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Mundialização económica – fenómeno caracterizado pela livre circulação de bens, serviços e

capitais, pela mundialização das empresas, pela existência de um mercado financeiro global e
pelo enfraquecimento da regulação dos mercados e da atividade económica.

Elementos da mundialização económica

- Mundialização das trocas

A abertura das economias aos mercados externos e o crescimento do comércio


internacional, baseado na livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas, é uma das
características deste fenómeno. A expansão das trocas alcança assim, uma dimensão mundial.

- Mundialização das empresas

A definição das estratégias a nível dos mercados e das atividades produtivas é


concebida à escala mundial: as empresas mundializadas realizam investimentos fora do
território da sede, implantando os segmentos do processo produtivo em diferentes países.

- Globalização financeira

O financiamento das empresas mundializadas e a realização do I&D inerente às


mesmas, traduziu-se na intensificação da livre circulação de capitais e na criação de um
mercado financeiro mundial.

- Enfraquecimento das regulações estatais nacionais

A função reguladora dos mercados e da atividade económica, vai sendo transferida


para entidades plurinacionais de índole regional ou mundial, como o BCE (banco central
europeu – entidade a quem cabe regular a organização e o funcionamento do mercado
monetário na zona euro) e a OMC (organização mundial do comércio – a quem foi atribuída a
regulação dos mercados de bens a nível mundial).

O processo de mundialização

A mundialização enquanto fenómeno do mundo contemporâneo está


necessariamente ligada ao processo de evolução tecnológica dos meios de transporte e das
novas tecnologias de informação e comunicação.

A mundialização iniciou-se no século XVI e na época dos Descobrimentos, que se


caracterizou pelo desenvolvimento de trocas mercantis e dos movimentos migratórios que se
seguiram, atingindo várias partes do mundo. O movimento das trocas à escala mundial é
posteriormente, incentivado pelas inovações introduzidas pela revolução industrial.

A divisão internacional do trabalho (do século XVI ao século XIX)

Neste período, a divisão internacional do trabalho assenta no comércio mundial entre


três polos:

- África – fornecedora de mão-de-obra escrava para plantações na América;


- América – produtora, com base no trabalho escravo, de matérias-primas, como o algodão e o
açúcar, que fornece à Europa.

- Europa – possuidora de capital (proveniente do comercio de escravos) e transformadora de


matérias-primas (por exemplo, a industria têxtil), que vende para a América e África.

O tráfico de escravos constitui o fator central no desenvolvimento do comércio


mundial controlado pela Europa, constituindo um marco do processo de mundialização.

Os efeitos da divisão internacional do trabalho

África

O tráfico de escravos, gerador de muitos lucros para os intervenientes no negócio, afastou a


possibilidade de desenvolvimento de outras atividades produtivas internas que pudessem ser
exportadas, já que nenhuma, por comparação, seria mais rentável. Contribuiu também, para o
abandono das atividades agrícolas e artesanais tradicionais em África, devido ao crescimento
da entrada de mercadorias europeias, recebidas em troca dos escravos.

América

1ª Fase – fornecimento de matérias-primas baratas e procura de produtos alimentares e


manufaturados.

2ª Fase – colonização dos territórios por parte de franceses e ingleses conduziu à


reorganização da economia, em função da combinação dos interesses dos mercados externo e
interno – para além das produções destinadas à exportação e baseadas na mão-de-obra
escrava africana, foram desenvolvidas atividades agrícolas, industriais e comerciais para
satisfação das necessidades do mercado interno. As colónias norte-americanas, principalmente
as inglesas, procuraram através de uma economia virada para a autossuficiência, afirmar os
seus interesses próprios, recusando a sujeição aos interesses das suas metrópoles.

Europa

O tráfico de mão-de-obra escrava africana e as matérias-primas provenientes da américa,


originaram ganhos elevados para a Europa, que estimularam o desenvolvimento da atividade
bancária e industrial e a dinamização da criação de indústrias. As exportações de produtos
para os outros continentes originaram também acumulação de capitais.

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O comércio entre a Europa, África e a América contribuiu de forma decisiva para o


desencadear da Revolução Industrial, ao proporcionar as condições necessárias ao
desenvolvimento industrial.

Revolução Industrial assentou num conjunto de transformações profundas a nível da


produção, ocorridas na Europa, no final do século XVIII: aumento da produção industrial, do
investimento e da população, utilização de novas fontes de energia, novos meios de produção
e de transporte, mecanização, nova organização do trabalho e aumento dos níveis de
consumo.
Os fatores centrais da 1ª Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX)

Do lado da oferta:

A inovação tecnológica foi essencial para a revolução industrial, pois as novas técnicas
apoiaram o aumento da produção. Mas, para a uma inovação produtiva foi necessário:
acumular capitais (proveniente do tráfico de escravos), dispor de matérias-primas
(provenientes do continente americano) e fontes de energia, para além de mão-de-obra
disponível (liberta da atividade agrícola).

Fornecimento de capitais – o capital acumulado pela Europa, resultante do comércio de


escravos e mercadorias possibilitou o financiamento de grande parte das inovações técnicas e
dos investimentos industriais necessários para o processo de industrialização.

Fornecimento de matérias-primas – a obtenção de matérias-primas nos mercados coloniais


favoreceu o desenvolvimento das indústrias europeias (foi o que aconteceu com o algodão
que veio da américa, que proporcionou o desenvolvimento da industria têxtil europeia, neste
caso a inglesa).

A oferta de fatores de produção possibilitou as inovações tecnológicas e a sua


implementação nas atividades industriais.

