordo com a Lei n. 6.404/76 e suas alterações e as Normas Brasileiras de
Contabilidade atualizadas. 32. Balanço Patrimonial: obrigatoriedade,
apresentação; conteúdo dos grupos e subgrupos.

Sumário
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3
2 – Demonstrações Contábeis .............................................................. 4
2.1 – Demonstrações Contábeis na Lei 6.404/76...................................... 4
2.2 – Demonstrações Contábeis no CPC 26 (R1) ...................................... 7
2.3 – Regras sobre as Demonstrações Contábeis ..................................... 9
3 – Balanço Patrimonial ..................................................................... 12
3.1 – Estrutura do Balanço Patrimonial .............................................. 13
4 - Ativo ............................................................................................. 15
4.1 – Ativo Circulante ......................................................................... 17
4.1.1 - Disponibilidades ................................................................... 17
4.1.2 – Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente ..... 18
4.1.3 – Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte ........ 43
4.2 – Ativo Não Circulante .................................................................. 43
4.2.1 – Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo ......................... 43
4.2.2 - Investimentos ...................................................................... 47
4.2.3 - Imobilizado .......................................................................... 48
4.2.4 - Intangível ............................................................................ 56
4.2.5 – Ativo Permanente Diferido (extinto – Lei nº 11.941/09) ............ 58
4.2.6 – Classificação de acordo com o ciclo operacional ....................... 59
5 - Passivo ......................................................................................... 60
5.1 – Passivo Circulante e Passivo Não Circulante .................................. 60
5.2 – Resultado de Exercícios Futuros ................................................... 60

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6 – Patrimônio Líquido....................................................................... 61
7 – Resumo da Aula ........................................................................... 62
8 – Questões comentadas .................................................................. 70
9 – Lista de exercícios ....................................................................... 99
10 - GABARITO ................................................................................ 113
11 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ................................................ 113

1 - INTRODUÇÃO

Olá queridos alunos e alunas, tudo bem?


Sejam bem-vindos a quarta aula do curso de Contabilidade Geral e
Avançada para os futuros Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil.
Hoje, vamos tratar de assuntos importantes, pois sempre estão presentes
nas provas da ESAF: Demonstrações Contábeis, Balanço Patrimonial e os grupos
de contas do ativo. Iremos utilizar bastante a Lei 6.404/76. Geralmente, as
bancas cobram a literalidade da norma. Procuramos abordar o assunto de forma
bem objetiva e direta, o que irá facilitar o seu aprendizado.
Não se preocupe com a quantidade de páginas da aula, porque
mais de 50% dessa aula é composta de exercícios, bem como o resumo
que disponibilizo ao final da aula teórica. Tudo isso para facilitar na
fixação da matéria e em futuras revisões.
Tenho certeza que você está se dedicando ao máximo em busca da sua
aprovação. Já passei por isso e sei como você está se sentindo. Continue
estudando FIRME, porque vale muito a pena todo o seu esforço. Vocês serão
recompensados.
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum.
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o
nosso curso.
Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para
aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários.
Treinar é preciso.

Cheios de alegria e bem motivados, vamos começar a nossa aula!


Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)!
Um forte abraço, Feliphe Araújo.

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2 – Demonstrações Contábeis

Para atender aos diversos usuários da informação contábil, a entidade


deverá apresentar suas Demonstrações Contábeis (ou usualmente
denominada de Demonstrações Financeiras) de acordo com as normas
regulamentares. A elaboração das Demonstrações Contábeis constitui uma das
técnicas da contabilidade.
As Demonstrações Contábeis são relatórios organizados e estruturados
para fornecer informação acerca da posição patrimonial e financeira, do
desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número
de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas.
As Demonstrações Financeiras obrigatórias estão previstas na Lei
6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), no caso das sociedades anônimas.
Essa Lei também se aplica à sociedade limitada, no que couber.
Em relação às demonstrações, devemos observar ainda as disposições
dos pronunciamentos do CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações
Contábeis -, desde que aprovados pelas entidades reguladoras (CVM, CFC,
SUSEP etc.).
O CPC 26 (R1) foi aprovado pelo CFC, por meio da Resolução CFC nº
1.185/2009, e pela CVM, por meio da Deliberação CVM nº 676/2011.

2.1 – Demonstrações Contábeis na Lei 6.404/76

Segundo a Lei 6.404/76:


Artigo 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com
base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA);
III - demonstração do resultado do exercício (DRE); e
IV – demonstração dos fluxos de caixa (DFC); e (Redação dada pela Lei
nº 11.638, de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado (DVA).
(Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)

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Esquematizando:

Demonstrações Contábeis
obrigatórias

Balanço DVA, se cia


DRE DLPA DFC
Patrimonial aberta

De acordo com o § 6o, artigo 176, Lei 6.404/76: a companhia fechada


com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois
milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da
demonstração dos fluxos de caixa.
Assim, são demonstrações contábeis obrigatórias para as Cia. fechadas:

Demonstrações Contábeis obrigatórias


para as Cia. Fechadas

Balanço DFC, se PL ≥
DRE DLPA
Patrimonial R$ 2 milhões

As sociedades por ações (ou sociedades anônimas) podem ser:


1) Companhia aberta (ou empresa de capital aberto): são aquelas
que comercializam títulos e valores mobiliários no mercado (Ex: bolsa de
valores), por meio de ações que podem ser livremente comercializadas junto ao
público. São fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
2) Companhia fechada (ou empresa de capital fechado): são
aquelas que não comercializam títulos e valores mobiliários no mercado. As
suas ações são negociadas de maneira privada.

A CVM é uma autarquia responsável por disciplinar, fiscalizar e


desenvolver o mercado de valores mobiliários. Por isso, a CVM tem competência
para normatizar procedimentos na elaboração de demonstrações contábeis para
as companhias abertas.
A normas expedidas pela CVM, no que se refere as demonstrações
financeiras, deverão ser elaboradas em consonância com os padrões
internacionais de contabilidade. (Lei 6.404/76, artigo 177, § 5o)
IMPORTANTE: a lei não exige a Demonstração de Mutações do
Patrimônio Líquido (DMPL) e a Demonstração do Resultado Abrangente (DRA).

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Ainda, com a edição da Lei 11.638/07, a Demonstração da Origens e


Aplicações de Recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória.
O artigo 186, § 2º, da Lei 6.404/76, afirma que a demonstração dos
lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) poderá ser incluída na
demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL), se esta for
elaborada e publicada pela companhia. Assim, a DMPL é facultativa.
Hora de treinar futuros AFRFB!

(ESAF / Auditor Tributário - Natal / 2008) Assinale abaixo


a opção que contém uma assertiva verdadeira. Segundo a legislação vigente,
ao fim do exercício social, a diretoria da empresa fará elaborar as seguintes
demonstrações financeiras:
a) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações
de recursos; demonstração das mutações do patrimônio líquido.
b) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações
de recursos.
c) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa;
demonstração das mutações do patrimônio líquido.
d) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa e do
valor adicionado; se companhia aberta, demonstração das mutações do
patrimônio líquido.
e) balanço patrimonial, demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; se
companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Resolução:
Basta lembrar do esquema que vimos na nossa aula:

Demonstrações Contábeis
obrigatórias

Balanço DVA, se cia


DRE DLPA DFC
Patrimonial aberta

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A DOAR (demonstração de origem e aplicações de recursos) não mais é


obrigatória. Pegadinha de prova. Essa é uma questão que é constantemente
cobrada nos concursos.
Vejam que a banca não levou em consideração a seguinte informação:
as companhias fechadas, conforme previsto na Lei das S/A, só estão
obrigadas a elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa
(DFC) se, na data do balanço, possuir patrimônio líquido igual ou superior
a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Assim, a assertiva E estaria errada.
Contudo, a banca cobrou a literalidade do art. 176, da Lei 6.404/76, e é
isso que você deve levar para a prova. Gabarito: Letra E.

2.2 – Demonstrações Contábeis no CPC 26 (R1)

De acordo com o CPC 26 (R1), o conjunto completo de demonstrações


contábeis inclui:
1. Balanço patrimonial (BP) ao final do período;
2. Demonstração do resultado do período (DRE);
3. Demonstração do resultado abrangente (DRA) do período;
4. Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) do
período;
5. Demonstração dos fluxos de caixa (DFC) do período;
6. Notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas
contábeis significativas e outras informações explanatórias;
7. Informações comparativas com o período anterior, conforme
especificado nos itens 38 e 38A do CPC 26 (R1);
8. Balanço patrimonial do início do período mais antigo,
comparativamente apresentado, quando a entidade aplicar uma política contábil
retrospectivamente ou proceder à reapresentação retrospectiva de itens das
demonstrações contábeis, ou quando proceder à reclassificação de itens de suas
demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D; e
9. Demonstração do valor adicionado (DVA) do período, conforme
Pronunciamento Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão
regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente.

As informações comparativas a que se refere o item 7 não são uma


demonstração propriamente dita. Apenas quer dizer que, na elaboração das
demonstrações contábeis, a entidade deve apresentar, para todos os saldos
de contas de todas as demonstrações, os valores do período atual comparados

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com os montantes do período anterior, conforme consta também no parágrafo


1º, artigo 176, da Lei das S/A.
A entidade pode usar outros títulos nas demonstrações em vez daqueles
usados pelo CPC 26 (R1), desde que não contrarie a legislação societária
brasileira vigente.
A CVM, por meio da Deliberação CVM 676/2011, tornou obrigatória para
as companhias abertas as demonstrações exigidas pelo CPC 26 (R1).
De acordo com o CPC 26 (R1):

ativos, passivos e patrimônio líquido


As
demonstrações receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas
contábeis
proporcionam
informações da alterações no capital próprio mediante
entidade acerca do integralizações dos proprietários e distribuições a eles
seguinte
fluxos de caixa

Em regra, as bancas têm utilizado a Lei das S/A para formulação das
questões sobre demonstrações contábeis obrigatórias. Devemos ficar atentos
também para as demonstrações exigidas pela CVM, que acabam sendo as
mesmas exigidas pelo CPC 26 (R1).
Com a edição da Lei 11.638/07, a demonstração da origens e
aplicações de recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória.

Quadro comparativos das demonstrações exigidas pelas normas:


Cia. aberta Cia. Fechada Cia. Aberta
CPC 26 (R1)
Lei das S/A Lei das S/A CVM
BP BP BP BP
DRE DRE DRE DRE
DLPA* DLPA* DMPL DMPL
- - DRA DRA
DFC DFC, se PL ≥ R$ 2 milhões DFC DFC
DVA - DVA DVA
* DMPL facultativa

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As notas explicativas são informações que visam complementar as


demonstrações financeiras e esclarecer os critérios contábeis utilizados pela
empresa, a composição dos saldos de determinadas contas, os métodos de
depreciação, os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais etc.

2.3 – Regras sobre as Demonstrações Contábeis

Segundo a Lei 6.404/76, art. 175. O exercício social terá duração de


1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto. Assim, se a
companhia foi constituída regularmente e a data do término foi fixada em 31 de
maio, o exercício social terá a duração de 01 de junho a 31 de maio do ano
seguinte.
Observar que não há exigência de que o exercício social coincida com
o ano civil (de janeiro a dezembro). Por isso, para concursos, o exercício
social pode começar e terminar em qualquer dia do ano. Contudo, na
prática, as sociedades adotam o período de 01 de janeiro a 31 de dezembro.
O exercício social poderá ter duração diversa na constituição da
companhia e nos casos de alteração estatutária. Se a sociedade foi instituída
em 01 de novembro de X0 e o estatuto estabelecer que o término do exercício
será em 31 de dezembro de cada ano, o primeiro exercício poderá ter a duração
de apenas dois meses (novembro a dezembro de X0), ou opcionalmente, poderá
terminar apenas em dezembro de X1, tendo a duração de 14 meses.
Os exercícios seguintes ao da constituição ou alteração estatutária da
companhia serão iniciados em janeiro e encerrados em dezembro de
cada ano. Como a Lei 6.404/76 não determinou se os casos de duração do
exercício social diferente de um ano terão prazo superior ou inferior a um
ano, pressupõe que o prazo poderá ser maior ou menor que um ano.
Ao término do exercício, as companhias devem publicar as suas
demonstrações contábeis. Lembre-se que o exercício social tem duração
de 1 ano e não 12 meses. Essa é uma pegadinha constante em provas.
Segundo o artigo 176, § 1º, as demonstrações de cada exercício serão
publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações
do exercício anterior. Exemplo:
Ativo X2 X1
Circulante
Caixa 10.000,00 8.000,00

Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas;


os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua
natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo

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de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas


contas" ou "contas-correntes" (art. 176, § 2º, Lei das S/A).
Por exemplo, as disponibilidades, como as contas caixa e bancos, podem
ser agregadas, observado o limite de 10% do ativo circulante.
Conforme o § 3º, do mesmo artigo 176, as demonstrações financeiras
registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da
administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral.
As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício (Lei
das S/A, art. 176, § 4º).
As notas explicativas fornecem uma série informações, que são
necessárias para o correto entendimento das demonstrações contábeis das
entidades. Assim, conforme Lei 6.404/76, artigo 176, § 5o, as notas explicativas
devem:
I – apresentar informações sobre a base de preparação das
demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e
aplicadas para negócios e eventos significativos;
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas
no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das
demonstrações financeiras;
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação
adequada; e
IV – indicar:
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,
especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão,
de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender
a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247,
parágrafo único);
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas
avaliações (art. 182, § 3o);
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias
prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações
a longo prazo;
f) o número, espécies e classes das ações do capital social;
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;

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h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e


i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os
resultados futuros da companhia.
Por último, temos que as demonstrações financeiras serão assinadas
pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados (Lei das
S/A, art. 177, §4º). A expressão contabilista abrange tanto o técnico em
contabilidade, como o bacharel em ciências contábeis (contador).
Vamos praticar!!!!

(ESAF / Adaptada / Técnico da Receita Federal /


2002.2) A seguir são apresentadas cinco assertivas relacionadas às sociedades
por ações. Quatro delas são verdadeiras. Assinale a opção que contém a
afirmativa incorreta.
a) O exercício social tem a duração de 1 (um) ano e a data do término será
fixada no estatuto.
b) As demonstrações de que trata o item anterior são balanço patrimonial;
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado
do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos; e
demonstração das mutações do patrimônio líquido.
c) Ao fim de cada exercício social, a Diretoria fará elaborar demonstrações
financeiras que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício.
d) As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos
valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
e) As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a
proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela
assembleia-geral.
Resolução:
a) Verdadeira. Segundo a Lei 6.404/76, art. 175. O exercício social terá
duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto.
b) Falsa. A DOAR (demonstração de origem e aplicações de recursos) não mais
é obrigatória. A demonstração das mutações do patrimônio líquido
(DMPL) não é obrigatória, conforme Lei das S/A.
Segundo a Lei 6.404/76, são demonstrações contábeis obrigatórias:

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Demonstrações Contábeis

Balanço DVA, se cia


DRE DLPA DFC
Patrimonial aberta

c) Verdadeira. Segundo o Art. 176 (Lei 6.404/76). Ao fim de cada exercício


social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da
companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA);
III - demonstração do resultado do exercício (DRE); e
IV – demonstração dos fluxos de caixa (DFC); e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado (DVA).
d) Verdadeira. Segundo o artigo 176, § 1º, as demonstrações de cada
exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das
demonstrações do exercício anterior.
e) Verdadeira. Conforme o § 3º, do mesmo artigo 176, as demonstrações
financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos
órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-
geral. Gabarito: Letra B.

3 – Balanço Patrimonial

quantitativa e
qualitativamente

Balanço demonstração contábil


numa determinada data
Patrimonial destinada a evidenciar

a posição patrimonial e
financeira da Entidade

Ele mostra como de fato está o Patrimônio da empresa, refletindo sua


posição financeira em um determinado momento, de maneira estática.
O balanço patrimonial é um demonstrativo contábil obrigatório tanto
para as companhias abertas quanto para as companhias fechadas.

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O balanço patrimonial está definido no artigo 178 da Lei 6.404/76,


transcrito a seguir:
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento
e a análise da situação financeira da companhia.

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de


liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)


II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital,


ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e
prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de


compensar serão classificados separadamente.

O balanço patrimonial apresenta os ativos (bens e direitos),


passivos (exigibilidades e obrigações) e o patrimônio líquido. O balanço
é o principal demonstrativo contábil e o mais cobrado em concursos.

3.1 – Estrutura do Balanço Patrimonial

A estrutura do balanço patrimonial é a seguinte:

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido (PL)
Investimentos
Imobilizado Capital Social
Intangível (-) Ações em Tesouraria
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Reservas de Capital
(-) Prejuízos Acumulados

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Existem duas classes de contas que se apresentam no balanço


patrimonial: o ATIVO e o PASSIVO.
Os grupos de contas correspondem a subdivisões das classes de
contas:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO (Classe) PASSIVO (Classe)

Ativo Circulante Passivo Circulante

Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante Grupos de


Grupos de
contas Patrimônio Líquido contas

Grupos de Grupos de
contas Os grupos de contas são divididos em subgrupos de contas. contas

Exemplo: Ativo Não Circulante (Grupo)


Realizável a Longo Prazo
Grupos de Grupos de
Investimentos Subgrupos
contas contas
Imobilizado de contas
Intangível

Grupos de Grupos de
Subgrupos
Por fim, temos as contas que correspondem aos elementos contas
contas
de contas
patrimoniais ou de resultado, e as subcontas que correspondem ao menor
detalhamento das contas.

Grupos de Exemplo: Ativo (Classe) Grupos de


Ativo Circulante (Grupo) Subgrupos contas
contas
Disponibilidades (Subgrupo)de contas
Bancos – Conta Movimento (Conta)
Banco do Brasil Grupos de
Grupos de
Caixa Econômica Federal
Subgrupos Subcontas
contas
contas
Banco Itaú de contas

Subcontas
Grupos de
Grupos de
Subgrupos contas
contas (ESAF / Adaptada / ISS - Natal / 2008) Assinale, abaixo,
de contas
a opção que contém uma assertiva verdadeira. No balanço, as contas serão
Subcontas
classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas
de de
Grupos modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da de
Grupos
companhia. Assim, de acordo com a legislação vigente, Subgrupos contas
contas
de contas
a) no passivo, as contas serão classificadas no passivo circulante,Subcontas
passivo
realizável a longo prazo, resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido.
Grupos de Grupos de
Subgrupos contas
Subcontas
contas
de contas
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Grupos de Grupos de
Subcontas
Subgrupos contas
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b) o ativo não circulante deverá ser dividido em investimentos, ativo imobilizado


e ativo diferido.
c) o ativo não circulante deverá ser dividido em investimentos, imobilizado,
intangível diferido e resultado pendente.
d) o patrimônio líquido deverá ser dividido em capital social, reservas de capital,
reservas de reavaliação, reservas de lucros, ações em tesouraria e lucros ou
prejuízos acumulados.
e) o patrimônio líquido deverá ser dividido em capital social, reservas de capital,
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e
prejuízos acumulados.
Resolução: Respondemos à questão com base na estrutura do BP:
BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante Passivo Circulante

Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante


Realizável a Longo Prazo
Investimentos Patrimônio Líquido (PL)
Imobilizado
Capital Social
Intangível
(-) Ações em Tesouraria
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Reservas de Capital
(-) Prejuízos Acumulados

Gabarito: Letra E.

4 - Ativo

Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos


passados e que se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a
entidade.
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível.
A liquidez refere-se à facilidade com a qual um ativo (bem ou
direito) pode ser convertido em dinheiro.
Assim, inicialmente, as contas no ativo devem ser classificadas pela
maior conversibilidade em dinheiro, ou seja, pela conta caixa. Em seguida,
classificaremos a conta bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata e
assim por diante, até que uma conta tenha baixíssima liquidez, como terrenos.

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Cuidado, pois no ativo, a afirmação de que as contas serão dispostas em


ordem decrescente de grau de liquidez tem o mesmo significado de afirmar
que as contas do ativo serão classificadas em ordem crescente dos prazos
de recebimento, ou seja, do menor para o maior prazo. Logo, quanto menor
o prazo de recebimento de um direito, maior sua liquidez.
No ativo circulante, são classificados os bens e direitos que a companhia
espera que sejam realizados até doze meses após a data do balanço
patrimonial. Os demais bens e direitos com realização prevista acima de
doze meses da data do balanço patrimonial, são classificadas no Ativo Não
Circulante Realizável a Longo Prazo. Explicando de forma gráfica:

Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual

Exercício seguinte
Após o exercício seguinte
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual

31/12/2013 31/12/2014 AÑC Realizável a Longo Prazo


Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual

Ativo Circulante
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual

Data do balanço patrimonial

Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual

No exemplo da figura, o balanço foi elaborado em 31/12/2013. Portanto,


todos os créditos que esperamos receber até 31/12/2014 são créditos de
curto prazo. A partir deExercício
01/01/2015, os créditos
imediatamente posterior a receber
a data são de
do balanço atuallongo
prazo. As considerações sobre o curto e longo prazo vistas aqui, também se
aplicam aos passivos.
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual

(ESAF / AFC - CGU / 2008) Julgue os itens que se seguem


e marque, com V para o verdadeiro e F para o falso:
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual
I. No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: ativo
circulante; ativo realizável a longo prazo; ativo permanente, dividido em
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual
investimentos, imobilizado, intangível e diferido.
Resolução: Acabamos de ver que o ativo não circulante é composto por
ativo realizável a longoExercício
prazo, imediatamente
investimentos, imobilizado
posterior e intangível.
a data do balanço atual
Ainda, não existe mais o ativo permanente e o diferido.
Gabarito: Falso.
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual

Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual


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Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual


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4.1 – Ativo Circulante

O ativo, segundo o CPC 26 (R1), deve ser classificado como circulante


quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou
consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do
balanço; ou
(d) é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para
liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após
a data do balanço.

Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.


Segundo o art. 179 da Lei 6.404:

as disponibilidades;

Contas classificadas os direitos realizáveis no curso do exercício


no ativo circulante social subsequente; e

as aplicações de recursos em despesas do


exercício seguinte

Vamos analisar cada item do ativo circulante.

