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APRENDA A USAR O NI MULTISIM Newton C. Braga Primeiros passos para vocé criar CRUE aioe lice) NATIONAL INSTRUMENTS” ELECTRONICS WORKBENCH GROUP INDICE Introdugao H 1-Apresentagio - Estratura 3 Comeeando pelo NI Multisim. 1.4— Instrumentacao Virtual... L.S—Clicare Arrastar-Simples de Usar.. 1.6 - Versdes .. Capitulo 1 - O NI Multisim 1.1 ~ Comegando 8, 1.2-InicializandooNIMaltisim Js 1.3 ~Primeira Fase = Um Capacitor e um Resistorna Area de Trabalho... WIS 1.4 — Deletando componentes 19 1.5 —Desfazendo um Comando nn 80 1.6 ~ Zoom e Graticula cnt BL 1,7 ~ Segunda Fase ~ Mais Componentes Mudando de Posi¢ao ¢ Localizagao .... 23 1.8 — Atribuindo Valores aos Componentes .... 27 Capitulo 2 - Cireuitos 2.0-Os circuitos... i 2.1 —Interligando os componente. 2.2 Desfazendo ou Mudando uma conexiio 2.2.1 —Melhorandoa Posigdo de uma Conexio... 2.3 -O Primeito Cireuito — Montagem e Simulagdo ...... 35 2.4 — Simulaeao Dinamica .. 39 2.5 - Mais Componentes ... 39 2.6 — Um Circuito Mais Complexo «secon 46 2.7 ~ Salvando ou Imprimindo Arquivos ~ 47 Capitulo 3 - Outros Componentes 3.1 ~ Potencidmetros e trimpots 3.2-Capacitores Variavei 3.3 —Indutores Varidveis .. 3.4—RPack—Conjumnto de Resistores 3.5 ~Relés «.. 3.6 ~ Outros Componentes 3.6.1 Transformadores (transformers). 62 3.6.2 ~ Interruptores ¢ Chaves on 4 3.6.3 — Chaves sensoras ..... eu 65 B27 — COneIUEBO sr ssecenni wns 66 Capitulo 4 - Comentirios e ‘Textos 4.1 Inserindo Comentarios «rcs 69 4.2 — Usando a Opgo Plae® sos 6 4.3—-Os Recursos da Caixa Tools (ferramentas)...74 4.4—Usando a Caixa Reports... 16 Capitulo 5 - Os Instrumentos Virtuais do NI Multisim 5.1 —Instrumentos de Painel 5.2 ~ Fontes de Alimentagao e Sinais 81 83 5.3 ~Aplivagdes Praticas em simulagdes .......87 3.4—Outros Recursos de Simulagao 87 5.5 —Usando 0 Teclado .... 89 Capitulo 6 - Usando Instrumentos Virtuais - 6.1 —A Barra de Instrumentos virtuais do NI Multisim..... 95 6.20 Multimetro : 96 6.3~Multimctro Digital Agilent 98 6.3.1 — © Gerador de Fungaes 9 6.4 — Gerador de Fungies Agilent 101 65 - Conclusio .. ssh 102 Capitulo 7 - Usando instrumentos Virtuais — IL 7.10 Osciloscépio Basico... soe LOS 7.2—Conhecendo o Osciloscépio Basico....... 107 7.3 — Usando © Oscilosc6pio wn. 109 7.4 Ajuste do Gerador de fuungées 109 7.5 ~Ajustando o Osciloscépio .... 110 7.6 — Outros Usos 113 7.7 ~Conelusio 2115 Capitulo 8 - Osciloseépio 8.1-A Graticula vt 8.2 — Tempos (periodo e freqiiéncia) 8.3 ~ Fase 8.4-Amplitudes. 8.5 —Figuras de Lissajous... 8.5.10 Que Sao. 123 85.2 ASenéide .. a 8.6 -AsFiguras de issajousno NI Multisim . 126 8.7 — Medindo Freqiiéncias e Fases com as Figurasde Lissajous... 2 128 8.6— Gerando Figuras de Lissajous no NI Multisim Lieekaes Capitulo 9 - Instrumentagio — Outros Instru- mentos 9.1 —Wattimetro 135 9.2 Preatiencimetro E 136 9.3 — Bode Plotter... : 137 9.3.1 Como Funcions sn. 2138 9.4 0 Bode Plotter do NI Mutisim 138 9.5 — Exemplo de Aplicagao .. 141 9.6 ~ Conelusao A 2 142 9:7 —Analisador de Distortao 142 Capitulo 10 - Trabalhando com Circuits Digitais 10.1 -ABarradeComponentesDigitais. 47 10.2 ~ Simulagio Digital... 150 10.3 - Gerando 0s Sinais de Prova com Chaves: © Usando Indicadores .. 151 10.4 — Outros indicadores ... 156 10.5 — Advanced Peripherials(Periféricos Avangados) 156 10.6 ~ Bargraph... see 10.7 Fontes de clock. 159 Capitulo 11 - Instrumentos Digitais Avangados 1.1 © Analisador Légico ..... 16t 11.2-OGeradordePalavras(Word Generator) 164 11.3 —Conversor Légico ee=i67 Capitulo 12 - 0 Analisador de Espectro ¢ 0 ‘Tragador de Curvas 12.1-O Analisadorde espectr .... 12.2 — O Tragador de Curvas 12.3 — Uso do Barramento (BUS) . V7 179) 181 Capitulo 13 - Criando Sub-Cireuitos ¢ Desco- brindo Erros 13.1 — Blocos Hierdrquicos 13.2 — Como Usar Sub-circuitos ¢ Bloc Hierdrquicos no NI Multisim ....... 188 13.3 ~ Sub-cireuitos . 2 10. 13.4 — Descobrindo Erros de Conexdes ...... 190 Descobrindo Falhas de Desenho .... 191 Detectando Falhas com 0 ERC ....... 191 187 Capitulo 14 - Os Recursos Educacionais do Multisim 14.1 — Os Recursos 197 14.2 — Pontos de Destaque . 198, 14.3 Componentes com Valores (especificade rR. 199 144 — Matriz de Contacto Virtual 0 199 14.5 —Diagnéstico ¢ Simulagao de Falhas..... 200 14.6 ~ Limitagiio de ACE880 -nssneesnnne 200 147—Conclusao.. 14,8 — Criando Restri 148.1 Porque Usarrestrigdes 14.9 — Tipos de Restrigdes ... 202 14,10-EstabelecendoRestrigdesdeCircuitos....203 201 14.11 ~ Aplicando Resitigdes & Andlise de CaRCUHLOS veer 208 14.12 —Restigdes na Matriz de contactos... 205 14.13 — Conelusio 206 Referéneia Geral 1. Menu Principal ..... 207 2. Barra de ferramentas .... 211 3. Caixa de Componentes Bésicos 22 4. Caixa de Fontes 213 5. Passicos Basico: 213 Diodos .. fi 214 ‘Transistores 214 . Cls Analogico: 9, Componentes Diversos eeonathial- 215 10, Instrumentos € Indicadores ....-csnosesiee 215 11. Componentes Especificad0s woes 216 12.Componentes3D 216 Newton C. Braga INTRODUCAO O QUE E O NI Multisim Uma das ferramentas de software mais populares entre os projetistas de circuitos eletro- nicos foi o Electronics Workbench ou EWB. Para os que jé ouviram falar desse software ou que Jd fizeram trabalhos com ele, temos uma novidade excelente. Até a versio 5, 0 software EWB tinha como objetivo atender projetos didaticos de pro- fessores ¢ estudantes. Para a verso seguinte, a ferramenta passou a chamar-se Multisim, com as versdes “Multisim Professional” para usudtios experientes, ¢ “Multisim Educational” para hobistas ¢ estudantes de eletrnica e computagio. O software Multisim, agora é um produto da National Instruments e em suas vers6es 9 € 10, conta com recursos sofisticados que torna muito mais do que um simples software de projeto para estudantes e hobistas. Os recursos dessas novas versdes permitem seu uso avangado em aplicagdes profissionais, incluindo projeto e simulagao de circuitos com microprocessadores € de alta freqiéncia. Como nossos leitores nfo podem ficar longe dese software, trataremos a partir de agora especificamente do software de projeto ¢ simulagao, o NI Multisim, 1.1 - Apresentacio Electronics Workbench ou EWB € um software que nos tiltimos 15 anos tem se apre- sentado como lider no setor, ultrapassando centenas de milhares de unidades vendidas. Electronics Workbench é um “pacote” que inclui programas para captura de esquemas, simulagio de funcionamento de circuitos, projeto de placas de circuilo impresso além de simu. lagdo térmica. Com a aquisicao da empresa Electronics Workbench pelo grupo da National Instruments, © EWB passou a receber a denominagao NI Electronics Workbench, e aperfeigoamentos foram feitos no sentido de tomar esse programa uma ferramenta de uso profissional com a possibilida- de de interagir com outros produtos da mesma empresa como 0 LabVIEW e o SignalExpress Essa interago ¢ de vital importéncia para tampar a lacuna que existe entre o projeto eletronico 0 teste. Assim, o EWB tradicional propriamente dito deixa de existir, sendo agora os softwares NI Maltisim, para projeto ¢ simulagao e Ultiboard, para desenvolvimento de placas de circuito impresso, tratados como softwares do NI Electronics Workbench. Asede da National Instruments fica nos Estados unidos, mas existe suporte ¢ vendas em representagdes em muitos paises, incluindo o Brasil. (Visite o site httpv/Avww.electronieswork- bench.com/worldwide/brasil/ para obler mais informagdes. 5 Aprenda a usar o NI MultiSim 1.2 —Estrutura 0 “pacote” que é conhecido como NI Electronics Workbench é formado por 4 programas principais, a) NI Multisim ‘Trata-se de uma poderosa ferramenta de captura de esquemas e simulagio de circuitos cletrénicos para projeto. Esse programa ¢ capaz de verificar erros antes que eles se propaguem pelo projeto. A verificagao do funcionamento ¢ feita através de um conjunto amplo de instra- menios virtuais que indicam formas de onda, sinais, tenses e correntes, além da propria respos- ta de freqiigncia de um circuito. Existem ainda instrumentos como geradores de fungdes, fontes de tensdo alternadas com diversas formas de onda e frequéncias, ¢ muitos outros que podem servir para a simulaco. 4 ate xs02 | ae. | Figura 1 ~ Tela apresentando um projeto pronto feito no NI MultiSim 6 Newion , Braga b) NI Multisim MCU Module Modulo complementar que agrega recursos de simulagao de microcontroladores a proje- 105 de circuitos eletr6nicos analdgicos ou digitais desenvolvidos no NI Multisim ©) NI Ultiboard Esse programa faz 0 auto-roteamento das conexdes de uma placa de circuito impresso de modo a se obter © melhor lay-out para um projeto procurando as conexes de menor compti- mento. Todo projeto desenvolvido e simulado no NI Multisim pode ser transferido automatica- mente para o NI Ultiboard para layout. 4) NI Ultiroute Este médulo adiciona recursos avangados de algoritimos de roteamento ao Ultiboard. A partir da verso 10, este médulo faz parte integrante do NI Ultiboard PowerPro, e niio é mais fornecido separadamente. 1.3 —Comegando pelo NI Multisim Em suas versdes 9 ¢ 10, 0 NI Multisim ¢ o programa que focalizaremos nese livro, dada sua utilidade imediata tanto para os leitores ainda iniciantes e estudantes, como para os profis- sionais que desejam dominar um software de grande potencial para a criag%io de projetos em sua empresa, ONI Multisim é 0 primeiro simulador de cirei um especialista em SPICE para poder usé-lo. As netlists e comandos SPICE sao utilizadas automaticamente sem que o operador preci- se conhecé-las, como ocorre com outros programas mais antigos de simulagao. Uma outra caracteristica muito importante é que o circuito pode ser modificado durante a simulagdo, de modo a permitir que o projetista veja o que acontece quando isso é feito. Um ponto importante quando se projeta ¢ simula um circuito num software, ¢ ter a ga- rantia que cle conhega os componentes usados. O NI Multisim tem uma biblioteca com mais de 16 000 componentes. Cada componente dessa enorme base de dados pode ser localizado facilmente e todos podem ser usados sem problemas num mesmo circuito. Outra caraeteristica do NI Multisim que merece ser ressaltada é o fato dos componentes serem interativos e animados. Por interatividade entendemos o fato de que os componentes podem ter seus valores al- terados instantancamente num projeto, mesmo durante a simulagio, permitindo que o projetista Veja 0 que acontece, Por animagio entendemos o fato de que LEDs, Lampadas, Displays de 7 segmentos mudam a sua aparéneia na tela quando siio devidamente excitados. Podemos vé-los acender e mostrar nimeros. s interativo do mundo. Nao é preciso ser Aprenda a usar o NI MultiSim, Para cada componente é pos- siyel ainda fixar os parametros de funcionamento, permitindo que o valor real seja obtido somente de~ pois que se tenha certeza de que o cirenito fimeiona. Para os que gostam de traba- Thar em equipe, o NI Multisim per- mite 0 compartilhamento de um pro- jeto via Internet. Com o NI Multisim Internet Design Sharing € possivel fazer com que projetistas em diver- sos lugares, trabalhem ao mesmo tempo num iinico projeto. Soo a Gantry eigenen Figura 2 ~ 0 555 no NI Multisim (Circuit Wizard) Existem certos citcuitos que aparecem com muita freqiiéncia em projetos, Para esses, 0 Multisim jé os apresenta de uma forma praticamente pronta, permitindo seu uso imediato como blocos de um projeto maior, ou simplesmente, permitindo que alteragdes de seus componentes sejam feitas para uma aplicagao especifica. Basta fornecer os pardmetros, que o configurador de circuitos constroi o bloco pra voeé. £ 0 caso do timer 555, Filtros, Amplificadores de emissor comum, amplificador operacio- nal, ¢ amplificador com MOSFET que jé vem prontos para serem usados. 1.4—Instrumentagao Virtual Sem ditvida, um dos grandes atrativos do NI Multisim éa sua bancada de instrumentos virtuais. “Montando” um circuito pode-se simular seu funcionamento com a medida dos mais diversos pardmetros diretamente pelos instrumentos virtuais que podem ser conectados a qual- quer ponto. Um ponto importante nessa bancada de instrumentos é que diversos deles sao instrumen- tos que apresentam caracteristicas reais de instrumentos da Agilent ¢ Tektronix. Por exemplo, 9 possuidor do NI Muitisim pode contar em sua bancada virtual com um osciloscépio TDS 204 de 4 Canais da Tektronix para visualizar os sinais do circuito que esta sendo projetado. Os seguitites instrumentos estéo disponiveis: + Analisador légico de 16 canais * Multimetro digital Agilent + Osciloscdpio Agilent $4822D * Gerador de formas de onda Agilent 33120" + Amperimetro Newton C. Braga + Plotter de Bode + Analisador de Distorga0 + Provas dindmicas de medida + Osciloscépios de 2 ¢ 4 canais + Osciloscépio Tektronix TDS 2024 de 4 canais + Fregiiencimetro + Gerador de fungdes + Multimetro + Analizador de rede + Voltimetro + Wattimetro + Gerador de Palavras Figura 3 — Osciloscépio Virtual do NI MultiSIM. As andlises dos circuitos sio feitas por 24 algoritmos que permitem avaliar a performance de qualquer circuito. O conjunto de andlises conta com os seguintes recursos: * Ponto de 3 dB + Sensibilidade AC e DC * Freqiiéncia AC + Anilise por lote * Ponto de operagio DC * Anilise definida pelo usuario + Varredura DC * Distoreao. + Varredura de temperatura + Fungao de transferéncia + Varredura por Modelo de Pardimetro + Monte Carlo + Varredura alojada + Fourier + Andlise LV + Ruido + Polo Zero * Largura de Trago + Transiente + Pior caso Figura 4 — 0 Oscilose6pio Tektronix do NI MultSIM a Aprenda a usar o NI MultiSim ‘Tragador Grafico 0 “Grapher” ¢ uma poderosa ferramenta de uso geral que serve para ver, ajustar, salvar ¢ imprimir 05 resultados da simulagao. Os resultados de diversas simulagdes podem ser com- parados, Esse recursos permitem que os resultados sejam carregados no NI LabVIEW, Microsoft Excel ou Mathsoft Mathcad com um simples clique. Para 0s projetistas avangados pode-se realizar cAlculos com os resultados obtidos nas simulagdes utilizando-se 0 Post Processor. Recursos de RF Um dos pontos criticos na simulagao de projetos ¢ o trabalho com freqiiéncias elevadas. O Modulo de Projeto de RF do NI Multisim, permite trabalhar com projetos que operem em freqiiéncias além dos 100 MHz. Para simulagao de tais circuitos o Analisador de Espectro ¢ o Analisador de Rede sdo especialmente projetados para a performance exigida em tais casos. 