Do lado da procura:

No processo de industrialização, a procura de bens é também um fator indispensável – a


procura crescente do mercado interno europeu e dos mercados externos coloniais, em
resultado do crescimento demográfico, da melhoria dos rendimentos e do consequente
aumento dos níveis de consumo, estimulou a produção e, por arrastamento, incentivou as
inovações tecnológicas (como a máquina a vapor e o caminho de ferro).

A conjugação dos mercados internos e externos

No processo da Revolução industrial os países tiveram uma intervenção diferente, cada um:

- Na Grã-Bretanha, o mercado interno foi o principal impulsionador da revolução industrial;

- Nos EUA, após a independência, o modelo de industrialização baseou-se na produção de


bens para o mercado interno devido a sua dimensão, resultado do elevado crescimento
populacional e dos rendimentos provenientes de uma agricultura bastante produtiva. A industria
norte-americana deixou de ser dependente da importação de produtos da Grã-Bretanha,
deixando de recorrer ao comercio externo, acabando por beneficiar das medidas
protecionistas. No inicio do seculo, afirmaram se como potencia industrial (os capitais
acumulados, provenientes das exportações, foram investidos na mecanização das industrias e
a elevada procura foi suprida pela produção interna).

- Em França, o motor da revolução industrial foi a combinação do mercado externo e interno, à


volta de um produto têxtil de elevada qualidade (a seda) dirigido aos mercados inglês e
francês.

- Em Portugal, e em outros pequenos países, a reduzida dimensão dos mercados internos e a


incipiente industrialização levaram à exploração de áreas complementares aos grandes
mercados, através da especialização em produtos agrícolas e indústrias concorrenciais.
- Na Alemanha, o fraco poder da população levou o país a apostar na industrialização de
produtos intermédios, virados para as exportações e para o mercado interno.

Revolução industrial e a mundialização

Durante a revolução industrial, verificou-se uma partilha de mercados entre a Grã-


Bretanha e a França. Tinham uma estrutura de comércio própria de um país industrializado.
(importavam matérias-primas e exportavam bens manufaturados) As colónias eram o seu
principal mercado de venda e simultaneamente o seu lugar de obtenção de matérias-primas. A
produção externa e interna estimularam a produção industrial que levou simultaneamente a
mecanização e modernização das atividades produtivas. A modernização alargada aos
transportes ferroviários e marítimo incentivou o aumento da procura e contribuiu para uma
maior produtividade e redução de custos.
A revolução industrial está associada a um processo de mundialização económica – as
matérias-primas, os capitais, as técnicas e os produtos circulam no espaço internacional. A
circulação alarga-se ao trabalho: inicialmente com o trafego dos escravos de áfrica e, mais
tarde, com as migrações.

A mundialização na segunda metade do século XIX e a 2ª Revolução Industrial

A revolução nos transportes e nas comunicações e a intensificação das trocas comerciais

Na segunda metade do século XIX, a introdução da eletricidade como fonte de energia


e do aço como um novo material, proporcionaram uma revolução nas comunicações e nos
transportes. O desenvolvimento dos caminhos-de-ferro, da frota marítima e a abertura de
novas rotas, originaram uma intensificação das trocas comerciais à escala mundial, integrando
também as regiões periféricas no comércio.

Aumento dos movimentos migratórios

Neste período, verificou-se também um aumento das migrações de europeus, devido


ao desemprego e subemprego causados pela modernização das indústrias.

Saída de capitais

A emigração europeia foi acompanhada pela saída de capitais da Europa, que se


concentraram nos países de destino dos europeus, localizando-se junto das matérias-primas,
de forma a fazer diminuir os custos de produção das indústrias europeias e financiando
infraestruturas e atividades complementares à sua exploração (caminhos de ferro, minas,
bancos). Por sua vez, estes investimentos geravam rendimentos que regressavam aos países
de origem.

A segunda metade do século XIX é marcada pela circulação de mercadorias, pessoas e


capitais, entre a Europa e outras regiões do planeta, o que traduz a expansão da economia
europeia no mundo.

Consequências da expansão da economia europeia no mundo: convergência e fragmentação

Para uns autores, a integração das regiões menos desenvolvidas no espaço económico
internacional traduziu-se num processo de convergência, tanto a nível dos preços dos bens,
como a nível dos rendimentos. Os investimentos realizados em alguns destes países
conduziram ao crescimento das suas exportações, cujas receitas reverteram a favor do seu
desenvolvimento.

Para outros autores, a expansão da economia europeia produziu, pelo contrário, uma
fragmentação do mundo em centro e periferias e o estabelecimento de relações de dominação
e dependência. A integração das regiões menos desenvolvidas no sistema de trocas realizou-se
em função das necessidades do centro: as produções tradicionais dessas regiões foram
abandonadas, em favor de uma especialização em produtos de base para exportar em troca de
produtos manufaturados. Foi o que aconteceu com o Egipto, que deixou de produzir bens
alimentares para produzir algodão para a Grã-Bretanha, tendo, em troca, de importar carne e
trigo; e com o Líbano, que se especializou na extração mineira para exportação, atividade essa
da iniciativa de empresas estrangeiras.

A primeira metade do século - o recuo XX da mundialização

A primeira metade do século XX foi marcada por políticas económicas protecionistas,


em resultado da devastação originada pela I Guerra Mundial (1914-1918) e pela Grande
Depressão económica dos anos 30. O comércio internacional apresentou taxas de crescimento
quase nulas, os movimentos de capitais foram bloqueados e o movimento migratório sofreu
fortes restrições. Gerando assim um recuo da mundialização.

A necessidade de crescimento foi, neste período, traduzida numa expansão territorial


europeia, pela via da intensificação da exploração e ocupação das colónias (casos da Grã-
Bretanha, da França ou da Bélgica) ou pela guerra, no caso da Alemanha.