4.1.1 - Disponibilidades

São elementos do ativo que representam dinheiro ou nele possam ser


convertidos de forma imediata. As disponibilidades são também chamadas de
caixa e equivalentes de caixa.
Exemplos:
1. Caixa: valores em espécie de posse da entidade e todo o numerário
em trânsito. Numerários em trânsito são valores entre estabelecimentos da
entidade ou cheques que ainda não foram depositados.
2. Bancos conta movimento: valores depositados nas contas bancárias
da empresa.
3. Aplicações financeiras de liquidez imediata: aplicações com
resgate em períodos iguais ou menores que 90 dias.

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As disponibilidades devem ser registradas pelo valor original (ou


custo histórico) das cédulas, documentos ou títulos que as representem.
No caso das Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata, ao valor original
deve ser acrescido os juros.
Os juros obtidos nas aplicações financeiras devem ser registrados a
débito da conta aplicações financeiras e a crédito de receitas.
Lançamento contábil:
Aplicações Financeiras (ativo)
a Receita de juros (resultado)

4.1.2 – Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente

Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente podem


ser reais (bens) ou pessoais (direitos).

Representam os bens da empresa.


Reais Exemplos: matérias-primas, estoque de
mercadorias e material de uso ou consumo;
Direitos
realizáveis
Representam os direitos (créditos) da
companhia.
Pessoais Exemplos: clientes, duplicatas a receber,
empréstimos a receber, adiantamento a
fornecedores e ICMS a recuperar;

Podemos dividir os direitos realizáveis no curso do exercício social


subsequente nos seguintes grupo principais:
1. Direitos a receber no curto prazo;
2. Instrumentos financeiros de curto prazo;
3. Estoques; e
4. Tributos a recuperar.

4.1.2.1 – Direitos a receber no curto prazo


São créditos ou direitos que a entidade tem perante a terceiros. São
contas representantes de direitos:
 Clientes;
 Duplicatas a receber;
 Notas promissórias a receber;
 Adiantamento a fornecedores; e
 Adiantamento a funcionários.

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Por exemplo, na venda de mercadorias a prazo mediante a emissão de


duplicatas no valor de R$ 1.000,00, temos o seguinte lançamento na empresa
vendedora
D – Duplicatas a receber (Ativo)
C – Receita de venda (resultado) 1.000,00

Explicação do lançamento:
Quando uma empresa vende mercadorias a prazo ocorre um aumento da
conta duplicatas a receber (direito da empresa perante terceiro) e um aumento
de receita (venda).
Ativo  Natureza Devedora  Entrada de Direito  Debita
Receita de venda  Natureza Credora  Entrada de receita (venda)  Credita

As contas Clientes e Duplicatas a Receber são contabilizadas pelo


valor original menos as estimativas de perdas para reduzi-las ao valor
provável de realização. As estimativas de perdas nessas contas continuam a
ser chamadas de "Provisão para Devedores duvidosos" (PDD), embora
esta não seja a denominação mais correta tecnicamente.
O nome mais apropriado para essa conta, de acordo com as normas
internacionais de contabilidade, é Perdas Estimadas com Devedores
Duvidosos (PEDD).
De acordo com a Lei 6404/76, Art. 183, inciso VIII:

Não
serão ajustados a valor presente;
Circulante

Ativo

serão ajustados a valor presente quando


Circulante
houver efeito relevante;

Uma informação relevante é aquela capaz de fazer diferença nas


decisões que possam ser tomadas pelos usuários. Assim, os elementos
do ativo circulante devem ser ajustados a valor presente quando houver
efeito relevante, ou seja, quando puderem influenciar as decisões tomadas
pelos usuários. Professor, e o que seria o Ajuste a Valor Presente? Vamos lá!!!

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4.1.2.1.1 - Ajuste a Valor Presente


Valor presente (present value): é a estimativa do valor corrente de
um fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade. Tal
fluxo de caixa pode estar representado por ingressos ou saídas de recursos.

demonstra o valor presente de um fluxo de caixa


futuro;

destina-se a excluir os juros ou encargos financeiros


embutidos nos valores das compras e das vendas,
Ajuste a Valor quando feitas a prazo;
Presente (AVP)
registra na contabilidade as operações como de fato
aconteceram, em atendimento a primazia da essência
sobre a forma;
auxilia as entidades a diferenciar o resultado financeiro
do resultado realmente apurado com suas atividades
empresariais.

Vamos simplificar, dando um exemplo: A empresa Dedicados Ltda., em


31 de dezembro de 2010, vendeu mercadorias a prazo para a empresa
Aprovados S/A, com as seguintes informações:
- Preço à vista: R$ 50.000,00.
- Preço a prazo de venda: R$ 60.000,00.
- Taxa de Juros simples implícita: 10% ao ano.
- Data do pagamento: 31/12/2012.
- Desconsidere os impostos incidentes.

1) Lançamento da venda a prazo em 31/12/10:


D – Clientes (Ativo Não Circulante) 60.000,00
C – Receita de Vendas (Resultado) 50.000,00
C – AVP - Receitas a Apropriar (Retificadora do ANC) 10.000,00

1.1) Registro da venda no livro razão:


Clientes Receita de AVP
(1) 60.000 Vendas 10.000 (1)
50.000 (1)

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1.2) O Balanço Patrimonial, em 31/12/2010, tem a seguinte estrutura:


ATIVO
Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo 50.000,00
Clientes 60.000,00
(-) Ajuste a Valor Presente - Receitas a Apropriar (10.000,00)

2) Em 31/12/11, apropriação anual da receita financeira:


2.1) Receita financeira = 10.000/2 anos = 5.000/ano.
D – AVP - Receitas a Apropriar (Retificadora do ANC)
C – Receita Financeira (Resultado) 5.000,00

3) Em 31/12/12, apropriação anual da receita financeira = 5.000/ano:


D – AVP - Receitas a Apropriar (Retificadora do ANC)
C – Receita Financeira (Resultado) 5.000,00

1.1) Registro dos lançamentos 2 e 3 no livro razão:


AVP Receita Financeira
(2) 5.000 10.000 (1) 5.000 (2)
(3) 5.000 5.000 (3)
0 10.000

DICA: A conta AVP - Receitas a Apropriar também pode ser chamada de


Juros ativos a transcorrer ou Receitas Financeiras a Apropriar, etc.
Realizados os lançamentos, observem que o valor da receita de vendas
não foi afetado pelos juros embutidos no preço de venda. Ainda, os juros
lançados em Ajuste a Valor Presente devem ser apropriados ao resultado,
em conta de receita, em atendimento ao regime de competência,
proporcionalmente ao período.
Nesse sentido, o pronunciamento técnico CPC 12 determina que a
mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no
reconhecimento inicial de ativos e passivos. Depois disso, as condições
iniciais só podem ser modificadas em casos excepcionais, como em uma
renegociação de dívida.
Faz-se necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor
presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por
isso, valor presente e valor justo não são sinônimos.
Por exemplo, a compra financiada de um veículo por um cliente especial
que, por causa dessa situação, obtenha taxa não de mercado para esse

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financiamento, faz com que a aplicação do conceito de valor presente com a


taxa característica da transação e do risco desse cliente leve o ativo, no
comprador, a um valor inferior ao seu valor justo; nesse caso prevalece
contabilmente o valor calculado a valor presente, inferior ao valor justo, por
representar melhor o efetivo custo de aquisição para o comprador. Em
contrapartida o vendedor reconhece a contrapartida do ajuste a valor
presente do seu recebível como redução da receita, evidenciando que, nesse
caso, terá obtido um valor de venda inferior ao praticado no mercado.
De acordo com o pronunciamento, valor justo é valor pelo qual um ativo
pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e
independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a
liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.
Para finalizar, devemos lembrar que, de acordo com o CPC 12, a
quantificação do ajuste a valor presente deve ser realizada em base
exponencial "pro rata die", a partir da origem de cada transação, sendo
os seus efeitos apropriados nas contas a que se vinculam.
No nosso exemplo, para facilitar, calculamos as receitas com base nos
juros simples. Porém, o correto é utilizar o método exponencial (juros
compostos). Assim, para o mesmo exemplo, vamos calcular com base nesse
método:
Exemplo: A empresa Dedicados Ltda., em 31 de dezembro de 2010,
vendeu mercadorias a prazo, para a empresa Aprovados S/A, com as seguintes
informações:
- Preço à vista: R$ 50.000,00.
- Preço a prazo de venda: R$ 60.000,00.
- Taxa de Juros: 10% ao ano.
- Data do pagamento: 31/12/2012.
- Desconsidere os impostos incidentes.

Método Exponencial: Juros compostos


1) Lançamento da venda a prazo em 31/12/10:
D – Clientes (Ativo Não Circulante) 60.000,00
C – Receita de Vendas (Resultado) 49.586,78
C – AVP - Receitas a Apropriar (Retificadora do ANC) 10.413,22

1.1) Cálculo do ajuste deve ser feito pelo método exponencial:


a) Receita de Vendas = 60.000 / (1,10)² = 60.000 / 1,21 = 49.586,78.
b) Ajuste a Valor Presente = 60.000,00 - 49.586,78 = 10.413,22.

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2) Em 31/12/11, apropriação anual da receita financeira:


2.1) Receita financeira = 49.586,78 x 10% = 4.958,68.
D – AVP - Receitas a Apropriar (Retificadora do ANC)
C – Receita Financeira (Resultado) 4.958,68

3) Em 31/12/12, apropriação anual da receita financeira:


3.1) Receita = 54.545,45 (49.586,78 + 4.958,68) x 10% = 5.454,55.
D – AVP - Receitas a Apropriar (Retificadora do ANC)
C – Receita Financeira (Resultado) 5.454,55
Apresentamos o quadro completo de controle dos juros:
Ano Valor inicial Taxa juros Valor juros Total
1 49.586,78 0,1 4.958,68 54.545,45
2 54.545,45 0,1 5.454,55 60.000,00
Total 10.413,22

Na prova, a questão deverá fornecer o quadro acima ou cobrar um


valor fácil de calcular, como os juros dos primeiros meses. Algumas
bancas podem, para facilitar, cobrar juros simples, embora o mais correto
seja o método exponencial, que usa juros compostos.

(CESPE / Contador - INMETRO / 2009) O ajuste a valor


presente aplicar-se-á a todos os ativos e passivos de curto e longo prazo. Um
exemplo dessa aplicação é o registro de juros embutidos que não foram
contabilizados corretamente no momento da operação. ( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:

Não
serão ajustados a valor presente;
Circulante
Ativo
serão ajustados a valor presente quando
Circulante
houver efeito relevante;

Os ativos e passivos de longo prazo (não circulante) serão ajustados


a valor presente.
Os ativos e passivos de curto prazo (circulante) só serão ajustados
a valor presente se houver efeito relevante. Gabarito: Errado.

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4.1.2.2 - Aplicações em Instrumento Financeiros


Os instrumentos financeiros são classificados em 4 grandes grupos:

Grupos dos instrumentos financeiros

Empréstimos e
Investimentos
recebíveis normais Ativo
mantidos até o
de transações financeiro
vencimento
comuns

mensurado ao
valor justo por
(Investimentos)
meio do resultado
disponíveis para
(Investimentos
venda
destinados a
negociação)

De acordo com a Lei das S/A, art. 183. No balanço, os elementos do


ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e
em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no
realizável a longo prazo:
a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas
à negociação ou disponíveis para a venda; e
b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado
conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor
provável de realização, quando este for inferior, no caso das
demais aplicações e os direitos e títulos de crédito.

 APRENDENDO CONCEITOS:

É qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro


Instrumento (caixa, contas a receber, ações) para uma entidade e a
Financeiro um passivo financeiro (obrigação, por exemplo) ou
instrumento de capital próprio para outra entidade;

São Instrumentos Financeiros que têm seus preços


Derivativos derivados do preço de mercado de um bem ou de outro
Instrumento Financeiro; Ex: Mercado futuro de dólar.

É o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um


Valor Justo passivo liquidado, entre partes conhecedoras, não
relacionadas e em uma transação sem favorecimentos;

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Empréstimos e recebíveis normais de transações comuns


São ativos financeiros não derivativos (como contas a receber de
clientes, fornecedores, contas e impostos a pagar etc.), que continuam
registrados pelos seus valores originais conforme regras anteriores, sujeitos
às provisões para perdas e ajuste a valor presente (no caso de esse efeito
ser relevante).
Não estão destinados à negociação e a entidade fica com eles até seu
vencimento. A apropriação de receita ou despesa para esses instrumentos se
dá pela taxa efetiva de juros. Alguns dos exemplos desse item já foram vistos
nos tópicos Direitos a Receber no Curto Prazo e Ajuste a Valor Presente.

Investimentos mantidos até o vencimento


São ativos financeiros não derivativos, como os Certificados de
Depósito Bancário (CDBs) e as debêntures, com pagamentos fixos ou
determináveis com vencimentos definidos e para os quais a entidade tem
intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento.
 APRENDENDO CONCEITOS:

é um título de captação de recursos emitido pelos bancos,


que funciona como um empréstimo que você faz à
CDB instituição financeira, recebendo uma remuneração em
troca. Ao final da aplicação, o valor investido é acrescido de
juros.

é um título de crédito representativo de empréstimo que


uma companhia faz junto a terceiros (Pessoas Físicas ou
Debênture Jurídicas) e que assegura a seus detentores direito contra a
emissora, nas condições constantes da escritura de
emissão.

Os investimentos mantidos até o vencimento são registrados inicialmente


pelo valor original (custo de aquisição ou valor de transação) acrescido
dos encargos ou rendimentos financeiros, resultando no valor do título "pela
curva do papel".

CUSTO DE AQUISIÇÃO DO RENDIMENTO PELA


CURVA DO PAPEL INSTRUMENTO FINANCEIRO TAXA EFETIVA

CURVA DO haja
Caso PAPELdiferença entre o valor
CUSTO do títuloDO
DE AQUISIÇÃO pela "curva do papel"
RENDIMENTO PELAe o
INSTRUMENTO FINANCEIRO TAXA EFETIVA
seu valor justo (valor de mercado), nenhum ajuste será feito. Assim, o
título
CURVApermanece
DO PAPELcom seu valor pela "pela curva do papel".
CUSTO DE AQUISIÇÃO DO RENDIMENTO PELA
Segundo o CPC 38, o ajuste do instrumento “mantido até
INSTRUMENTO FINANCEIRO
o vencimento”
TAXA EFETIVA
ao valor provável de realização só acontece quando há evidência objetiva (ou
CURVA DO PAPEL
CUSTO DE AQUISIÇÃO DO RENDIMENTO PELA
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TAXA EFETIVA
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CUSTO DE AQUISIÇÃO DO RENDIMENTO PELA


CURVA DO PAPEL INSTRUMENTO FINANCEIRO TAXA EFETIVA
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seja, perdas permanentes) de que se tenha incorrido em perda no valor


recuperável em investimentos mantidos até o vencimento. Esta definição está
de acordo com o art. 183, I, b, da Lei nº 6.404/76.
Em outras palavras, os instrumentos mantidos até o vencimento só são
passíveis de ajustes negativos e, desde que, as perdas sejam permanentes.
Esclareço que não necessariamente o valor provável de realização é igual
ao valor justo.
Exemplo: A empresa Aprovados Ltda. adquiriu, em janeiro de 2013,
títulos do Governo, ao valor total de R$ 10.000,00, que renderam juros de 10%
a.a., com vencimento em dezembro de 2014. Sabendo que o valor justo dos
títulos, em dezembro de 2013, era de R$ 11.500,00 e que a empresa tem a
intenção de manter esses títulos até o vencimento, realize os registros
contábeis de 2013:
1) Registro da compra em janeiro de 2013:
D – Títulos do Governo “mantidos até o vencimento” (AC)
C – Caixa (AC) 10.000,00
Títulos do Governo Caixa
(1) 10.000 SI 10.000 (1)

Explicação do lançamento:
Quando uma empresa adquire uma aplicação financeira ocorre um
aumento da conta Títulos do Governo a receber (direito da empresa) e uma
diminuição da conta caixa (pela saída de bens numerários).
Ativo  Natureza Devedora  Entrada de Direito  Debita
Caixa  Natureza Devedora  Saída de bens numerários (caixa)  Credita

2) Registro da taxa efetiva de juros de 10% a.a. em dezembro de 2013:


2.1) Juros ativos (Receita) = 10.000,00 x 10% = 1.000,00.
Títulos do Governo Juros Ativos
(1) 10.000 1.000 (2)
(2) 1.000
11.000

Em dezembro de 2013, o valor dos títulos pela curva do papel será de:
Títulos (Curva do Papel) = Custo de aquisição dos títulos + Juros Ativos.
Títulos (Curva do Papel) = 10.000 + 1.000 = 11.000,00.

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Títulos mantidos até o vencimento


Curva do Papel Valor Justo
Não tem ajuste
11.000,00 11.500,00

Neste caso, não há ajuste a valor justo. O título fica registrado “pela
curva do papel”, ou “pelo custo amortizado”, ou seja, pelo custo de
aquisição mais os rendimentos apropriados por competência.

Investimentos destinados à negociação e Disponíveis para Venda


Esses investimentos também são chamados de destinados à
negociação imediata e disponíveis para venda futura, para melhor
diferenciá-los. Vamos ver quais são as diferenças e similaridades entre eles.

Investimentos destinados à Investimentos disponíveis


negociação para venda

• Composto pelos ativos e passivos • Constituído pelos ativos financeiros


financeiros destinados a serem não derivativos que serão
negociados e já colocados nessa negociados no futuro, a serem
condição de negociação; registrados pelo custo amortizado;
• Os rendimentos são contabilizados • As contrapartidas do ajuste pela
no resultado; curva (encargos e rendimentos
• Avaliados ao seu valor justo financeiros) vão ao resultado;
(normalmente valor de mercado); • Avaliados ao seu valor justo;
• Os ajustes ao valor justo são • Os ajustes ao valor justo ficam
contabilizados diretamente no na conta de patrimônio líquido,
resultado. Ajuste de Avaliação Patrimonial,
até que os ativos e passivos sejam
reclassificados ou efetivamente
negociados, o que ocorrer primeiro.

Os instrumentos financeiros destinados à negociação imediata e


disponíveis para venda futura estão sujeitos a duas atualizações:
1ª Atualização: Igual para os dois instrumentos financeiros. Os rendimentos
pela taxa efetiva de juros são contabilizados no resultado.
2ª Atualização: Diferente para os dois instrumentos financeiros. Os ajustes
a valor justo, referente a diferença para mais ou para menos, entre o valor
pela curva de papel (custo de aquisição + juros) e o valor justo, são registrados:
 Nos investimentos destinados à negociação imediata, na conta
de resultado do exercício;
 Nos investimentos disponíveis para venda futura, na conta de
Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP), do PL.

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Exemplo: A empresa Aprovados Ltda. adquiriu, em janeiro de 2013, dois


títulos do Governo, que renderam juros de 10% a.a., com vencimento em
dezembro de 2015, com as seguintes características:
Título Classificação Valor (R$)
1 Destinado à negociação 10.000,00
2 Disponível para venda 10.000,00

Sabendo que o valor justo dos títulos, em dezembro de 2013, era de


R$ 11.500,00, realize os registros contábeis de 2013.

1) Registro da compra em janeiro de 2013:


D – Título destinado à negociação 10.000,00
D – Título disponível para venda 10.000,00
C – Caixa 20.000,00

Título destinado à Título disponível


Caixa
negociação para venda
(1) 10.000 (1) 10.000 SI 20.000 (1)

Vamos agora fazer os registros separadamente para cada investimento:


TÍTULO 1: DESTINADO À NEGOCIAÇÃO
2) Registro da taxa efetiva de juros de 10% a.a. em dezembro de 2013:
2.1) Juros ativos (Receita) = 10.000,00 X 10% = 1.000,00.
Título destinado à
Juros Ativos
negociação
(1) 10.000 1.000 (2)
(2) 1.000
11.000

Explicação do lançamento:
Nesse lançamento, a empresa reconhece a receita de juros por causa do regime
de competência, bem como porque não houve o efetivo recebimento dos recursos
(dinheiro).

Quando uma empresa ganha os juros ocorre um aumento da conta do título a


receber (direito da empresa) e um aumento de receita (juros ativos).
Ativo  Natureza Devedora  Entrada de Direito  Debita
Receita de juros  Natureza Credora  Entrada de receita (juros)  Credita

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3) Avaliação a Valor Justo: Com este registro, o título fica contabilizado pelo
valor de 11.000. Mas, como o valor justo é de 11.500, precisamos reconhecer
uma receita financeira de 500, resultado da diferença entre o valor justo e o
valor pela curva do papel (custo de aquisição + juros):
Título destinado à Receita de ajuste a
negociação valor justo
11.000 500 (3)
(3) 500
11.500

TÍTULO 2: DISPONÍVEL PARA VENDA


4) Registro da taxa efetiva de juros de 10% a.a. em dezembro de 2013:
4.1) Juros ativos (Receita) = 10.000,00 X 10% = 1.000,00.
Título disponível
Juros Ativos
para venda
(1) 10.000 1.000 (4)
(4) 1.000
11.000

5) Avaliação a Valor Justo: Com este registro, o título fica contabilizado pelo
valor de 11.000. Mas, como o valor justo é de 11.500, os ajustes a valor justo,
resultado da diferença entre o valor justo e o valor pela curva do papel (custo
de aquisição + juros) no valor de 500 (11.500 - 11.000), devem ser registrados
em uma conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial do PL:
Título destinado à Ajuste de Avaliação
negociação Patrimonial
11.000 500 (5)
(5) 500
11.500

Professor, e porque debitamos a conta Título destinado à negociação?

Título destinado à negociação é um direito que a empresa tem perante a terceiros.

Sendo um direito, pertence ao ativo. As contas do ativo aumentam com o débito e


diminuem com o crédito. O título passou de 11.000 para 11.500, logo aumentou o
seu valor. Assim, devemos debitar a conta Título destinado à negociação em
contrapartida com um crédito na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial do PL.