1.5 - Clicar e Arrastar— Simples de Usar A idéia basica no projeto e simulagdo do cireuito, é a de se poder clicar e arrastar qualquer componente, até o ponto em que ele deva ser usado num cireuito Depois, é s6 clicar nos seus terminais e puxar as ligagdes até o ponto em que se deseja. Para os instrumentos vale o mesmo: é sé clicar ¢ posicionar o instrumento em local apro- priado e puxar as conexdes aos pontos do circuito em que se deseja obter uma forma de onda, tensio, corrente ou nivel légico Para ver de forma mais apropriada o que o instrumento esté mostrando, por exemplo, a forma de onda de um osciloscépio, basta clicar sobre ele que seu painel aparece ampliado. O mesmo ¢ vilido para as fontes de sinais como o gerador de fungdes que pode ser ajustado exa- tamente como no caso de um gerador de fungdes real. 1.6 - Versoes NI Mulltisim esta disponivel em duas versoes, Profissional e Educacional, Na educa- cional, temos menos recursos que a profissional, mas existem alguns destaques que merecem a atengio, principalmente de professores que pretendem usé-la em seus cursos. Por exemplo, a versio educacional permite que questées referentes a um determinado esquema sejam colocadas no préprio esquema para que o aluno as responda. Nosso livro faré uma abordagem em fne%io da Versio Educacional, e mesmo assim, Jevando em conta a quantidade giganteseas de recursos nao abordaremos tudo 0 que pode ser feito, Para nds, neste livro bisico ¢ muito mais importante permitir que o leitor comece a usar seu NI Muitisim para simular os projetos que descrevemos em muitas das nossas publicagdes, como as revistas Saber EletrOnica, EletrOnica Total, Mecatrénica Fécil além de livros como 0 10 Newton C. Braga Circuitos & Solugdes, no nosso site www.editorasaber.com.br e até para criar seus projetos que certamente poderdo ser publicados na Eletrénica Total - Edigdo Especial Fora de Série, que sai acada 6 meses. Versio Demo Para acompanhar melhor as nossas ligdes nada melhor do que ter acesso a uma versio Demo do NI Multisim. Esta versio que “faz tudo” que precisamos para aprender como usar este software, esté disponivel no site www.ni.com NI Multisim 10 ‘A versio 10 do NI Multisim, apresenta alguns recursos que ndo stio encontrados nas ver- sdes anteriores. Um deles, que destacamos nesse momento ¢ a disponibilidade de um banco de configurag6es de fontes chaveadas. i Newton C. Braga CAPITULO 1 ONI MULTISIM Na introdugao desse livro apresentamos 0 pacote de programas que consta do antigo Electronics Workbench (agora National Instruments), com destague para 0 NI Multisim que € um software para projetos ¢ simulagao de circuitos eletrénicos. Comegaremos entio uma espécie de curso em que ensinaremos como usar esse programa, mostrando ao leitor como dar os primeiros passos para os projetos eletrénicos usando 0 computador e depois fazer sua simulagdo, para verificar se ele funciona exatamente como o esperado. Evidentemente, para acompanhar esse livro ou o leitor deve ter a versio demo ou ainda a verso completa que deve estar instalada em seu computador, 1.1 - Comegando O NI Mulisim como todos os demais programas que constam do pacote antes conhe- cido como EWB ou Electronics Workbench, que agora é um produto National Instruments, é bastante pritico. Sua operagio do tipo “clicar-c-arrastar”, onde as peas ou componentes disponiveis numa vasta biblioteca podem ser colocados numa rea de trabalho e depois interligados para formar 0 cireuito desejado. A interligagao dos componentes também ¢ feita da mesma maneira clicando-se e arrastando-se o fio até onde se deseja fazer a ligagtio. Uma vez. que o circuito seja formado, instrumentos, fontes de sinal e diversos outros tipos de indicadores, sensores ¢ controles podem ser selecionados ¢ arrastados até a area de trabalho e usados exatamente como se fossem dispositivos verdadeiros. Com isso a simulagao do funcionamento do cireuito pode ser feita no proprio computador com 0 usuario vendo tensées, formas de onda, sinais ldgicos, alterando sinais de entrada e exci- taco, atuando sobre chaves ¢ sensores, tudo isso antes de passar para a montage do cireuito verdadeiro. Essa montagem pode ser feita numa segunda etapa eriando-se a placa de citcuito impres- So no outro programa da National Instruments que é 0 Ultiboard. Para a utilizagdo desse outro programa, que nao seré abordada nesse livro, o leitor deve contar com literatura apropriada, Para que o leitor saiba como fazer tudo isso, vamos comegar justamente pela tela de ab- ertura, onde teremos disponivel a frea de trabalho do NI Multisim, 1.2 - Inicializando o NI Multisim ‘Uma vez instalado no seu computador o NI Multisim (versio educacional, profissional ou demo), 0 leitor deve clicar no icone de abertura para obter a tela inicial do programa que é a mostrada na figura 4. 13 ‘Aprenda-a usar 0 NI Multisim A tela apresentada ¢ a “default” que tem as fungdes basicas e uma apresentagio de recut- 505 minimos que permite que o leitor ja trabalhe com tados os seus recursos. Evidentemente, essa tela pode ser “pervonalizada", com a colocagao nas barras de ferramentas de grupos de componentes ou recursos que o leitor utilize de uma maneira mais intensa. Como fazer isso, veremos no decorrer desse livro. ‘Nessa tela destacamos as seguintes areas de controle e trabalho. ‘Menu principal Ferramentas para gravar, salvar ou imprimir Informagdo sobre o status do programa Ferramentas do N] Multisim Ferramentas de componentes e instrumentos reais Ferramentas de componentes basicos ¢ acessorios ideais Chaye de ativagio do circuito Atea de trabalho Barra de rolagem vertical 10. Barras de instrumentagao virtual u Barra de rolagem horizontal 12, Nome do circuito em projeto 13. _ Barra de ferramentas do sistema operacional 14, ‘Comandos para maximizar, fechar ou reduzir prer ana epe 14 Newton C. Braga Uma vez. que essa tola tena sido aberta, o leitor j4 pode pensar em criar seu primeiro projeio colocando na drea de trabalho alguns componentes virtuais para a montagem de um Circuito muito simples. Observagiio: A tela de abertura pode ser personalizada com a colocagio das ferramentas e recursos que o leitor mais utilize. 13 - Primeira Fase — Um capacitor e um Resistor na Arca de Trabalho ‘Na barra de componentes genéricos ou basicos temos diversos grupos como fontes de ali- ‘mentagao, acess6rios. componentes passivos basicos, diodos, transistores, circuitos integrados anal6gicos, digitais, instrumentos, etc, conforme mostra a figura 5. Figura 5 A barra de Grupos de componentes ou instrumentos nos dé acesso a componentes genéri- cos enquanto que na barra de selec4o de componentes por tipo ow valor temos acesso a bib- lioteca de componentes com valores ou especificados (rated) do NI Multisim, escolhendo os componentes pelo tipo. Caixa: Abarra de Grupos de Componentes ou Instrumentos sé fica na area de trabalho se em Op- tions selecionarmos Simplified Version, Para outras caixas de selec selecionamos em view/ toolbars os grupos que desejamos ter na tela. Por exemplo, ao selecionar um transistor na barra de Grupos de componentes ou instru- mentos, temos um transistor de uso geral genérico, Na barra de selego por tipo ou especifica- dos, pademos escolher um BC548, TIP31, BD135, etc. 15 ‘Aprenda a-usar 6 NI Multision Lembre-se: ‘Os componentes podem ser tanto gerais (ideais) como especifica- dos (com valores) dependendo de onde sejam selecionados Inicialmente, vamos trabalhar apenas com a barra de Grupos de Componentes genéricos ‘ou basicos ou ainda instrumentos. Conforme podemos ver, essa barra divide os diversos componentes eletrénicos em eate- gorias, por exemplo, passivos (capacitores, indutores, resistores, fontes, diodos, transistores, circuitos integrados, etc). Clicando nui desses grupos temos duas opgdes: se clicarmos na seta, abre um quadro com a relugio ce componentes dispostos verticalmente e com a denominagao, conforme mostra a figura 6 Figura 6 Newton C, Braga Se clicarmos na caixa em que esta 0 simbolo do componente, abre um quadro com os simbolos de todos os componentes existentes nessa caixa. Assim, conforme mostra a figura 7, se clicarmos na caixa de componentes passivos basi- cos (A), abre a caixa de componentes (B) © Circuit’ - Multisim - [Circuit1] Figura 7 Nessa caixa, podemos sclecionar os componentes que vamos usar clicando sobre seu simbolo com o botdo esquerdo do mouse, soltando ¢ arrastando até a drea de trabalho. Por exemplo, se clicarmos em (C) que € um resistor, arrastamos R1 até a area de trabalho. Clicando novamente sobre o botiio esquerdo do mouse, fixamos esse componente na Area de trabalho (D). No caso, o resistor é RI de 1 k ohms, Mais adiante veremos como mudar 0 valor desse componente, A figura 8 mostra o que ocorre. Lembre-se: Clicando-se na seta abre-se a relacio de componentes por nome. Clicando-se no simbolo geral_abre-se uma caixa com os simbolos dos componentes dispaniveis. Veja também que esta, de componen- tes gerais, abre com options/simplified version. 7 Aprenda a usar 0 NI Multisim Se clicarmos novamente num resistor e 0 colocarmos em outro ponto da area de trabalho ele ainda terd o valor basico de 1 k ohms (que poderd ser modi- ficado) mas aparecers como R2 e assim por diante. Se clicarmos no simbolo. do capacitor e procedermos da mesma forma que no caso do resistor, podemos arrastar até a rea de trabalho e nela fixa um capacitor de 1 uF, conforme mosira a figura 9. Mais adiante yeremos como mudar o valor desies componentes. Figura 8 18 Newton ©. Braga Da mesma forma podemos selecionar e colocar na frea de trabalho diversos outros com- ponentes deste grupo como transformadores, indutores, potenciémetros, etc, Se colocarmos diversos resistores na drea de trabalho, sua numeragdo ser automitica: RI, R2, R3, ete, © mesmo ocorre com outros componentes como capacitores, com C1, C2, C3, etc Posteriormente veremos como modificar essa designagao, caso isso seja necessério num projeto. Lembre-se: Para obter informagées sobre os componentes de uma eaixa basta clicar com o botdo esquerdo sobre ela Resumindo a) Para colocar um componente na drea de trabalho selecione na batra correspondente a caixa que contém o tipo de componente desejado. ) abra a caixa de componentes selecionada ©) Selecione 0 componente desejado clicando com o botio dircito sobre ele © depois, soltando 0 botdo direito, arraste 0 componente até o local desejado. 4) Clique novamente no botio esquerdo para fixar o componente no local desejado. ¢) Para a versa simplificada da caixa de componentes clique em tools e depois selecione simplified version. 1.4 - Deletando Componentes Para apagar um componente, existem 3 opgbes. a) A primeira é a mais simples . Basta clicar sobre © componente com o bot esquerdo do mouse de modo a seleciond-lo. Aparece uma caixa azul em torno do compo- nente indicando que isso ocorreu. Depois, ¢ 6 usar a tecla “Delete” do proprio teclado do computador. b) A segunda consiste em se colocar 0 cursor sobre 0 componente ¢ clicar nele com o botio esquerdo de modo a selecioné-lo. Depois, com 0 botio direito do mouse temos acesso a um menu de opgdes, conforme mostra a figura 10. As outras fungdes disponiveis nessa caixa sero estudadas oportunamente. Clicando com 0 botio direito na érea selecionada “cut” o componente selecionado na Area de trabalho sera apagado/recortado. 19 Aprenda a usar o NI Multisim ©) Finalmente podemos selecionar o componente da mesma forma que no caso anterior © abrir a caixa de diélogo “edit” (editar) na barra superior de ferramentas, conforme mostra a figura 11, selecionando a opgao Delete, com 0 botio direito. Som Figura 1 Lembre-se: Para deletar: a) clique com o botiio esquerdo ¢ use a tecla delete b) clique com 0 botio dircito ¢ use a opeio delete ©) clique em edit e use a apeao delete. 1.5 — Desfazendo um comando (voltando atras) Pode perfeitamente ocorrer que o leitor se “arrependa” de ter apagado um componente © deseje vollar atrés, recolocando-o na Area de trabalho, Na verdade. pode ocorrer que o leitor deseje destazer diversos comandos anteriores, voltando a uma etapa anterior de seu projeto. Para isso, existe na barra de ferramentas a caixa “editar” que, se selecionada, permite acessar a oped “desfazer” (undo) que permite cancelar as tiltimas operagbes feitas. Podemos, dessa forma, repor na area de trabalho um componente que tenha sido apagadlo por engano. Basta clicar em “editar” e depois em “undo” tantas vezes quantas sejam as etapas anterio- res que o leitor deseje voltar. 20 Newton C. Braga Lembre-se: Tanto a opgdo Delete como Undo servem para qualquer tipo de componente, ida na area de trabalho, Podemos simbolo ou aperacao que tenha sido real deletar simbolos, instrumentos, textos e muito mais, e voltar etapas do pro- jeto independentemente do que tenhamos feito 1.6- Zoom e Graticula ‘Na opgao normal, o leitor deve ter percebido que a érea de trabalho ¢ coberta por pontos igualmente separados que servem de referéncia para 0 projeto, ajudando bastante posterior- mente no alinhamento dos componentes, colocagao de referéncias (terra) e também na ligago dos fios Se 0 leitor tem um mouse com um botio de rolagem no centro e mexeu nele com o cursor na drea de trabalho, deve ter percebido que a imagem projetada aumentou e diminuiu. De fato, esse comando é usado para se obter uma imagem menor ou maior de um projeto, sendo que, quando diminuimos essa imagem, os pontos da graticula desaparecem, conforme mostra o exemplo da figura 12. Essa oped € interessante se desejarmos ter uma visto completa do projeto, no caso dele ser muito complexo, selecionando depois as éreas que desejamos analisar, A Ri q NN | 1.0kN | i] | l= ] 1.0uF at Figura 12 2 Aprenda a usar o NI Multisim Na figura cortamos a tela para mostrar apenas 0 desaparecimento dos pontos de referén- cia a diminuigaio do tamanho dos simbolos que colocamos na tela. ‘Além de podermos aumentar e diminuir 0 esquema na érea de trabalho, temos ainda 0 recurso do “zoom” que é acessado na barra de ferramentas da seguinte forma, Conforme mostra a figura 13, clicando em “view”, temos a abertura de uma caixa de didlogo em que podem ser selecionadas cinco opgdes de zoom ou vistio da area de trabalho. Veja que essas mesmas opgdes podem ser acessadas também pelas teclas de F7 a F8. O que essas fingdes fazem é 0 seguinte: * Zoom In (F8)— O tamanho da imagem aumenta, ou seja, obtemos uma aproximagao ou ampliagao da frea de trabalho. : * Zoom Out (F9) — O tamanho da: ‘imagem diminui ~temos a redugo da area de trabalho. * Zoom Area (F10) — apenas a area selecionada é ampliada * Zoomto Scale (F7) —Abre-se uma janela de zoom, conforme mostra a figura 14, onde pode-se selecionar a ampliactio (maior que 100%) ou redugdo da imagem (menor que 100%). 22 Newton C. Braga 1.7 - Segunda Fase ~ Mais componentes - Mudando de Posigdo e de Localizagao ‘Vamos um pouco adiante com nosso projeto, inicialmente clicando na caixa de geradores para colocarmos na area de trabalho alguns componentes a mais. O primeiro é uma bateria de 12 V, ¢o segundo, que vamos usar duas vezes, é 0 simbolo de terra, colocados nos pontos indi- cados na figura 15, Também vamos colocar um resistor a mais. Re ere Caixa com baterias, terras © outros elementos Figura 15, Conforme podemos observar, os componentes selecionados, sio sempre colocados na ‘rea de trabalho na mesma posigio. Os resistores ¢ os capacitores em posigdo horizontal ¢ a ba- teria em posigo vertical. Essas posigdes podem nfo ser interessante para o projeto que estamos fazendo. Sugesti Antes de prosseguir treine colocando na érea de trabalho 0s compo- nentes que vocé for descobrindo nas caixas, tanto para se familiarizar ‘com 0 proceso ¢ contetido como também com os simbolos usados. 