A III Revolução Industrial

A II GUERRA Mundial, com as suas necessidades a nível de armamento e


comunicações, incentivou a pesquisa e o aparecimento de inovações, como a tecnologia
nuclear e informática. (ex. Aparecimento do primeiro computador e da bomba atómica nos
EUA)

A aplicação da eletrónica e da informática, rapidamente se alargou das indústrias


militares a outras indústrias, contribuindo para o crescimento da competitividade das
empresas e para o processo de terciarização da economia.

Nos finais dos anos 70, a sociedade entrou na era da informação, baseada na eletrónica e na
aplicação dos seus produtos nas atividades económicas, como é o caso: da automação, da
robotização e das telecomunicações.

O desenvolvimento das TIC, considerado a base da 3ª Revolução Industrial e, a sua


aplicação na área económica (em particular nos serviços financeiros), na comunicação e no
audiovisual, contribuem para a maior circulação e difusão de produtos e processos a escala
global, favorecendo o processo de mundialização.
O crescimento das exportações

O fim da II guerra Mundial e a reconstrução das economias europeia e japonesa criaram


condições para o renascimento do comércio internacional, através de uma maior abertura das
economias ao exterior e consequente crescimento das exportações.

A substituição do princípio da especialização pelo princípio da concorrência

A redução do peso da especialização nas trocas mundiais fez-se sentir, em primeiro lugar,
nos produtos primários, devido à sua menor procura, por terem sido substituídos por outros
bens (bens sucedâneos) e, posteriormente, nos produtos manufaturados, devido à forte
concorrência dos novos países industrializados, que produzem a um custo mais reduzido que
os desenvolvidos, porque tem mão-de-obra muito mais barata.

O comércio mundial é, atualmente, cada vez menos baseado na troca de produtos


decorrentes da especialização, em resultado dos diferentes recursos de cada interveniente
(recursos naturais, tecnologia, especialização da mão-de-obra) e cada vez mais assente na
concorrência, no sentido da conquista das atividades melhor remuneradas e, portanto, mais
lucrativas.

No contexto da atual mundialização uma parte significativa das trocas mundiais baseia-se
na troca de produtos similares, o que evidencia a forte concorrência entre países e regiões.

A liberalização do comércio mundial – o BIRD, a CEE/EU e o GATT/OMC

Na primeira metade do seculo XX, a intensificação do processo de mundialização foi


interrompida pela grave crise da economia mundial, que levaram os estados a adotar politicas
protecionistas.

A consequente devastação levou à necessidade de reconstrução económica dos países


afetados e do relançamento do comércio mundial, tendo assim sido criados organismos
internacionais, como o Banco Geral sobre a Redução das Tarifas Aduaneiras (BIRD), o Acordo
Geral sobre a Redução das Tarifas Aduaneiras (GATT), e a Comunidade Económica Europeia
(CEE).

O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)

Este banco foi criado para a reconstrução económica da Europa, e tinha como missão
conceder empréstimos para financiar a reconstrução das economias devastadas. Esta função,
foi posteriormente complementada pelo Plano Marshall, que consistiu numa ajuda direta
(donativos e empréstimos) dos EUA aos países que sofreram dos efeitos negativos da Guerra e
que precisavam de apoio financeiro para o relançamento das suas economias.

No processo de reconstrução e de crescimento das economias, a liberalização das


trocas comerciais desempenho um papel revelante. Existiu assim um abandono do
protecionismo e a defesa da celebração de acordos comerciais para a redução recíproca das
tarifas alfandegárias. Para atingir esse objetivo era necessário criar uma organização para
regular o comércio internacional (GATT).
O Acordo Geral sobre a Redução das Tarifas Aduaneiras (GATT)

Foi criado para negociar a redução das tarifas aduaneiras.

A CEE e a EFTA

O processo de liberalização das trocas foi intensificado na Europa Ocidental com a


criação de duas organizações económicas: a Comunidade Económica Europeia (CEE – atual UE)
e a Associação Europeia do Comércio Livre (EFTA). Estas organizações de âmbito regional
promoveram a livre circulação de bens dentro dos seus espaços respetivos e estabeleceram
entre si acordos comerciais. A liberalização beneficiou particularmente os países europeus
pertencentes às duas organizações, pois relativamente aos produtos de países terceiros,
mantiveram-se taxas aduaneiras, mecanismo protetor da economia europeia mas contraria os
princípios do livre-cambismo.

Nos anos pós Guerra, a Europa registou um forte crescimento económico e uma
melhoria significativa do bem-estar das suas populações, reafirmando o seu poder no mundo.

Organização Mundial do Comércio (OMC)

O crescimento das trocas mundiais foi acompanhado de uma concorrência cada vez
maior entre os EUA e a UE, agravada com a entrada de novos países industrializados no
comércio mundial. Esta situação criou dificuldades adicionais às negociações no seio do GATT,
o que conduziu à sua extinção e substituição pela OMC.

A OMC constitui, numa economia mundial cada vez mais globalizada, o fórum para a
eliminação dos obstáculos ao comércio através de negociações comerciais multilaterais e para
definição e aplicação de regras que permitiram aos importadores e exportadores desenvolver
a sua atividade num quadro de estabilidade e segurança.

Princípios da OMC:

Da não discriminação – todos os países deverão ter o mesmo regime aduaneiro, em


relação ao mesmo produto
Da previsibilidade – as regras do comércio internacional devem ser conhecidas de
todos
Da concorrência leal – para garantir um comércio justo não se admitem práticas
desleais
Da proibição de restrições quantitativas – forma de impedir o protecionismo no
comércio internacional
Do tratamento especial e diferenciado para os países em desenvolvimento – os PVD
beneficiam de medidas favoráveis ao seu caso específico.