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Pessoal, perfeito até aqui? Então, vamos continuar.


Devemos imaginar também que o valor justo pode ser menor que o
valor do título. Assim, para esse mesmo exemplo acima, vamos supor que o
valor justo, em dezembro de 2013, seja de 10.800,00.
Os lançamentos para registro da compra e da taxa de juros permanecem
os mesmos. Porém, temos que atualizar o valor do título ao valor justo.

TÍTULO 1: DESTINADO À NEGOCIAÇÃO


6) Avaliação a Valor Justo: Com o registro da taxa de juros, o título fica
contabilizado pelo valor de 11.000. Mas, como o valor justo é de 10.800,
precisamos reconhecer uma despesa financeira de 200, resultado da diferença
entre o valor justo e o valor pela curva do papel (custo de aquisição + juros):
D – Despesa de ajuste a valor justo (resultado)
C – Título "destinado à negociação" 200,00

TÍTULO 2: DISPONÍVEL PARA VENDA


7) Avaliação a Valor Justo: Com o registro da taxa de juros, o título fica
contabilizado pelo valor de 11.000. Mas, como o valor justo é de 10.800, os
ajustes a valor justo, resultado da diferença entre o valor justo e o valor pela
curva do papel (custo de aquisição + juros) no valor de 200 (10.800 - 11.000),
devem ser debitados em uma conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial:
D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL)
C – Título "disponível para venda" 200,00

Resumindo, os investimentos “mantidos até o vencimento” não são


avaliados a valor justo. Ao contrário, os investimentos destinados à negociação
imediata e os disponíveis para venda futura são avaliados pelo valor justo.
Segue um quadro que simplifica todo esse procedimento:
Reconhecimento Critérios de Mensuração ao
Instrumentos Financeiros
dos rendimentos Avaliação valor justo
Custo de
Empréstimos e Recebíveis Resultado Não tem ajuste
Aquisição
Custo de
Mantidos até o Vencimento Resultado Não tem ajuste¹
Aquisição
Destinados à
Resultado Valor Justo Ajuste no Resultado
Negociação
Disponível para Venda Resultado Valor Justo Ajuste na conta AAP
1) Os instrumentos mantidos até o vencimento só são passíveis de ajustes
negativos e, desde que, as perdas sejam permanentes.

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Vamos praticar futuros AFRFB!!!!

(FCC / SEFAZ-PE / 2014) Uma empresa aplicou R$


120.000,00 em ativos financeiros, sendo R$ 50.000,00 em títulos classificados
como mantidos até o vencimento, e R$ 70.000,00 em títulos classificados como
disponíveis para venda futura. As aplicações foram efetuadas no dia 31/12/2012
e todos os títulos remuneram a taxa de juros compostos de 10% ao ano. Em
31/12/2013, os valores justos de negociação dos dois títulos no mercado eram
os seguintes:

Classificação dos títulos Valor Justo em 31/12/2013 (R$)

Mantido até o vencimento 52.000

Disponível para venda futura 80.000

Os valores em reais que deveriam ser apresentados no Balanço Patrimonial, em


31/12/2013, para os títulos que a empresa manterá até o vencimento e para os
títulos disponíveis para venda, eram, respectivamente,
a) 52.000,00 e 77.000,00.
b) 52.000,00 e 80.000,00.
c) 55.000,00 e 80.000,00.
d) 55.000,00 e 77.000,00.
e) 55.000,00 e 70.000,00.
Resolução:
1 - TÍTULOS MANTIDOS ATÉ O VENCIMENTO = R$ 50.000,00.
Esse título fica registrado pelo custo amortizado, ou seja, pelo valor pago mais
os rendimentos apropriados por competência.
Assim, em 31/12/2013, os títulos mantidos até o vencimento serão
avaliados por R$ 55.000,00 = 50.000,00 + 5.000,00 (10% X 50.000,00).
2 - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA FUTURA = R$ 70.000,00.
Esse ativo será avaliado pelo valor justo. O valor justo dos títulos
disponíveis para venda futura, em 31/12/2013, era de R$ 80.000,00.
Gabarito: Letra C.

4.1.2.3 - Estoques
Estoques são contas que representam mercadorias ou produtos que a
entidade possui para revenda, industrialização ou uso. No entanto, para fins de

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classificação de acordo com previsto no art. 179 da Lei das S.A., estoques são
considerados como direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente.
De acordo com o Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

Mantidos para venda no curso normal dos negócios


(estoques de mercadorias e produtos);

Em processo de produção para venda


(estoques de produtos em fabricação); ou
Estoques são
ativos Na forma de materiais ou suprimentos a serem
consumidos ou transformados no processo de
produção ou na prestação de serviços
(estoques de matérias-primas e de bens mantidos em
almoxarifado).

As mercadorias adquiridas de terceiros para revenda por uma empresa


comercial, por não estarem envolvidas em atividade de transformação de
insumos em outros produtos em geral, são registradas à conta de Estoques de
Mercadorias.
Quanto ao custo de aquisição do estoque, o pronunciamento CPC 16
(R1) determina que:
O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição
e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os
impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto
ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.
Esquematizando o custo de aquisição dos estoques:

Custo de aquisição dos


Estoques

Descontos
Abatimentos
comerciais

Outros
Custo de
Preço de Impostos de Outros Seguro, custos
transporte manuseio
compra Importação tributos atribuíveis a
(frete)
aquisição

Exceto os
tributos
recuperáveis

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 Os tributos recuperáveis são:


a) Matéria-prima: IPI, ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na
modalidade não cumulativa).
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na
modalidade não cumulativa).

valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-


obra ou outros insumos de produção

gastos com armazenamento, a menos que sejam


Exemplos de itens
necessários ao processo produtivo entre uma e outra
não incluídos no
fase de produção
custo dos estoques
e reconhecidos
como despesa do
período em que são despesas administrativas que não contribuem para
incorridos: trazer o estoque ao seu local e condição atuais

despesas de comercialização, incluindo a venda e a


entrega dos bens e serviços aos clientes

Descontos comerciais ou incondicionais: são aqueles negociados no


momento da compra, sem nenhuma condição. Exemplo: Uma mercadoria
que custa R$ 200,00 a unidade, mas, na negociação, acaba saindo por R$
180,00. O vendedor concede um desconto de R$ 20,00 para realizar a venda.
Esse desconto deve ser deduzido do custo de aquisição do produto, pois
é um desconto comercial.
Desconto financeiro ou condicional: São aqueles concedidos sob
condição. Por exemplo, numa determinada venda, com vencimento em 30
dias, o vendedor pode oferecer um desconto de 10% para pagamento em 10
dias. Esse desconto não deve ser deduzido do custo de aquisição do
produto e é contabilizado como Receita Financeira para o comprador.
Abatimento: Ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo,
uma loja fecha um pedido de cadeiras por R$ 50,00 a unidade e, quando recebe
as mercadorias, constata que estão com defeito. Nesse caso, o vendedor pode
conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida. O
abatimento deve ser deduzido do custo de aquisição do produto.
Por fim, já sabemos que o frete e a armazenagem integram o custo
das compras de estoque. Porém, em determinadas operações, o frete e a
armazenagem podem ser despesas. Segue esquematização para diferenciar
quando contabilizamos o frete e a armazenagem como custo ou despesa:

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Frete sobre compras (matéria-prima, mercadorias) CUSTO


Frete sobre vendas DESPESA

Armazenagem de matéria-prima CUSTO


Armazenagem de mercadorias ou produtos acabados DESPESA

Desconto comercial Desconto Financeiro


Abatimento
(incondicional) (condicional)

• São aqueles • São aqueles • Ocorre num momento


negociados no concedidos sob posterior à compra.
momento da compra, condição. • O abatimento deve
sem nenhuma • Esse desconto não ser deduzido do custo
condição; deve ser deduzido do de aquisição do
• Esse desconto deve custo de aquisição produto.
ser deduzido do custo do produto e é
de aquisição do contabilizado como
produto. Receita Financeira
para o comprador.

Os estoques objeto do Pronunciamento CPC 16 (R1) devem ser


mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois
o menor. Com isso, os estoques não permanecem escriturados por
quantias superiores à sua respectiva realização pela venda ou uso.

dos custos estimados


para sua conclusão e
Valor preço de venda estimado
realizável no curso normal dos
líquido é o negócios deduzido
dos gastos estimados
necessários para se
concretizar a venda.

Valor realizável líquido = PV estimado - despesas estimadas de venda.

De acordo com o CPC 16 (R1), Valor Realizável Líquido é diferente


de valor justo.
Valor justo é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um
passivo liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e

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independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a


liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.
O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade
espera realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. O
valor justo reflete a quantia pela qual o mesmo estoque pode ser trocado
entre compradores e vendedores conhecedores e dispostos a isso. O
primeiro é um valor específico para a entidade, ao passo que o segundo
já não é. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques pode não ser
equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a
respectiva venda.
Vejamos como os critérios de avaliação dos estoques estão previstos no
artigo 183 da Lei das S/A:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os
seguintes critérios:

(.......)

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio


da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e
bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido
de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for
inferior;

(.......)

§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:

(.......)

b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de


realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais
despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;

Analisando as diferenças, constatamos que:


1) Pela Lei das S/A: Os conceitos de valor justo e preço líquido de
realização são equiparados.
Preço líquido de venda = PV estimado - despesas estimadas de venda -
margem de lucro
2) Pelo CPC (R1): Os conceitos de valor justo e preço líquido de
realização são diferentes.
Preço líquido de venda = PV estimado - despesas estimadas de venda

Perdas estimadas em Estoques


Os estoques podem perder seu valor pelos seguintes motivos:

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1. Perda de valor dos estoques para ajustá-lo ao valor de mercado,


quando esta for inferior;
2. Perda de valor dos estoques por destruição, desaparecimento ou
obsolescência, que deverá ser estimada ao término do exercício social.

Em ambos os casos, a perda de valor deverá ser constituída por meio de


um débito em conta de despesa (resultado) em contrapartida a crédito de uma
conta de perdas estimadas (retificadora da conta estoques, no ativo).
O inciso II, artigo 183, da Lei das S.A., fala em constituição de provisão
para ajuste ao valor de mercado do ativo. No entanto, considerando as recentes
normatizações por parte do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, ajustes de
valores de ativos não se enquadram no conceito estabelecido de provisão.
Assim, utilizaremos a denominação Perdas Estimadas ou, ainda, Ajustes ao
Valor Provável, para representar tais situações em nosso curso. Contudo, em
prova, pode ser que vocês ainda encontrem o termo provisão para denominar
estes ajustes.

No caso do motivo 1, as mercadorias são avaliadas pelo custo ou valor


de mercado, dos dois o menor. Assim, devemos verificar se o custo de
aquisição dos estoques está desvalorizado em relação ao seu valor de
mercado (valor esperado de vendas).
Caso se verifique que o valor do custo de aquisição dos estoques está
desvalorizado, devemos lançar uma despesa com perda estimada em
contrapartida com um crédito na conta Perdas estimadas com estoques ou
Ajuste ao Valor Provável de Realização (conta redutora de Estoques).
Exemplo: a Empresa Aprovados Ltda. tem em seu estoque 100 unidades
de um móvel para escritório adquirido por R$ 100,00 cada. Porém, devido à
crise no mercado de móveis, o valor de venda líquido de cada móvel é de R$
80,00. Vamos verificar e efetuar o lançamento do valor das perdas.
Em cada unidade do estoque de móveis, a empresa está perdendo R$
20,00 (100 – 80) em relação ao valor líquido de realização (valor de mercado).
A perda total será de R$ 2.000,00 (100 unidades x R$ 20,00).
Lançamento no livro diário:
D – Despesa com perdas estimadas (Resultado)
C – Perdas estimadas com estoques (Redutora do ativo) 2.000,00
Ou
D – Despesa com perdas estimadas (Resultado)
C – Ajuste ao Valor Provável de Realização (Redutora do ativo) 2.000,00

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Apresentação no Balanço Patrimonial:


ATIVO
Ativo Circulante
Estoques 10.000,00¹
(-) Perdas estimadas com estoques (2.000,00)
Total do Ativo = R$ 8.000,00
1 – Custo x quantidade = 100 x 100 unidades

Motivo 2: Há também uma situação de perda para empresa quando:


 Uma mercadoria se deteriora de tal forma que perde
completamente seu valor; ou
 São constatadas diferenças físicas nos estoques, seja por erros ou
roubos.

Exemplo: a empresa Aprovados S/A possui em seu estoque 10 televisões


adquiridos pelo valor de R$ 1.000,00 cada. Uma forte chuva inundou
completamente seu estabelecimento, levando a perda total de 4 televisões.
Assim, precisamos contabilizar as perdas das 4 televisões no valor de R$
4.000,00 (1.000 x 4 unidades).
Lançamento no livro diário:
D – Despesa com perdas (Resultado)
C – Perdas estimadas (Redutora do ativo) 4.000,00

Apresentação no Balanço Patrimonial:


ATIVO
Ativo Circulante
Estoques 10.000,00¹
(-) Perdas estimadas (4.000,00)
Total do Ativo = R$ 6.000,00
1 – Custo x quantidade = 1.000 x 10 unidades

É hora de ver como esse assunto é cobrado na prática!!!!

(CESPE / TRE - ES / 2011) Uma grande empresa de


comércio varejista adquiriu um lote de mercadorias para revenda ao custo de
R$ 900.000,00. No encerramento do exercício, a empresa apurou que o valor
realizável líquido desse lote era avaliado em R$ 700.000,00. Nessa situação, a
empresa deverá realizar uma contabilização, lançando o valor de R$ 200.000,00
em uma conta do ativo e em uma conta do patrimônio líquido.

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( ) Certo ou ( ) Errado
Resolução:
Os estoques de mercadorias devem ser mesurados pelo valor de custo
ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
Assim, como o valor realizável líquido é menor, devemos contabilizar
uma perda no valor de R$ 200.000,00 (900.000 - 700.000), mediante o
seguinte lançamento:
D - Despesa com Ajuste de Estoques (resultado)
C - Perdas Estimadas p/ Ajuste ao Valor de Mercado (Ret. do AC) 200.000,00
Gabarito: Errado.

Estoque de produtos acabados e em elaboração


Neste tópico, vamos ser bem objetivo, repassando apenas alguns
conceitos.
a) Os custos dos produtos fabricados incluem a alocação sistemática
de todos os custos, diretos e indiretos de produção, fixos e variáveis, que
sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados.
b) A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades
produzidas deve ser baseada na capacidade normal de produção.
Assim:
 As perdas normais de produção são apropriadas aos custos;
 As perdas excepcionais são apropriadas como despesa, no
resultado do exercício;

Estoque das matérias-primas


Esquematização dos custos de aquisição das matérias primas:

Custo de aquisição das


Matérias Primas

Descontos
Abatimentos
comerciais

Outros
Custo de
Preço de Impostos de Outros Seguro, custos
transporte manuseio
compra Importação tributos atribuíveis a
(frete)
aquisição

Exceto os
tributos
recuperáveis

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Os tributos recuperáveis (PIS e COFINS, desde que incluídos no regime


não cumulativo, IPI e ICMS) não integram o custo de aquisição do estoque de
matérias primas. Descontos comerciais e abatimentos também não integram
o custo.
Segundo a Lei 6.404/76, art. 183, II, as matérias primas serão
avaliadas pelo custo de aquisição deduzido de provisão para ajustá-la ao
valor de mercado (ou valor justo), quando este for inferior.
O § 1º do art. 183 da Lei 6.404/76, considera valor justo das matérias
primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser
repostos, mediante compra no mercado.
Em regra, os estoques de matérias primas não se destinam a venda.
São usadas na fabricação de produtos acabados. Por isso que o valor justo
é o preço de reposição. Este é o preço de venda das matérias primas pelo
fornecedor.

(ESAF / AFRF / 2003) O preço de mercado de bens do


almoxarifado e de matérias-primas é o preço pelo qual possam ser repostos,
mediante compra no mercado. ( ) certo ou ( ) errado.
Resolução: Considera-se valor justo (preço de mercado) das
matérias primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam
ser repostos, mediante compra no mercado. (Lei 6.404/76, art. 183, § 1º)
Gabarito: Certo.

Estoque de produtos agrícolas e extrativos


Segundo o art. 183, § 4°, da Lei das S/A: Os estoques de mercadorias
fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado,
quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.
São mercadorias fungíveis aquelas que podem ser substituídas por
outras da mesma espécie, qualidade e quantidade. Exemplo: trigo, soja,
café, petróleo, etc.
As mercadorias fungíveis são as commodities. Estas possuem
cotação na bolsa de mercadoria. Em regra, ficam registradas na contabilidade
pela cotação da bolsa. Repare que isso tira a necessidade de negociação. Esta
é a diferença entre as mercadorias fungíveis e as outras mercadorias.

(ESAF / AFC - CGU / 2008) Os estoques de mercadorias


fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado,
quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.
( ) certo ou ( ) errado
Resolução: Literalidade do § 4°, art. 183, da Lei 6.404/76. Gabarito: Certo.

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4.1.2.4 – Tributos a recuperar


O subgrupo de contas tributos a recuperar se enquadra no conceito de
direitos realizáveis no curso do exercício subsequente a que se refere o artigo
179, inciso I, da Lei 6.404/76.
O correto entendimento de tributos a recuperar necessita do
conhecimento de alguns pontos específicos do Direito Tributário. Porém, a fim
de traçar uma visão sobre o tema, vou explicá-los de maneira resumida, apenas
para entendermos o funcionamento destas contas. Se tiver alguma dúvida, não
deixe de nos perguntar pelo Fórum.

representam o direito que a entidade tem de exigir do


governo a devolução de tributos, seja em razão de
retenções na fonte ou de antecipações realizadas pela
Tributos a entidade
recuperar

também podem ser compensados com outros tributos


devidos pela entidade

Por exemplo, quando uma entidade comercial adquire mercadorias para


revenda, no valor total da nota fiscal, está incluído o Imposto sobre operações
relativas a Circulação de Mercadorias e sobre a Prestações de Serviços de
transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação (ICMS). Quando as
revende, fica obrigada a recolher aos cofres públicos o ICMS incidente sobre as
vendas.
Como o ICMS é um imposto não-cumulativo, evita a incidência em
cascata do imposto. Assim, o ônus relativo ao ICMS que a entidade arcou na
aquisição da mercadoria será descontado do imposto a pagar pela entidade
na venda desta mesma mercadoria.
O Princípio da não-cumulatividade está previsto na Constituição e na
legislação infraconstitucional. Por esse Princípio, os valores dos tributos
recuperáveis devidos em cada operação serão compensados com o montante
efetivamente cobrado nas operações anteriores.
Vamos exemplificar:
A empresa Aprovados Ltda. adquire à vista R$ 1.000,00 em peças de
vestuário, para revenda. Nestes R$ 1.000,00 estão embutidos R$ 200,00
referente ao ICMS (alíquota de 20%). No mês seguinte, a entidade revende
estas peças por R$ 2.500,00, também à vista, e neste valor também está
embutido o ICMS sobre as vendas, no valor de R$ 500,00.
Se o ICMS fosse um imposto cumulativo, o total que seria arrecado pelos
cofres públicos seria R$ 700,00 (R$ 200 pela compra e R$ 500 pela venda). No
entanto, por ser um imposto não-cumulativo, o valor a ser recebido de ICMS
pelo Estado será de R$ 500,00 (R$ 200 pela compra e R$ 300 pela venda).

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Ou seja, aquilo que a entidade “pagou” (a entidade assumiu o ônus do


imposto) de ICMS na aquisição das mercadorias deverá ser registrado como
ICMS a Recuperar, pois a companhia aproveitará esse valor pago na aquisição
para abater do montante do imposto devido sobre as vendas de mercadorias.
O lançamento que registraria esse direito “a recuperar” no momento da
compra será:
Lançamento 1:
D - ICMS a recuperar.......200,00
D – Estoques...................800,00
C – Caixa.....................1.000,00

Explicação do lançamento:
Quando a entidade adquire mercadorias com a incidência de tributos não-
cumulativos, estes devem ser recuperados. O ICMS é um imposto por dentro, ou
seja, já está incluindo no preço de compra.

Assim, o registro da mercadoria no estoque deverá ser considerado sem estes


valores a recuperar. Vejam que a entidade pagou ao seu fornecedor (à vista) R$
1.000,00 pela aquisição, no entanto, seus estoques foram registrados a débito de R$
800,00, pois este foi o custo efetivo das mercadorias adquiridas. A diferença de R$
200,00 (1.000 – 800) é, justamente, o imposto que a empresa vai recuperar.
Aproveitem para fixar essa informação desde já, porém, esse tópico será detalhado
quando estudarmos as operações com mercadorias.

Quando uma empresa adquire mercadorias à vista com incidência de tributos


recuperáveis (nesse caso, o ICMS) ocorre um aumento da conta estoques de
mercadorias (BEM da empresa), aumento da conta ICMS a recuperar (DIREITO da
empresa) e uma diminuição da conta caixa (saída de bens numerários).

Ativo  Natureza Devedora  Entrada de BEM (estoque)  Debita

Ativo  Natureza Devedora  Entrada de DIREITO (ICMS a recuperar)  Debita

Ativo  Natureza Devedora  Saída de bens numerários (caixa)  Credita

Quando da venda das mercadorias por R$ 2.500,00, no mês seguinte, a


entidade deverá registrar a venda normalmente. No entanto, como há incidência
de ICMS sobre a operação de venda, deverá ser registrado esta obrigação à
conta de ICMS a Recolher no montante de R$ 500,00, calculado sobre a venda.
A contrapartida de ICMS a Recolher é a conta de resultado Despesa de Imposto
sobre Vendas.
Lançamento 2 - registro das vendas:
Caixa
a Receita de vendas (resultado)......2.500,00

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Lançamento 3 - registro da baixa dos estoques vendidos:


Custo de mercadoria vendida (resultado)
a Estoques.............................1.000,00

Lançamento 4 – reconhecimento do ICMS sobre as vendas:


D - Impostos sobre Vendas – ICMS (despesa)
C - ICMS a recolher (passivo).............500,00

Vejam, então, que a entidade mantém escriturados ICMS a Recuperar no


valor de R$ 200,00 (pela compra das mercadorias) e ICMS a Recolher no valor
de R$ 500,00 (pela venda das mercadorias). Como há, em relação a um mesmo
imposto, direitos e obrigações, deverá ser realizado um lançamento de
conciliação, para que reste apenas uma conta de ICMS a Recuperar ou a
Recolher (vai depender de qual possuir o maior saldo).