23 ‘Aprenda a usar 0 NI Multisim Pode entio ocorrer que desejemos mudar a posigtio de componentes. Os que esto colo- cados horizontalmente precisam passar para uma posigdo vertical e os que esto na horizontal devem passar para a posigiio vertical, conforme mostra a figura 16. Caixa Observe que a caixa de componentes gerais usada é selecionada em options/simplified ver- sion. Figura 16 Pode também ser necessirio deslocar um componente de um lugar para outro, num local mais favoravel para o projeto. Como fazer isso? a) Mudando de Posi¢aio — Girando, invertendo Para mudar a posigao de um componente na area de trabalho temos diversas possibi- lidades. Para essa finalidade abrimos uma caixa de didlogo, clicando com 0 botio direito no componente selecionado conforme mostra a figura 17. Sao quatro as opgGes para isso, as quais tém as seguintes funcdes: “ Flip horizontal — faz a transposic2o dos terminais do componente ou gira-o em 180 gtaus no sentido horizontal. * Flip Vertical — faz a transposigao dos terminais do componente ou gira-o em 180 graus no sentido vertical 24 Newton C. Braga * 90 Clockwise ~90 graus no sen- tido horério — gira 0 componente em 90 graus no sentido horario * 90 CounterCW (Contra 0 sen- tido do relégio) — gira o componente em 90 graus no sentido anti-hordtio. Na figura 18, temos exemplos do que ocorre com a aplicagio dessas fungdes em alguns componentes na area de trabalho. O uso dessas fungéies € muito im- portante quando desejamos que um dia- grama ocupe o menor espaco possivel na tela e que as ligagdes entre eles fiquem facilitadas. Flip Clockwise Phip CountercW 1 VAL © Flip Horizontal tee wales Inverter horizontalmente ain aoc ee a2 rele Flip Vertical Figura 18 25 Girar no sentido horario Girar no sentido anti-horirio Inverter verticalmente Aprenda a usar o NI Multisim Observe ainda pela figura 19 que podemos realizar as mesmas mudangas de posig&es dos componentes usando 0 teclado, Conforme mostra essa figura, do lado direito de cada fungao temos as teclas que devem ser acionadas para isso. Figura 19 Por exemplo, o acionamento simultdneo das teclas Ctrl (control) ¢ a letra R fazem com que 0 componente selecionado gire 90 graus no sentido horario. Com o acionamento ao mesmo tempo de Ctrl+Shift+R giramos o componente selecionado 90 graus no sentido anti-horario! Veja que 0 uso das caixas de didlogo & muito mais interessante para os que ainda esto aprendendo, pois somente os que jé usam o NI Multisim hé muito tempo € que tem a possi- bilidade de memorizar teclas (F1 a F12, por exemplo) e combinagées de teclas para realizar operagdes de uma forma muito mais répida. A caixa “Edit” (editar) da barra de ferramentas também dé acesso A diversas opgdes de ages em relagdo a um componente selecionado na area de trabalho. Basta selecionar um com- ponente ¢ clicar sobre “edit” para ter acesso a opgiies como deletar, mudar de posigéio e mesmo verificar as propriedades desse componente, b) Deslocando componentes na ‘irea de trabalho Lembre-se: Sempre que quiser fizer alguma coisa com um componente, instru ‘mento ou ligagdo, clique com o botio esquerdo sobre ele. A caixa de didlogo se abre e voc encontrard o que deseja. E a maneira mais simples quando ndo nos lembramos da tecla ou teclas que devem ser acionadas para fazer 0 que desejamos. Outro recurso importante para o projetista, consiste na possibilidade de se levar de um ponto a outro da area de trabalho (sem modificar a posigéio), um componente. Isso pode ser feito simplesmente selecionando 0 componente, clicando com 0 botio esquerdo e mantendo, para depois arrasté-lo até a nova posigao, onde ele seri solto. 26 Newton C, Braga Observagao: Abrindo-se a caixa “edit’na barra superior de ferramentas, também temos um quadro que nos leva aos comandos que mudam de orien- tagfo (posigo) os componentes (orientation). Esse quadro também serve para apagar um componente selecionado da area de trabalho. Lembre-se: Para selecionar um componente ¢ mudar de posigiio na fea de tra- balho ou obter informagdes sobre suas earacteristicas, clique com o botdo esquerdo do mouse ao colocar o cursor sobre ele. Outras fungdies dessa caixa de diflogo sero vistas oportunamente. 1.8 — Atribuindo Valores 20s Componentes Conforme 0 leitor deve ter percebido ao colocar na drea de trabalho um resistor ou um capacitor, esses componentes vem com valores fixos; 1 k ohms para o resistor ¢ 1 uP para o capacitor, © mesmo vai ocorrer com outros componentes que possam ter valores, como indutores, Para os demais como diodos ¢ transistores, por exemplo, a0 colocarmos esse componente a partir da barra de componentes gerais, eles sero abordados como componentes ideais, Para um diodo isso significa uma resisténcia nula no sentido direto e uma resistencia infinita no sentido inverso, No entanto, na pritica os componentes podem ter uma ampla faixa de valores. Mesmo a0 projetar um citeuito, poderemos precisar alterar o valor de um componente até chegar ao componente desejado. Pode também ocorrer que precisamos alterar a tens&o de uma fonte de alimentagio ou mesmo sua freqliéncia se ela for de corrente alternada, conforme veremos Como atribuir valores a um componente ¢ o que veremos agora, tomando como exemplo um resistor de 1 k ohms que tenhamos colocado da drea de trabalho. Partimos da idéia de que precisamos de um resistor, mas que o valor ndo seja esse. Se precisamos de um resistor, ou de outro componente com valor, nao importa qual seja © valor, comegamos por colocar esse componente na area de trabalho. Depois, conforme mostra a figura 20 clicamos com 0 botiio direito do mouse para se- leciond-lo abrir a caixa de didlogo mostrada na mesma figura. Escolhemos a opgao © propriedades e clicamos nessa linha com 0 bot&o esquerdo do mouse, quando ento vai abrir a eaixa de didlogo mostrada na figura 21 27 Aprenda a usar 0 NI Multisim Figura 22 28 Figura 20 © novo valor pode entio ser digitado na caixa correspondente. A unidade, que vai de picofarads a farads pode ser selecionada deslocando-se para cima ou para baixo as setas no quadro comrespondente. Colocando-se 0 novo valor na caixa correspondente, basta clicar OK para que ele seja aplicado ao componente selecionado na rea de trabalho, Outra maneira (mais sim- ples) de se chegar a essa caixa de proprie- dades é simplesmente clicando com 0 botiio esquerdo do mouse O mesmo procedimento & valido para geradores, resistores, indutores, etc. Na figura 22 mostramos a caixa de didlogo para 0 caso de precisarmos alterar a tensio de um gerador (bateria) para 6 Vina area de trabalho. As outras caracteristicas que eventualmente podem ser modificadas para um compo- nente so a tensto de trabalho, tolerdncia, etc. Delas, trataremos Newton ©. Braga oportunamente, jd que nessa fase inicial de aprendizado elas ndo sero necessirias. Lembre-se: Para alterar valores ou caracteristicas de componente a) Clique com 0 botio esquerdo do mouse sobre o componente para abrir a caixa de propriedades ou: b) Selecione o componente e clique com o botio direito. Na caixa de didlogo escolha a opeo propriedades e reprograme seu componente EXERCICIOS 1, Coloque na dea de trabalho: a) resistor de 12 k ohms na posig&o horizontal (R1) b) resistor de 22 k ohms na posigdo vertical (R2) ©) Capacitor de 1 nF na posigao horizontal (C1) d) Capacitor de 120 pF na posieao vertical (C2) ©) Indutor de 1 mH na posigao horizontal (L1) 1) Indutor de 47 H na posigao vertical (12) g) Bateria de 6 V na posigao horizontal com o pélo positivo para direita (V1) h) Bateria de 15 V na posigao horizontal com o pélo positivo para a esquerda (V2) i) Bateria de 12 V na posigao vertical com 0 pélo positivo para baixo (V3) {j) Diodo comum na horizontal com o catodo para a esquerda (D1) ') Diodo zener de 12 V na vertical (D2) 1) Transistor bipolar NPN com coletor para baixo (Ql) m) Transistor bipolar PNP com a base do lado direito (Q2) n) Lampada de 12 V na horizontal o) Lampada de 6 V na vertical p) Amplificador aperacional com entradas do lado direito QUESTIONARIO 1. Quais so as maneiras de se deletar um componente da drea de trabalho? 2. O que é preciso fazer para mudar a posi¢ao de um componente na area de trabalho 3. Como destazer uma operacao que tenha sido feita num circuito, voltando etapa an- terior? 4. O que significa CounterCW na janela de trabalho de um componente? 5. Na barra de familias de componentes, os componentes sem valor sao ideais ou reais? 29 Newton C. Braga CAPITULO 2 OS CIRCUITOS No primeiro capitulo desse livro vimos como devemos proceder para colocar na area de trabalho os componentes ¢ simbolos, para podermos trabalhar com eles num circuito. ‘Também aprendemos como mudar sua posigdo, apagar esses componentes e como mod ficar suas caracteristicas como, por exemplo, valor, tolerdincia ¢ tenso de trabalho. Outro ponto importante dessa primeira parte foi entender como podemos mudar de posi¢do e localizagao um componente. Nesse segundo capitulo continuamos com 0 nosso aprendizado jé partindo para o projeto € simulagio de um circuito pratico. Com esses ensinamentos, 0 leitor ja estat apto a projetar testar circuitos usando alguns instrumentos basicos, 2.0 — Os Circuitos Os circuitos so formados por componentes ativos e passivos de determinados valores que so interligados de forma bem determinada Na primeira parte desse livro aprendemos como colocar os componentes na rea de tra- balho. O préximo passo seri aprender como fazer as interligagdes entre esses componentes obtendo-se assim um circuito completo ¢ funcional que possa ser simulado. 2.1 - Interligando 0s Componentes Uma das operagdes mais importantes no uso do NI Multisim no desenvolvimento de um projeto consiste em se fazer as interligagdes dos componentes. Para fazer isto, basta posicionar 0 cursor na ponta do terminal de um componente até aparecer uma bolinha com quatro raios, indicando que a conexio foi estabelecida. Clicando entZo no botio direito do mouse, fixamos a conexiio ¢ mantendo-o pressionado arrastamos 0 mouse de modo a puxarmos o fio de ligagio, conforme mostra a figura 23 Clicamos aqui para estabelever a conexiio: Puxamos o fio com © mouse. Figura 23 31 Aprenda a usar o NI MultiSim. = Quando o ponto de conexdo no outro componente (R1 no caso do exemplo da figura 23) € atingido, aparece a bolinha raiada de conexo. Basta entZo soltar o bottio pressionado do mouse para estabelecer a conexdo, conforme mostra a figura 24. forestabelecida solte 0 botio es- querdo do mouse Clique com 0 botdo esquerdo do mouse no terminal do componente para estabelecer a conexdo. Arraste o fio até 0 ponto de conexiio desejado e solte o mouse 2.2 — Desfazendo ou Mudando uma Conexiio Seo keitor desejar apagar uma conexao feita, pois ela esta errada ou se arrependeu de t8-la feito, ou ainda mudar uma conexo passando de um terminal a outro de um circuito integrado, existem diversas opges. Analisemos. a) Desfazendo a Conexio Para isso basta clicar com 0 botio esquerdo do mouse sabre 0 fio de ligagtio que deseja- mos eliminar, sclecionando-o, conforme mostra a figura 25, Conexio selecionada Depois, temos trés possibilidades para eliminar esse fio: * Usamos a tecla delete do teclado ¥ Clicamos no botdo direito para abrir a caixa de diélogo com as propriedades da conexao e nela selecionamos “delete * Abrimos a caixa de didlogo da opgao “edit” na barra de ferramentas e escolhemos “delete”. b) Mudando a Conexao ‘Vamos supor que desejamos mudar a conexto de Cl que esté em RI, passando-a para R2, no es quema da figura 26, Basta levar 0 cursor com o mouse até o ponto de conextio do fio com R1 e quando o terminal ficar destacado, clique com 0 botio querdo do mouse, e arraste a nova ligagao até R2. Clieando no bottio esquerdo a nova ligagdo serd feita conforme mostra a figura 27 o) Usea et! cares: 1.0uF - 1.0k9 Figura 27 33 de RI para R2 eli- ccando para fixéla. Newton C. Braga Lembre-se: Para apagar uma conexao: a) Use 0 teclado b) Use a caixa de opgdes ixa edit Arraste a ligagio Aprenda a usar 9 NI MultiSim - Da mesma forma é possivel fazer uma conexdo no meio ou na curva de uma outra, °° conforme mostra a figura 28. Basta puxar a | conexiio de RI e ligé-la na curva que vai para > °° 0 fio de conexdio de R2. Lembre-se Use 0 Mouse para mudar de posigdo uma conexo ou acrescentar derivagdes a uma conexio. Observagiio: Dependendo da versio e do modo de programagiio, as conexdes podem aparecer numeradas, sempre com o ntimero 0 (zero) para as conexdes a terra. 2.2.1 - Melhorando a Posi¢io de uma Conextio Se os fios que forem tragados interligando componentes estiverem numa posigio desfa- vordvel, muitos préximos de outros fios ou ainda dando voltas indevidas, conforme mostra a figura 29, existem duas possibilidades para que eles sejam acertados. Newton C. Braga a) Podemos selecionar o fio, clicando com o botio esquerdo do mouse ¢ depois arrastar 0 fio até a posi¢ao desejada, soltando depois o boto do mouse. ‘b) Podemos selecionar 0 componente onde esse fio es! desse componente arrastando-o conectado e mudar a posigaio 2.3 — O Primeiro Circuito — Montagem e Simulagao Partindo desse exemplo, podemos elaborar um circuito simples contendo um gerador que alimenta um resistor e uma lampada, ligando lampada um voltimetro, para que depois na simulago possamos saber quantos volts esto aparecendo sobre a limpada. O desenvolvimento do circuito terd entao trés etapas que vamos analisar detalhadamente, de modo a dar algumas informag@es titeis para futuros projetos. Lembre-se: © mouse também é usado para “arrumar* fios enralados e fora de posigto. a) Comecamos por colocar na érea de trabalho os componentes a serem usados, procuran- do-os na barra de componentes. Veja que temos trés categorias de componentes usados que estiio em trés caixas diferentes, conforme mostra a figura 30. * Bateria c terra ~que esto na caixa de fontes de alimentago (power source) * Resistores — que esto na caixa de componentes bisicos (Basic) * Lampada que esté na caixa de Mis- cellaneous Components ‘Veja que abrimos as trés caixas em que esto esses componentes para que o leitor os localize. Lembramos ainda que é muito im- portante que 0 leitor conhega bem a simbolo- gia dos componentes, para poder localizé-los com mais facilidade. * Bateria e terra — que estiio caixa de fontes de alimentagiio (power source) * Resistores — que esto na caixa de ‘componentes basicos (Basic) * Lampada que esta na caixa de Mis- cellaneous Components. 35 ‘Aprenda a usar o NI MultiSim. © instrumento (voltimetro) est na caixa de instrumentos de medida ou Measurement Components, mostrada na figura 31. Veja que nessa caixa temos yoltimetros com disposigdes diferentes de terminais, 0 que podemos constatar clicando na sua relagao (seta) e nfo no icone. Lembre-se: Os componentes disponiveis nessas caixas de componentes podem variar um pouco dependendo da verstio do Multisim. Figura 31 Escolheremos a opgio “place voltmeter (horizontal)” - colocar o voltimetro na posi¢ao horizontal. Veja que, se precisarmos inverter @ posi¢do dos terminais, basta usar a opgdo “flip horizontal” Assim, nossa area de trabalho ficard como mostra a figura 32, ¢ a partir dela podemos comegar a fazer as ligagdes dos diversos componentes de nosso circuito. ‘Veja que ja escolhemos uma posigdio apropriada para os componentes, conforme o cir- cuito que desejamos montar. Também mudamos o valor do resistor para 100 ohms. A bateria ‘manteve em 12 V e mudamos a posigao da lampada girando-a 90 graus. ut DE 10n0 IE = as ee Newton ©, Braga Depois de completarmos as ligagdes e conferinmos, basta apertar a chave VO na barra de ferramentas para que a simulago seja feita. No nosso caso, conforme mostra a figura 33, o voltimetro vai indicar a tensaio que aparece sobre a lampada. De tomo Xt. 12V Figura 33 Observas: 0 uso do terra nos circuitos & interessante & medida que sua complexidade aumenta pois reduz a necessidade de termos Ri ub fios que retornem a fonte de alimentagao a partir de todos (0s pontos em que isso seja necessirio. No entanto, nada impede que a conexto de retomno seja feita através de figs, como no it~ cuito da figura 34, em que nao usamos os fios de terra. O NI Multisim, entretanto, exige que 2 pelo menos exista uma conexao Figura 34 de terra para que a simulagao possa ser realizada. 