Objetivos – criar a harmonia, a equidade, a liberdade e a previsibilidade nas trocas entre os


países-membros.

Funções:

Estabelecer as regras para o comércio internacional


Firmar acordos para o comércio internacional
Gerir os acordos do comércio internacional
Supervisionar a aplicação dos acordos
Dar apoio técnico aos países membros
Dar formação aos PVD
Cooperar com outras organizações internacionais

A globalização do mundo atual

Mundialização – é um conceito essencialmente económico: trocas comerciais à escala


mundial, livre circulação de capitais, de tecnologias e de pessoas e localização das atividades
produtivas no espaço internacional.

Globalização - As transações económicas (bens, serviços e capitais) entre países


estendem-se às transações sociais e culturais, padrões de consumo e estilos de vida
universalizam-se, atingindo a dimensão global. A globalização é assim o reflexo, no plano
social, do fenómeno da mundialização económica.

Mundialização das trocas

O consumo de bens e serviços, produzidos em várias partes do mundo, mostra que nenhum
país vive isolado dos outros, necessitando de estabelecer troca, de forma a obter produtos que
não produz, ou que não produz em quantidade suficiente. Estabelecem-se relações de troca
que se caracterizam pela interdependência entre as regiões importadoras (necessitam de bens
que não têm) e países exportadores (necessitam de vender os bens que produzem em
excesso). A interdependência significa que todos necessitam uns dos outros.

Os movimentos internacionais de fatores produtivos

Os movimentos internacionais de capitais integram vários tipos de investimentos,


entre eles, os investimentos diretos e os investimentos financeiros.

Os investimentos diretos traduzem-se na aquisição e a abertura de filiais. Países


desenvolvidos como o Japão, a Alemanha, a Grã-Bretanha e os EUA localizam a sua atividade
produtiva junto das matérias-primas e dos recursos naturais, ou em países que apresentem
baixos custos salariais e ofereçam políticas de apoio ao investimento, entre outros fatores
atrativos, de forma a obterem lucros mais elevados, aumentando assim a sua competitividade.
Constitui assim um fator determinante na competição internacional.

As empresas multinacionais constituem um exemplo da localização dos investimentos


diretos em países e regiões onde os recursos naturais e o trabalho são baratos, através a
abertura de filiais com a finalidade de produzir para exportar. As maiores empresas
multinacionais têm as suas sedes localizadas nos EUA, Europa e Japão – Tríade. O poder das
multinacionais tem, todavia, sido confrontado com o aparecimento de novos concorrentes no
mercado global, com destaque para as empresas chinesas e indianas, que aliam o baixo custo
do trabalho com elevadas competências a nível da ciência e tecnologia, o que lhes permite
colocar no mercado produtos altamente competitivos. Mais recentemente, as multinacionais
foram dando lugar a empresas transnacionais, que se caracterizam pela distribuição das
atividades produtivas por vários países, tornando-se empresas globais.

Movimentos da População

A liberalização da circulação de bens, serviços e capitais tem-se estendido aos movimentos da


população pelo mundo, com particular relevância para os movimentos migratórios. A procura
de melhores condições de vida, de refúgio, asilo ou segurança constituem os principais fatores
explicativos dos movimentos da população.

Os movimentos migratórios

Os movimentos migratórios estão muito associados ao mercado de trabalho e às


condições de vida. Na história do processo de mundialização, de que a europa foi protagonista,
a expansão do comércio internacional foi mais tarde acompanhada (segunda metade do século
XIX) da saída maciça de populações europeias em direção às antigas colónias. Na segunda
metade do século XX e início do século XXI, os movimentos migratórios têm-se caracterizado
pela saída de populações dos países em desenvolvimento em direção aos países
desenvolvidos, à procura de melhores condições de vida. Estes trabalhadores são muitas vezes
ilegais, e vão ocupar, na maioria dos casos, postos de trabalho menos qualificados e com
baixas renumerações, mas que lhes proporcionam maiores possibilidades de futuro,
comparativamente com os seus países de origem. Mais recentemente, tem-se verificado um
fluxo migratório de trabalhadores mais qualificados, provenientes de países desenvolvidos
(onde a criação de emprego não tem sido suficiente para compensar o aumento do
desemprego) para países cujas economias têm registado maiores taxas de crescimento, e que
oferecem renumerações elevadas e boas condições de vida.

Os fluxos do turismo

Vários fatores estão na origem do crescimento do turismo: o aumento do poder de


compra das famílias, o direito a férias, a melhoria dos transportes e vias de comunicação, os
preços acessíveis das viagens, entre outros. O turismo representa uma importante atividade
económica geradora de empregos, lucros e de desenvolvimento das infraestruturas, é também
um meio de aproximação dos povos e das culturas, favorecendo a capacidade compreensão e
aceitação das diferenças e, consequentemente, gerando um menor etnocentrismo. O turismo
é uma atividade própria dos países desenvolvidos e das camadas sociais que têm rendimentos
suficientes para gastar em viagens e lazer.

Os fluxos de informação

O desenvolvimento tecnológico operado na área da eletrónica permitiu o surgimento de


inovações como a televisão, o computador, o cabo, a transmissão por satélite e a internet, que
vieram modificar radicalmente o processo de transmissão e de acesso à informação. A internet
e a transmissão por satélite são as inovações que se destacam, na medida em que criaram a
possibilidade de aceder a uma enorme diversidade de informação e de comunicar, de forma
instantânea, com as regiões mais longínquas: a informação produzida numa região circula de
imediato pelo mundo; o acesso à informação é universal; os acontecimentos que ocorrem em
certas zonas do mundo podem ser vistos, em tempo real, em toda a parte; a informação
globaliza-se.