Vamos transferir os registros para os razonete, com o objetivo de realizar


a conciliação:
ICMS a recuperar ICMS a recolher
(1) 200,00 500,00 (4)

Assim, como o valor do ICMS a recolher é maior que o ICMS a recuperar,


devemos transferir o saldo deste mediante o seguinte registro (5):
D - ICMS a recolher
C - ICMS a recuperar..........200,00

Contabilizando o lançamento 5 no livro razão, temos que:


ICMS a recuperar ICMS a recolher
(1) 200,00 200,00 (5) (5) 200,00 500,00 (4)
300,00

Portanto, o valor do ICMS a recolher (passivo) pela empresa é de R$


300,00.
Professor, então o governo só recebeu de ICMS o valor de R$ 300,00?
Não. O governo recebeu R$ 500 de ICMS. A empresa Aprovados Ltda.
recolheu ICMS no valor de R$ 300,00. Os outros R$ 200,00 de ICMS foram
pagos pela empresa que vendeu as mercadorias para a empresa Aprovados
Ltda.

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4.1.3 – Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte

Também chamadas de despesas antecipadas, são despesas que seus


fatos geradores ocorrerão em momento futuro, mas que foram pagas pela
empresa com antecedência.

Despesas do exercício
seguinte

Outras despesas
Aluguéis pagos Seguros pagos
pagas
antecipadamente antecipadamente
antecipadamente

O exemplo mais comum, que a ESAF adora cobra em suas provas, é a


conta seguros pagos antecipadamente. O assunto das despesas antecipadas já
foi estudado na aula 02.

4.2 – Ativo Não Circulante

O ativo não circulante é composto dos seguintes subgrupos:

Ativo Não Circulante

Ativo não
circulante
Investimentos Imobilizado Intangível
realizável a
longo prazo

4.2.1 – Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo

O ativo não circulante realizável a longo prazo é composto por:

Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte

Ativo Não derivados de vendas, adiantamentos ou


Circulante empréstimos
realizável a +
longo prazo
a sociedades coligadas ou controladas,
Direitos diretores (administradores em geral),
realizáveis acionistas (ou sócios), ou participantes no
lucro da companhia
+
que não constituírem negócios usuais na
exploração do objeto (atividade) da companhia

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O conceito de direitos realizáveis é o mesmo que foi visto no ativo


circulante. Os direitos realizáveis a longo prazo também podem ser reais
(bens) e pessoais (direitos).
Exceto o Caixa e equivalente de Caixa, todas as outras contas do Ativo
Circulante podem constar no Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP), desde que
o prazo de realização ocorra após o exercício seguinte em que as demonstrações
financeiras são levantadas.
São exemplos de direitos realizáveis após o término do exercício
seguinte: Duplicatas a Receber (Longo Prazo), Estoques (Longo Prazo),
Despesas Antecipadas (Longo Prazo), etc.
Vamos ver um caso prático para facilitar o aprendizado. Em 31/10/2011,
a empresa Aprovados Ltda. efetuou uma venda a prazo no valor de R$ 500,00,
emitindo duplicatas, dividido da seguinte forma:

Vencimento Valor das duplicatas (R$)


30/05/2012 200,00
30/11/2012 150,00
30/11/2013 100,00
30/11/2014 50,00

Em 31/12/2011, os valores do ativo apresentados no balanço foram:


ATIVO
Ativo Circulante Valores realizáveis em 2012
- Duplicatas a Receber 350,00 (200,00 + 150,00)

Ativo Não Circulante


Realizável a Longo Prazo Valores realizáveis em 2013 e
Valores realizáveis em 2012
-Duplicatas a Receber 150,00 2014 (100,00 + 50,00)
(200,00 + 150,00)

Quanto às operações não usuais com pessoas ligadas,


Valores para classificar
realizáveis em 2012 os
direitos como ativo não circulante realizável (200,00 a longo prazo, sendo
+ 150,00)
Valores realizáveis em 2013 e
irrelevante o prazo de realização do crédito, são necessários três requisitos
2014 (100,00 + 50,00)
cumulativamente:
- O direito é derivado de venda, adiantamento
Valores ou empréstimo;
realizáveis em 2012
- Operação não usual na exploração do objeto(200,00 + 150,00)
da companhia;
- O devedor deve ser sociedades coligadas ou realizáveis
Valores controladas,
emdiretores,
2013 e
administradores, sócios, acionistas ou participantes no
2014 realizáveis
(100,00 + em lucro
50,00) da
Valores 2012
companhia.
(200,00 + 150,00)
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Valores realizáveis
Valores realizáveis em
em 2013
2012 e
(200,00 + 150,00)
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Em uma companhia que tenha como objeto a compra e venda de bolsas


femininas, constitui operação não usual, por exemplo, a venda de bens de uso
permanente.
Por exemplo, a empresa concede um empréstimo a um de seus
acionistas para pagamento em 6 meses. Qual a classificação deste direito a
receber? Neste caso, apesar de ser operação de curto prazo, o empréstimo ao
acionista é um negócio não usual da companhia. Assim, devemos classificar
esse direito no ARLP. Observem que os três requisitos foram cumpridos:
empréstimo, negócio não usual e acionista.
Por último, devemos alertá-lo que, apesar de não haver uma previsão
na Lei 6.404/76, as despesas antecipadas também podem ser classificadas
no ativo não circulante realizável a longo prazo.
IMPORTANTE: SE A BANCA COBRAR COM BASE NA LEI 6.404/76 OU A
LITERALIDADE DO ARTIGO DA LEI, AS DESPESAS ANTECIPADAS SÓ
EXISTEM NO CURTO PRAZO.
Exemplo: A empresa Aprovados Ltda. efetuou, em 01/10/12, o
pagamento de R$ 4.800,00, referente ao pagamento antecipado de aluguel,
com vigência de 24 meses a partir dessa data.
- Vigência de 01/10/12 a 30/09/14 (24 meses);
- Despesa mensal de aluguel: R$ 200,00 (4.800/24).

Na data do pagamento, em 01/10/12, o lançamento será:


D – Aluguéis a Vencer (Ativo Circulante) 3.000,00
D – Aluguéis a Vencer (ANC Realizável a Longo Prazo) 1.800,00
C - Caixa (Ativo circulante) 4.800,00

Em 31/12/12, os três meses pertencentes ao exercício de 2012 foram


apropriados como despesa no resultado:
D – Despesa de aluguel (resultado)
C - Aluguéis a Vencer (Ativo Circulante) 600,00

Em 31/12/2012, os valores do ativo apresentados no balanço foram:


ATIVO
Ativo Circulante Valores realizáveis em 2013
- Aluguéis a Vencer 2.400,00 (200,00 X 12 meses)

Ativo Não Circulante


Valores realizáveis em 2014
Realizável a Longo Prazo
Valores realizáveis
(200,00 em 2013
X 9 meses)
- Aluguéis a Vencer 1.800,00
(200,00 X 12 meses)

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Valores realizáveis em 2013
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Valores realizáveis
(200,00 em 2014
X 12 meses)
(200,00 X 9 meses)
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É hora de praticar futuros AFRFB!!!

(FCC / Analista – TER-PR / 2012) Os investimentos em


ações de outras empresas com perspectiva de resgate em doze meses e os
empréstimos de curto prazo concedidos a sócios ou acionistas são
classificados, respectivamente, no Balanço Patrimonial, como
a) Investimentos e Realizável a Longo Prazo.
b) Ativo Circulante e Investimentos.
c) Ativo Circulante e Patrimônio Líquido.
d) Ativo Circulante e Ativo Não Circulante.
e) Intangível e Realizável a Longo Prazo.
Resolução: Os investimentos em ações de outras empresas com perspectiva
de resgate em doze meses são investimentos temporários, por isso, são
classificados no ativo circulante.
Os empréstimos a sócios ou acionistas constitui operação não usual
com pessoa ligada, classificada no ativo não circulante, independente
do prazo. Gabarito: Letra D.

(FCC / Analista - TRF 2º Região / 2012) A Cia. Presidente


Prudente de Moraes contratou, em 1º de abril de 2011, uma apólice de seguro
contra incêndios de seus imóveis, com cobertura para o período de 1º de abril
de 2011 a 31 de março de 2013, pagando R$ 120.000,00 a título de prêmio. No
Balanço Patrimonial encerrado em 31-12-2011, figurou como despesa
antecipada classificada no Ativo Não Circulante a importância, em R$, de
a) 15.000,00.
b) 45.000,00.
c) 20.000,00.
d) 120.000,00.
e) 40.000,00.
Resolução: Vamos aplicar o modo turbo na resolução:
Despesa mensal de seguro = 120.000/24 meses = R$ 5.000,00.
Despesa de 2011 (resultado) = 5.000 x 9 (abril a dezembro) = R$ 45.000,00.
Despesas antecipada de 2012 (ativo circulante) = 5.000 x 12 meses = R$
60.000,00.
Despesas antecipada de 2013 (ativo não circulante) = 5.000 x 3 meses = R$
15.000,00. Gabarito: Letra A.

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Continuando esse tópico, vamos ver os critérios de avaliação do ARLP.


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os
seguintes critérios:

.................................................
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo
prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante.

Assim, os critérios de avaliação para o ARLP utilizam o ajuste a valor


presente, que já foi estudado nessa aula.

(ESAF / AFC - CGU / 2008) Os elementos do ativo


decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente,
sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

( ) certo ou ( ) errado

Resolução: Literalidade do inciso VIII, art. 183, da Lei 6.404/76.


Gabarito: Certo.

4.2.2 - Investimentos

as participações permanentes em outras sociedades

Investimentos não classificáveis no Ativo


Circulante, e
os direitos de
qualquer natureza que não se destinem à
manutenção da atividade da
companhia ou da empresa

A primeira informação importante aqui é a seguinte: não é qualquer


participação em outras sociedades que se classifica como investimento, mas
apenas as participações em caráter permanente no capital de outras
sociedades.
Exemplos: Investimentos Permanentes em Coligadas, Investimentos
Permanentes em Controladas, Terrenos não utilizados, Imóveis para aluguel e
Obras de Arte, etc.
Também são classificados no Ativo Não Circulante Investimentos,
considerados como outros investimentos permanentes, "os bens
adquiridos e mantidos pela empresa sem a produção de renda e
destinados a uso futuro para expansão das atividades da empresa". A partir

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do momento que esses bens forem destinados para as atividades da


companhia, eles deverão ser reclassificados, passando para o imobilizado.
Meus alunos, o assunto Investimentos é muito extenso, por isso, vamos
ter uma aula somente para tratar desse tópico. Por enquanto, preciso que vocês
fixem a informação acima.

4.2.3 - Imobilizado

Segundo o art. 179, IV, da Lei 6.404/76, são classificados no ativo


imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com
essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
São classificados no ativo imobilizado as edificações, os veículos, as
máquinas e equipamentos, os móveis e utensílios e o estoque de peças e partes
de reposição.
De acordo com o CPC 27 (Ativo Imobilizado), que está em perfeita
consonância com a Lei das S.A., ativo imobilizado é o item tangível que:
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou
serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera que sejam usados durante mais do que um período.

Um item tangível que seja utilizado por menos de um ano deve ser
considerado despesa do período.
Sobre o termo “aluguel para outros”, é necessária uma explicação. Só é
considerado ativo imobilizado os bens tangíveis alugados que estejam
diretamente ligados à sua atividade operacional. Por exemplo, um edifício
alugado para os funcionários ou para alguma empresa do grupo, como está
servindo aos interesses do negócio, deve ser classificado como ativo
imobilizado. Ainda, os veículos de empresas de locação de veículos são
exemplos de imobilizados alugados.
Porém, se a empresa possui um terreno que é alugado a terceiros, esse
bem deve ser classificado como Ativo Investimento.
Esquematizando:

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quando estiver vinculado a


ativo complementar na Ativo Não Circulante
produção ou no fornecimento Imobilizado
de bens ou serviços
Bens destinados
para aluguel
quando estiver vinculado a
um investimento em si Ativo Não Circulante
mesmo, com o objetivo de Investimento
obter renda

O CPC 27 – Ativo Imobilizado não se aplica a:


a) ativos imobilizados classificados como mantidos para venda;
b) ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola;
c) reconhecimento e mensuração de ativos de exploração e avaliação; e
d) direitos sobre jazidas e reservas minerais tais como petróleo, gás
natural, carvão mineral, dolomita e recursos não renováveis semelhantes.

Contudo, o CPC 27 – Ativo Imobilizado aplica-se aos ativos imobilizados


usados para desenvolver ou manter os ativos descritos nas alíneas (b) a (d).

4.2.3.1 – Reconhecimento do imobilizado


O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo
se, e apenas se:
(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item
fluirão para a entidade; e
(b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.

Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso


interno são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera
usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser utilizados
somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são contabilizados
como ativo imobilizado.
A entidade avalia segundo esse princípio de reconhecimento todos os seus
custos de ativos imobilizados no momento em que eles são incorridos. Esses
custos incluem custos incorridos inicialmente para adquirir ou construir um item
do ativo imobilizado e os custos incorridos posteriormente para renová-lo,
substituir suas partes, ou dar manutenção ao mesmo.

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4.2.3.2 – Custos iniciais do ativo imobilizado


O custo de um item do ativo imobilizado compreende:
(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e
impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos
comerciais e abatimentos;
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local
e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida pela administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e
de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido
ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades
diferentes da produção de estoque durante esse período.

Exemplos de custos diretamente atribuíveis ao imobilizado:


(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no
Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes
diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;
(b) custos de preparação do local;
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
(d) custos de instalação e montagem;
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de
qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais
como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e
(f) honorários profissionais.

Exemplos que não são custos atribuíveis ao ativo imobilizado:


(a) custos de abertura de nova instalação;
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo


imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais
pretendidas pela administração.

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Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação


de um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os
seguintes custos:
(a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar
nas condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou
está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total;
(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a
demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e
(c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as
operações da entidade.

(Cesgranrio / Contador – BNDES / 2009) A Empresa X


informou os seguintes dispêndios, em reais, havidos com um equipamento:
Preço de aquisição 500.000,00
Imposto de importação 50.000,00
Preparação do local 30.000,00
Testes de funcionamento 20.000,00
Honorários dos técnicos que realizaram os testes 10.000,00
Custos administrativos 5.000,00

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 do Comitê de


Pronunciamentos Contábeis, aprovado pela Deliberação, CVM nº 583/2009, o
custo do equipamento para efeitos de imobilização, em reais, é
a) 560.000,00
b) 565.000,00
c) 580.000,00
d) 610.000,00
e) 615.000,00
Resolução:
Conforme acabamos de ver, o custo do equipamento é:
+ Preço de aquisição................................................... 500.000,00
+ Imposto de importação...............................................50.000,00
+ Preparação do local....................................................30.000,00
+ Testes de funcionamento............................................20.000,00
+ Honorários dos técnicos que realizaram os testes...........10.000,00
= Equipamento.............................................................610.000,00

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Os custos administrativos não integram o custo de aquisição do equipamento.


Gabarito: Letra D.

4.2.3.3 – Tratamentos de Reparo e conservação de bens do ativo


Após o registro inicial, o imobilizado pode ter custos subsequentes.
Estes são gastos com a manutenção do ativo, que não necessariamente irão
se traduzir em despesas do exercício. A entidade fica sujeita a assumir gastos
com a manutenção de ativos, a fim de aumentar a vida útil do bem ou mantê-
los em pleno funcionamento. Doutrinariamente, dividimos tais gastos em duas
categorias: gastos de capital ou gastos do período.

são os gastos relacionados ao ativo imobilizado que irão


beneficiá-lo por mais de um exercício social

Gastos de
capital
deverão ser adicionados ao custo do ativo, desde que
atendam as condições de reconhecimento de um ativo

.
Alguns itens do ativo imobilizado podem requerer paradas programadas,
como por exemplo, um forno que requer novo revestimento após um número
específico de horas de uso; ou as paredes internas de um edifício, que
necessitam de substituição em intervalos regulares. Nesses casos, a entidade
reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo da peça
reposta desse item quando o custo é incorrido se os critérios de
reconhecimento forem atendidos.
Uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado (por
exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções importantes
em busca de falhas, independentemente das peças desse item serem ou não
substituídas. Quando cada inspeção importante for efetuada, o seu custo é
reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como uma
substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos.
Para demonstrar, vamos supor que um equipamento, cujo valor original
seja de R$ 10.000,00, apresente um problema em sua estrutura, exigindo
reparo imediato. O serviço de reforço da estrutura foi orçado em R$ 2.000,00.
Quando a entidade efetuar tal reparo, o lançamento a ser realizado para
registro deverá ser:
Lançamento para registro dos gastos de capital:
Equipamento (ativo imobilizado)
Caixa..........................2.000

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O saldo final do ativo imobilizado ficará em R$ 12.000,00 (antes da


incidência da depreciação e de eventuais perdas para ajuste ao valor
recuperável).

são os gastos de "manutenção e reparo", necessários


para manter o imobilizado em condições operacionais, mas
que se limitam a um único exercício.

Gastos do
não deverão ser adicionados ao custo do ativo
período

esses custos são reconhecidos no resultado quando


incorridos

De acordo com o CPC 27 – Ativo imobilizado, a entidade não reconhece


no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção
periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado
quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os
custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de
pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo
para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado.
Conforme evidencia o Manual de Contabilidade Societária do FIPECAFI,
na prática a distinção entre gastos do período e gastos de capital pode não ser
das tarefas mais fáceis. Portanto, é bastante importante a atenção a princípios
bem estabelecidos. Em geral as empresas adotam o critério de materialidade e
relevância dos gastos para enquadrá-los como de capital ou do período. Itens
de baixo valor, como peças de reposição e insumos utilizados para a realização
de reparos podem ser classificados como gastos do período.
Quando, por outro lado, os dispêndios são relevantes, ou quando
envolvem a adição de novas peças que trazem novas funcionalidades ao
equipamento, os gastos relacionados à aquisição e instalação destas peças são
adicionados ao custo do imobilizado.
Segundo o CPC 27, os gastos efetuados com sobressalentes, peças de
reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno que a entidade adquire
são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera utilizá-los
por mais de um período (portanto, não se prestam à venda, mas para uso sobre
o ativo imobilizado). Do mesmo modo, se estes elementos somente puderem
ser utilizados em conexão com itens do ativo imobilizado, eles também deverão
ser contabilizados como ativo imobilizado.
Em provas, normalmente a conta Peças e Conjunto de Reposição é
apresentada como de ativo imobilizado, mesmo sem indicação do tempo pelo
qual a entidade espera utilizá-la. Além disso, quando os estoques de peças e
conjunto de reposição estiverem vinculados a outros itens de imobilizado (como,

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peças de máquinas ou de veículos) de maneira evidente, ela também deverá


ser classificada no ativo imobilizado.
Estoques e peças para reposição não devem ser depreciados, excetos se
estiverem disponíveis para uso (no local e em condição de funcionamento na
forma pretendida pela administração).
Esquematizando:
Custos Gastos Reconhecimento
Manutenção e Gastos do período São reconhecidos no resultado
reparos quando incorridos
Peças e reposição ou Gastos de capital São reconhecidas no valor
paradas programadas contábil do ativo imobilizado

(ESAF / AFRFB / 2012) Os gastos com a aquisição de Peças


e Materiais de Consumo e Manutenção de itens do imobilizado e o de Peças e
Conjunto para Reposição em Máquinas e Equipamentos são classificados:
a) ambos como Ativo Circulante.
b) Despesas Operacionais e Estoques.
c) Conta de Resultado e Imobilizado.
d) ambos como Imobilizado.
e) Imobilizado e estoques.
Resolução:
Custos Reconhecimento
Manutenção e reparos São reconhecidos no resultado quando incorridos
Peças e reposição ou
São reconhecidas no valor contábil do ativo imobilizado
paradas programadas

Os sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de


uso interno devem ser agregados ao custo do ativo imobilizado quando a
empresa espera utilizá-los por mais de um exercício.
Classificação:
Gastos com a aquisição de Peças e Materiais de Consumo e Manutenção
de itens do imobilizado: conta de resultado.
Gastos com a aquisição de Peças e Conjunto para Reposição em
Máquinas e Equipamentos: imobilizado.

Gabarito: Letra C.

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4.2.3.4 – Avaliação do ativo imobilizado


De acordo com a Lei 6404/76, art. 183: no balanço, os elementos do
ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição,
deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou
exaustão;
....................................................................
§ 2º, art. 183, da Lei 6.404/76, a diminuição do valor dos elementos dos
ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de:

▪ quando corresponder à perda do valor dos


direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a
DEPRECIAÇÃO
desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência

▪ quando corresponder à perda do valor do capital


aplicado na aquisição de direitos da propriedade
industrial ou comercial e quaisquer outros com
AMORTIZAÇÃO
existência ou exercício de duração limitada, ou
cujo objeto sejam bens de utilização por prazo
legal ou contratualmente limitado

▪ quando corresponder à perda do valor,


decorrente da sua exploração, de direitos cujo
EXAUSTÃO
objeto sejam recursos minerais ou florestais,
ou bens aplicados nessa exploração

Explicando, o imobilizado deve ser registrado inicialmente pelo seu custo


de aquisição. Uma vez registrado, o ativo imobilizado que estiver disponível para
uso, ou seja, em condição de funcionamento na forma pretendida pela
administração, deverá ser depreciado.
A conta de Depreciação Acumulada registra o total das despesas de
depreciação incorridas ao longo da vida útil do bem, sendo conta retificadora de
ativo.
Além do reconhecimento das despesas de depreciação, a entidade deverá
realizar, periodicamente, teste de recuperabilidade (Impairment) para seus
ativos imobilizados, com o objetivo de verificar se o valor contábil destes
ativos está superior ao valor recuperável de uso ou alienação (iremos
ver esse tópico em aula futura).