1000 el De tomo 37 Aprenda avusaro NI MultiSim Lembre-se: ara projetar coloque os componentes na rea de trabalho ¢ va fa- zendo as interligagéies. Cuidado para niio esquecer 0 terra e se usat linhas de retorno, deixar pelo menos um ponto do circuito aterrado. A medida que colocar os componentes na area de trabalho, pro- sgrame seus valores. O Multisim admite que o valor de um componente seja alterado sem precisarmos inter- romper a simulagao. No entanto, para trocar um componente é preciso atuar sobre a chave liga/ desliga no canto esquerdo da barra de ferramentas. Se isso nao for feito, a caixa de didilogo do componente selecionado aparece com as operagées proibidas sem destaque, conforme mostra a figura 35. ‘DC 10M: Newton C. Braga 2.4—Simulagao Dindimica No circuito simulado, é evidente que os 1,510 V que aparecem sobre a limpada sio insu- ficientes para acendé-la e é isso exatamente o que ocorre na simulagao, ‘Vamos alterar 0 valor do resistor de modo a podermos aplicar uma tensio muito maior na lampada, conforme mostra a figura 36. Fazendo isso, com uma tensdo de 7,082 V a limpada apareceré na simulagdo em amarelo, indicando que ela esta acesa! Essa simulacdo com componentes que realmente funcionam & especialmente interessante quando trabalharmos com componentes 3D. ut : = ee. Dc 40MD: : x1 a Figura 36 Lembre-se: Os instrumentos virtuais do Multsim so usados exatamente como os instrumentos reais. Os voltimetros devem ser ligados em paralelo com os cireuitos dos quais se deseja suber as tensdes ¢ os amperimetros devem ser ligados em paralelo com os circuitos dos quais se deve conhecer a corrente. 2.5—Mais Componentes Os componentes que vimos so os componentes biisicos ou componentes da barra virtual de componentes. S40 componentes gerais, normalmente ideais e com quantidade limitada. Evidentemente, na pritica usamos muito mais componentes, ¢ para isso o NI Multisim conta com uma vasta biblioteca que pode ser usada. Para essa finalidade, serd interessante colocar na area de trabalho a caixa de “componen- tes” que contém os componentes do mundo real tais como os transistores que conhecemos BC, BD, TIP, circuitos integrados TIL, CMOS, amplificadores operacionais, microcontroladores, ete, Para isso, vamos partir do caso de que sua barra de ferramentas ainda nfo tenha esses com- ponentes, sendo do tipo mostrado na figura 37. 39 ‘Aprenda a usar 6 NI MultiSim Figura 37 Clicamos entao em view ena caixa de didlogo que se abre, clicamos em toolbar (barra de ferramentas), Abre-se entio uma segunda caixa de didlogo onde assinalaremos a op¢do “com- ponentes” para que essa caixa seja criada na drea de trabalho. A figura 38 mostra o que devemos fazer. Newton C. Braga A caixa de componentes sera entfio colocada na area de trabalho. Clicando sobre essa caixa e arrastando-a podemos levé-la até a barra de ferramentas, criando uma nova barra com os componentes novos com que vamos trabalhar, conforme mostra a figura 39. Figura 39 Para usar os componentes dessa barra é muito simples, Vamos supor que desejamos tra- balhar com um transistor BD135 (um NPN de média poténcia). ‘Comesamos por selecionar nessa caixa os transistores, onde clicamos para que se abra uma caixa de didlogo conforme mostra a figura 40. Figura 40 41 ‘Aprenda a usar 0 NI MultiSim Clicamos inicialmente e BIT (Bipolar junction Transistor ou Transistor Bipolar de junga0) NPN, pois essa ¢ a familia a que pertence 0 BD135. Depois, usando o cursor na caixa de componente que se abrem procuramos pelo BD135 0 qual selecionamos. Veja que existem diversos tipos de BD135 que se diferencia pelos sufixos O manual dos fabricantes deve ser consultado para seu uso. Para colocar 0 componente na area de trabalho € sé clicar em OK. Novamente so vali- das opcdes como mudar de posigo, deslocar na area de trabalho ¢ muito mais, Na figura 41 mostramos como selecionar um cireuito integrado 4093 da familia CMOS para 5 V. Veja que a pinagem logica aparece no quadro a direita. Figura 41 Observe entre os botdes de opgdes a presenga de um, com a denominagao “detail report” (informagées detalhadas). Clicando neste botdo pode-se ter todas as informages técnicas sobre © componente que esta sendo selecionado, Nesta tela de op¢des para os componentes da base de dados, devemos observar alguns detalhes importantes, tomando como exemplo a tela de fontes (indicada pelo simbolo de terra) a primeira da barra de ferramentas e que, ao abrirmos nos leva a caixa de diflogo mostrada na figura 42. Nesta caixa temos as seguintes janclas: Database (base de dados) — permitindo selecionar a base de dados que vai ser usada na consulta aos componentes. a2 Select alantes || NON IDEAL BATTERY THEE PHAGE DELTA GJ sicna, vo.tace. so. HB) sicns_cunrenrs Biconro..eD vous. I conteowen conn 1 conrad. uncrio.. | Sources (fontes) — identifica a familia de componentes que foi selecionada na barra de ferramentas. Family (familia) — apresenta uma sub-familia de opgdes dentro da familia principal. Por exemplo, fonte de tens4o, fonte de corrente, fonte de sinal, etc. Component (componente) —seleciona o componente especifico para 0 projeto. Por exem- plo, na caixa de fontes, temos grupos para AC, DC, terra, Veo, etc. Symbol (simbolo) ~ temos 0 simbolo padronizado ANSI. Clicando na tela detail report (informacao detalhada) podemos nao s6 saber mais sobre as caracteristicas do componente se~ Jecionado, como eventualmente acessar 0 simbolo DIN. Sera interessante descrevermos essas caixas de componentes de uma forma mais resumi- da, para que o leitor tenha uma idéia do que vai encontrar dentro de cada uma: Sources (fontes) Seleciona fontes de sinal ¢ de alimentagao, como fontes de tensio, fontes de corrente constante, etc. Também sio encontrados divisores e multiplicadores de tensdo, terra, fontes triffisicas, eto, 43 Aprenda a usar o NI MultiSim J Basic (componentes bisicos) | Nesta opeo temos uma relag3o ampliada dos componentes bisicos, com muito mais opgies de valores e tipos. Por exemplo, para os resistores podemos acessar diretamente a telagio de valores com 5% de tolerancia e também a série de resistores SMT de 2% de toleran- cia, Sao 23 familias de componentes incluindo transformadores, chaves ¢ também componentes 3D. [EM Diodes (diodos) BAB Nesta caina encontramos todos os componentes da familia dos diodos, partindo dos dio- dos comuns ¢ diodos zeners, até LEDs. Diodos Schottky ¢ também 0s tiristores como os ‘SCRs € Triaes. Componentes dessa familia como os Varactors também podem ser acessados. Na verso basica do NI Multisim a base de dados para esta caixa contém milhares de componentes. Destacamos a possibilidade de se acessar LEDs de varias cores, inclusive barras de LEDs como a mostrada na figura 43. Barra de LEDs, observe a polaridade Ut * Figura’43 Lembramos que os LEDs sio componentes dindmicos no NI Multisim, aeendendo quan- do, na simulagao, forem percorridos por uma corrente apropriada no sentido direto. ‘Transistors (transistores) Esse icone da acesso a caixa de transistores com milhares de tipos diferentes separados por categorias como NPN, PNP, Darlingtons, Poténcia, JFETs, MOSFETs, Transistores Unijungdo, IGBTs, etc. Os transistores acessados nesta caixa tém as caracteristicas dos tipos reais, 0 que é importante numa simulacao. Ao se clicar no tipo, aparece o simbolo, da mesma forma que nos demais componentes. Analog (analégicos) Nessa caixa temos acesso a seis grupos de componentes das familias dos comparadores de tensiio © amplificadores operacionais. S6 de amplificadores operacionais sio 4093 tipos diferentes. Além da pinagem de cada um, temos a descrigdio de sua fungio. 44 Newton ©. Braga i = So centenas os componentes da familia TTL que podem ser encontrados nesta caixa do arquivo. Estes componentes sio de 6 familias diferentes TTL, como LS, F, T, ele. Apés se clicar no tipo, aparece a descrico da fung’o que ele contém, ou seja, se s4o portas, flip-flops, etc gag) CMOS & So 11 as subfamilias de componentes CMOS que podem ser acessadas nesta caixa, com todos os componentes da série 4000 e sua pinagem, além das fungdes. Os grupos so separados conforme as tenses usadas nos cireuitos, j4 que existem diferengas de velocidades, quando as tensbes de alimentago sto diferentes. oy Muitimcu Microprocessadores — essa caixa nao esta disponivel Spe Advanced Peripherals (Periféricos avangados) = Nesta caixa encontramos periféricos como teclados, LCDs e terminais. Diversos tipos de teclados (10, 16 teclas, etc.) estéio disponiveis assim como LCDs com diversas opgies de mimero de digitos. Temos ainda indicadores como semiforos ¢ também uma esteira rolante, ete). [GI Mise Digital (Variedade Digital) a Diversos componentes usados em eletronica digital si encontrados nesta caixa, tais como DSPs, Microcontroladores, FPGAs, Microprocessadores, PLDs, CPLDs, VHDLs memiérias, todos separados por familias para maior facilidade de localizagao. EH Mixed (misturados) Nesta caixa encontramos uma variedade importante de componentes para projetos tais como ADCs ¢ DACs, timers, multivibradores, ete. (BN Indicators (indicadores) [55 Sto dispositivos utilizados no interfaceamento do circuito com 0 operador, funcionando como indicadores, Nele encontramos os displays, bargraphs, limpadas, buzzers, voltime- tros, amperimetros ¢ também pontas de prova. Os displays aparecem em dezenas de formatos, indo desde os de sete segmentos até os alfanuméricos com diversos digitos. ( Mise (misturados) oe Uma enorme variedade de componentes que nao se enquadram nas outras categorias podem ser encontrados nesta caixa. Destacamos entre eles as vilvulas, transdutores, aco- pladores dpticos, cristais, fusiveis, reguladores de tensao, referencias de tensio, filtros, fontes de alimentagao, PWM, conversores boost buck, ete. 45 Aprenda a usar o NI Multisim RE Nesta caixa encontramos componentes especificos para 0 projeto de circuitos de altas freqiiéncias, como diodos tunel, transistores de altas freqiléncias, capacitores e indutores para aplicagdes especificas em RF e muito mais, Electromechanical (eletromecanicos) Esta é a caixa dos componentes eletromecdnicos como relés, chaves sensoras, interrup- tores de pressio, dispositivos temporizados, dispositivos de protegao, ete Ladder Diagrams (Diagramas de Ladder) Estes s4o usados no projeto de aplicativos que fazem uso de CLP (PLC). Salvar E Clicando nesta caixa abre-se a caixa de didlogo do Windows que permite salvar 0 projeto que esta sendo realizado. Como fazer isto veremos mais adiante neste livro. Clicando neste icone é possivel colocar na drea de trabalho um barramento. Basta clicar e ir A area de trabalho clicando-se nos pontos em que o barramento deva ser posto. 2 Place Bus (Coloca um Barramento) Observacao: Os componentes que aparecem nas diversas caixas podem variar conforme a versio do NI Multisim, Lembre-s ‘Todos os componentes disponiveis no NI Multisim esto em caixas separadas por familias, Explore as diversas caixas para saber exata- mente onde se encontram os componentes que vocé usa. 2.6 - Um circuito mais complexo Usando 05 recursos da eaixa de componentes com especificagao (rated components) po- demos desenhar circuitos muito mais complexos como 0 mostrado na figura 44, Esse circuito, tirado do proprio arquivo de exemplos do NI Multisim, consiste num am- plificador em Push-Pull com dois transistores, tendo uma fonte de sinal de prova na entrada e «um osciloscépio na saida para se verificar a forma de onda do sinal amplificado, 46 Newton C. Braga xe | | Sin tw Say @ = sar a on at any + Finwooree ot J a 02 _—— ¥eivcoor0e sone ov vt 2 = avon sos Site in es a si Figura 44 Observe que os transistores sio de tipos comerciais, assim como os diodos. 2.7 - Salvando ou Imprimindo 0 Arquivo Uma ver terminado o projeto, ou ainda se desejarmos grava-lo para continuar trabalhando em outra ocasido deve- mos proceder da forma mostrada na figura 45. Clicando em file (arquivo), abre-se uma caixa de didlo- -g0 em que temos diversas opgdes para o que desejamos fazer com 0 arquivo que esti sendo trabalho, no caso, um projeto que acabamos de desenvolver. Uma primeira possibilidade consiste em abrir uma pasta para nossos projetos e arquivar nela. Outra consiste em arquiyar numa pasta j4 existente e finalmente temos a pos- sibilidade de gravar 0 arquivo num disquete, caso desejamos disponivel para uma proxima aula num outro computador ou Mesmo no nosso computador em casa, no caso de um estu- dante. A opgio nesta caixa sera “save” (salvar) se jé existir um local para este arquivo, de onde o abrimos e simplesmente desejamos salvé-lo de volta no mesmo higar. 47 Figura 45 Aprenda a usar o NI MultiSim Se nfo existir este arquivo, precisamos abrir um arquivo novo, caso em que clicamos em. “save as” (salvar como), caso em que se abre a caixa de didlogo mostrada na figura 46. Figura 46 Conforme podemos ver, escolhemos o disquete para colo- car o projeto, que denominamos “Circuito da Ligao 2”, conforme mostra a janela “Nome do Arquivo”. Para salvar o projeto, basta agora clicar em Salvar e pronto. Da mesma forma, na opgao “file” (arquivo) também po- demos imprimir 0 esquema desenvolvido, com todas as opgdes normais de impressdo que outros documentos, como os do Word, oferecem. ‘A impresstio pode ser monocromittica, em cores € 0 seu tamanho ¢ qualidade podem também ser definidos na caixa de opgdes da impressora, Na mesma caixa de arquivo temos ainda a opeo de abrir um novo projeto ou abrir um projeto de uma caixa ja existente, como ocorre com qualquer outro arquivo no Windows. Basta clicar em Open (abrir) ou Open Project (abrir pro- jeto) para se ter acesso a janela de arquivos do computador e nela se localizar o projeto que se deseja trabalhar, conforme mostra a figura 47. Figura 47 48 __ Newton C, Braga EXERCICIOS 1) Desenke o circuito mostrado na figura 48 Trata-se de um seqilencial de LEDs com 0 conhecido circuito integrado 4017. Posteriormente © leitor (ou aluno) poderé monti-lo numa matriz de contactos. ules Seals eee SIEM + | 2: abesee sv | | Rt ‘ok i Seber Gea a0176P. SV Gsvilédor de Clock ‘Contadar/Diviser por'10 Figura 48 2) Ligue a chave de simulagao para ver os LEDs da barra de LEDs correrem, indicando 0 funcionamento normal do circuito. 3) Salve o circuito no local apropriado: a) Disquete b) Area de trabalho ©) Pasta apropriada ou eriada em “meus documentos” d) Outro local TIONARIO. Qt 1. O que fazer quando uma conexiio de um componente sai com muitas dobras ou no lo- cal errado? 2. Como deletar (apagar) uma conexito? 3) Podemos fazer uma conexiio no meio de outra (jungao de fios)? 4) Em que caixa de componentes se encontram os transistores BCS48 e BD135? 5) E possivel mudar de posigao na area de trabalho um componente com valor ou tipo atribuido? 6) Como acessar as caracteristicas completas de um componente com tipo especificado? Por exemplo, 0 BC548? 7) quais sto os lugares em que os esquemas desenvolvidos podem ser salvos? 