A polarização regional do comércio mundial:

De um único centro, o comércio mundial passou a estar concentrado em três grandes


polos regionais: a europa ocidental, américa do norte e japão, que no seu conjunto constituem
a já referida Tríade. Entre estes três polos estabelecem-se os maiores fluxos comerciais em
termos mundiais.

A crescente importância dos mercados asiáticos no comércio mundial:

Com a industrialização dos países asiáticos assente num modelo exportador e a


elevada competitividade dos seus produtos manufaturados, verifica-se um crescimento do
peso das suas exportações no mercado mundial, em detrimento das exportações dos países
europeus e norte-americanos.

A regionalização e a formação de zonas de influência:

Os três grandes polos económicos do mundo criaram as suas zonas de influência


específica em seu redor: a América latina, juntamente com os EUA, os países da ásia oriental e
do sul com o japão, e os países da europa de leste, do norte de africa e do próximo oriente
com a Europa Oriental. Dentro de cada zona verifica-se uma intensidade das trocas e dos
movimentos de capital, o que reforça o poder económico dos três grandes polos a nível
mundial.

A necessidade de diferenciação – as marcas

As marcas, sendo objeto de registo, funcionam como um título de propriedade


industrial que confere ao seu detentor a possibilidade de penetrar no mercado e de defender a
imagem do seu produto. A marca assume uma enorme importância na manutenção e
conquista dos mercados. Produto e marca andam a par pois os consumidores associam a
marca a um produto, ou vice-versa. Ex: esferográficas e BIC, bebida cola e Coca-Cola

Num mercado globalizado os produtos e as marcas a eles associados circulam pelo


mundo, sendo reconhecidos e consumidos por milhões de pessoas. Os produtos e as marcas
tornam-se globais.

A transnacionalização da produção

Consiste na localização dos processos produtivos em diferentes espaços geográficos,


em função dos níveis de rendibilidade oferecidos. O processo de transnacionalização pode ser
realizado pela abertura de filiais, ou pela subcontratação de empresas locais que se
especializem na produção de determinados produtos ou componentes do produto.

Fatores atrativos do investimento estrangeiro:

Mão-de-obra barata
Redução dos custos
Produtividade acrescida
Acesso aos mercados
Infraestruturas de transporte e de comunicação
Apoio ao investimento e economias de escala

Os investimentos diretos estrangeiros e as multinacionais

Os investimentos diretos no estrangeiro que deram origem às empresas multinacionais


caracterizam a primeira fase do processo de transnacionalização, muito subordinado à
obtenção e controlo das fontes de matérias-primas, de que as grandes empresas petrolíferas
norte-americanas e europeias são exemplo. Numa fase posterior, as empresas multinacionais
alargaram os seus interesses às atividades industriais e de serviços, implantando filiais em
países com fatores atrativos, cuja produção se destinava, em primeiro lugar, à exportação, e
complementarmente aos mercados locais.

Os investimentos diretos estrangeiros e as empresas transnacionais

A transnacionalização da produção tem sido caracterizada pela decomposição dos


processos produtivos e a sua implantação em diversos territórios: cada empresa especializa-se
numa determinada componente do produto.

Transnacionalização da produção

A atividade produtiva e cada segmento é instalado num determinado país, em função


das vantagens competitivas que ofereça. O mesmo se verifica a nível dos processos de
produção, parcializados em diferentes subprocessos, localizados nos países que ofereçam os
melhores níveis de rendibilidade.

As empresas transnacionais (ETN) – a atuação em rede

A segmentação dos processos produtivos e a sua localização em diversos países dá,


origem à constituição de empresas geograficamente distantes, mas que operam em rede,
dadas as ligações e interesses comuns. Este modo de funcionamento só é possível devido:
desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação que tornaram possível a
coordenação eficiente das atividades (informações/decisões tomadas em tempo real, linhas de
produção controladas à distância, capitais movimentados por via eletrónica, videoconferência)

A transnacionalização da produção e a regulação

A descentralização e o carácter de alguma forma supranacional das atividades


económicas globalizadas conduzirão, à necessidade de regulações regionais supranacionais
(como acontece no espaço da UE), ao desenvolvimento das agências técnicas de regulação, à
definição de normas internacionais relacionadas com a qualidade e a segurança, e ao reforço
do poder de controlo e regulação a cargo de organizações internacionais. Nestas possíveis
formas de regulação os estados têm um papel essencial em termos de iniciativa, colaborando
no desenvolvimento de mecanismos da regulação coordenada.
A globalização financeira

As necessidades de financiamento internacionais, decorrentes da mundialização das


trocas e da globalização das atividades económicas, criaram as condições para o surgimento de
um mercado financeiro global.

A liberalização dos movimentos de capitais e a globalização financeira associada é a


facilitada pela introdução e desenvolvimento das novas tecnologias de informação e
comunicação que possibilitaram transações financeiras de elevados montantes em qualquer
parte do mundo bastando um computador.

A globalização financeira pode ser identificada por três elementos:

Descompartimentação dos mercados – extinção da especialização das atividades entre


bancos de investimento e bancos comerciais (depósitos e crédito), e entre atividade
bancária e seguradora.
Desregulação da atividade financeira – supressão de entraves à concorrência
(concessão de credito sem garantias, de créditos a descoberto ou taxas de juro de
depósitos acima da média do mercado) o que atrai clientes, mas representa maior
risco para a atividade.
Desintermediação – retirada da atividade de financiamento dos bancos, através da
conversão dos créditos na sua pose em títulos, e a sua venda ao público em geral, que
neles aplicam as suas poupanças.