(ESAF / AFC - CGU / 2008) Julgue os itens que se seguem


e marque, com V para o verdadeiro e F para o falso:

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III. No ativo imobilizado, serão registrados os direitos que tenham por


objeto bens corpóreos destinados a manutenção das atividades da companhia
ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram a companhia os benefícios, riscos e controle desses
bens.
Resolução:
Como visto na explicação da parte teórica, no ativo imobilizado, serão
registrados os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados a
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a companhia
os benefícios, riscos e controle desses bens.
Gabarito: Verdadeiro.

4.2.4 - Intangível

Segundo o art. 179, VI, da Lei 6.404/76, são classificados no ativo


intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo
de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
Em síntese, os intangíveis são aqueles ativos que não têm existência
física.
Com a entrada em vigor da Lei 11.638/07, o subgrupo intangível
passou a existir, separando os bens corpóreos no imobilizado e os
incorpóreos no intangível. Antes dessa Lei, tudo era classificado no
imobilizado.
Por exemplo, são classificados no intangível: softwares, marcas,
patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de
clientes, franquias, fidelidade de clientes, concessões obtidas.
De acordo com o CPC 04: Ativo intangível é um ativo não monetário
identificável sem substância física.
Ainda, segundo CPC 04, um ativo será classificado como intangível
quando atender cumulativamente a três requisitos:
1º) Ser identificável;
2º) Ser controlável;
3º) Ser gerador de benefícios econômicos futuros.

Nem todos os exemplos (marcas, patentes) descritos em item anterior


se enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis,
controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros.

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Caso um item abrangido pelo pronunciamento nº 04 não atenda à


definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração
interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido.
No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de negócios,
passa a fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidade
futura (goodwill) reconhecido na data da aquisição.
O ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é a
diferença entre preço pago na compra do investimento e o valor justo
(valor de mercado) de seus ativos líquidos.
Goodwill = Valor pago - Valor Justo (regra, valor de mercado).
Por exemplo, uma empresa pagou R$ 50.000,00 pela aquisição de um
investimento. Todavia, esse ativo, na data da aquisição, possuía um valor de
mercado de R$ 35.000,00. Assim, qual o valor do ágio por expectativa de
rentabilidade futura? R$ 15.000,00.
Goodwill = 50.000,00 - 35.000,00 = R$ 15.000,00.

Por enquanto, preciso que vocês fixem o exposto acima, porque, em aula
futura, vamos aprofundar os estudos sobre o Ativo Intangível.
Vamos praticar!!!

(FCC / ICMS - SP / 2009) São características necessárias


para a identificação de um ativo Intangível
a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser
indivisível.
b) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração
de seu custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade
patrimonial.
c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros.
d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada.
e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.
Resolução:
Fácil né? Segundo CPC 04, um ativo será classificado como intangível
quando atender cumulativamente a três requisitos:
1º) Ser identificável;
2º) Ser controlável;
3º) Ser gerador de benefícios econômicos futuros.
Gabarito: Letra C.

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4.2.5 – Ativo Permanente Diferido (extinto – Lei nº 11.941/09)

O diferido foi extinto com as modificações recentes ocorridas na


contabilidade (MP 449/08 convertida na Lei 11.941/09) e, desde então, as
entidades não podem mais apropriar custos pré-operacionais ao ativo diferido.
Porém, a lei permitiu que o saldo existente no subgrupo ao final de 2008 poderia
ser aí mantido até a sua completa amortização, sujeito ao teste de Impairment.
Segundo a redação anterior da Lei 6.404/76, o diferido era subgrupo do
ativo, nos seguintes termos:
V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de
reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do
resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão
somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional;
(Redação dada pela Lei nº 11.638 de 2007).

Eram contas classificadas no diferido:


- Gastos pré-operacionais;
- Gasto com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos;
- Gastos com reorganização societária;
- Gastos com reestruturação.

Condições para que os gastos com reestruturação fizessem parte do


diferido:
1) Contribuir para o aumento do resultado de dois ou mais exercícios; e
2) Não configurar tão somente uma redução de custos ou acréscimo na
eficiência operacional.

Importante o que dispõe o art. 299-A da Lei 6.404/76:


“Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo
diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de
contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua
completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o §
3o do art. 183. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)”
Assim, os saldos porventura existentes deste grupo patrimonial
devem ser alocados a outro grupo no balanço patrimonial.
Não havendo essa possibilidade, ficam no ativo diferido até sua
completa amortização, sujeita ao teste de recuperabilidade:
Lançamento da amortização:

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D – Despesa com amortização (Despesa)


C – Amortização Acumulada (Ativo Diferido - Retificadora)

Ou, alternativamente, podem ser baixados à conta de lucros ou


prejuízos acumulados, do patrimônio líquido, conforme CPC 13 – Adoção inicial
da Lei 11.638/2007 e 11.941/2009 (item 20), conforme lançamento:
D – Lucros acumulados (Patrimônio Líquido)
C – Ativo diferido (Ativo)

4.2.6 – Classificação de acordo com o ciclo operacional

Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei 6.404/76: “Na


companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que
o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base
o prazo desse ciclo.”
O disposto no parágrafo único do artigo 179 vale tanto para o ativo
quanto para o passivo.
O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa
leva para comprar matéria-prima, produzir, vender e receber. Para uma
empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e
recebimento dos clientes.
Exemplo: Se a empresa possui um ciclo operacional de 2 anos, serão
classificadas no passivo circulante (curto prazo) as obrigações com
vencimento em até 2 anos e serão classificadas no passivo não circulante
(longo prazo) as obrigações com vencimento após 2 anos, apesar do
exercício social ser o mesmo.
Assim, qualquer que seja o ciclo operacional, o exercício social continua
o mesmo, com duração de 1 ano.

(Cespe / Contador – Petrobrás / 2004) Para efeito


de classificação das contas no balanço, consideram-se de curto prazo os
elementos patrimoniais realizáveis ou exigíveis até o final do exercício
subsequente e de longo prazo aqueles que vencem após esse prazo. No entanto,
caso a empresa tenha um ciclo operacional maior que o exercício social, a
definição desses prazos terá por base a duração desse ciclo.
Resolução:
A regra é o prazo de duração do exercício social de 1 ano. O ciclo
operacional somente a afeta a classificação das contas em curto ou longo prazo
quando superior a um ano, ou seja, maior que o exercício social.
Gabarito: certo.

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5 - Passivo

No passivo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau


de exigibilidade, ou seja, quanto mais próximo do vencimento da obrigação,
maior seu grau de exigibilidade, classificadas nos seguintes grupos:
a) passivo circulante;
b) passivo não circulante;
c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital,
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e
prejuízos acumulados.

5.1 – Passivo Circulante e Passivo Não Circulante

De acordo com a Lei das S/A, art. 180. As obrigações da companhia,


inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão
classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo
maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei.
Exemplo de obrigações: Impostos a pagar, dividendos a pagar, provisão
para contingências, salários a pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a
recolher, duplicatas a pagar, adiantamento de clientes, fornecedores, etc.
Portanto, as regras para classificação em passivo circulante (curto
prazo) e não circulante (longo prazo) são as mesmas adotadas para o ativo
circulante e ativo não circulante:
Passivo Circulante: obrigações com vencimento até o término do
exercício seguinte ou até 12 meses.
Passivo Não Circulante: obrigações com vencimento após o término
do exercício seguinte ou após 12 meses.

Vamos aprofundar o estudo sobre o passivo em aula posterior.

5.2 – Resultado de Exercícios Futuros

O grupo resultado de exercícios futuros foi extinto com a edição da MP


449/08, convertida na Lei 11.941/2009.
O saldo existente no resultado de exercício futuro em 31 de dezembro
de 2008 deverá ser reclassificado para o passivo não circulante em conta
representativa de receita diferida.

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O exemplo comum cobrado pelas bancas são os aluguéis recebidos


antecipadamente, sem hipótese de reembolso. Agora, no lugar de
resultado de exercícios futuros, devem ser classificados no passivo não
circulante, receita diferida.
Devemos lembrar que caso haja a possibilidade de devolução dos
valores recebidos antecipadamente, estes serão receitas antecipadas,
classificadas no passivo circulante ou não circulante, de acordo com o prazo
de vencimento. Assim, a receita diferida e a receita antecipada são
conceitos diferentes.

6 – Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido, também conhecido como Capital Próprio,


corresponde a recursos originários dos sócios e os rendimentos auferidos
pela empresa. Somente constitui obrigação exigível da empresa em caso de
extinção da mesma ou retirada do sócio.
De acordo com a Lei das S/A, o patrimônio líquido é dividido em:
Capital Social
(-) Ações em Tesouraria
+ ou (-) Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Reservas de Capital
(-) Prejuízos Acumulados
Vamos aprofundar o estudo sobre Patrimônio Líquido em uma aula futura.

(ESAF / AFC - CGU / 2008) Julgue os itens que se seguem


e marque, com V para o verdadeiro e F para o falso:
II. O patrimônio líquido pode ser dividido em capital social, reservas de
capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em
tesouraria e prejuízos acumulados.
Resolução: Como visto na explicação da parte teórica, o patrimônio
líquido é dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados. Gabarito: verdadeiro.

Por hoje é só. Apresento um resumo com os principais pontos vistos na


nossa aula para futuras revisões. Bons estudos!!!

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7 – Resumo da Aula

Demonstrações Contábeis
obrigatórias

Balanço DVA, se cia


DRE DLPA DFC
Patrimonial aberta

Quadro comparativos das demonstrações exigidas pelas normas:


Cia. aberta Cia. Fechada Cia. Aberta
CPC 26 (R1)
Lei das S/A Lei das S/A CVM
BP BP BP BP
DRE DRE DRE DRE
DLPA* DLPA* DMPL DMPL
- - DRA DRA
DFC DFC, se PL ≥ R$ 2 milhões DFC DFC
DVA - DVA DVA
* DMPL facultativa

Segundo a Lei 6.404/76, art. 175. O exercício social terá duração de


1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto.
O exercício social poderá ter duração diversa na constituição da
companhia e nos casos de alteração estatutária.
Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas;
os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua
natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo
de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas
contas" ou "contas-correntes" (art. 176, § 2º, Lei das S/A).
Conforme o § 3º, do mesmo artigo 176, as demonstrações financeiras
registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da
administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral.
As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício (Lei
das S/A, art. 176, § 4º).
Por último, temos que as demonstrações financeiras serão assinadas
pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados (Lei das

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S/A, art. 177, §4º). A expressão contabilista abrange tanto o técnico em


contabilidade, como o bacharel em ciências contábeis (contador).

quantitativa e
qualitativamente

Balanço demonstração contábil


numa determinada data
Patrimonial destinada a evidenciar

a posição patrimonial
e financeira da
Entidade

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os


elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau
de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível.

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido (PL)
Investimentos
Imobilizado Capital Social
Intangível (-) Ações em Tesouraria
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Reservas de Capital
(-) Prejuízos Acumulados

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as disponibilidades, os direitos realizáveis


no curso do exercício social subseqüente
Circulante e as aplicações de recursos em despesas
do exercício seguinte;

os direitos realizáveis após o término do


exercício seguinte, assim como os
derivados de vendas, adiantamentos ou
Realizável a empréstimos a sociedades coligadas ou
Longo Prazo controladas, diretores, acionistas ou
participantes no lucro da companhia, que
não constituírem negócios usuais na
exploração do objeto da companhia;

as participações permanentes em outras


Classificação sociedades e os direitos de qualquer
das contas no natureza, não classificáveis no ativo
ativo Investimentos circulante, e que não se destinem à
manutenção da atividade da companhia
ou da empresa;.

os direitos que tenham por objeto bens


corpóreos destinados à manutenção das
atividades da companhia ou da empresa
Imobilizado ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações
que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens;

os direitos que tenham por objeto bens


incorpóreos destinados à manutenção da
Intangível companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.

De acordo com o Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

Mantidos para venda no curso normal dos negócios


(estoques de mercadorias e produtos);

Em processo de produção para venda


(estoques de produtos em fabricação); ou
Estoques são
ativos Na forma de materiais ou suprimentos a serem
consumidos ou transformados no processo de
produção ou na prestação de serviços
(estoques de matérias-primas e de bens mantidos em
almoxarifado).

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Custo de aquisição dos


Estoques

Descontos
Abatimentos
comerciais

Outros
Custo de
Preço de Impostos de Outros Seguro, custos
transporte
compra Importação tributos manuseio atribuíveis a
(frete)
aquisição

Exceto os
tributos
recuperáveis

Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente podem


ser reais (bens) ou pessoais (direitos).

Representam os bens da empresa.


Reais Exemplos: matérias-primas, estoque de
mercadorias e material de uso ou consumo;
Direitos
realizáveis
Representam os direitos (créditos) da
companhia.
Pessoais Exemplos: clientes, duplicatas a receber,
empréstimos a receber, adiantamento a
fornecedores e ICMS a recuperar;

Podemos dividir os direitos realizáveis no curso do exercício social


subsequente nos seguintes grupo principais:
1. Direitos a receber no curto prazo;
2. Instrumentos financeiros de curto prazo;
3. Estoques; e
4. Tributos a recuperar.

demonstra o valor presente de um fluxo de caixa


futuro;

destina-se a excluir os juros ou encargos financeiros


embutidos nos valores das compras e das vendas,
Ajuste a Valor quando feitas a prazo;
Presente (AVP)
registra na contabilidade as operações como de fato
aconteceram, em atendimento a primazia da essência
sobre a forma;
auxilia as entidades a diferenciar o resultado financeiro
do resultado realmente apurado com suas atividades
empresariais.

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Grupos dos instrumentos financeiros

Empréstimos e
Investimentos
recebíveis normais Ativo
mantidos até o
de transações financeiro
vencimento
comuns

mensurado ao
valor justo por
(Investimentos)
meio do resultado
disponíveis para
(Investimentos
venda
destinados a
negociação)

Frete sobre compras (matéria-prima, mercadorias) CUSTO


Frete sobre vendas DESPESA

Armazenagem de matéria-prima CUSTO


Armazenagem de mercadorias ou produtos acabados DESPESA

representam o direito que a entidade tem de exigir do


governo a devolução de tributos, seja em razão de
retenções na fonte ou de antecipações realizadas pela
Tributos a entidade
recuperar

também podem ser compensados com outros tributos


devidos pela entidade

“Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo


diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de
contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua
completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o §
3o do art. 183. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)”

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Investimentos destinados à Investimentos disponíveis


negociação para venda

• Composto pelos ativos e passivos • Constituído pelos ativos financeiros


financeiros destinados a serem não derivativos que serão
negociados e já colocados nessa negociados no futuro, a serem
condição de negociação; registrados pelo custo amortizado;
• Os rendimentos são contabilizados • As contrapartidas do ajuste pela
no resultado; curva (encargos e rendimentos
• Avaliados ao seu valor justo financeiros) vão ao resultado;
(normalmente valor de mercado); • Avaliados ao seu valor justo;
• Os ajustes ao valor justo são • Os ajustes ao valor justo ficam
contabilizados diretamente no na conta de patrimônio líquido,
resultado. Ajuste de Avaliação Patrimonial,
até que os ativos e passivos sejam
reclassificados ou efetivamente
negociados, o que ocorrer primeiro.

Reconhecimento Critérios de Mensuração ao


Instrumentos Financeiros
dos rendimentos Avaliação valor justo
Custo de
Empréstimos e Recebíveis Resultado Não tem ajuste
Aquisição
Custo de
Mantidos até o Vencimento Resultado Não tem ajuste¹
Aquisição
Destinados à
Resultado Valor Justo Ajuste no Resultado
Negociação
Disponível para Venda Resultado Valor Justo Ajuste na conta AAP

De acordo com o CPC 27 (Ativo Imobilizado), que está em perfeita


consonância com a Lei das S.A., ativo imobilizado é o item tangível que:
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou
serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera que sejam usados durante mais do que um período.

são os gastos relacionados ao ativo imobilizado que irão


beneficiá-lo por mais de um exercício social

Gastos de
capital
deverão ser adicionados ao custo do ativo, desde que
atendam as condições de reconhecimento de um ativo

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são os gastos de "manutenção e reparo", necessários


para manter o imobilizado em condições operacionais, mas
que se limitam a um único exercício.

Gastos do
não deverão ser adicionados ao custo do ativo
período

esses custos são reconhecidos no resultado quando


incorridos

Custos Gastos Reconhecimento


Manutenção e Gastos do período São reconhecidos no resultado
reparos quando incorridos
Peças e reposição ou Gastos de capital São reconhecidas no valor
paradas programadas contábil do ativo imobilizado

quando estiver vinculado a


ativo complementar na Ativo Não Circulante
produção ou no fornecimento Imobilizado
de bens ou serviços
Bens destinados
para aluguel
quando estiver vinculado a
um investimento em si Ativo Não Circulante
mesmo, com o objetivo de Investimento
obter renda

Segundo CPC 04, um ativo será classificado como intangível quando


atender cumulativamente a três requisitos:
1º) Ser identificável;
2º) Ser controlável;
3º) Ser gerador de benefícios econômicos futuros.

“Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração


maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo
terá por base o prazo desse ciclo.”

Não Os elementos serão ajustados a valor


Circulante presente;
Ativo
Os elementos serão ajustados a valor
Circulante
presente quando houver efeito relevante;

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Critérios de avaliação dos estoques e aplicações financeiras:


Lei 6.404/76: Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados
segundo os seguintes critérios:

I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e


em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no
realizável a longo prazo:

a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à


negociação ou disponíveis para a venda; e

b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado


conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável
de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações
e os direitos e títulos de crédito.

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio


da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e
bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido
de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for
inferior;

V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição,


deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou
exaustão;

VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na


aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;

(.......)

§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:

(.......)

b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de


realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais
despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;

(......)

§ 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser


avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil
aceito pela técnica contábil.

Ficamos por aqui!!! Vamos agora treinar o seu aprendizado por meio de
exercícios de concursos anteriores da ESAF. Em seguida temos as questões
comentadas. Se você preferir responder antes de olhar os comentários, vá
direto para a página 99 e depois retorne para verificar os comentários das
questões.
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum.
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o
nosso curso.
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)!

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8 – Questões comentadas

01. (FCC / Adaptada / TCE-CE / 2015) Uma empresa apresentava, no dia


01/12/2013, um excedente de caixa no valor total de R$ 3.000.000,00, e
decidiu investi-los em ativos financeiros com as seguintes características:

Classificação pela empresa Valor aplicado (R$) Taxa de juros Data de vencimento

Destinados para venda imediata 1.500.000,00 1,0 % a.m. 01/12/2015

Mantido até o vencimento 500.000,00 1,4 % a.m. 01/12/2020

Disponível para venda futura 1.000.000,00 1,2 % a.m. 01/12/2018

Na data da elaboração do Balanço Patrimonial de 31/12/2013, a empresa


identificou que os valores justos para estes ativos eram os seguintes:

Classificação pela empresa Valor Justo em (R$)

Destinados para venda imediata 1.510.000,00

Mantido até o vencimento 509.000,00

Disponível para venda futura 1.014.000,00

O valor total, a ser evidenciado na Demonstração do Resultado de 2013,


correspondente às aplicações efetuadas pela empresa nos títulos acima é, em
reais,
a) 7.000,00.
b) 32.000,00.
c) 33.000,00.
d) 29.000,00.
e) 31.000,00.
Resolução:
Primeiro, vamos registrar os juros ganhos no período. Depois, temos que avaliar
as aplicações a valor justo. Por último, reconhecer o valor total que deve ser
evidenciado na DRE.
Segue um quadro que simplifica todo esse procedimento:

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Reconhecimento Critérios de Mensuração ao


Instrumentos Financeiros
dos rendimentos Avaliação valor justo
Custo de
Empréstimos e Recebíveis Resultado Não tem ajuste
Aquisição
Custo de
Mantidos até o Vencimento Resultado Não tem ajuste
Aquisição
Destinados à
Resultado Valor Justo Ajuste no Resultado
Negociação
Disponível para Venda Resultado Valor Justo Ajuste na conta AAP

Registro na aquisição dos títulos:


D – Investimentos destinados para venda imediata...1.500.000,00
D – Investimentos mantido até o vencimento..............500.000,00
D – Investimentos disponível para venda futura........1.000.000,00
C – Caixa.............................................................3.000.000,00

1 – Contabilização dos juros ganhos em dezembro (01 a 31) de 2013:


D – Investimentos destinados para venda imediata
C – Juros ativos (receita) ......................15.000,00 (1,0% x 1.500.000)

D – Investimentos mantido até o vencimento


C – Juros ativos (receita) ......................7.000,00 (1,4% x 500.000)

D – Investimentos disponível para venda futura


C – Juros ativos (receita) ..................12.000,00 (1,2% x 1.000.000)

Inicialmente, temos uma receita no valor de R$ 34.000,00 (15.000 + 7.000 +


12.000) a ser contabilizada no resultado. Porém, os investimentos destinados
para venda imediata e disponíveis para venda futura ainda devem ser avaliados
a valor justo.

2 – Avaliação a valor justo


2.1 - INVESTIMENTOS DESTINADOS PARA VENDA IMEDIATA
Com o reconhecimento dos juros, o título fica contabilizado pelo valor de R$
1.515.000,00 (1.500.000 + 15.000). Mas, como o valor justo é de R$
1.510.000,00, precisamos reconhecer uma despesa financeira de 5.000,00
(1.515.000 – 1.510.000), resultado da diferença entre o valor justo e o valor
pela curva do papel (custo de aquisição + juros):

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D – Despesa de ajuste a valor justo (resultado)


C – Investimentos destinados para venda imediata…5.000,00

2.2 - INVESTIMENTO DISPONÍVEL PARA VENDA FUTURA


Devemos lembrar que o resultado da diferença entre o valor justo e o valor pela
curva do papel (custo de aquisição + juros) é registrado em uma conta de
Ajuste de Avaliação Patrimonial, do PL. Como essa diferença não altera o
resultado do exercício, não precisamos efetuar essa contabilização.