49 CAPITULO 3 OUTROS COMPONENTES Newton C. Braga No capitulo anterior vimos como montar citcuitos, aprendendo como devem ser coloca- dos os componentes na drea de trabalho e como devem ser feitas as ligagdes entre eles. ‘Vimos também como mudar suas caracteristicas ¢ seus valores e também como fazer uma simulagdo simples com os instrumentos de painel, Jmpadas ¢ outros componentes virtuais “que funciona”. Nesse capitulo vamos ainda tratar de componentes, abordando alguns que por terem ca- racteristicas especiais e por serem muito usados merecem uma atengéio maior. ‘Irataremos dos componentes variveis ¢ de alguns outros que precisam ser configurados de modo especial 3.1 - Potenciémetros e Trimpots O NI Multisim nao distingue entre poten- cidmetros e trimpots utilizando o mesmo simbolo para os dois e também o mesmo processo de simu- Iago. Assim, a escolha de qual vai ser usado num projeto, depende apenas da finalidade, depois que tudo estiver pronto e funcionando devidamente. Os potenciémetros sao encontrados na caixa de componentes basicos que tem o resistor como elemento de referencia. Clicando no resis- tor, conforme mostra a figura 49, acessamos o potenciémetro que pode ser levado até a area de trabalho. Clicando sobre este componente na érea de ‘trabalho podemos abrir sua caixa de caracteristi- cas conforme mostra a figura 50 e nela selecionar propriedades. A caixa de componentes basicas estar dis- ponivel na opedes tools/simplified version 51 Aprenda a usar 0 NI MultiSim Nessa caixa temos: * Label (ctiqueta ou rétulo) - que é 0 nome atribuido a0 componente no circuito (PL, P2, etc) * Display ~ modo como o componente é apresentado * Value — valor — coloca a resisténcia e os passos de ajuste além da chave que vai fazer seu acionamento. No caso, quando pressionamos a tecla A 0 potenciémetro muda de valor (ajusta na faixa nominal) em passos de 5 % a cada toque. Veja que essa mudanga de valor pode ser feita durante uma simulaco, por exemplo, quando podemos alterar o ganho de um amplifi- cador simplesmente usando uma tecla (A). Quando um segundo potencidmetro é colocado na area de trabalho, podemos mudar a tecla que faz seu acionamento. * Fault — Falhas — permite induzir falhas (veremos isso no capitulo apropriado) » Pinos — define a fingao dos pinos do componente Figura 50 Yeja que, ao ser colocado na area de trabalho, o potencidmetro assume uma resisténcia igual & metade da resisténcia nominal (50%). No entanto, na caixa de valores (value) podemos selecionar o valor nominal e também o valor assumido, o qual pode ser variado durante a simu lagtio. 52 Newton C. Braga ‘Também ¢ possivel obter potencidmetros com valores especificadios na caixa desses com- ponentes, conforme mostra a figura 51. Conforme mostra essa figura, abrimos uma caixa de diélogo com valores comerciais de potenciémeiros, havendo entio a possibilidade de selecionar o tipo com valor desejado. Da mesma forma que outros componentes, a caixa de propricdades pode ser usada para ird-lo ou mudar sua posig#o, com 0 cursor passando para a esquerda ou direita, conforme as necessidades do projeto. Na figura 52 temos um circuito simples com um potencidmetro para ilustrar seu uso. Use a tecla A para aumentar a tenstio indicada pelo multimetro. Nao seja rapido, pois o programa leva algum tempo para caleular 0 novo valor da tensdo, cada vez. que mudamos a posigao do cursor do potencidmetro. Essa mudanga pode ser feita com a simulagio correndo. 53 Aprenda @ usar o NI MultiSim Obs: Em algumas versdes pode-se alterar o valor do componente na prprio rea de trabalho onde existe um cursor virtual Lembre-se: Qs potenei6metros podem ter tanto 0 seu valor como a posigao do cursor programada. Podemos atuar sobre 0 cursor usando 0 te- clado. A tecla a ser usada aparece no proprio simbolo na drea de tra- balha, Key A, por exemplo, indica que &a tecla A que atua sobre 0 potencidmetro. 3.2 - Capacitores Variaveis Da mesma forma que 0s po- tenciémetros, os capacitores varié- veis também podem ser encontrados na mesma caixa de componentes basico ¢ na caixa de componentes especificados. Na caixa de compo- nentes bisicos, temos a seguinte tela para selecionar esse componente (figura 53). Na caixa de componentes es pecificados (rated) temos a tela para selegao de valores mostrada na fi- gura 54. Nessa caixa temos alguns va- lores comerciais de capacitores que tanto podem ser usados na fungio basica (variaveis) como na fungio de trimmers. Nos dois casos, os componen- tes so colocados na area de trabalho 54 Figura 53, Newton C, Braga ser usado para modificar a capacitincia, sendo indi- cada a tecla (Key) que atua sobre o componente. Colocando na area de trabalho 0 componente desejado e clicando com o botto direito do mouse, podemos acessar a caixa de caracteristicas desse componente. Da mesma forma que nos demais compo- nentes podemos usar essa caixa para diversas op- eragdes como mudanga de posigao, apagar, mas 0 mais importante é acessar suas propriedades (prop- erties), conforme mostra a figura 55. No caso da figura 55. 0 capacitor tem uma capacitineia maxima de 1 uF que pode ser vari- ada pela tecla A em passos de 5%. Qualquer desses pardmetros pode ser reprogramado. A opedio Label (ctiqueta) pode ser usada para mudar o nome do componente do diagrama. Por exemplo, usar CV1 em lugar de Cl Figura 55 ‘Aprenda a usar o NI Multisim. 3.3 - Indutores Varisiveis Outro componente varidvel disponivel, se bem que menos usado, € o indutor variavel que, da mesma forma que no caso de potencimetros e capacitores variiveis, pode ser encon- trado tanto na caixa de componentes basicos gerais como na caixa de componentes especifica- dos (com valores). Para a caixa de componentes biisicos (basic) temos a caixa de didlogo mostrada na figura 56. CE Figura 56 Para esse componente também pode- ‘mos usar o teclado para variar scu valor, que assume na colocagio na area de trabalho 0 valor default de 50% do valor nominal. A.caixa de didlogo que se abre quando selecionamos esse componente e clicamos com 0 botao direito do mouse nos permite acessar diversas operacdes como a mudanca de posigao, além das propriedades, conforme ‘mostra a figura 57, Clicando com 0 esquerdo Hehe 56 ‘Newton C. Braga |B TReNsFORMER BE non near tr. iz Lovp Breiav Figura 58 direito vamos diretamente a caixa de propriedades. Observe que uma caracteristica importante desse componente que pode ser programada € a resisténcia ohmica da bobina (Coil Resistance). dos) temos a caixa de didlogo mostrada na Obs: © modo como os valores sto selecionados e as unidades podem variar conforme a verstio, mas a caixa tem a mesma aparéncia geral. Lembre-s Os indutores varidveis so usados da mesma forma que capacitores variiveis e potenciémetros. Pode-se programar seu valor nominal e alterar o valor apresentado durante a simulagao usando o teclado. Clique no botao esquerdo para acessar a caixa de valores. 57 Aprenda a usar o NI MultiSim 3.4 RPack — Conjunto de resistores Tm algumas aplicag6es so usados conjuntos de resistores de mesmo valor como, por exemplo, no aciona- mento de uma barra de LEDs ou ainda num display. Para > essa aplicagiio, 0 NI Multisim jé fornece os chamados Rpacks ou conjunto de resistores, como o mostrado na, figura 59. Nesse exemplo temos um conjunto de 6 resistores SIP de 4,7 k ohms num invélucro tnico. Para acessar esse tipo de componente usamos a caixa de eomponentes es PACK VARIABLE DcI0 AAC VARIABLE DA PACK WaRlABLE_O7 PACK VARIABLE TH® IB reavsronwen | JaPacc vaninsue_ 200 BB non. uneartha.. |] [RPACK variate 24 rack vaniaaue 247 Bi comecrons i scx cap srs socxers i nessToR pecificados, mostrada na figura 60. Esses componentes so titeis pela facilidade com que podemas usé-los dos todos ao mesmo tempo numa tinica operagao. Conforme podemos ver pela caixa aberta na figura 60, também existem conjuntos de resistores variveis que podem ser utilizados e alterados durante a simulagao. que sio coloca- Lembre-se: Conjuntos de resistores fixos e variveis so titeis por poderem ser usados de forma mais répida quando esses componentes se repetem ‘num projeto. 58 ‘Newton C. Braga 3.5 - Relés Um outro componente de grande utilidade que podemos usar nas simulagGes € 0 relé. relé € apresentado em 3 versdes na caixa de componentes bisicos (sem valores), conforme mostra a figura 61. Temos entio os seguintes tipos: * Normally Open — normalmente aberto * Normally Closed — normalmente fechado * Combination Relay —reversivel com contactos NA e NF Na figura 62 temos um exemplo de uso de relé. x1. & RY igure 2 59 Aprenda a usar o NI MultiSim Acchave J1 é uma chave Flow-NO (Normally Open) encontrada na caixa de eletromecdni- cos, (M) na barra de componentes com especificagdes. Quando pressionamos a barra de espaco, a chave biestavel aciona mudando o estado do relé e comutando as Kimpadas, Monte esse circuito pata treinar. Outro local em que podemos encontrar uma grande quantidade de relés com caracteristi- cas especificadas (rated) é a caixa de Electro Mechanical (M), conforme mostra a figura 63 Observe que existem diversos tipos de relés que passamos a analisar, para que 0 leitor saiba como utiliza-los, * Control — sdo relés de controle com a opeao para diversos mimeros de contactos. * Count (ON-OFF) — Sao relés contadores, ou seja, contadores eletromecanicos que po- dem tanto fazer a contagem progressiva como regressiva. * Time delay (retardo) - que sao acionados com um retardo que pode ser programado a0 se abrir sua caixa de propriedades. * Thermal OL relay — Relé térmico * Slow (lento) ~ so relés de agao lenta, simulando os tipos reais de contactos mecni- cos. SENSING swiTcHES "| CONTROL 2c BB vomentany swirc. aE |B SUPPLEMENTARY _co. Sena TIMED. CONTACTS A consaaL_ No [COUNT OFF [COUNT OFF HOLD [COUNT oFF RESET Figura 63 60 Newion C, Braga Na figura 64 mostramos a caixa de diélogo para a programagao das caracteristicas de um relé com retardo. O tempo que demora entre 0 instante em que o sinal é aplicado ¢ o relé fecha seus contactos, pode ser programado, Como podem ser programades intervalos de tempo muito longos para 0 acionamento, esse tipo de relé pode ser usado na simulacao de um temporizador (timer). E claro que também existem os temporizadores € os interruptores com retardo disponiveis para os projetos. tom Figura 64 Lembre-se: As caracteristicas dos relés que devem ser obseryadas num projeto, so 0 numero, tipo de contactos c as caracteristicas da bobina. Para alguns projetos o tempo de acionamento (retardo) também ¢ um pardmetro importante a ser considerado. 3.6 - Outros Componentes ONT Multisim conta com uma biblioteca enorme de componentes, de modo que analisar todos eles seria impossivel num trabalho introdutério como ¢ esse curso. Cabe ao leitor explorar as caixas de componentes ¢ eventualmente usar os recursos de busca para encontrar aquele que precisa para um projeto. 61 ‘Aprenda a usar o NI MultiSim Damos entéo mais alguns componentes que podem ser de utilidade nos projetos, obse- rvando que alguns deles possuem alternativas e eventualmente sao pouco usados. 3.6.1- Transformadores (transformers) Os transformadores no so muito usados no Multisim, a nao ser no caso especifico em que desejamos conhecer 0 comportamento desse componente num projeto que ocorre é que podemos contar com fontes de corrente alternada cujas tensdes podem ser programadas, o que significa que muma simulagaio nfio vamos precisar do transformador para essa finalidade, j4 que essa é a sua fungao basica. ‘Na caixa de componentes basicos podemos contar com diversos tipos de transforma- dores, conforme mostra a figura 65. Newton C. Braga Conforme podemos ver, so quatro os transformadores basicos (sem especificagdes) que podemos usar no NI Multisim. * Place Virtual TS Audio ~ trata-se de um transformador de saida de dudio com um enrolamento dotado de tomada central. * Place Virtual TS ~ trata-se de um transformador de uso geral * Place Virtual TS Power — temos nesse caso um transfomador de poténcia genérico * Place Virtual Transformer — esse é realmente um transformador de uso geral que pode ter suas caracteristicas programas ¢ portanto de maior utilidade nos projetos que exijam mais desse componente. Colocando esse componente na area de trabalho e clicando no botfo esquerdo do mouse podemos abrir uma caixa de didlogo para programagéio de suas caracteristicas, conforme mostra a figura 66. * Primary to secondary turns ratio ~ relagdo entre o niimero de espiras do primério © 9 secundario. * Leakage Inductance — ¢ a indutdncia residual * Magnetizing inductance ~ é a indutincia de magnetizagao do nicleo * Primary Winding Resistance — ¢ a resisténcia ohmica do enrolamento primétio. * Secondary Winding Resistance — ¢ a resisténcia ohmica apresentada pelo enrola- mento secundério, ci, Aprenda a usar o NI MultiSim ‘Lembre-se: Os transformadores séo um pouco mais problematicos ao usar tanto pelas suas caracteristicas como pelo fato de que ndo se necessita ‘modificar a tensfo alternada de alimentagdes, pois as fontes encon- tradas no NI Multisim so programiveis. Com essas caracteristicas € possivel usar o transformador em simulagdes como, por exemplo, no acoplamento entre estagios de um cireuito amplificador. 3.6.2 — Interruptores e Chaves Interruptores ¢ chaves podem ser encontrados na caixa de componentes genéricos (basic) ‘@ mesma em que encontramos os resistores com valores (rated) conforme mostra a figura 67. BE ansrormes iB won. eas Trans Chaves de diversos tipos, como a SPDT (Single Pole Dobble Trough — um pélo x 2 posigdes) selecionada, podem ser colocadas na area de trabalho e controladas pelo teclado. Por exemplo, no circuito da figura 68, podemos usar a barra de espago (key = space) para controlar a lampada, A acd é biestavel, ou seja, com um toque acendemos e com um novo toque apagamos. 64 Newton C. Braga Sugestao: x1 Elabore circuitos simples com chaves e Jampadas para se fumiliarizar com seu uso. Use a caixa de propriedades para progra- mara tecla que vai acionar a chave usada. Figura 68. 3.6.3 - Chaves sensoras Uma grande parte dos projetos atuais eletrOnicos esti relacionada com a automacao e controle industrial. Para ajudar nesses projetos o NI Multisim conta com um banco de sensores que podem ser usados de forma pritica e imediata, conforme podemos constatar a caixa de dialogo dos dispositivos eletromecénicos, mostrada na figura 69. Jac alfaniier BB vomeyrary. swe, EB surrucwenrerv.co BB time contacts — Aen’ cuoceo unin FB cons_reLars HELD_OFEN_LIMIT AE une teansenawen umir_ne I Frorecrion_pevices | UMiT_NG 3B OUTUT_DeEwcES eee SPEED_FA TEMP_NC TEMP_NO Figura 69 65 Aprenda a usar 0 NI MultiSim Nesse grupo de sensores temos os seguintes tipos de acionamento: * Air NC e NA — sio interruptores pneumaticos do tipo biestivel 22 que podem ser ativados pelo teclado, conforme daremos como exemplo . mais adiante, NC significa Normally Closed ou Normalmente Fechado e +: > > ¥ NO significa normally Open ou Normalmente Aberto. * Anti Plug — esse sensor duplo cujo simbolo é mostrado na figura 70, & acionado pelo teclado, abrindo os dois contactos na agao. Key = Space Veja que o-acionamento & feito pela barra de espago (key = space). pears * Bloat — sfo sensores de béia ou de nivel funcionando na simulago com acionamento pelo teclado. * Flow — so sensores de fiuxo também simulados pelo teclado. * Foot (pé) — esses sensores sio acionados pelo pé, podendo simular a acao de controle por pedal de um circuito eletrénico. * Held_Closed Limit ou Held_Open Limit assim como Limit curso que podem ser simuladas pelo teclado. * Speed — sdo chaves sensoras de velocidade. * Temp NC e NO ~ sao chaves térmicas tanto normalmente fechadas como normalmente abertas — podemos dizer que se tratam de termostatos. io chaves de fim de 3.7 - Conclusio Conforme jé salientamos existe uma infinidade de componentes no banco do NI Multi- sim, os quais podem ser usados praticamente da mesma forma que na versao real. Os compo- nentes, em muitos casos podem ser encontrados tanto na versdo basica (virtual) como especifi- cada, dependendo a escolha apenas do projeto a ser realizado. Com o tempo e no decorrer deste livro, diversos outros components sero utilizados, 0 que leva o leitor a uma boa exploragao de todos os seus recursos. Nesse item tratamos apenas de componentes passivos ¢ eletromecanicos, mas temos ainda os dispositivos semicondutores, os dispositivos optocletrénicos ¢ também as fungdes com- plexas que oportunamente sero abordados. © leitor entretanto, pode it explorando as diversas caixas de componentes, colocando cada um que Ihe chamar a tengo na rea de trabalho e abrindo suas propriedades, poder ver melhor o que eles podem fazer. 