Globalização cultural

A globalização cultural é um fenómeno que representa a difusão de culturas por todo


o mundo. Fatores:

1) Aumento dos fluxos migratórios;


2) Turismo;
3) Aumento das trocas comerciais entre países;
4) Empresas Transnacionais;
5) Maior abertura do mercado (liberalização económica)

Globalização da informação

As novas tecnologias da informação e comunicação, associadas aos modernos meios


de transporte, vieram reduzir as distâncias geográficas entre os países e os seus povos. Assim a
globalização da informação permitiu o acesso à informação em tempo real e a facilidade de
comunicação entre diferentes povos.

Inovação dos Transportes

A inovação dos transportes permitiu uma grande diminuição das relações


distancia\tempo e distancia\custo. A facilidade das trocas criou um aumento dos fluxos
migratórios e uma maior propensão para as trocas internacionais.
Aldeia Global

Vemos e sabemos tudo o que se passa no mundo, tomamos contacto com povos e
culturas diferente, as distâncias físicas e culturais reduzem-se.

Aculturação

Processo de aquisição, troca e reinterpretação entre duas culturas diferentes sem que
nenhuma de imponha completamente sobre outra, embora a troca de elementos culturais
possa ser desigual. Acontecem mudanças nos padrões culturais de ambos os grupos.

Consumo e Estilos de Vida

A mundialização das trocas e a eliminação dos entraves à livre circulação originaram


um crescimento de riqueza no mundo que se tem refletido no aumento do consumo. O
aumento da produção (devido ao desenvolvimento tecnológico e alargamento dos mercados),
associados ao aumento de rendimentos, criou um aumento do consumo que viria a melhorar a
qualidade de vida, devido às várias possibilidades de escolha que conduzem a estilos de vida
diferentes. Embora a mundialização das trocas tenha originado um crescimento da riqueza no
mundo, subsistem grandes disparidades de consumo a nível global.

Consequências da globalização cultural:

Estilos de vida mais homogéneos


Difusão do consumismo
Consumo em massa de produtos uniformizados
Internacionalização das marcas

Vantagens:

Aumento do contacto entre pessoas de diferentes lugares


Maior facilidade em investimentos externos
Trocas comerciais internacionais facilitadas
Difusão de produtos
Aumento da circulação de informação

Desvantagens:

Desvalorização da cultura nacional


Medo da perda de identidade cultural
Maior interdependência entre países
Potencial perda de segurança

Globalização e os países em desenvolvimento

Desigualdade do peso nas regiões de comércio mundial

A desigualdade pode ser verificada nos dias de hoje devido ao fenómeno mundialização. Cada
região geográfica tem um peso diferente assistindo-se um grande dominó por parte dos países em
desenvolvimento nomeadamente pelos gigantes desta categoria Africa e Asia. A Ásia é um país cuja
economia têm vindo a crescer rapidamente durante o século XXI. A indústria automóvel, as novas
tecnologias, as fábricas de vestuário e de outros produtos da China e de Taiwan, a pesca, a agricultura, o
turismo... Num continente como a Ásia, com a segunda maior economia do mundo em Tóquio, existem
muitas formas de rendimentos para a sua população e para as suas diferentes regiões. O continente
africano tem sido alvo de grandes investimentos por parte de do mundo exterior, mas africa do sul
continua a ser o grande impulsionador desta evolução devido há produção de ouro e diamantes.

Produto interno

A circulação de mercadorias, serviços, capitais e pessoas pelo mundo conduziu a uma maior
interdependência entre os países e integração na economia produzindo assim efeitos a longo e curto
prazo, quer nas economias quer nas sociedades. Mas os efeitos da globalização não são idênticos,
existindo países e sociedades que têm recolhido maiores benefícios do que em comparação com outros
(em termos de crescimento e desenvolvimento). Assim um dos efeitos da globalização é a redução da
pobreza, o aumento do bem-estar e um maior crescimento das economias.

Problema da Divida externa

É o somatório dos débitos de um país, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos


no exterior pelo próprio governo, por empresas estatais ou privadas. Depois de uma fase inicial em que
os credores proclamam que a solução do problema da dívida externa dos países em desenvolvimento,
era através da adoção das medidas de política económica que lhes permitisse obter os recursos
necessários ao cumprimento das suas obrigações para com os credores. Assim a dívida externa
representa para muitos o abandono de programas de melhoramento das condições de saúde, educação,
e do bem-estar.

Políticas de Desenvolvimento

A política desenvolvimento económico consiste no conjunto de ações governamentais que são


planeadas para atingir determinadas finalidades relacionadas com a situação econômica de um país,
uma região ou um conjunto de países. Estas ações são executadas pelos agentes de política econômica,
a saber: nacionalmente, o Governo, o Banco Central e o Parlamento e internacionalmente por órgãos
como, por exemplo, o FMI, o Banco Mundial.

Politica fiscal: conjunto de decisões e ações relacionadas com as despesas e receitas; define o
orçamento e os seus componentes (os gastos públicos e impostos para garantir e manter a
estabilidade económica).
Politica Externa: é o conjunto de objetivos políticos que um determinado Estado pretende
alcançar nas suas relações com os variados países no mundo; a conceção de tais objetivos pode
ser obtida por meios pacíficos (cooperação internacional) ou violentos (guerras)
Política de Rendas: é o conjunto de medidas visando a redistribuição de renda e justiça social. É
um dos instrumentos da política económica governamental juntamente com a política fiscal,
política externa.
Política monetária: é a atuação de autoridades monetárias sobre a quantidade de moeda em
circulação, crédito e taxas de juros controlando assim a liquidez do sistema global; controlo da
oferta da moeda é realizado pelo Banco Central em diferentes formas, sendo a compra e venda
de obrigações do tesouro nacional a mais comum.