3 – Valor total evidenciado na DRE:


Juros ativos.....................................34.000,00
(-) Despesa de ajuste a valor justo.....(5.000,00)
= Valor evidenciado na DRE de 2013…29.000,00. Gabarito: Letra D.

02. (ESAF / ATRFB / 2009) No balanço de encerramento do exercício social,


as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem
e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da companhia.
No ativo patrimonial, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau
de liquidez dos elementos nelas registrados, compondo os seguintes grupos:
a) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo
imobilizado; e intangível.
b) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; e ativo permanente, dividido
em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
c) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo
prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
d) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo
imobilizado; e ativo diferido.
e) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo
prazo, investimentos, imobilizado e diferido.
Resolução:
Lei 6.404/76, art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os
elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

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II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,


investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de
2009)
Gabarito: Letra C.

03. (ESAF / ATRFB / 2009) Em relação ao encerramento do exercício social


e à composição dos grupos e subgrupos do balanço, assinale abaixo a opção
falsa.
a) No ativo circulante, serão incluídas as disponibilidades, os direitos realizáveis
no curso do exercício social e as aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte.
b) No intangível, serão classificados os direitos que tenham por objeto bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
c) Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior
que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base
o prazo desse ciclo.
d) Em investimentos, serão classificadas as participações permanentes em
outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo
circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou
da empresa.
e) No ativo imobilizado, serão classificados os direitos que tenham por objeto
bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses
bens.
Resolução:
As assertivas B, D e E estão corretas, conforme esquematização:

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as disponibilidades, os direitos realizáveis


no curso do exercício social subseqüente
Circulante e as aplicações de recursos em despesas
do exercício seguinte;

os direitos realizáveis após o término do


exercício seguinte, assim como os
derivados de vendas, adiantamentos ou
Realizável a empréstimos a sociedades coligadas ou
Longo Prazo controladas, diretores, acionistas ou
participantes no lucro da companhia, que
não constituírem negócios usuais na
exploração do objeto da companhia;

as participações permanentes em outras


Classificação sociedades e os direitos de qualquer
das contas no natureza, não classificáveis no ativo
ativo Investimentos circulante, e que não se destinem à
manutenção da atividade da companhia
ou da empresa;.

os direitos que tenham por objeto bens


corpóreos destinados à manutenção das
atividades da companhia ou da empresa
Imobilizado ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações
que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens;

os direitos que tenham por objeto bens


incorpóreos destinados à manutenção da
Intangível companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.

a) Falsa. No ativo circulante, serão incluídas as disponibilidades, os direitos


realizáveis no curso do exercício social subsequentes e as aplicações de
recursos em despesas do exercício seguinte.
c) Verdadeira. Conforme parágrafo único, do art. 179, da Lei 6.404/76. Na
companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o
exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o
prazo desse ciclo.
Gabarito: Letra A.

04. (ESAF / AFRFB / 2009) A diminuição do valor dos elementos do ativo


será registrada periodicamente nas contas de:
a) provisão para perdas prováveis, quando corresponder à perda por ajuste ao
valor provável de realização, quando este for inferior.

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b) depreciação, quando corresponder à perda do valor de capital aplicado na


aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial.
c) exaustão, quando corresponder à perda de valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência.
d) provisão para ajuste ao valor de mercado, quando corresponder à perda pelo
ajuste do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for superior.
e) amortização, quando corresponder à perda de valor, decorrente da
exploração de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens
aplicados nessa exploração.
Resolução:
a) Correto. Definição perfeita para o método de avaliação dos investimentos
permanentes, exceto o MEP.
b) Incorreto. Trata-se do conceito de amortização.
De acordo com o Lei 6.404/76, art. 183,
§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e
intangível será registrada periodicamente nas contas de:
1) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que
têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso,
ação da natureza ou obsolescência;
2) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital
aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e
quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto
sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
3) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou
bens aplicados nessa exploração.
c) Incorreto. Trata-se do conceito de depreciação.
d) Incorreto. Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do
comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação
e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido
de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for
superior inferior;
e) Incorreto. Trata-se do conceito de exaustão.
Gabarito: Letra A.

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05. (ESAF / ATRFB / 2012) Uma empresa, cujo livro Razão contém essas
contas, apresentou os seguintes saldos para compor o balanço patrimonial em
31/12/2011.
01 - Ações de Coligadas 10.000,00
02 - Aluguéis pagos Antecipadamente 1.200,00
03 – Bancos c/Movimento 20.000,00
04 – Bancos c/Poupança 6.000,00
05 – Caixa 3.000,00
06 – Capital a Integralizar 12.000,00
07 – Capital Social 55.000,00
08 – Clientes 9.000,00
09 – Contas a Receber 11.000,00
10 – Depreciação Acumulada 3.500,00
11 – Despesa de Organização 2.500,00
12 – Despesas Pré-Operacionais 2.000,00
13 – Duplicatas a Pagar 25.000,00
14 – Duplicatas a Receber 15.000,00
15 – Duplicatas Descontadas 8.000,00
16 – Empréstimos a Coligadas 6.500,00
17 – Empréstimos Bancários 32.000,00
18 – Endosso para Desconto 8.000,00
19 – Móveis e Utensílios 21.000,00
20 – Prov. p/Créditos de Liquidação Duvidosa 1.000,00
21 – Provisão para Férias 3.000,00
22 – Provisão para Imposto de Renda 4.500,00
23 – Reserva Legal 2.000,00
24 – Seguros a Vencer 1.800,00
25 – Títulos Endossados 8.000,00
26 – Títulos a Receber 13.000,00
Ao elaborar o balanço patrimonial a empresa vai apresentar um Ativo Circulante
no valor de
a) R$ 58.000,00.
b) R$ 68.000,00.
c) R$ 69.800,00.
d) R$ 71.000,00.
e) R$ 79.000,00.
Resolução: São contas do Ativo Circulante:
Ativo Circulante
02 - Aluguéis pagos Antecipadamente 1.200,00
03 – Bancos c/Movimento 20.000,00
04 – Bancos c/Poupança 6.000,00

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05 – Caixa 3.000,00
08 – Clientes 9.000,00
09 – Contas a Receber 11.000,00
14 – Duplicatas a Receber 15.000,00
20 – (-) Prov. p/Créditos de Liquidação Duvidosa (1.000,00)
24 – Seguros a Vencer 1.800,00
26 – Títulos a Receber 13.000,00
Total 79.000,00
Veja que a ESAF considerou nessa questão Duplicatas Descontadas como
conta do passivo, que é o entendimento correto e de acordo com as Normas
Internacionais de Contabilidade. Gabarito: Letra E.

06. (ESAF / Analista de Finanças e Controle/Contábil - STN / 2013) O


valor desembolsado para o registro de uma nova patente deve ser reconhecido:
a) em despesas antecipadas.
b) como um intangível.
c) no ativo imobilizado.
d) em gasto de investimento.
e) na conta de outra despesa operacional.
Resolução:
A patente é um ativo sem substância física, classificado no Ativo Intangível.
Gabarito: Letra B.

07. (ESAF / Analista - CVM / 2010) A quantificação do ajuste a valor


presente deverá ser realizada em base exponencial “pro rata die”, a partir da
origem de cada transação, sendo os seus efeitos apropriados nas contas a que
se vinculam. ( ) Certo ou ( ) errado.
Resolução:
A quantificação do ajuste a valor presente deverá (ou deve) ser realizada
em base exponencial "pro rata die", a partir da origem de cada
transação, sendo os seus efeitos apropriados nas contas a que se vinculam.
(Item 22 do Pronunciamento Técnico CPC 12). Gabarito: Certo.

08. (ESAF / TCE-ES / 2001) A loja Cine/Foto/Som levantou os seguintes


estoques, em 31/12/2000, a preço unitário de custo e de mercado:
Item Custo Mercado
50 gravadores 100,00 130,00

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30 vitrolas 70,00 60,00


100 televisores P & B 28,00 32,00
60 televisores em cores 70,00 60,00
20 máquinas fotográficas 40,00 30,00
15 filmadoras 40,00 50,00

A loja sabe que terá de aplicar as regras da Lei nº 6.404/76 para avaliação
desses estoques, por isso, para fins de balanço, terá que mandar providenciar
o seguinte lançamento:
a) Despesa com Ajuste de Estoques
a Estoque de Mercadorias R$ 1.100,00
b) Despesa com Ajuste de Estoques
a Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo R$ 1.100,00
c) Estoque de Mercadorias
a Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo R$ 2.050,00
d) Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo
a Despesa com Ajuste de Estoques R$ 2.050,00
e) Despesa com Ajuste de Estoques
a Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo R$ 450,00
Resolução:
Já podemos descartar as alternativas A, C e D, tendo em vista que, na avaliação
dos estoques, para ajustar o custo de aquisição ao valor justo (ou valor de
mercado), devemos debitar uma despesa e creditar uma provisão:
Despesa com Ajuste de Estoques
a Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo

A provisão para ajuste ao valor justo (ou valor de mercado) deve ser
constituída somente para os itens cujo valor justo seja inferior ao custo de
aquisição (art. 183, II, Lei das S/A):
Itens Custo de aquisição Valor justo Provisão
Gravadores 50 x 100,00 = 5.000 < 50 x 130,00 = 6.500 -
Vitrolas 30 x 70,00 = 2.100 > 30 x 60,00 = 1.800 300,00
Televisores P & B 100 x 28,00 = 2.800 < 100 x 32,00 = 3.200 -
Televisores em cores 60 x 70,00 = 4.200 > 60 x 60,00 = 3.600 600,00
Máquinas fotográficas 20 x 40,00 = 800 < 20 x 30,00 = 600 200,00
Filmadoras 15 x 40,00 = 600 > 15 x 50,00 = 750 -
Total 1.100,00

Gabarito: Letra B.

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09. (ESAF / Analista de Comércio Exterior - MDIC / 2012) Saldos


contábeis apurados no livro Razão em 31 de dezembro, antes do encerramento
do resultado:
CONTAS SALDOS
Receita de Vendas 21.000,00
Capital Social 15.000,00
Produtos Acabados 14.800,00
Duplicatas a Pagar 14.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas 14.000,00
Duplicatas a Receber 10.000,00
Salários a Pagar 5.200,00
Equipamentos 4.600,00
Caixa 4.000,00
Veículos 3.900,00
Títulos a Pagar a Longo Prazo 3.800,00
Investimentos em Controladas 3.500,00
Salários 3.000,00
Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000,00
Reserva Legal 1.800,00
Impostos 1.700,00
Aluguéis Ativos 1.600,00
Depreciação Acumulada 1.500,00
Prejuízos Acumulados 1.400,00
Reserva de Capital 1.200,00
Despesas Diferidas 1.200,00
Juros Passivos 1.100,00
Provisão p/ Ajuste de Estoques 1.100,00
Elaborando o balanço patrimonial com os títulos acima, obteremos os seguintes
valores:
a) Ativo Circulante R$ 30.000,00
b) Ativo Circulante R$ 28.900,00
c) Ativo Permanente R$ 12.000,00
d) Ativo Não Circulante R$ 12.000,00
e) Ativo Não Circulante R$ 15.000,00
Resolução:
Como as assertivas só contém grupos do ativo, só precisamos calcular os
valores desses grupos:

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Ativo Circulante
Produtos Acabados 14.800,00
Duplicatas a Receber 10.000,00
Caixa 4.000,00
Despesas Diferidas 1.200,00
Provisão p/ Ajuste de Estoques (1.100,00)
Total 28.900,00
Ativo Não Circulante
Equipamentos 4.600,00
Veículos 3.900,00
Investimentos em Controladas 3.500,00
Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000,00
Depreciação Acumulada (1.500,00)
Total 13.500,00
Gabarito: Letra B.

10. (ESAF / AFRFB / 2012) Os bens adquiridos e mantidos pela empresa,


sem a produção de renda e destinados ao uso futuro para expansão das
atividades da empresa, são classificados no balanço como
a) Imobilizado em Andamento.
b) Realizável a Longo Prazo.
c) Propriedades para Investimentos.
d) Investimentos Temporários.
e) Outros Investimentos Permanentes.
Resolução: Também são classificados no Ativo Não Circulante
Investimentos, considerados como outros investimentos permanentes,
"os bens adquiridos e mantidos pela empresa sem a produção de renda
e destinados a uso futuro para expansão das atividades da empresa". A
partir do momento que esses bens forem destinados para as atividades da
companhia, eles deverão ser reclassificados, passando para o imobilizado.
Gabarito: Letra E.

11. (ESAF / AFRFB / 2005) No processo produtivo da empresa Desperdício


S.A., no mês de julho de 2005, ocorreram perdas com rebarbas decorrentes do
corte de tecidos da linha de produção. Em virtude da contratação de funcionário
sem experiência houve a perda de 100 itens por mau uso de equipamentos. De
acordo com os conceitos contábeis, devem ser registradas essas perdas:
a) ambas como custo dos produtos vendidos.

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b) respectivamente, como despesa operacional e custo.


c) ambas como despesas não operacionais no resultado.
d) ambas como despesas operacionais no resultado.
e) respectivamente, como custo e despesa operacional
Resolução:
As perdas com rebarbas decorrentes do corte de tecidos da linha de
produção são perdas normais de produção, portanto, são apropriadas ao
custo.
A perda de 100 itens por mau uso de equipamentos, em virtude da contratação
de funcionário sem experiência, é uma perda excepcional, portanto,
apropriada como despesa. Gabarito: letra E.

12. (ESAF / AFRFB / 2009) Lei n. 6.404/76, com suas diversas atualizações,
determina que, ao fim de cada exercício social, com base na escrituração
mercantil da companhia, exprimindo com clareza a situação do patrimônio e as
mutações ocorridas no exercício, a diretoria fará elaborar as seguintes
demonstrações financeiras:
a) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações
de recursos; demonstração dos fluxos de caixa; e, se companhia aberta,
demonstração do valor adicionado.
b) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e
demonstração do valor adicionado.
c) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações
de recursos; e demonstração das mutações do patrimônio líquido.
d) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações
de recursos; e, se companhia aberta, demonstração das mutações do
patrimônio líquido.
e) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e,
se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Resolução:
A ESAF cobrou uma questão muita parecida no concurso de Auditor de Natal -
2008, conforme visto na nossa aula. Por isso, sempre insisto que exercício é a
melhor forma de fixação da disciplina e de revisar a matéria, bem como

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conhecer como a banca aborda os assuntos em suas provas. As bancas, em


regra, repetem questões de concursos anteriores.
De acordo com a Lei 6.404/76, as demonstrações contábeis obrigatórias são:

Demonstrações Contábeis

Balanço DVA, se cia


DRE DLPA DFC
Patrimonial aberta

A DOAR (demonstração de origem e aplicações de recursos) não mais é


obrigatória. Gabarito: Letra E.

13. (ESAF / ATRFB / 2009) A Companhia Cereais Sereias, em 31 de


dezembro de 2008, apresentou o seguinte rol de contas e saldos:
Ações em Tesouraria 100,00
Caixa 696,00
Despesas Pré-Operacionais 95,00
Mercadorias 1.293,00
Empréstimos Bancários 120,00
Provisão para Devedores Duvidosos 35,00
Custo dos Produtos Vendidos 5.582,00
Fornecedores 437,00
Capital Social 4.591,00
Duplicatas a Receber 1.302,00
Vendas de Produtos 7.675,00
Duplicatas Descontadas 280,00
Despesas Gerais e Administrativas 1.141,00
Máquinas e Equipamentos 3.106,00
Juros Passivos a Vencer 48,00
Depreciação Acumulada 225,00
Ao realizar o levantamento do balanço patrimonial, o Contador da empresa
certamente encontrará um Ativo total no valor de
a) R$ 5.625,00.
b) R$ 6.000,00.
c) R$ 5.905,00.
d) R$ 5.720,00.
e) R$ 6.100,00.
Resolução:

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Somando as contas do ativo:


Caixa 696,00
Despesas Pré-Operacionais¹ 95,00
Mercadorias 1.293,00
(-) Provisão para Devedores Duvidosos (Redutora do Ativo) (35,00)
Duplicatas a Receber 1.302,00
(-) Duplicatas Descontadas² (Redutora do Ativo) (280,00)
Máquinas e Equipamentos 3.106,00
Juros Passivos a Vencer 48,00
(-) Depreciação Acumulada (Redutora do Ativo) (225,00)
Total do Ativo 6.000,00

1 - Quanto a conta Despesas Pré-Operacionais, do subgrupo Ativo Diferido, do


qual fazia parte, foi extinto pela MP 449/08, convertida na Lei 11.941/09.
Porém, conforme “Art. 299-A, o saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no
ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de
contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua
completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o
§ 3o do art. 183 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)”.
2 - A conta duplicatas descontadas, tecnicamente, hoje, é classificada no
passivo circulante. Este posicionamento encontra-se de acordo com as normas
internacionais e com o Manual de Contabilidade Societária emitido pelo
FIPECAFI. Assim, atualmente, o valor correto do ativo é:
Caixa 696,00
Despesas Pré-Operacionais¹ 95,00
Mercadorias 1.293,00
(-) Provisão para Devedores Duvidosos (Redutora do Ativo) (35,00)
Duplicatas a Receber 1.302,00
Máquinas e Equipamentos 3.106,00
Juros Passivos a Vencer 48,00
(-) Depreciação Acumulada (Redutora do Ativo) (225,00)
Total do Ativo 6.280,00
Gabarito da banca: Letra B.
Gabarito adaptado: R$ 6.280,00.

14. (ESAF / Analista de Finanças e Controle - STN / 2013) A empresa


Produtividade S.A. teve, no último período, um anormal alto volume de
produção. Dessa forma, a entidade deve alocar o custo fixo:
a) em sua totalidade de formar a atribuir o custo efetivo do produto produzido
aos estoques.

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b) diminuindo-o, de maneira que os estoques não sejam mensurados acima do


custo.
c) pelo método UEPS, de forma a reconhecer o custo mais próximo do valor de
reposição.
d) até o limite da normalidade nos estoques e o restante reconhecer nos lucros
acumulados.
e) reconhecendo-o em sua totalidade diretamente no resultado do período,
afetando todos os produtos vendidos no período.
Resolução:
Conforme o Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques - item 13:
Em períodos de anormal alto volume de produção, o montante de custo
fixo alocado a cada unidade produzida deve ser diminuído, de maneira que
os estoques não sejam mensurados acima do custo. Gabarito: Letra B.

15. (ESAF / Analista Técnico - Controle e Fiscalização - SUSEP / 2010)


Assinale abaixo a opção onde consta a única assertiva que não é verdadeira
neste quesito.
b) A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a
R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada a elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
c) A legislação atual exige das companhias a elaboração da demonstração dos
fluxos de caixa e da demonstração do valor adicionado. Esta última será
dispensada se a companhia não for aberta.
Resolução:
b) Segundo § 6o, art. 176, da Lei das S/A, a companhia fechada com
patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois
milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da
demonstração dos fluxos de caixa. Gabarito: Verdadeiro.
c) Já vimos que, dentre as demonstrações contábeis obrigatórias, temos a
demonstração dos fluxos de caixa e se companhia aberta, a
demonstração do valor adicionado. Gabarito: Verdadeiro.

16. (ESAF / AFRFB / 2009) A firma comercial Alvorada Mineira Ltda. adquiriu
um bem de uso por R$ 6.000,00, pagando uma entrada de 25% em dinheiro e
financiando o restante em três parcelas mensais e iguais. A operação foi
tributada com ICMS de 12%.
Ao ser contabilizada a operação acima, o patrimônio da firma Alvorada
evidenciará um aumento no ativo no valor de:

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a) R$ 6.720,00.
b) R$ 4.500,00.
c) R$ 5.220,00.
d) R$ 5.280,00.
e) R$ 3.780,00.
Resolução:
Questão fácil. Essa você não pode errar.
O bem foi adquirido por R$ 6.000,00.
Não temos ICMS a recuperar, porque conforme a Lei Complementar 87/96: I –
somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo
do estabelecimento nele entradas a partir de 1o de janeiro de 2020. Assim, o
ICMS integrará o custo de aquisição.
Lançamento:
D – Bem de uso (aumento do ativo) 6.000,00
C – Caixa (Reduz o ativo) 1.500,00 (25% X 6.000)
C – Financiamentos a pagar (aumenta o passivo) 4.500,00 (6.000 - 1.5000)
Assim, ocorreu um aumento no ativo no valor de R$ 4.500,00:
Variação do ativo = Aumentos – diminuições
Variação do ativo = 6.000,00 – 1.500,00 = R$ 4.500,00. Gabarito: Letra B.

17. (ESAF / AFRFB / 2012) De conformidade com a legislação societária


atualizada, os saldos existentes em 31.12.2008, no Ativo Diferido, poderiam ser
a) integralmente baixados para as contas de Despesas Não Operacionais,
quando não apresentassem condições de recuperação e realocados a outros
ativos, quando fosse o caso.
b) realocados de acordo com a sua natureza e finalidade a outro grupo do ativo
e reclassificados como Ajustes de Exercícios Anteriores, caso não fosse possível
realizar esta realocação em bases confiáveis.
c) reclassificados para uma conta transitória de Ajustes de Conversão, para
aqueles que pudessem ser identificados em bases confiáveis e o excedente, se
fosse o caso, estornados contra a conta de Ganhos/Perdas de itens
Descontinuados.
d) alocados a outro grupo de contas, de acordo com a sua natureza, ou
permanecer no ativo sob esta classificação até a completa amortização, desde
que sujeito à análise de imparidade.

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e) transferidos integralmente para a conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial,


deduzido da avaliação do valor recuperável.
Resolução:
Cobrança literal do art. 299-A da Lei 6.404/76:
“Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido
que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá
permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização,
sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183. (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009)” Gabarito: Letra D.

18. (FCC / ISS – SP / 2012) No reconhecimento inicial, NÃO compõe o custo


de um item do ativo imobilizado os
a) impostos não recuperáveis sobre a compra.
b) custos de fretes e manuseio.
c) custos de montagem.
d) custos de preparação do local de instalação.
e) custos com a promoção de produtos gerados por tal ativo.
Resolução:
Compõe o custo de um item do ativo imobilizado:
a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e
impostos não recuperáveis sobre a compra;
b) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e
de restauração do local;
c) custos de benefícios aos empregados;
d) custos de preparação do local;
e) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
e) custos de instalação e montagem;
f) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de
qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição; e
(f) honorários profissionais.