66 Newton C. Braga EXERCICIOS 1, monte um circuito para acionar uma lampada com um relé usando um sensor. 2, Monte uma fonte de alimentagdo simples usando um transformador e uma entrada de tensio alternada de 127 V CA 60 Hz. QUESTIONARIO 1. E possivel ajustar um componente variével durante a simulago? Explique como isso pode ser feito, 2. Qual é o valor que apresenta um potencidmetro de 100 k ohms ao ser colocado na area de trabalho? 3. Um capacitor varidvel virtual é um trimmer ou um capacitor variével comum? Qual ¢ a diferenca na simulagao? 4. Como sito usados os indutores virtuais? 5. Qual ¢ a diferenga entre um indutor variével virtual basico e um indutor variavel es pecificado? 67 Newton €. Braga CAPITULO 4 COMENTARIOS E TEXTOS Uma vez elaborado um circuito ¢ eventualmente feita a simulagao, sera interessante colo- car ao lado do diagrama algum comentario ou ainda agregar algum tipo de texto explicativo ou importante. Também pode ser interessante marcar no circuito alguns pontos onde, pot exemplo, tenha sido realizada uma medida de tensao ou retirado um sinal, ¢ isso deva ser citado poste- riormente. Os professores, por exemplo, podem colocar textos com perguntas ou tarefas a serem realizadas no cireuito indicando pontos onde devem ser feitas medidas de corrente ou tensiio, ou verificag&o de formas de onda, Os alunos podem incluir os textos que explicam o que foi feito © 0 que obtiveram, respondendo a um questionario, por oe ea Finalmente, temos a possibilidade de formatar 0 nosso projeto de modo que ele siga os padrées normal- mente utilizados nos documentos oficiais desse tipo. por exemplo, como os indicados pela ABNT e outras normas. Como fazer isso € justamente 0 tema dessa nossa terceira ligdo. 4.1 - Inserindo Comentarios Existem varias ope0es para se inserir coment: rios ou textos num projeto desenvolvido no NI Multi- sim. Podemos fazer uso da opgo “Place” (colocar) da barra de ferramentas ou ainda "Reports " (informagies), da mesma barra. 4.2. - Usando a Opgdio Place A primeira possibilidade de se inserir textos ¢ comentarios num documento do NI Multisim, esta nos | recursos da opedio “place”, na barra de ferramentas. Para usé-la, procuramos na barra de ferramen- | tas “place”. Clicando nesse ponto, abrimos a caixa de didlogo, como mostrada na figura 71, Figura 71 69 ‘Aprenda a usar 0 NI MultiSim Nessa caixa temos trés opgdes de insergao de coisas na rea de trabalho: * Comment (comentario) * Text (texto) * Graphics (grifico ou desenho). Analisemos como e quando usar cada uma dessas opedes: a) Comment Com essa opeao abre-se um pequeno icone na tela que podemos posicionar no local em que deve ser in- serido um comentirio, Uma pequena caixa também seré aberta permitindo a digitagdo de um texto. Uma vez dado o enter ou que se tenha clicado no mouse, o texto desapa- rece ficando apenas o icone, conforme mostra a figura 72. Sempre que clicarmos no icone, 0 comentério vai aparecer, conforme mostra a figura 73. O comentério, escrito pelo projetista pode ser uma explicagdo de que tipo de sinal encontra-se naquele ponto, que caractoristi- ca ou fungdo especial tem o componente ou seja Ié 0 que se julgar interessante O bom dessa opgio ¢ que um diagra- ma niio fica cheio de textos de camentirio, pois eles ficam ocultos, apenas aparecendo quando clicamos no icone correspondente. Para finalidades didaticas trata-se de um re- curso poderoso, text € usada quando dese- jamos colocar na propria area de trabalho um texto como, por exemplo, 0 nome de uma etapa do circuito, 0 nome do circuito ou ainda um comentario um pouco mais extenso. wi =pv Clicando neste icone aparece um comentario relativo este ponto Rt 100. RI ul xt SRY Figura 72 ‘leando nessé ieone ‘parece um coment faltive a essa pete ui 100° © | DC 40a: Xt. 2V Figura 73 ‘Atensio medida nese ponta depende de Rie a lirmpada Newton C. Braga Lembre-se: Acopcdo comment (comentério) permite inserir um icone que a0 ser clicado com o botio esquerdo do mouse, abre uma caixa com um texto de comentirio. Para isso, clicando na opgio text e depois no local do circuito desejado abre-se uma area livre onde pode-se digitar o comentario, conforme mostra a figura 75 ul DC 10M0 cae Exempla para utlizagdo: - © do voltimetic: nc: Mullisim Figura 75 Selecionando-se a caixa desse texto com o botio es- querdo do mouse, podemos mudar sua posigao na area de trabalho. Da mesma forma, se clicarmos com o botio direito abrimos uma caixa de didlogo com opsées de formatagiio desse texto como, por exemplo, a mudanga do tipo de letra A caixa de didlogo que se abre é mostrada na figura 76. ‘Nessa caixa destacamos a opgdo Font (fonte) que nos permite alterar o tipo e tamanho das letras usadas no texto inserido, funcionando exatamente como no caso do Word. Observe que ao se clicar em fonte, a caixa de dié- logo que se abre contém alguns recursos interessantes que 0 usuario do NI Multisim deve conhecer, mostrados na figura! a7 Figura 76 a Aprenda a usar 0 NI MultiSim Obs: Para se inserir textos no NI Multisim, o procedimento é bastante semelhante ao usado no Word. Assim, os leitores acostumados com os recursos do editor de texto do Windows nao terao dificuldades em fazer o mesmo com o NI Multisim. ‘Nessa caixa temos as opcdes de es- colha do tamanho das letras ¢ o estilo, in- cluindo outros recursos como: * Niimero dos pinos dos componen- tes * Nome dos pinos * Valores dos componentes * Identificag%io dos componentes Lembre-se: ‘Usamos a opeao text (texto) para inserir textos diretamente na frea de trabalho, junto ao diagrama do projeto. ee er ©) Graphies ‘Nessa opgio abre-se uma caixa de didlogo onde pode selecionar diversos recursos grificos para usar nos desenhos, :| conforme mostra a figura 78. Figura 77 Podemos tragar uma linha de um texto até um componente fazendo uma __ indicagao. Podemos rodear um com- ponente com uma elipse ou cereé-lo com um retingulo, desenhar arcos ¢ poligonos, Finalmente, podemos inserir uma imagem, como uma foto do aspecto real de um componente, um arquivo com outro formato, etc. Newton C. Braga Lembre-s A opsao Graphies permite introduzir ou desenhar simbolos grficos na drea de trabalho, indicando componente com setas, rodeando-o ou colocando simbolos ao seu lado para chamar a atengio. Observe que em varios casos, 0 comando também pode ser obtido a partir do teclado, atuando-se simultancamente sobre trés teclas, se bem que essa opedo seja apenas recomendada para quem ja tenha muita pratica com o NI Multisim. Para trabalhar com os simbolos griificos 0 procedimento € o mesmo usado no Word. 4) Title Block (Bloco de Titulo) Evidentemente, depois de completo, o projeto precisa receber um nome e para isso, existe 0 editor de titulos, com a introdugdo de varios campos na area de trabalho. Para chamar essa opgao ¢ usé-la clicamos em Place/Title Block, conforme mostra a figura 79 © no quadto que se abre escolhemos, por exemplo, a opcao Default. 5 blocos siio os comumentes encontrados em esquemas profissionais, com o formato padronizado que é exigido para registro, por exemplo, de uma patente ou de um produto, de uma forma profissional. G9 tileblocks fea) DeFaulve.tb7 Sede |S}Defauitv7.to7 pcs (3) dofauewe.tb7 [el oorautve.t7 example tb? exomple2.b7 lexamples.tb7 Figura 79 B ‘Aprenda a usar 0 NI MultiSim O bloco de identificagio colocado na tela é entio o mostrado na figura 80, para um cir- cuito usando amplificador operacional que tomamos como exemplo. Aposicdo na tela eo preenchimento do bloco ficam a critério do usuério. Outros modelos de blocos esto disponiveis eo tipo de letra a ser usado no seu preenchi- mento também pode ser escolhido pelo usuario, Para se criar um novo formato de bloco de identificagao basta selecionar Tools/Title Block Editor. sec = eee Uy Fie Ans Pan gee EO i Deedee 600 —_—_‘[Oneit ne oa fpescareme cr imei ieta ane caialaelaiomacto cept [eect oro fae od Lembre-se: Nome e informagies sobre o projetista, data, aprovagao, ete podem ser incluidos num projeto através da caixa de titulo (tittle box), Resumindo: ‘Comentarios, Textos ¢ Grificos, além de um bloco de titulos que tomnam a aparéneia do projeto mais profissional, permite até uma im- pressiio com aspecto impecivel sao disponiveis na caixa Place (inserir). 4.3 - Os recursos da caixa Tools (ferramentas) ‘Accaixa “tools” (ferramentas). possui também dive informagBes na area de trabalho ou na forma de texto complementares ou informagdes titeis que }s recursos que nos permitem inserir podem ser acessadas com o arquivo de um projeto. Na figura 81 temos 0 modo de se abrir a caixa tools para que possamos identificar os recursos que ela possui. 4 Newton C. Braga Silo trés as opgdes que nos interessam nesse momento ¢ que passamos a analisar: * Symbol Editor (editor de simbolos) * Title Block Editor (Editor de bloco de ti- tulos) * Capture Screen Area (Capturar Area da Tela) Analisemos como usar esses recursos. a) Symbol Editor Quando clicamos nessa op¢iio, abre-se uma rea de trabalho como a mostrada na figura 82, que permite desenhar um novo simbolo para ser utili- zado nos projetos. b) Title block e Titulos) Diferentemente do mesmo recurso na caixa place, abre-se uma tela semelhante a do editor de simbolos, para que o projetisia crie sua prépria caixa em lugar de partir de modelos prontos. ir (Editor de Bloco de ©) Capture Sereen Area (Capture uma Area da Tela) Esse recurso permite selecionar uma frea do diagrama que sera copiada eventual- mente para ser colada num outro documento ow ainda num outro projeto, conforme mostra a tela da figura 83. Aprenda a usar o NI MultiSim ut Rt 00a OC oma, xt 42 soeceneemeneng cd Figura $3 Lembre-se: Na caixa de ferramentas temos alguns recursos adicionais para a colo- cago de textos e simbolos. Além disso, podemos selecionar uma rea do diagrama para imprimir, copiar ou salvar separadamente 4.4 - Usando a Caixa Reports ‘Nessa caixa temos a opgiio de editar uma informacao muito importante sobre um projeto. A lista de Materiais ou Bill of Materials. Na figura 84 temos o mado de se aces- sara lista de materiais de um projeto, tomando exemplo um circuito simples. Na barra de fer- ramentas optamos por Reports e “Bill of Mate- rials” (Lista de Materiais) ‘A janela que se abre permite editar a lista de materiais que ser gravada com o documen- to. Mas existem mais recursos a serem analisa- Figura 84 dos. A Netlist Report (Informagdes sobre as ligagdes — rede) proporciona informagdes sobre a conectividade do cireuito para cada componente. Na figura 85 mostramos como: selecionar essa lista. 16 Newton C. Braga * Nome da rede (net name) * Pagina (nome do arquivo ~ filena- me) * Pin (nome l6gico do pino) Na figura 86 temos um circuito to- mado como exemplo, para o qual posterior- mente, na figura 86 mostraremos a Netlist. ‘Trata-se de um amplificador com Ganho 10, usando um amplificador operacional comum, Figura 85 xoPL 2061 1 1 snr | iesoy oa ae cz vn = leap ma Ra taxa gh | = | = Figura 86 A lista € mostrada parcialmente, para que © leitor tenha uma idéia de como ela funciona. Cross Reference Report (Informagao de referéneia Cruzada) proporciona uma lista detalhada de todos os componentes e sua localizagzio no projeto. A cstatistica do esquema (Schematic Statisties Report), fornece as seguintes informagdes sobre um circuito. * Componentes — néimero total de componentes (componentes reais ¢ Virtuais) * Componentes reais — componentes que podem ser comprados 17 ‘Aprenda a usar o NI MultiSim oF (AcliveBandPassF ile XBP1 ‘ActiveandPassFite Ra Ue ed “he XEPi [AcliveBondPassFite FET AclvcBardassFitg R2 elsle|=| an Figura 87 * Componentes virtuais ~ componentes que ndo podem ser comprados * Gates (portas) ~ numero total de portas usado no projeto * Nets (redes) ~ numero total de conexdes entre pinos * Pinos na rede (pins in the net) * Uneonnected pins (pinos nao conectados) * Total de pinos ~ pinos, redes e pinos nao conectados * Paginas * Blocos hierirquicos ~ nimero total de blocos usados ou némero de cépias do mesmo bloco. * Blocos hierirquicos inicos * Subeircuitos — quanti- dade que se repetem * Subcircnitos tinicos fie aR Na figura 88 temos um |fB apes exemplo dessa lista para o mesmo cireuito da figura 86. Temos depois 0 Spare Gate Report que lista as partes nfo usadas de componentes ou Figura 88 B Newton C. Braga Se portas. Observe que o NI Multisim possui um a hare otimizador de portas (gate optimizer) que, ao ser chamado, automaticamente vai ajustar o nimero de portas ¢ fiangdes usadas ao menor niimero de chips. Para chamar o otimizador basta clicar em ‘Tools/Rename/Renumber Componentes ¢ entio selecionar Gate Optimizer. Temos finalmente na parte gritfica, o Ci cuit Description Box (Caixa de Descrigo do Cir- cuito) que permite colocar uma descrigio geral de um circuito ou ainda colar bitmaps, som e até mesmo um video. Num projeto de robética, por exemplo, pode-se colocar um filme mostrando um circuito atuando sobre um motor, Para usar esse recurso, selecionamos Circuit Description Box selecionando essa caixa em Tools/Descrip- tion Box, conforme mostra a figura 89. A caixa que se abre é semelhante a usada pelo Word permitindo a elaboracao de um docu- mento completo, por exemplo, uma descrigao do principio de funcionamento do circuito, in- cluindo-se imagens e até mesmo filmes e som, conforme citamos. Figura 89 Na figura 90 temos a aparén- | cia parcial da tela de edigao de texto e imagens. Além de podermos escolher 0 tipo de letra para a ed- igdo do documento, também temos. as opgdes de negrito, sublinhado € itdlico, exatamente como num documento do Word. ‘Também podem ser copiados documentos de arquivos diferentes ¢ inseridos nesse texto, mantendo- se sua forma original. Este circuito consiste num filtro passa-faixa obtido diretamente da caixa de exemplos do Multisim, © circuito tern por base um ampliicador operacional ¢ na entrada teros a conexao do gerador de funcées. A forma de onde dos sinais 6 obtida no osciloseépio 19 ‘Aprenda a usar o NI MulSim. ‘Nessa janela podem ser produzidos documentos longos com a insercao de imagens, figu- ras, fotos muito mais como, por exemplo, a elaboragao de uma apostila ou de uma li¢fio com- pleta de um curso referente ao esquema associado Tanto 0 esquema como o documento serio salvos no mesmo arquivo. Peni se Lembre-se: [As caixas Place, Tools e Reports do NI Multisim oferecem uma grande quantidade de recursos para a insergao de comentirios, textos ¢ informayGes relativas aos projetos que esto sendo desen- volvidos. A versatilidade dessas ferramentas permite que um pro- jjeto que deva ser impresso, por exemplo, apresente uma aparéne profissional. al Importante: Para os educadores é possivel inserir diversos recursos grificos que ajudem tanto no ensino como também na avaliagao como a indicagao de pontos em que devem ser realizados testes ou ainda pontos em que sejam feitas referéncias num documento escrito. EXERCICIOS 1) No trabalho de elaboragiio de um circuito e que o leitor tenha salvo num arquivo, aerescente as seguintes informagbes: a) Coloque um titulo. b) Insira uma caixa de titulo com informagoes. ¢) Insira um texto explicativo sobre o que foi feito. 