Desigualdade na distribuição do rendimento

A globalização no crescimento de economias conduziu à redução da pobreza absoluta. Um dos


efeitos da globalização prende-se com a maior ou menor desigualdade na distribuição do rendimento.
Positivamente os efeitos da globalização, para alguns países, em termos de distribuições de rendimento
mais justa, para os outros a globalização permitiu uma maior desigualdade na distribuição dos
rendimentos. Nos países desenvolvidos a globalização e as políticas de desenvolvimento têm conduzido
ao aumento de desigualdades entre grupos socias, criando um maior fosso de pobreza.

A regionalização económica mundial

Integração económica

O período a seguir à II Guerra Mundial contribuiu, para a liberalização do comércio


mundial, à qual esteve associada um processo de regionalização, traduzida na criação de
espaços geográficos e económicos onde não há barreiras à livre troca de produtos. Os acordos
de integração regional (CEE, EFTA) reúnem vários mercados nacionais num só mercado de
maior dimensão, com o objetivo de aumentar as trocas entre economias pertencentes à região
e estimular o seu crescimento. Assim a integração económica, consiste numa reunião de vários
mercados nacionais num só mercado de maior dimensão.

Formas de Integração económica

a) Sistema de preferências aduaneiras: os países do sistema concedem vantagens


aduaneiras uns aos outros.
b) Zona Comercio Livre: Livre circulação de produtos entre os países-membros,
mantendo cada país a sua pauta aduaneira no comércio com terceiros.
c) União Aduaneira: A livre circulação de produtos é acompanhada pelo estabelecimento
de uma pauta aduaneira comum no comércio com países terceiros.
d) Mercado Comum: A livre circulação de produtos estende-se aos capitais, aos serviços e
às pessoas.
e) União económica: às quatro liberdades de circulação, os países acrescentam a adoção
de políticas económicas e sociais comuns.
f) União politica: as politicas tendem a tornar-se comuns, substituindo-se ás politicas
nacionais, sendo as decisões de carácter económico, social e politico tomadas por
entidades supranacionais.

Efeitos do processo de integração regional

a) Crescimento das economias integradas- mercado de maior dimensão; aumento das


trocas; crescimento do investimento e da produção; preços mais baixos; aumento do
rendimento e níveis do consumo.
b) Crescimento das economias fora das regiões integradas- obtenção de produtos mais
baratos em resultados dos baixos preço e economias de escala; crescimento das
exportações devido à maior procura por parte das regiões integradas.
c) Intensificação dos acordos multilaterais e regras OMC- trocas fora do âmbito regional
são objeto de acordos entre regiões e restante economias; esses acordos são
facilitados pela redução do número de parceiros.

Integração informal - A integração informal resulta nos países menos desenvolvidos que
estabelecem entre si relações comerciais, de forma a incentivarem o crescimento da sua
produção e a tornarem-se mais competitivas nos mercados externos.
Unidade III

Progresso tecnológico e evolução da população mundial- a forma de como uma população se


comporta em termos de crescimento é o resultado de diversos fatores que, direta ou
indiretamente, a influenciam. A Revolução Demográfica na Europa ocorre na sequência de
fenómenos diversos que possibilitaram esse crescimento positivo. Entre os seculos XV e XVIII,
a Europa passa por inúmeras mudanças em campos diversos (nomeadamente atividade
agrícola) que permite o aumento significativo da produção e o aumento da população. Assim,
a população europeia cresceu porque a tecnologia utilizada na produção mudou, permitindo a
realização de excedentes capazes de alimentar uma população em crescimento.

Transformações na agricultura:

Supressão da rotação bienal e a sua substituição pela rotação de quatro culturas;


Introdução do cultivo de novas espécies que a rotação de quatro culturas exigia;
Aperfeiçoamento das ferramentas agrícolas já existentes e a introdução de outras;
Seleção de sementes que proporcionam um aumento da produção agrícola;
Utilização do cavalo nos trabalhos agrícolas.

Crescimento demográfico - Mudança positiva do número de uma população em determinado


período de tempo.

As inovações que ocorreram (fabrico, produção, aproximação de povos) concretizaram


um saldo fisiológico crescente que acompanhou a evolução da população europeia até ao
princípio do seculo passado, altura em que esta tendência diminuiu devido:

 Saúde pública (o aumento de epidemias, criou um aumento das taxas de mortalidade)


 Políticos (efeitos negativos das guerras numa população)
 Económicos (crescimento económico negativo instala um sentimento de insegurança
na população, afetando o seu ritmo de crescimento)

Transição demográfica - alteração no modelo de crescimento que se caracteriza por uma


diminuição de taxas de mortalidade e de natalidade com uma diminuição mais rápida da
primeira do que da segunda, originando um grande acréscimo de população.

Quebra acentuada das taxas de mortalidade - Causas:

Conquistas médicas
Quebra de taxas de natalidade
Alterações dos padrões culturas e de consumo

Quebra acentuada das taxas de natalidade – Causas:

Práticas anticoncetivas
Planeamento familiar
Casamento tardio e sem filhos
Liberalização do aborto
Crescimento da população - De acordo com as observações realizadas pelo Warren Thompson
acerca das mudanças nas sociedades industrializadas, afirma que uma sociedade pré-industrial
passa por quatro fases que são:

 Fase 1: taxa de natalidade evolui de forma descontrolada. Porém, a taxa de


mortalidade apresenta também valores muito altos, devido a vários fatores (crises,
epidemias, baixas condições sanitárias, etc)
 Fase 2: Índices de mortalidade descem significativamente, devido a diferentes factores
(melhoria das condições sanitárias, evolução da medicina aumentando a expectativa
da vida.) mas os índices de natalidade não acompanham esta tendência, causando um
rápido crescimento populacional.
 Fase 3: ocorre queda na taxa de natalidade devido ao acesso generalizado de métodos
anticoncepcionais e à sua educação.
 Fase 4: Índices de natalidade e mortalidade voltam a estabilizar, levando um
crescimento populacional pequeno.