Exemplos que não são custos atribuíveis ao ativo imobilizado:


(a) custos de abertura de nova instalação;
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);

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(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.
Gabarito: Letra E.

19. (FCC / Auditor Interno – TJ PI / 2009) Após o advento da Lei nº


11.638/2007 e da MP no 449/2008 (atual Lei nº 11.491/2009), a auditoria de
aplicações financeiras, destinadas à negociação ou disponíveis para venda,
deverá verificar se os respectivos instrumentos financeiros estão avaliados pelo
a) custo de aquisição.
b) custo de aquisição ou pelo valor de mercado, o que for menor.
c) custo de aquisição, deduzidas as comissões e corretagens para a venda.
d) valor de negociação, deduzidas as comissões e corretagens para venda.
e) valor justo.
Resolução:
De acordo com o art. 183, I, Lei das S/A, as aplicações em instrumentos
financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos,
destinadas à negociação ou disponíveis para a venda, devem ser avaliadas
pelo valor justo. Gabarito: Letra E.

20. (ESAF / AFRFB / 2012) O conjunto completo das demonstrações


contábeis exigidas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade inclui
a) o relatório do Conselho de Administração e as Notas Explicativas,
compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas.
b) o resumo das políticas Contábeis e o Valor Adicionado obrigatoriamente a
todos os tipos de entidade.
c) a Demonstração do Valor Adicionado, se entidade prestadora de serviços, e
de Resultado Abrangente, se instituição financeira.
d) as Demonstrações dos Fluxos de Caixa e das Mutações do Patrimônio Líquido
do período.
e) a Demonstração da Conta Lucros / Prejuízos Acumulados e o Relatório de
Impacto Ambiental.
Resolução:
As demonstrações contábeis obrigatórias, de acordo com a Lei
6.404/76 (Lei das S/A), são:

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Demonstrações Contábeis

Balanço DVA, se cia


DRE DLPA DFC
Patrimonial aberta

Ainda, de acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em


conformidade com o CPC 26 (R1) – Apresentação das demonstrações contábeis
– são demonstrações contábeis obrigatórias, além das previstas na Lei das S/A,
a demonstração das mutações do patrimônio líquido – DMPL (substitui
a DLPA) e a demonstração dos resultados abrangentes - DRA.
Como as Normas Brasileiras de Contabilidade inclui os pronunciamentos
do CPC, são demonstrações contábeis exigidas por essa Norma:
 Balanço Patrimonial;
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
 Demonstração do Valor Adicionado (DVA); e
 Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA).

Gabarito: Letra D.

21. (ESAF / Analista Mercado de Capitais - CVM / 2010) Ao fim do


exercício social, a empresa Mel & Doces Ltda., ao inventariar três dos seus
produtos para venda, apurou a seguinte situação em quantidades e custos de
aquisição:
Item ALFA = 500 unidades ao custo unitário de R$ 3,00;
Item BETA = 100 unidades ao custo unitário de R$ 12,00;
Item ZETA = 300 unidades ao custo unitário de R$ 20,00.
As despesas estimadas com a venda equivalem a 10% do preço de custo. O
preço de venda em vigor no dia do balanço era o seguinte: R$ 3,50 para o item
ALFA; R$ 10,00 para o item BETA e R$ 20,00 para o item ZETA.
Em face da situação descrita, após registrar os ajustes e provisões necessárias
ao cumprimento das normas, a empresa levará a balanço, como saldo
representativo desses três estoques, o valor de
a) R$ 7.780,00
b) R$ 7.880,00
c) R$ 8.500,00
d) R$ 8.750,00
e) R$ 8.700,00

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Resolução:
Os estoques objeto do Pronunciamento CPC 16 (R1) devem ser
mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois
o menor.
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso
normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e
dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.
Valor realizável líquido = PV estimado - despesas estimadas de venda.
Comparando os valores por produto, temos:
Produto Alfa:
Custo = 500 x 3,00 = 1.500,00.
Valor realizável líquido = PV estimado - despesas estimadas de venda.
Valor realizável líquido = 3,5 x 500 – 10% x 1.500
Valor realizável líquido = 1750 – 150 = 1.600,00.
Deve ser avaliado pelo custo, que é menor.
Produto Beta
Custo = 100 x 12,00 = 1.200,00.
Valor realizável líquido = 10 x 100 – 10% x 1.200
Valor realizável líquido = 1.000 – 120 = 880,00.
Deve ser avaliado pelo valor realizável líquido, que é menor.
Produto Zeta
Custo = 300,00 x 20,00 = 6.000,00.
Valor realizável líquido = 20 x 300 – 10% x 6.000
Valor realizável líquido = 6.000 – 600 = 5.400,00.
Deve ser avaliado pelo valor realizável líquido, que é menor.
Assim, a empresa levará a balanço, como saldo representativo desses três
estoques, o valor de
Estoques = 1.500 + 880 + 5.400 = R$ 7.780,00.
Gabarito: Letra A.

22. (ESAF / AFRFB / 2012) Nas operações de mercadorias, o valor dos gastos
com transportes, quando estes são feitos sob a responsabilidade do comprador,
a) aumentam o valor das mercadorias compradas.
b) são registrados a débito de uma conta de despesa.

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c) diminuem o valor dos estoques de mercadorias.


d) não geram efeitos no custo das mercadorias vendidas quando estes são
realizados.
e) não afetam o valor dos estoques de mercadorias.
Resolução:
Frete sobre compras (matéria-prima, mercadorias) CUSTO
Frete sobre vendas DESPESA

Os gastos com transportes sobre compras (fretes), de responsabilidade do


comprador, compõem o custo de aquisição das mercadorias, aumentando o
valor das mercadorias compradas. Gabarito: Letra A.

23. (FCC / ACE - GO / 2009) Suponha a aquisição, em 30/11/X8, de um ativo


financeiro no valor de R$ 1.000,00, classificado na data de aquisição em
'disponível para venda'. Este título remunera à taxa de 2% ao mês e o valor de
mercado desse título 30 dias após a sua aquisição é de R$ 1.015,00. De acordo
com estas informações, em 30/12/X8, a empresa registrará,
a) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00.
b) no Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 15,00.
c) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 20,00 e no
Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 5,00 (saldo devedor).
d) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00 e no
Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 20,00 (saldo credor).
e) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00 e no
Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 5,00 (saldo credor).
Resolução:
1) Registro do rendimento à taxa de 2% ao mês:
1.1) Receita Financeira (Resultado) = 1.000,00 x 2% = 20,00. Só com
esse cálculo você já responde à questão, porque a Letra C é a única assertiva
que tem uma receita financeira de R$ 20,00. (Método turbo de resolver as
questões)
Ativo disponível
Receita financeira
para venda
(CA) 1.000 20 (1)
(1) 20
1.020

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Continuando, o título fica registrado a 1.020,00. Mas, o valor justo é de


1.015,00. Logo, devemos creditar a conta ativo disponível para venda, no valor
de R$ 5,00, para que o valor final do título registrado no balanço fique igual ao
valor justo de R$ 1.015,00.
Ativo disponível Ajuste de Avaliação
para venda Patrimonial
1.020 5,00 (2) (2) 5,00

1.015

2) O crédito na conta do ativo tem como contrapartida um débito na conta


Ajuste de Avaliação Patrimonial, conforme lançamento:
D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL)
C – Ativo disponível para venda 5,00
Gabarito: Letra C.

24. (ESAF / Técnico da Receita Federal / 2006) Assinale a opção que


contem a afirmativa incorreta.
a) No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
b) Os ingressos e os custos, as receitas e as despesas, os ganhos e as perdas,
bem como todos os encargos do exercício social devem constar na
Demonstração do Resultado do Exercício.
c) No ativo, as contas serão dispostas em ordem crescente de grau de liquidez
dos elementos nelas registrados, em grupos especificados na lei.
d) Entre os componentes do passivo podemos encontrar as exigibilidades, as
dívidas, os credores, bem como todo e qualquer debito da empresa para com
seus agentes.
e) Entre os componentes do ativo devem ser evidenciados os estoques, as
disponibilidades, os créditos, como também os bens de uso, de renda e de
consumo, existentes na data do balanço.
Resolução:
a) Correta. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia. (Lei 6.404/76, art. 178)
b) Correta. Art. 187, § 1º, Lei da S/A: Na determinação do resultado do
exercício serão computados:

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a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente


da sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.
c) Incorreta. No ativo, as contas serão dispostas em ordem crescente
decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, em grupos
especificados na lei.
d) Correta. Entre os componentes do passivo podemos encontrar as
exigibilidades, as dívidas, os credores, bem como todo e qualquer debito
da empresa para com seus agentes, que serão classificados no Passivo
Circulante ou Não Circulante.
e) Correta. Entre os componentes do ativo devem ser evidenciados os
estoques, as disponibilidades, os créditos, como também os bens de uso,
de renda e de consumo, existentes na data do balanço.
- Estoques, Disponibilidades e Bens de Consumo: Ativo Circulante.
- Créditos (direitos): Ativo Circulante ou Ativo Realizável a Longo Prazo.
- Bens de Uso: Ativo Não Circulante Imobilizado.
- Bens de Renda: Ativo Circulante ou Ativo Não Circulante Investimentos.
Gabarito: Letra C.

25. (FCC / ICMS – SP / 2013) Os gastos do Departamento de Manutenção e


Reparos de um Laticínio para realizar a pintura do imóvel onde está localizada
a Administração Geral da empresa devem ser classificados, no período em que
foram incorridos, como:
a) imobilização.
b) investimento.
c) despesa.
d) custo.
e) perda.
Resolução:
De acordo com o CPC 27 – Ativo imobilizado, a entidade não reconhece
no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção
periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado
quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os
custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de
pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo
para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado.
Esquematização:

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Custos Gastos Reconhecimento


Manutenção e Gastos do período São reconhecidos no resultado
reparos quando incorridos
Peças e reposição ou Gastos de capital São reconhecidas no valor
paradas programadas contábil do ativo imobilizado

Gabarito: Letra C.

26. (ESAF / Técnico da Receita Federal / 2002) O patrimônio da Empresa


Alvas Flores, em 31.12.01, era composto pelas seguintes contas e respectivos
saldos, em valores simbólicos.
Caixa R$ 100,00
Capital Social R$ 350,00
Empréstimos Obtidos LP R$ 150,00
Bancos c/ Movimento R$ 200,00
Lucros Acumulados R$ 200,00
Fornecedores R$ 100,00
Contas a Receber R$ 100,00
Empréstimos Concedidos LP R$ 100,00
Dividendos a Pagar R$ 150,00
Duplicatas Emitidas R$ 800,00
Notas Promissórias Emitidas R$ 500,00
Adiantamento de Clientes R$ 200,00
Impostos a Pagar R$ 50,00
Equipamentos R$ 100,00
Clientes R$ 450,00
Reserva Legal R$ 100,00
Mercadorias R$ 500,00
Notas Promissórias Aceitas R$ 250,00
Duplicatas Aceitas R$ 1.000,00
Patentes R$ 200,00
A representação gráfica do patrimônio que acima se compõe evidenciará um
ativo total no valor de
a) R$ 2.400,00
b) R$ 2.600,00
c) R$ 2.800,00
d) R$ 2.850,00
e) R$ 3.050,00
Resolução:

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São contas do ativo:


Caixa R$ 100,00
Bancos c/ Movimento R$ 200,00
Contas a Receber R$ 100,00
Empréstimos Concedidos LP R$ 100,00
Duplicatas Emitidas R$ 800,00
Equipamentos R$ 100,00
Clientes R$ 450,00
Mercadorias R$ 500,00
Notas Promissórias Aceitas R$ 250,00
Patentes R$ 200,00
Total do Ativo R$ 2.800,00

Segue uma tabela com o tratamento dado as duplicatas e as notas promissórias:


Título de crédito Devedor ou credor Classificação Nome da conta

Duplicata emitidas Credor (emissor) Ativo (Direito) Duplicatas a receber

Duplicata aceitas Devedor (aceite) Passivo Duplicatas a pagar


(obrigação)

Nota promissória Credor (sacador) Ativo (Direito) Promissórias a


aceitas receber

Nota promissória Devedor (sacado) Passivo Promissórias a pagar


emitidas (obrigação)

Gabarito: Letra C.

27. (FCC / MPE – RN / 2012) Os saldos das contas “Peças e Conjuntos de


Reposição” e “Ajustes Patrimoniais Financeiros” são evidenciados no balanço
Patrimonial, respectivamente, como
a) ativo circulante e intangível.
b) imobilizado e patrimônio líquido.
c) intangível e passivo não circulante.
d) realizável a longo prazo e passivo circulante.
e) diferido e intangível.
Resolução:
Peças e Conjuntos de Reposição são “estoques” de peças para reposição
futura, caso haja desgaste ou quebra de máquinas, equipamentos, etc. Sendo
assim, Peças e Conjuntos de Reposição devem ser classificados no Ativo
Imobilizado, em subconta específica.
Esquematização:

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Custos Gastos Reconhecimento


Manutenção e Gastos do período São reconhecidos no
reparos resultado quando incorridos
Peças e reposição ou Gastos de capital São reconhecidas no valor
paradas programadas contábil do ativo imobilizado

Já temos o gabarito, letra B.


Os Ajustes Patrimoniais Financeiros, por outro lado, é conta de Ajuste de
Avaliação Patrimonial, presente no Patrimônio Líquido, que registra as
variações de valor dos ativos financeiros classificados como “disponíveis para a
venda”, que são avaliados a valor justo na data do balanço. Ou seja, é um outro
nome para a conta que conhecemos ao longo do curso. Gabarito: Letra B.

28. (ESAF / ATE - MS / 2001) As contas e saldos listados a seguir foram


extraídos, entre outras contas, do Livro Razão da Cia. Comercindústria, no
último dia do exercício social:
Contas (em ordem alfabética) saldos(R$)
Ações de Coligadas 100,00
Aluguéis a Pagar 150,00
Aluguéis a Receber 200,00
Caixa 250,00
Capital a Integralizar 300,00
Capital Social 950,00
Clientes 900,00
Duplicatas Aceitas 850,00
Duplicatas Emitidas 800,00
Fornecedores 750,00
Juros Ativos 700,00
Juros Passivos 650,00
Máquinas e Equipamentos 600,00
Materiais 550,00
Mercadorias 500,00
Notas Promissórias Aceitas 450,00
Notas Promissórias Emitidas 400,00
Receitas a Receber 350,00
Receitas a Vencer 300,00
Considerando, exclusivamente, as contas acima listadas, podemos verificar que
os saldos devedores e os créditos da empresa estão nelas evidenciados,
respectivamente, pelos valores de:
a) R$ 5.650,00 e R$ 4.100,00

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b) R$ 2.700,00 e R$ 3.800,00
c) R$ 2.900,00 e R$ 4.200,00
d) R$ 5.300,00 e R$ 4.450,00
e) R$ 5.650,00 e R$ 3.000,00
Resolução:
Saldos devedores são as contas que apresentam saldo desta natureza. Os
créditos, por seu turno, são os direitos da empresa.
Primeiro, vamos classificar cada uma das contas:
Contas Classificação Devedor Credor
Ações de Coligadas Ativo 100,00
Aluguéis a Pagar Passivo Exigível 150,00
Aluguéis a Receber Ativo 200,00
Caixa Ativo 250,00
Capital a Integralizar Redutora do PL 300,00
Capital Social PL 950,00
Clientes Ativo 900,00
Duplicatas Aceitas Passivo Exigível 850,00
Duplicatas Emitidas Ativo 800,00
Fornecedores Passivo Exigível 750,00
Juros Ativos Receita 700,00
Juros Passivos Despesa 650,00
Máquinas e Equipamentos Ativo 600,00
Materiais Ativo 550,00
Mercadorias Ativo 500,00
Notas Promissórias Aceitas Ativo 450,00
Notas Promissórias Emitidas Passivo Exigível 400,00
Receitas a Receber Ativo 350,00
Receitas a Vencer Passivo Exigível 300,00
Total - 5.650,00 4.100,00

Total do saldo devedor igual a R$ 5.650,00.


O valor do Créditos da empresa é igual a:
Contas Classificação Valor (R$)
Aluguéis a Receber Ativo 200,00
Capital a Integralizar Redutora do PL 300,00
Clientes Ativo 900,00
Duplicatas Emitidas Ativo 800,00
Notas Promissórias Aceitas Ativo 450,00
Receitas a Receber Ativo 350,00
Total 3.000,00
Créditos no valor de R$ 3.000,00. Gabarito: Letra E.

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29. (ESAF / AFC – STN / 2013) Com relação à atribuição e reconhecimento


de valor do imobilizado, pode-se afirmar que:
a) um bem adquirido e mantido pela entidade por um período superior a dois
exercícios mesmo que a empresa não o utilize no desenvolvimento de suas
atividades é classificado no imobilizado.
b) as aplicações de recursos que impliquem em dilatação de tempo de vida útil
de um bem de uso na atividade desenvolvida pela entidade devem ser
reconhecidos como despesas de período.
c) os recursos utilizados para a manutenção do imobilizado em condições de uso
mesmo que estas condições ocorram em período inferior a um ano sempre serão
tratadas como ativo fixo.
d) os desembolsos relacionados ao aumento da capacidade de utilização quando
confiavelmente mensuráveis são consideradas como despesas não correntes.
e) os gastos efetuados para restaurar a capacidade de funcionamento normal
do bem, sem provocar aumento de vida útil econômica, são tratados como
despesas de período.
Resolução:
Vamos avaliar as alternativas.
a) incorreta. A entidade somente deverá reconhecer no Ativo Imobilizado os
bens adquiridos, que sejam aproveitados por mais de um exercício, desde que
aplicados no desenvolvimento de suas atividades, ainda que indiretamente
(como apoio, suporte).
b) incorreta. As aplicações de recursos efetuadas de maneira a aumentar a vida
útil do ativo imobilizado são classificadas como "gastos de capital", devendo ser
adicionados diretamente ao valor contábil do ativo.
c) incorreta. Os recursos utilizados para a manutenção do imobilizado em
condições de uso somente podem ser tratados como "ativo fixo" ou "gastos de
capital" se beneficiarem o ativo por mais de um exercício. Caso contrário,
deverão ser reconhecidos como despesas do período.
d) incorreta. Desembolsos relacionados ao aumento da capacidade de utilização
quando confiavelmente mensuráveis são considerados como Gastos de Capital
e, portanto, agregados ao Ativo Imobilizado. Não devem ser considerados como
despesas (não correntes seriam não usuais).
e) correta. Gastos efetuados apenas de maneira a manter o bem operacional,
sem interferir sobre sua vida útil, devem ser tratados como despesa do período.
Gabarito: Letra E.

30) (ESAF / ADAPTADA / TCU / 2000) A empresa S.A. Indústria e Comércio


produz tornos metálicos e outras ferramentas industriais que são

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comercializados em operações de venda, tanto a vista como a prazo. Seu


exercício financeiro coincide com o ano-calendário. Em 21 de dezembro de 1999
o Diretor Financeiro dessa empresa, que também é seu acionista, obteve na
Tesouraria um empréstimo de R$ 6.000,00, assinando uma promissória vencível
em 25 do mês seguinte. No mesmo dia, esse Diretor comprou a prazo algumas
ferramentas, na própria loja da fábrica, assinando três notas promissórias de
R$ 600,00, vencíveis a 60, 120 e 180 dias. As operações foram debitadas em
Títulos a Receber.
Ao encerrar o exercício em 31 de dezembro do referido ano, deverá constar no
balanço patrimonial dessa empresa a conta “Títulos a Receber” com saldo de
a) R$ 7.800,00 no ativo circulante
b) R$ 7.800,00 no ativo não circulante realizável a longo prazo
c) R$ 6.000,00 no ativo circulante
d) R$ 6.000,00 no ativo circulante e de R$ 1.800,00 no ativo não circulante
realizável a longo prazo
e) R$ 1.800,00 no ativo circulante e de R$ 6.000,00 no ativo não circulante
realizável a longo prazo
Resolução:
O empréstimo ao Diretor no valor de R$ 6.000,00 constitui um negócio com
pessoa ligada em operação não usual à exploração da atividade da empresa,
portanto, deve ser classificado no ativo não circulante realizável a longo
prazo, independente do prazo para recebimento.
A compra de ferramentas pelo Diretor constitui uma operação usual à
exploração da atividade da companhia, por isso, a classificação do crédito
deve ser de acordo com o prazo de recebimento. Assim, por vencerem no
exercício seguinte, as três notas promissórias, no valor de R$ 1.800,00,
serão classificadas no ativo circulante. Gabarito: Letra E.

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9 – Lista de exercícios

01. (FCC / Adaptada / TCE-CE / 2015) Uma empresa apresentava, no dia


01/12/2013, um excedente de caixa no valor total de R$ 3.000.000,00, e
decidiu investi-los em ativos financeiros com as seguintes características:

Classificação pela empresa Valor aplicado (R$) Taxa de juros Data de vencimento

Destinados para venda imediata 1.500.000,00 1,0 % a.m. 01/12/2015

Mantido até o vencimento 500.000,00 1,4 % a.m. 01/12/2020

Disponível para venda futura 1.000.000,00 1,2 % a.m. 01/12/2018

Na data da elaboração do Balanço Patrimonial de 31/12/2013, a empresa


identificou que os valores justos para estes ativos eram os seguintes:

Classificação pela empresa Valor Justo em (R$)

Destinados para venda imediata 1.510.000,00

Mantido até o vencimento 509.000,00

Disponível para venda futura 1.014.000,00

O valor total, a ser evidenciado na Demonstração do Resultado de 2013,


correspondente às aplicações efetuadas pela empresa nos títulos acima é, em
reais,
a) 7.000,00.
b) 32.000,00.
c) 33.000,00.
d) 29.000,00.
e) 31.000,00.