4) Edite a lista de material e) Coloque uma caixa de comentario num ponto do circuito que julgar importante. 1, Quais sio as opodes para insergo de texto encontradas na barra de ferramentas? 2. O editor de simbolos (Symbol Editor) esté em que eaixa e serve para que finalidade? 3, Explique como funciona a opgdo Place Comment (Coloque Comentario) ¢ em que caixa de recursos ela estd? 4, Para que serve a op¢do capture Screen Area e como ela funciona? 80 Newion ©, Braga CAPITULO 5 OS INSTRUMENTOS VIRTUA! Na capitulo anterior aprendemos a utilizar novos eomandos ¢ algumas ferramentas do NI Multisim, realizando um primeiro projeto simples. Vimos na ocasiaio como fazer uma simulagdo simples usando os instrumentos de painel encontrados na propria barra de componentes, no caso os amperimetros ¢ os yoltimetros. F: instrumentos mais simples so de grande utilidade, ¢ com cles podemos também usar outros recursos para a gerag4o de sinais como, fontes de corrente e tensiio, que podem ser programadas para atuar com fontes de sinais. Mas, além. dessa instrumentagdio simples, o NI Multisim conta com uma instrumentagao ida que permite a realizagdo de simulagées muito mais complexas, com a geragio de sinais de prova, anélise légica dos sinais, levantamento do espectro de um sinal ¢ o que é mais importante, visualizagao de formas de onda, Todo projetista de circuites cletronicos sabe que um dos instrumentos de maior utilidade na baneada de trahalho é o osciloscdpio ¢ 0 NI Multisim nao conta apenas com um desses in- strumentos mas vitios, podendo inclusive até fazer a observagdo simultanea de formas de onda em quatro pontos de um cireuito. Aliado aos recursos de montagem dos circuitos eletrOnicos que apenas comecamos com os recursos principais, passamos agora a aprender a utilizar os instrumentos, trataremos nesse capitulo justamente da instrumentacdo bésica e do osciloscépio. sofisti 5.1 —Instrumentos de Painel Os recursos de instrumentago do NI Multisim que estdo presentes em dois locais. a) Fontes de Sinal e Instrumentos de Painel Assim, para os instrumentos temos os voltimetros ¢ os amperimetros que podem ser in- seridos nos cireuitos em qualquer quantidade para indicar correntes e tensdes locais abertos na caixa conforme a figura 91 Temos entio: * Place Ammeter (horizontal) — selecionar amperimetro (horizontal) * Place Ammeter (horizontaly Rotated) — selecionar amperimetro (girado horizonial- mente) 81 ‘Aprenda a usar o NI MultiSim * Place Ammeter (Verticaly) — selecionar amperimetro (vertical) * Place Ammeter (Verticaly Rotated) — selecionar amperimetro (girado verticalmente) * Place Probe — selecionar ponta de prova * Place Blue Probe ~ selecionar ponta de prova azul * Place Red Probe ~ selecionar ponta de prova vermelha * Place Yellow Probe — selecionar ponta de prova amarela * Place Voltmeter (horizontal) — selecionar voltimetro (horizontal) * Place Voltmeter (horizontally rotated) — selecionar voltimetro (girado horizontal- mente) * Place Voltmeter (Vertical) ~ selecionar voltimetro (vertical) * Place Voltmeter (Vertically Rotated) — selecionar voltimetro (girado verticalmente).. “Figura 91 ‘Veja entdo que nessa caixa de instrumentos ja podemos escolher tanto o tipo de instru- mento que vamos usar como 0 modo como ele vai ser colocado na fea de trabalho, ou seja, a posigdo de seus terminais ea sua polaridade. Lembramos ainda que para os amperimetros e os voltimetros, as suas caracteristicas de- vem ser programadas na caixa de propriedades. Por exemplo, quando selecionamos um voltimetro, 6 colocado na drea de trabalho um voltimetro DC de 10 M ohms de resisténcia, mas conforme mostra a figura 92, essas caracteris- ticas podem ser modificadas, por exemplo, passando para a possibilidade de se medir AC. 82 Newion C, Braga © uso desses instramentos se faz da mesma forma que no mundo real: voltimetros siio ligados em paralelo com os circuitos dos quais se deseja saber a tens&o ¢ amperimetros so ligados em série. ‘Lembre-se: Os amperimetros e voltimetros virtuais se comportam exatamente da mesma forma que 0s reais, podendo inclusive ter suas caracteris- ticas elétricas programadas. 5.2 — Fontes de Alimentagio e Sinais As fontes disponiveis na caixa de fontes (sources) podem tanto ser usadas para alimentar circuitos como para fomecer sinais de provas. Uma boa variedade de fontes esté disponivel nessa caixa, com cara- cteristicas que podem ser programadas na caixa de proprie- dades, Basta arrastar a fonte até a rea de trabalho. Depois selecionamos a fonte ¢ clicamos com 0 botio esquerdo para | poder acessar a caixa de caracterfsticas onde selecionamos as propriedades (properties). | ‘Também podemos usar o botio direito e abrir a caixa || de ferramentas dessas fontes, acessando a opedo properties | ! i (propriedades). Para as fontes de sinais, podemos usar fontes AC, DC, e de outros tipos, encontradas na barra “sources” (fon tes), mostradas na figura 93. , Podemos, por exemplo, programar uma fonte de cor- rente alternada para fornecer 100 mV em 1 kHz, 10 kHz, 100 kHz e outras freqiéncias, para testar um amplificador operacional. 83 ‘Aptendia a usaro NI MultiSim Para isso, basta programar a tensao dessa fonte, conforme veremos mais adiante. As funcBes das diversas fontes dessa caixa sao: * Place AC Current Source ~ Selecionar Fonte de Corrente AC Nessa opedo, uma fonte de corrente constante que, na sua configuragao basica, fornece uma corrente constante senoidal de | kHz é selecionada, Clicando-se na caixa “properties” te- ‘mos acesso as caracteristicas dessa fonte que podem ser mudadas & vontade, conforme mostra a figura 94. * Place AC Voltage Source — Selecionar Fonte de Tensio AC Essa opgao permite selecionar uma fonte de tensio alternada que tanto pode alimentar ‘um circuito como servir de fonte de sinal para testes, por exemplo, amplificadores j que temos ‘um sinal senoidal puro, Na verso “default’essa fonte fornece um sinal de | V de amplitude & 1 kHz de freqiiéncia, mas esses valores podem ser alterados, selecionando-se a fonte na area de trabalho e clicando-se no botio direito para que na caixa que se abre possamos selecionar properties” (propriedades), como no caso anterior. 84 Newton €. Braga * Place AM Source Trata-se de uma fonte de tensio senoidal de | kHz com 5 V de amplitude modulada em 100% com um sinal de 100 Hz. Evidentemente, em “properties”, podemos alterar todas es caracteristicas, como nos clemais casos. * Place Clock Current Source Nessa op¢lio temos uma fonte de sinais retangulares que pode servir de clock para cir- cuitos digitais. Na versio basica essa fonte se comporta como uma fonte de corrente constante de 1 A com sinal retangular de 50% de ciclo ativo em 1 kHz, Evidentemente, todas essas cara- cteristicas podem ser alteradas. * Place Clock Voltage Source ‘Trata-se de uma fonte de sinal com tens&o constante ¢ forma de onda retangular que pode serusada como clock. Suas caracteristicas tais como amplitude. ciclo ativo e fregiiéncias podem ser modificadas da mesma forma que nas demais, * Place DC Current Source Fonte de corrente constante DC que pode ser usada como fonte de sinal para circuitos em desenvolvimento. Suas caracteristicas também podem ser modificadas acessando-se a op¢o “properties”. * Place Exponential Current Source Fis uma fonte de sinal de caracteristicas bastante interessante para simulagdes. Essa fonte tem sua corrente aumentando de zero a um valor programado num intervalo de tempo também programado, segundo uma curva exponencial. Pode-se testar como um circuito reage a um tran- siente de corrente, por exemplo, ou a uma transig%o ripida da corrente * Place Exponential Voltage Source Essa fonte de sinal produz uma tensdo que parte do zero e aumenta de valor segundo uma curva exponencial até atingir um ponto programado. Da mesma forma, trata-se de uma fonte de sinal bastante interessante para certos tipos de simulaeao. * Place FM Current Source A fonte selecionada nessa op¢4o produz uma corrente retangular modulada em freqiién- cia. Na op¢io “default” a portadora tem uma freqiiéneia de | kHz & modulada em 100 Hz. Bssas caracteristicas podem ser alteradas na caixa de “properties” (propriedades), * Place FM Voltage Source E uma fonte semelhante a do item anterior, que gera um sinal retangular de tensdo cons- tante e modulado em freqiiéncia. A opgao “default” é a mesma do item anterior. 85 Aprenda a usar 9 NI MultiSim * Place PWL Linear Current Trata-se de uma fonte de Piece Wise Linear Function ou seja uma fonte de corrente cuja forma de onda pode ser criada a partir de segmentos que formem 0 seu grafico, on o grifico que resulta na sua forma de onda. Essas caracteristicas do sinal podem ser importadas de um arquivo. * Place PWL Linear Voltage uma fonte de tensao Piece Wiese Linear cuja caracteristicas podem ser programadas ou importadas de um arquivo. A forma de onda da tensio produzida é desenhada com segmentos ou trechos. * Place Pulse Current Source Essa fonte produz pulsos retangulares de corrente constante cujas caracteristicas (du- ragdio, separagdo e amplitude) podem ser programadas. * Place Pulse Voltage Source Da mesma forma que no caso anterior, essa fonte produz pulsos de tenstio com as ca~ racteristicas pragramadas através das op¢Ges da caixa “properties” (propriedades). * Place Thermal Noise Source Essa fonte de ruido produz um espectro de freqiténcias de ruido térmico, com caracteris- ticas que podem ser programadas na caixa de propriedades. Trata-se de um verdadeiro gerador de ruido branco virtual. ‘Veja que se clicarmos com © botio esquerdo em qualquer das fontes disponiveis ¢ abrir- ‘mos sua caixa de caracteristicas notaremos que elas sdo praticamente ilimitadas. Isso significa que mesmo tensGes ou correntes que seriam impossiveis de se obter num laboratorio podem ser simuladas. Lembre-se: Uma opgao “default” (assumida por falta), € usada quando ndo se sabe 0 que realmente escolher para as caracteristicas de um sinal, de um componente, de uma configuragdo, por exemplo. Assim, 0 proprio programa se encarrega de “sugerit” um valor que ele julga apropriado e que deve funcionar no caso. Por exemplo, uma op¢20 default” para uma fonte de sinais € 1 KHz x 5 V, pois trata-se de um valor comum que certamente vai servir para a maioria dos casos, 86 Newton C. Braga 5.3 — Aplicagdes Praticas em Simulagdes Em capitulos anteriores montamos um primeiro eircuito pritico, usando alguns recursos que aprendemos. Usamos pela primeira vez o voltimetro do NI Multisim, sem entrar em muitos detalhes. Desta vez, vamos um pouco além com um cireuito em que poderemos mostrar como as simulagées podem ser feitas, utilizando-se os instrumentos de painel que estudamos nessa Tigao. Para essa finalidade vamos montar um amplificador operacional numa configuragao néo inversora com ganho de tensdo 100 e simular seu funcionamento. O circuito em questo € mostrado na figura 95. Ve 3 40K R Ug: ac: 40Ma I mV é0 valor de Ipico que corresponde 20.70 mV rms Figura 95 Observe que nesse circuito, o ganho é determinado pela relago de valores entre Re RI, no caso 100 vezes. Isso significa que um sinal de 1 mV na entrada deve produzir um sinal de 100 mY na safda ou 0,1 V. O gerador alternado de sinais ¢ entao para produzir um sinal de | mV numa frequéncia de 1 kHz, Observe entretanto, que esse 1 mV é de PICO, Assim, a tensdio rms aplicada 3 entrada é na tealidade de 0,707 x 1 = 0,707 mY. Considerando o ganho de 100 vezes do cireuito, ao ligarmos na saida um voltimetro que mede tenses rms, 0 valor lido sera justamente de 0,070 V, conforme apresentado na tela, cuja figura 95 é obtida diretamente da simulagao, Podemos ir além no mesmo circuito, medindo as correntes consumidas nos dois ramos de alimentagao, colocando amperimetros em série, conforme mostra a figura 96 Acorrente medida nos dois ramos do circuito é de 24 mA. Observe que o amperimetro de baixo precisou ser girado horizontalmente, para seu polo negativo ficar do lado da bateria. 87 Aprenda a usar NI MultiSim 199% : RI renee vA a 10% Figura 96 Com esses exemplos, 0 Ieitor pode perceber a utilidade de se usar os instrumentos de painel ¢ as fontes de sinal em simulagdes simples. Lembre-se: Os instrumentos de painel ¢ fontes de sinal sto de grande utili- dade para simular o funcionamento de circuitos de diversos tipos, como os que trabalham com sinals de baixas freqiiéncias, circuitos ogicos, amplificadores de transdutores que operam com tenses correntes continnas ¢ muito mais. Além disso, esses instrumentos podem ser usados para determinar as correntes que circulam por linhas de alimentacao e outros pontos de um circuito. 5.4 — Outros recursos de simulagao Além da instrumentago de painel e das fontes de sinais, 0 usuario do NI Multisim pode contar com outros recursos importantes para a simulagdo de seus projetos. Podemos citar, por exemplo, o uso de Limpadas e LEDS nas saidas dos circuitos, j4 que no NI Multisim, temos o recurso do funcionamento dindmico, ou seja, a lampada ou o LED acen- dem se forem alimentados corretamente, Também temos os indicadores (probes) que nada mais so do que lampadas que <6 precisam ter um pélo ligado a um eireuito para indicar a presenga de uma tensfio, Veremos mais adiante como usé-los. 88 Newton ©. Braga jet ‘i key = Space: BuT_NPR WIR TUAL Figura 97 Num oseilador, por exemplo, ligando em sua saida uma etapa apropriada, se ele puder excitd-la e tendo como carga um LED, podemos ajustar a frequéncia para que ele pisque. Vimos isso no exemplo de simulagao do eapitulo 3 em que utilizamos uma barra de LEDs. Na figura 97, por exemplo, temos um circuito em que o funcionamento pode ser avaliado diretamente na simulagao pelo acendimento da limpada quando atuamos sobre a chave $1. (lampada acesa aparece em amarelo na tela do computador). Trata-se de uma luz temporizada em que, depois de acionar a chave O/1, ao usarmos a barra de espago para acionar a chave, a lampada acende por alguns segundos e depois apaga. Para colocar o interruptor de pressio na area de trabalho, o leitor o encontrar na caixa de eletromecénicos (electromechanical), selecionando em momentary switches o tipo NO (Nor- malmente Aberto — Normally Open). Observacio: Quando mais de um interruptor € colocado na simulagao, utiliza-se 8 op¢aio “propriedades” (properties), selecionando o componente, para reprogramar a tecla que vai fazer 0 acionamento. Podemos usar a tecla A ow B, por exemplo, para dois outros interruptores na iso pois, se niio fizermos isso, todos serdo acionados quando pressionarmos a barra de espaco. simula 5.5 — Usando o Teclado Podemos também incluir nos recursos de simulag&o os acionamentos manuais feitos por interruptores e chaves, que pocem ser obtidos em diversas configuragées, além do tipo NO (nor malmente aberto) que tomamos como exemplo. Na figura 98 temos a caixa de opedes para esses comandos que permitem atuar sobre os circuitos na simulagao usando o teclado. 