Crescimento natural - Indica a diferença entre o número de nascimentos e o número de


mortes, numa determinada população, no período de um ano.

Estrutura demográfica - indica a forma como uma população, num determinado período e
lugar, é constituída, em função de diversos factores, como o sexo ou idade.

Envelhecimento da população - processo que, em resultado de grande quebra das taxas de


natalidade e de mortalidade, se caracteriza pelo facto de os grupos etários adultos e velhos
superarem largamente o grupo que constitui a população jovem.

Nos países em que se atingiu um estado de riqueza tal que a sua população se dedica
fundamentalmente a actividades terciarias, onde as políticas de planeamento familiar estão
completamente naturalizadas, em que a entrada no mercado de trabalho se faz cada vez mais
tarde devido a um processo educativo progressivo mais longo, caracterizam o processo de
transição de uma população pré-industrial numa sociedade pós-industrial.

Explosão demográfica - é o aumento elevado e repentino de uma população. A explosão


demográfica é resultado de uma revolução tecnológica que conduz a uma queda brusca das
taxas de mortalidade.

Consequências económicas da questão demográfica

Persistência dos movimentos migratórios - o ser humano move-se entre locais, regiões,
cidades, países com o objectivo de melhorar as suas condições de vida, do ponto de vista
económico, religioso, cultural, politico. Nesse sentido, os movimentos migratórios fazem parte
da história da Humanidade, forçada que sempre foi procurar melhores condições de vida,
condições essas que o advento e desenvolvimento da tecnologia estimulam.

Segurança social - apoia os trabalhadores nas situações de carência financeira e riscos


profissionais. Estes apoios são financiados pelos empresários e pelos trabalhadores que
entregam uma percentagem do valor do salario mensal ao organismo coordenador dos apoios
sociais aos trabalhadores.
Consequências económicas da questão demográfica

Para o país de origem:

 A emigração pode constituir uma válvula de escape para a tensão social resultante das
assimetrias da distribuição da riqueza, diminuição do número de pobres previne o
risco de problemas sociais e políticos graves.
 A emigração permite um maior equilíbrio da distribuição da riqueza, em virtude das
remessas que o emigrante envia para a sua família.
 As remessas de emigrantes vão ainda constituir um novo recurso financeiro para um
país pobre.
 A importação de novos padrões dos países ricos, acabam por “invadir” os países de
saída em virtude da disseminação da informação.
 Em termos demográficos, a aproximação de culturas e tecnologias contribuirá para
novas políticas de nascimento, que conduzirá a uma diminuição da taxa de natalidade
e envelhecimento da população do país de emigração.
 A diminuição da população ativa no país pode conduzir a um maior equilíbrio entre a
oferta de mão-de-obra e a sua procura, e como tal, à possibilidade de novas politicas
salarias, de emprego, de segurança social.

Efeitos negativos para o país de origem:

 Problemas de natureza social e cultural com que o emigrante se depara, ao ser


confrontado com uma nova cultura. Problemas de ressocialização, de assimilação e
discriminação.
 Para a família emigrante, são evidentes os problemas que poderão advir de estruturas
familiares desestruturadas, da dificuldade de adaptação e de inserção do emigrante e
respectivas famílias.
 Para o país dador, poderão ocorrer processos de envelhecimento de mão-de-obra, não
acompanhados pelo desenvolvimento socioeconómico; diminuição da população
ativa; mudança nos padrões de consumo; alterações estruturais das economias;
aceleramento da inflação.

Efeitos positivos para o país de chegada

 Rejuvenescimento da população.
 Emigrante vem ajudar o país recebedor a manter o seu padrão de produção e de
consumo, uma vez que ocupará os inúmeros postos de trabalho que a população
natural não consegue, ou não quer, preencher.
 População emigrante nem sempre é constituída em grande parte por mão-de-obra
com baixo nível de qualificação. O pessoal altamente qualificado, que sai do país de
origem em busca de posições adequadas no mercado de emprego.

Efeitos negativos para o país de chegada

Uma das consequências mais problemáticas dos processos relacionados com as


migrações internacionais nos nossos dias diz respeito ao choque de padrões culturais muito
diferenciados. De facto, as culturas e tradições que se confrontam hoje, são muito diferentes e
por vezes afectadas por sentimentos de forte intolerância, levando a que a insegurança se
tenha intensificado e se tenha tornado num dado “adquirido”, no mundo.

A questão da Segurança Social

Os países desenvolvidos habituaram-se a caracterizar-se, como democracias


representativas no quadro do Estado-providência. E como tal houve necessidade de
estabelecer um estado intervencionista, que permitisse precaver o mundo para situações de
crise social e económica, tão avassaladoras como ocorreu na década de 30. Como forma de
prevenir tais situações, os estados passaram e intervir directamente na economia, com o fim
de prevenir crises globais de desemprego e ao mesmo tempo foram criadas estruturas de
serviços que garantiam ao trabalhador, mesmo em situação de desemprego, um mínimo
rendimento que permitisse a sua sobrevivência. Assim surgiu a Segurança social, que se tornou
responsável pelas suas situações de reforma, de subsídio de desemprego, doença, etc.

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