02. (ESAF / ATRFB / 2009) No balanço de encerramento do exercício social,


as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem
e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da companhia.
No ativo patrimonial, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau
de liquidez dos elementos nelas registrados, compondo os seguintes grupos:
a) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo
imobilizado; e intangível.

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b) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; e ativo permanente, dividido


em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
c) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo
prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
d) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo
imobilizado; e ativo diferido.
e) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo
prazo, investimentos, imobilizado e diferido.

03. (ESAF / ATRFB / 2009) Em relação ao encerramento do exercício social


e à composição dos grupos e subgrupos do balanço, assinale abaixo a opção
falsa.
a) No ativo circulante, serão incluídas as disponibilidades, os direitos realizáveis
no curso do exercício social e as aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte.
b) No intangível, serão classificados os direitos que tenham por objeto bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
c) Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior
que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base
o prazo desse ciclo.
d) Em investimentos, serão classificadas as participações permanentes em
outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo
circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou
da empresa.
e) No ativo imobilizado, serão classificados os direitos que tenham por objeto
bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses
bens.

04. (ESAF / AFRFB / 2009) A diminuição do valor dos elementos do ativo


será registrada periodicamente nas contas de:
a) provisão para perdas prováveis, quando corresponder à perda por ajuste ao
valor provável de realização, quando este for inferior.
b) depreciação, quando corresponder à perda do valor de capital aplicado na
aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial.

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c) exaustão, quando corresponder à perda de valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência.
d) provisão para ajuste ao valor de mercado, quando corresponder à perda pelo
ajuste do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for superior.
e) amortização, quando corresponder à perda de valor, decorrente da
exploração de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens
aplicados nessa exploração.

05. (ESAF / ATRFB / 2012) Uma empresa, cujo livro Razão contém essas
contas, apresentou os seguintes saldos para compor o balanço patrimonial em
31/12/2011.
01 - Ações de Coligadas 10.000,00
02 - Aluguéis pagos Antecipadamente 1.200,00
03 – Bancos c/Movimento 20.000,00
04 – Bancos c/Poupança 6.000,00
05 – Caixa 3.000,00
06 – Capital a Integralizar 12.000,00
07 – Capital Social 55.000,00
08 – Clientes 9.000,00
09 – Contas a Receber 11.000,00
10 – Depreciação Acumulada 3.500,00
11 – Despesa de Organização 2.500,00
12 – Despesas Pré-Operacionais 2.000,00
13 – Duplicatas a Pagar 25.000,00
14 – Duplicatas a Receber 15.000,00
15 – Duplicatas Descontadas 8.000,00
16 – Empréstimos a Coligadas 6.500,00
17 – Empréstimos Bancários 32.000,00
18 – Endosso para Desconto 8.000,00
19 – Móveis e Utensílios 21.000,00
20 – Prov. p/Créditos de Liquidação Duvidosa 1.000,00
21 – Provisão para Férias 3.000,00
22 – Provisão para Imposto de Renda 4.500,00
23 – Reserva Legal 2.000,00
24 – Seguros a Vencer 1.800,00
25 – Títulos Endossados 8.000,00
26 – Títulos a Receber 13.000,00
Ao elaborar o balanço patrimonial a empresa vai apresentar um Ativo Circulante
no valor de
a) R$ 58.000,00.
b) R$ 68.000,00.

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c) R$ 69.800,00.
d) R$ 71.000,00.
e) R$ 79.000,00.

06. (ESAF / Analista de Finanças e Controle/Contábil - STN / 2013) O


valor desembolsado para o registro de uma nova patente deve ser reconhecido:
a) em despesas antecipadas.
b) como um intangível.
c) no ativo imobilizado.
d) em gasto de investimento.
e) na conta de outra despesa operacional.

07. (ESAF / Analista - CVM / 2010) A quantificação do ajuste a valor


presente deverá ser realizada em base exponencial “pro rata die”, a partir da
origem de cada transação, sendo os seus efeitos apropriados nas contas a que
se vinculam. ( ) Certo ou ( ) errado.

08. (ESAF / TCE-ES / 2001) A loja Cine/Foto/Som levantou os seguintes


estoques, em 31/12/2000, a preço unitário de custo e de mercado:
Item Custo Mercado
50 gravadores 100,00 130,00
30 vitrolas 70,00 60,00
100 televisores P & B 28,00 32,00
60 televisores em cores 70,00 60,00
20 máquinas fotográficas 40,00 30,00
15 filmadoras 40,00 50,00

A loja sabe que terá de aplicar as regras da Lei nº 6.404/76 para avaliação
desses estoques, por isso, para fins de balanço, terá que mandar providenciar
o seguinte lançamento:
a) Despesa com Ajuste de Estoques
a Estoque de Mercadorias R$ 1.100,00
b) Despesa com Ajuste de Estoques
a Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo R$ 1.100,00
c) Estoque de Mercadorias
a Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo R$ 2.050,00

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d) Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo


a Despesa com Ajuste de Estoques R$ 2.050,00
e) Despesa com Ajuste de Estoques
a Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo R$ 450,00

09. (ESAF / Analista de Comércio Exterior - MDIC / 2012) Saldos


contábeis apurados no livro Razão em 31 de dezembro, antes do encerramento
do resultado:
CONTAS SALDOS
Receita de Vendas 21.000,00
Capital Social 15.000,00
Produtos Acabados 14.800,00
Duplicatas a Pagar 14.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas 14.000,00
Duplicatas a Receber 10.000,00
Salários a Pagar 5.200,00
Equipamentos 4.600,00
Caixa 4.000,00
Veículos 3.900,00
Títulos a Pagar a Longo Prazo 3.800,00
Investimentos em Controladas 3.500,00
Salários 3.000,00
Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000,00
Reserva Legal 1.800,00
Impostos 1.700,00
Aluguéis Ativos 1.600,00
Depreciação Acumulada 1.500,00
Prejuízos Acumulados 1.400,00
Reserva de Capital 1.200,00
Despesas Diferidas 1.200,00
Juros Passivos 1.100,00
Provisão p/ Ajuste de Estoques 1.100,00
Elaborando o balanço patrimonial com os títulos acima, obteremos os seguintes
valores:
a) Ativo Circulante R$ 30.000,00
b) Ativo Circulante R$ 28.900,00
c) Ativo Permanente R$ 12.000,00
d) Ativo Não Circulante R$ 12.000,00
e) Ativo Não Circulante R$ 15.000,00

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10. (ESAF / AFRFB / 2012) Os bens adquiridos e mantidos pela empresa,


sem a produção de renda e destinados ao uso futuro para expansão das
atividades da empresa, são classificados no balanço como
a) Imobilizado em Andamento.
b) Realizável a Longo Prazo.
c) Propriedades para Investimentos.
d) Investimentos Temporários.
e) Outros Investimentos Permanentes.

11. (ESAF / AFRFB / 2005) No processo produtivo da empresa Desperdício


S.A., no mês de julho de 2005, ocorreram perdas com rebarbas decorrentes do
corte de tecidos da linha de produção. Em virtude da contratação de funcionário
sem experiência houve a perda de 100 itens por mau uso de equipamentos. De
acordo com os conceitos contábeis, devem ser registradas essas perdas:
a) ambas como custo dos produtos vendidos.
b) respectivamente, como despesa operacional e custo.
c) ambas como despesas não operacionais no resultado.
d) ambas como despesas operacionais no resultado.
e) respectivamente, como custo e despesa operacional

12. (ESAF / AFRFB / 2009) Lei n. 6.404/76, com suas diversas atualizações,
determina que, ao fim de cada exercício social, com base na escrituração
mercantil da companhia, exprimindo com clareza a situação do patrimônio e as
mutações ocorridas no exercício, a diretoria fará elaborar as seguintes
demonstrações financeiras:
a) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações
de recursos; demonstração dos fluxos de caixa; e, se companhia aberta,
demonstração do valor adicionado.
b) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e
demonstração do valor adicionado.
c) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações
de recursos; e demonstração das mutações do patrimônio líquido.
d) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações

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de recursos; e, se companhia aberta, demonstração das mutações do


patrimônio líquido.
e) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e,
se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

13. (ESAF / ATRFB / 2009) A Companhia Cereais Sereias, em 31 de


dezembro de 2008, apresentou o seguinte rol de contas e saldos:
Ações em Tesouraria 100,00
Caixa 696,00
Despesas Pré-Operacionais 95,00
Mercadorias 1.293,00
Empréstimos Bancários 120,00
Provisão para Devedores Duvidosos 35,00
Custo dos Produtos Vendidos 5.582,00
Fornecedores 437,00
Capital Social 4.591,00
Duplicatas a Receber 1.302,00
Vendas de Produtos 7.675,00
Duplicatas Descontadas 280,00
Despesas Gerais e Administrativas 1.141,00
Máquinas e Equipamentos 3.106,00
Juros Passivos a Vencer 48,00
Depreciação Acumulada 225,00
Ao realizar o levantamento do balanço patrimonial, o Contador da empresa
certamente encontrará um Ativo total no valor de
a) R$ 5.625,00.
b) R$ 6.000,00.
c) R$ 5.905,00.
d) R$ 5.720,00.
e) R$ 6.100,00.

14. (ESAF / Analista de Finanças e Controle - STN / 2013) A empresa


Produtividade S.A. teve, no último período, um anormal alto volume de
produção. Dessa forma, a entidade deve alocar o custo fixo:
a) em sua totalidade de formar a atribuir o custo efetivo do produto produzido
aos estoques.
b) diminuindo-o, de maneira que os estoques não sejam mensurados acima do
custo.

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c) pelo método UEPS, de forma a reconhecer o custo mais próximo do valor de


reposição.
d) até o limite da normalidade nos estoques e o restante reconhecer nos lucros
acumulados.
e) reconhecendo-o em sua totalidade diretamente no resultado do período,
afetando todos os produtos vendidos no período.

15. (ESAF / Analista Técnico - Controle e Fiscalização - SUSEP / 2010)


Assinale abaixo a opção onde consta a única assertiva que não é verdadeira
neste quesito.
b) A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a
R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada a elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
c) A legislação atual exige das companhias a elaboração da demonstração dos
fluxos de caixa e da demonstração do valor adicionado. Esta última será
dispensada se a companhia não for aberta.

16. (ESAF / AFRFB / 2009) A firma comercial Alvorada Mineira Ltda. adquiriu
um bem de uso por R$ 6.000,00, pagando uma entrada de 25% em dinheiro e
financiando o restante em três parcelas mensais e iguais. A operação foi
tributada com ICMS de 12%.
Ao ser contabilizada a operação acima, o patrimônio da firma Alvorada
evidenciará um aumento no ativo no valor de:
a) R$ 6.720,00.
b) R$ 4.500,00.
c) R$ 5.220,00.
d) R$ 5.280,00.
e) R$ 3.780,00.

17. (ESAF / AFRFB / 2012) De conformidade com a legislação societária


atualizada, os saldos existentes em 31.12.2008, no Ativo Diferido, poderiam ser
a) integralmente baixados para as contas de Despesas Não Operacionais,
quando não apresentassem condições de recuperação e realocados a outros
ativos, quando fosse o caso.
b) realocados de acordo com a sua natureza e finalidade a outro grupo do ativo
e reclassificados como Ajustes de Exercícios Anteriores, caso não fosse possível
realizar esta realocação em bases confiáveis.

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c) reclassificados para uma conta transitória de Ajustes de Conversão, para


aqueles que pudessem ser identificados em bases confiáveis e o excedente, se
fosse o caso, estornados contra a conta de Ganhos/Perdas de itens
Descontinuados.
d) alocados a outro grupo de contas, de acordo com a sua natureza, ou
permanecer no ativo sob esta classificação até a completa amortização, desde
que sujeito à análise de imparidade.
e) transferidos integralmente para a conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial,
deduzido da avaliação do valor recuperável.

18. (FCC / ISS – SP / 2012) No reconhecimento inicial, NÃO compõe o custo


de um item do ativo imobilizado os
a) impostos não recuperáveis sobre a compra.
b) custos de fretes e manuseio.
c) custos de montagem.
d) custos de preparação do local de instalação.
e) custos com a promoção de produtos gerados por tal ativo.

19. (FCC / Auditor Interno – TJ PI / 2009) Após o advento da Lei nº


11.638/2007 e da MP no 449/2008 (atual Lei nº 11.491/2009), a auditoria de
aplicações financeiras, destinadas à negociação ou disponíveis para venda,
deverá verificar se os respectivos instrumentos financeiros estão avaliados pelo
a) custo de aquisição.
b) custo de aquisição ou pelo valor de mercado, o que for menor.
c) custo de aquisição, deduzidas as comissões e corretagens para a venda.
d) valor de negociação, deduzidas as comissões e corretagens para venda.
e) valor justo.

20. (ESAF / AFRFB / 2012) O conjunto completo das demonstrações


contábeis exigidas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade inclui
a) o relatório do Conselho de Administração e as Notas Explicativas,
compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas.
b) o resumo das políticas Contábeis e o Valor Adicionado obrigatoriamente a
todos os tipos de entidade.
c) a Demonstração do Valor Adicionado, se entidade prestadora de serviços, e
de Resultado Abrangente, se instituição financeira.

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d) as Demonstrações dos Fluxos de Caixa e das Mutações do Patrimônio Líquido


do período.
e) a Demonstração da Conta Lucros / Prejuízos Acumulados e o Relatório de
Impacto Ambiental.

21. (ESAF / Analista Mercado de Capitais - CVM / 2010) Ao fim do


exercício social, a empresa Mel & Doces Ltda., ao inventariar três dos seus
produtos para venda, apurou a seguinte situação em quantidades e custos de
aquisição:
Item ALFA = 500 unidades ao custo unitário de R$ 3,00;
Item BETA = 100 unidades ao custo unitário de R$ 12,00;
Item ZETA = 300 unidades ao custo unitário de R$ 20,00.
As despesas estimadas com a venda equivalem a 10% do preço de custo. O
preço de venda em vigor no dia do balanço era o seguinte: R$ 3,50 para o item
ALFA; R$ 10,00 para o item BETA e R$ 20,00 para o item ZETA.
Em face da situação descrita, após registrar os ajustes e provisões necessárias
ao cumprimento das normas, a empresa levará a balanço, como saldo
representativo desses três estoques, o valor de
a) R$ 7.780,00
b) R$ 7.880,00
c) R$ 8.500,00
d) R$ 8.750,00
e) R$ 8.700,00

22. (ESAF / AFRFB / 2012) Nas operações de mercadorias, o valor dos gastos
com transportes, quando estes são feitos sob a responsabilidade do comprador,
a) aumentam o valor das mercadorias compradas.
b) são registrados a débito de uma conta de despesa.
c) diminuem o valor dos estoques de mercadorias.
d) não geram efeitos no custo das mercadorias vendidas quando estes são
realizados.
e) não afetam o valor dos estoques de mercadorias.

23. (FCC / ACE - GO / 2009) Suponha a aquisição, em 30/11/X8, de um ativo


financeiro no valor de R$ 1.000,00, classificado na data de aquisição em
'disponível para venda'. Este título remunera à taxa de 2% ao mês e o valor de

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mercado desse título 30 dias após a sua aquisição é de R$ 1.015,00. De acordo


com estas informações, em 30/12/X8, a empresa registrará,
a) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00.
b) no Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 15,00.
c) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 20,00 e no
Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 5,00 (saldo devedor).
d) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00 e no
Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 20,00 (saldo credor).
e) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00 e no
Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 5,00 (saldo credor).

24. (ESAF / Técnico da Receita Federal / 2006) Assinale a opção que


contem a afirmativa incorreta.
a) No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
b) Os ingressos e os custos, as receitas e as despesas, os ganhos e as perdas,
bem como todos os encargos do exercício social devem constar na
Demonstração do Resultado do Exercício.
c) No ativo, as contas serão dispostas em ordem crescente de grau de liquidez
dos elementos nelas registrados, em grupos especificados na lei.
d) Entre os componentes do passivo podemos encontrar as exigibilidades, as
dívidas, os credores, bem como todo e qualquer debito da empresa para com
seus agentes.
e) Entre os componentes do ativo devem ser evidenciados os estoques, as
disponibilidades, os créditos, como também os bens de uso, de renda e de
consumo, existentes na data do balanço.

25. (FCC / ICMS – SP / 2013) Os gastos do Departamento de Manutenção e


Reparos de um Laticínio para realizar a pintura do imóvel onde está localizada
a Administração Geral da empresa devem ser classificados, no período em que
foram incorridos, como:
a) imobilização.
b) investimento.
c) despesa.
d) custo.
e) perda.

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26. (ESAF / Técnico da Receita Federal / 2002) O patrimônio da Empresa


Alvas Flores, em 31.12.01, era composto pelas seguintes contas e respectivos
saldos, em valores simbólicos.
Caixa R$ 100,00
Capital Social R$ 350,00
Empréstimos Obtidos LP R$ 150,00
Bancos c/ Movimento R$ 200,00
Lucros Acumulados R$ 200,00
Fornecedores R$ 100,00
Contas a Receber R$ 100,00
Empréstimos Concedidos LP R$ 100,00
Dividendos a Pagar R$ 150,00
Duplicatas Emitidas R$ 800,00
Notas Promissórias Emitidas R$ 500,00
Adiantamento de Clientes R$ 200,00
Impostos a Pagar R$ 50,00
Equipamentos R$ 100,00
Clientes R$ 450,00
Reserva Legal R$ 100,00
Mercadorias R$ 500,00
Notas Promissórias Aceitas R$ 250,00
Duplicatas Aceitas R$ 1.000,00
Patentes R$ 200,00
A representação gráfica do patrimônio que acima se compõe evidenciará um
ativo total no valor de
a) R$ 2.400,00
b) R$ 2.600,00
c) R$ 2.800,00
d) R$ 2.850,00
e) R$ 3.050,00

27. (FCC / MPE – RN / 2012) Os saldos das contas “Peças e Conjuntos de


Reposição” e “Ajustes Patrimoniais Financeiros” são evidenciados no balanço
Patrimonial, respectivamente, como
a) ativo circulante e intangível.
b) imobilizado e patrimônio líquido.
c) intangível e passivo não circulante.
d) realizável a longo prazo e passivo circulante.
e) diferido e intangível.

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28. (ESAF / ATE - MS / 2001) As contas e saldos listados a seguir foram


extraídos, entre outras contas, do Livro Razão da Cia. Comercindústria, no
último dia do exercício social:
Contas (em ordem alfabética) saldos(R$)
Ações de Coligadas 100,00
Aluguéis a Pagar 150,00
Aluguéis a Receber 200,00
Caixa 250,00
Capital a Integralizar 300,00
Capital Social 950,00
Clientes 900,00
Duplicatas Aceitas 850,00
Duplicatas Emitidas 800,00
Fornecedores 750,00
Juros Ativos 700,00
Juros Passivos 650,00
Máquinas e Equipamentos 600,00
Materiais 550,00
Mercadorias 500,00
Notas Promissórias Aceitas 450,00
Notas Promissórias Emitidas 400,00
Receitas a Receber 350,00
Receitas a Vencer 300,00
Considerando, exclusivamente, as contas acima listadas, podemos verificar que
os saldos devedores e os créditos da empresa estão nelas evidenciados,
respectivamente, pelos valores de:
a) R$ 5.650,00 e R$ 4.100,00
b) R$ 2.700,00 e R$ 3.800,00
c) R$ 2.900,00 e R$ 4.200,00
d) R$ 5.300,00 e R$ 4.450,00
e) R$ 5.650,00 e R$ 3.000,00

29. (ESAF / AFC – STN / 2013) Com relação à atribuição e reconhecimento


de valor do imobilizado, pode-se afirmar que:
a) um bem adquirido e mantido pela entidade por um período superior a dois
exercícios mesmo que a empresa não o utilize no desenvolvimento de suas
atividades é classificado no imobilizado.

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b) as aplicações de recursos que impliquem em dilatação de tempo de vida útil


de um bem de uso na atividade desenvolvida pela entidade devem ser
reconhecidos como despesas de período.
c) os recursos utilizados para a manutenção do imobilizado em condições de uso
mesmo que estas condições ocorram em período inferior a um ano sempre serão
tratadas como ativo fixo.
d) os desembolsos relacionados ao aumento da capacidade de utilização quando
confiavelmente mensuráveis são consideradas como despesas não correntes.
e) os gastos efetuados para restaurar a capacidade de funcionamento normal
do bem, sem provocar aumento de vida útil econômica, são tratados como
despesas de período.

30) (ESAF / ADAPTADA / TCU / 2000) A empresa S.A. Indústria e Comércio


produz tornos metálicos e outras ferramentas industriais que são
comercializados em operações de venda, tanto a vista como a prazo. Seu
exercício financeiro coincide com o ano-calendário. Em 21 de dezembro de 1999
o Diretor Financeiro dessa empresa, que também é seu acionista, obteve na
Tesouraria um empréstimo de R$ 6.000,00, assinando uma promissória vencível
em 25 do mês seguinte. No mesmo dia, esse Diretor comprou a prazo algumas
ferramentas, na própria loja da fábrica, assinando três notas promissórias de
R$ 600,00, vencíveis a 60, 120 e 180 dias. As operações foram debitadas em
Títulos a Receber.
Ao encerrar o exercício em 31 de dezembro do referido ano, deverá constar no
balanço patrimonial dessa empresa a conta “Títulos a Receber” com saldo de
a) R$ 7.800,00 no ativo circulante
b) R$ 7.800,00 no ativo não circulante realizável a longo prazo
c) R$ 6.000,00 no ativo circulante
d) R$ 6.000,00 no ativo circulante e de R$ 1.800,00 no ativo não circulante
realizável a longo prazo
e) R$ 1.800,00 no ativo circulante e de R$ 6.000,00 no ativo não circulante
realizável a longo prazo

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10 - GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8
D C A A E B C B
9 10 11 12 13 14 15 16

B E E E B* B V, V B
17 18 19 20 21 22 23 24
D E E D A A C C

25 26 27 28 29 30

C C B E E E

* Gabarito atualmente = R$ 6.280,00.

11 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

BRASIL. Lei nº 6.404 e alterações, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe


sobre as Sociedades por Ações.
Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
www.cpc.org.br

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