89 Aprenda a usar o NI MulfiSim fuLunanaeD. Fe MUSHROOM HEAD ES surriewentany.c0., | I cous reves BE Une_vransroRweR IB rrovecnion,oewees I ovreur_ocwces Observe que temos as seguintes opgdes de dispositivos eletro mecanicos (Electro. Me- chanical) que podemos usar para simulagdes € mesmo como parte de projetos que necessitem desses dispositios: * Sensing Switches — chaves sensoras — so os sensores eletro mecénicos, como os micro-switches, deep switches e outros, * Momentary Switches — chaves de contacto momenténeo, sendo encontradas opgdes normalmente aberto (NO), normalmente fechado (NC), simples, duplos e combinados. * Suplementary Contacts contactos suplementares, simples, rotativas com até 8 posi muito mais. * Timed contacts — contactos temporizados ~ so chaves que lihgami com um retardo que pode ser programado na caixa de propriedades. * Coil Relays ~relés com bobinas ~ que podem ser usados da forma convecional nos circuitos, ou mesmo para simulagao, interfaceando um dispositivo indicador, como uma lam- pada, * Line transformers — transformadores de linha ~se bem que disponiveis nesta caixa, no servem propriamente de interface para simulagao. * Protection devices — dispositivos de proteg’o—sio usados nos projetos em si, mas nao nas simulagoes. * Output devices — dispositivos de safda — nesta opedo temos elementos de aquecimento (heater), solendides e motores que, no entanto sao partes de projetos ¢ menos usados em simu- lagdes. Outra possibilidade est na caixa de periféricos avangados (advanced peripherials), na qual podemos encontrar em algumas versdes do NI Multisim, teclados de diversos tipos. Na figura 99 mostramos essa caixa de didlogo aberta. ies 90 Newton C. Braga y{ROLOING TANK 1} woicaror FTRAFFIC_LIGHT HTRAFFIC_LIGHT SINGLE Figura 99, Nela temos exemplo de ponte rolante Veja entretanto que em nem todos as versées do NI Multisim, esses teclados estao dispontveis. Ateneao: Os componentes disponiveis nas diversas versdes do NI Multisim sto diferentes. Assim, 0s teclados disponiveis no NI Multisim 9.0 no aparecem no NI Multisim 10, Lembre-se: Certos periféricos dinamicos como limpadas, botdes, teclados & outros recursos padem ser usados eficientemente na simulagio. O proprio teclado do computador, pode ser usado para simular um. sensor, umm acionamento ou outro recurso de um projeto. Observacio No momento em que o leitor j4 comega a entender como pode criar e simular seus cir- cuitos no NI Multisim ¢ importante que seja feito um alerta sobre o que pode e 0 que nao pode ser simulado. programa parte de algoritmos, ou seja, conjuntos de formulas, que prevémas caracteris- ticas comuns dos componentes que normalmente so empregados na maioria dos projetos. ‘No entanto, existem casos em que o programa pode no prever uma aplicago fora do comum, ou uma condigao especial bem diferente daquela que poderiamos considerar natural para o componente, ¢ com isso, a simulag4o pode no ocorrer. 91 Aprenda a.usaro NI MultiSim Alteragdes no processo de simulagdo podem ajudar em muitos casos, mas se trata de um procedimento bastante avangado que exige conhecimenio do projetista e que nao cabe explicar nesse livro que visa apenas uma introdugao ao NI Multisim . EXERCICIOS 1. Monte no seu NI Maltisim o circuito da figura 70 e depois insira instrumentos de painel apropriados para: a) Medir a corrente de base, b) Medir a corrente de coletor. ©) Medir a corrente de emissor. 5 4d) Medir a tensio entre coletor e emissor, ©) O potencidmetro esté com 50% de seu valor, Mega a corrente de base ea corrente de coletor com o mesmo componente ajustado para 0 ¢ para 100% de sua resisténcia, (Uma pos- sibilidade interessante ¢ levantar a curva Ib x Ic anotando os valores medidos numa tabela). xt fe Wav 10K oyna 08 | las jeacoiey Wn | 1.0K [BJT NPN VIRTUAL Figura 100 Outra sugestZo; use um transistor real como o BC548 ou BD132 e mude as caracteristicas da Limpada para fazer 0 mesmo exercicio. 92 Newton C. Braga QUESTIONARIO 1. Quais so os instrumentos de medida encontrados na caixa de instrumentos virtuais de painel do NI Multisim? 2. Como fazer para medir correntes alternadas, se um amperimetro do NI Multisim es- tiver programado para medir correntes continuas? 3. Qual é a resisténcia de entrada “default” do voltimetro encontrado no painel de instru- mentos? 4. possivel gerar um sinal retangular de 5 V de amplitude, 1 kHz ¢ 50% de ciclo ativo usando os recursos da fonte do NI Multisim? Como fazer isso? 5. Com que tipo de fontes de sinal moduladas conta 0 painel de fontes do NI Multisim? 6. Na aplicagao “default” qual é a tecla do teclado que usamos para acionar um interruptor numa simulagao? 7. Em que caixa de recursos esto os teclados digitais como, por exemplo, os teclados DIMF? 93 Newton C. Braga CAPITULO 6 USANDO INSTRUMENTOS VIRTUAIS - IT No capitulo anterior, aprendemos a utilizar os instrumentos virtuais de painel ¢ também as fontes de sinais na simulagao de circuitos. Também vimos como usar alguns componentes indicadores como limpadas © LEDs € usar 0 proprio teclado do computador para simular a agdo de interruptores e chaves sobre um eircuito em desenvolvimento. Nesse sexto capitulo de nosso livro vamos comegar a trabalhar com os instrumentos mais poderosos com que o NI Multisim conta, tais como o gera- dor de fungdes € 0s osciloscépios. Dizemos osciloscépios porque o NI Multi- sim conta com diversos deles. Se bem que nessa parte nos limitemos a entender como funciona o tipo basico, sera muito facil para o leitor usar os demas, pois seu principio de fun- cionamento e uso so os mesmos. Com esses recursos, as simulagdes e mesmo anilise de um circuit desenvolvido, que possa ser desenhado no NI Multisim, ficaré muito mais sim- ples e também completa, 6.1—A Barra de Instrumentos Virtuais do NI Multi Conforme ji vimos nas ligdes anteriores, a barra de instrumentos vir~ tuais do NI Multisim, esti localizada do lado direito da tela em uma disposigao default, se bem que o leitor possa personalizar seu programa, modificando 0 modo como esses instrumentos se apresentam. Assim, na figura 101, mostramos onde esto localizados esses instru- mentos virtuais. Essa caixa de instrumentos varia conformea versio do Multisim, poden- do ter quantidades diferentes de instrumentos e sua disposieao também niio ser a mesma mostrada nessa figura. Para saber o que é cada instrumento, basta deixar por um instante 0 cursor sobre ele que aparece uma breve descrigfio. Vamos entio, comecar a analisar como usar os principais instrumentos desta barra, comegando pelo mais comum de todos ¢ também um, que o leitor, ja deve conhecer muito bem de seu dia a dia com a eletronica; 0 multimetro. Figura 101 95 ‘Aprenda a usar @ NI Multisim, Sugestiio: Explore a barra de instrumentos, procurando saber 0 que cada um faz, clicando sobre eles, arrastando-os para a drea de trabalho & clicando com © botiio esquerdo para méximizar seus painéis. 6.2 - 0 Multimetro O multimetro virtual do NI Multisim, funciona da mesma forma que um multimetro real, sendo ligado em série, quando vamos medir correntes; em patalelo, quando vamos medir ten- s6es. Além disso, cle pode medir resisténcias ¢ tem uma escala de dB. Para usar, comegamos fazendo sua identificagao na barra de instrumentos, Ble € 0 pri- meiro, Identificado 0 multimetro, clicamos sobre ele e o arrastamos para a drea de trabalho, onde seri colocado como mostra a figura 102 em (A). Se sclecionarmos o multimetro com o botio dircito do mouse ¢ clicarmos sobre ele, aparece seu painel completo, como mostra a mesma figura em (B). Lembre-se: Clicando com 0 botdo esquerdo sobre qualquer instrumento do NI Multisim, ele é maximizado, com 0 acesso aos seu painel de controle. B > Multimeter-KMME Figura 102 ‘Veja que esse instrumento possui varios botdes de ajustes, exatamente como um. mul- rimetro digital comum. Esses botdes tém as seguintes fungdes: 96 Newton ©. Braga A Ajusta 0 multimetro para medir correntes — ele se torna um amperimetro V__ Ajusta o multimetro para medir tensdes — ele passa a operar como um voltimetro Q - Ajusta o multimetro para medir resisténcias (ohms) — ele funcionaré como um obmimetro db —Seleciona escala de decibels Bot6es de corrente alternada e continua ~ permitem selecionar 0 tipo de corrente ou ten- so analisadas Set - ajusta as caracteristicas do multimetro. Permite fixar a sua resisténcia interna na medida de tensées, e também os limites das esealas, Para este botdo Set (ajuste) . quando clica- ‘mos sobre ele, aparece uma caixa de didlogo, como @ mostrada na figura 103. Essa caixa contém as caracteristicas que o instrumento virtual vai apresentar quando em uso, podendo ser alterada, por exemplo, para ficar de acordo com um instrumento real que 0 projetista ou 0 aluno use em sua bancada de trabalho. Figura 103 Observe por esta caixa de ajustes, que as faixas que o multimetro virtual do NI Multisim podem varrer, sao infinitamente maiores do que as de um multimetro comum. Num multimetro comum seria impossivel medir correntes de giga-ampéres ou tensdes de giga-volis, o que ¢ per- feitamente possivel para o multimetro virtual do NI Multisim. Para usar o multimetro virtual é muito simples. Vamos supor para isso que desejamos medir a tenso num circuito como 0 mostrado na figura 104. Basta entio clicar sobre esse instrumento na barra de instrumentos do lado direito e ar- rasti-lo até a drea de trabalho. Depois é s6 selecionar a medida a ser feita (tensdes continuas) € depois conectar no circuito da forma desejada. Clicando no botao O/I podemos ent&o visualizar a tensio medida, conforme mostra a figura 105. 97 Aprenda a usar o Ni Multisim. civ Figura 104 Figura 105 ‘A tensio medida no circuito € portante de 4,035 V, sobrando pouco menos de 8 V para a lampada, 0 que é suficiente para acendé-la, e assim cla aparece na simulagao. Lembre-se: Conecte as pontas de prova do multimetro virtual, nos pontos do circuito entre os quais deve ser feita a medida. Use o terra para medir tensGes em relagao a ela, 6.3 — Multimetro Digital Agilent Nas tiltimas verses do NI Multisim, também contamos com um multimetro virtual que tem exatamente as mesmas caracteristicas de um multimetro real de alta qualidade, no caso o Multimetro Agilent modelo XMMI. Para colocar na area de trabalho e usar esse instrumento, basta clicar e arrastar no seu icone, soltando-o. Depois é sé clicar novamente com 0 botiio es- querdo para maximizé-lo e obter o seu painel de controle, conforme mostra a figura 106. Para mover painel na tela, clique com 0 botio direito na barra azul de sua caixa de idemtificagaio para obter a opgao “mover”. Observe que esse multimetro corresponde em aspecto e fungdes ao multimetro real. Te- mos entdo 5 entradas diferentes que devem ser usadas exatamente como no equipamento da Agilent. ‘Assim, 0 uso desse instrumento recomendado para aqueles que jé estejam familiariza- dos com 0 equipamento reall, por exemplo, tenham um em seu laboratorio e desejam fazer as simulagdes baseados no que esse instrumento mostraria. 98 Ss ca eas Figura Lembre-se: © multimetro virtual pode ser usado da mesma forma que 0 real, O usudrio deve estar atento A escotha da grandeza que vai ser medida observar a polaridade das pontas de prova e, se desejar, modificar as caracteristicas do instru- mento como resisténcia interna, etc 6.3—O Gerador de Fungées © segundo instrumento que vamos analisar € o gerador de fumges, que 20 ser se- lecionado e levado até a area de trabalho, pode ser maximizado quando clicarmos sobre ele. Como um gerador de fungdes real, sua finalidade ¢ gerar sinais de formas de onda re- tangular, senoidal e triangular de freqiiéncias que podem ser programas numa ampla faixa de valores. Para os sinais, triangular e retangular, também é possivel programar 0 ciclo ative. ‘As aparéneias deste instrumento na rea de trabalho (A) e depois maximizado (B) sio mostradas na figura 107. 99, 106 BME GTR FF BE HE me aaa oo: v = To se nett Toe | Coane c See eee Figura 107 Aprenda a usar o NI MultiSim Para usar esse instrumento devemos selecionar suas caracteristicas. Para isso, temos os seguintes ajustes; Nos tres botdes superiores selecionamos as formas de onda (waveforms) que podem ser senoidal, triangular retangular A seguir temos a caixa em que podemos programar a freqiiéneia e depois a caixa do ciclo ativo (duty cycle). Essa caixa s6 estar disponivel na forma de onda retangular ¢ triangular. No bot de freqiéncia, como ocone no caso de componentes, temos uma barra de rolagem (seta para cima e para baixo) onde podemos selecionar os miltiplos do hertz a serem usados. Por exemplo, se queremos gerar um sinal retangular que tenha 10% do tempo de um cielo no nivel alto ¢ 90% no nivel baixo, esse sinal ter um ciclo ativo igual a 10%. Veja que ao se- lecionarmos a forma de onda retangular o gerador assume por falta (default) jf 0 valor de 50%. No caso do sinal triangular o ciclo ativo refere-se ao tempo de subida em relagdo ao tempo total do ciclo do sinal gerado. ‘Temos a seguir as caixas que ajustam a tens&o ¢ o offset do sinal gerado. No caso da am- plitude ((enso) tambem temos barras que permitem usar o microvolt, milivolt e quilovolt. Para usar o gerador de fiungdes, vamos tomar como exemplo um cireuito muito simples, que tem servido de base para nossos estudos e que é mostrado na figura 108. Neste circuito, vamos excitar o transistor com um sinal retangular de 50% de ciclo ativo ¢ 6 V de amplitude, com freqiiéncia de 10 Hz, de modo que, ele faga a lampada piscar, 0 que o leitor vai ver quando elicar na chave O/1, que “liga’” a simulagio. xEGL xt Figura 108 100 Newton C. Braga Importante: Um ponto importante a ser observado na simulaggio com 0 gerador de fungdes e com sinais de baia: ‘corre numa freqiiéncia diferente daquela que foi ajustada no seu painel de controle. Assim, mesmo tendo ajustado para 10 Hz, ve- emos a lampada piscar muito mais devagar, na velocidade em que corre a simulacao. freqiiéncias, é que a simulagaio Outro ponto a ser observado no uso do gerador de fungdes ¢ 0 relativo aos terminais de saida dos sinais. Veja que ele possui uma saida (+), uma saida (-) e uma saida de terra (GND). As: quando usamos o terminal de terra € 0 positivo, 0 sinal gerado os: gramado no painel Por outro lado, se selecionarmos (') ¢ (-), 0 sinal oscilard entre—V 1V, onde V é 0 valor selecionado no painel de ajustes do gerador de fungoes. Outra informagio importante para o projetista que vai usar esse instrumento € que cli- cando com o botio direito fauzemos sua maximizagao, mas ao clicar com 0 botio esquerdo abri- mos uma caixa de dialogo semelhante a que temos para qualquer outro componente Nessa caixa temos acesso as suas propriedades ¢ As mudangas de posigdo dos seus termi- nais. Podemos, por exemplo, transpor os sinais positive e negativo, como fizemos no exemplo dado na figura. Para isso, usamos a opgio “Aip horizontal” desta caixa antes de fazer suas co- nexies, im, 4 entre 0 V € 0 valor pro- 6.4~ Gerador de Fungées Agilent Uma outra possibilidade de uso de fonte de sinais consiste no gerador de fungdes Agilent, disponivel no quadro de instrumentos das tiltimas vers6es do NI Multisim , Esse gerador de fungdes tem os mesmos recursos do tipo real XFG3, podendo ser visto de forma completa quando 0 arrastamos da barra de instrumentos e 0 colocamos na area de trabalho, Basta entao clicar no proprio instrament para que seu painel aparega como mostra a figura 109. Observe que esse instrumento tem todas as fing: através de teclas, s programadas digitalmente Lembre-se: gerador de fungdes gera sinais de trés formas de onda diferentes, com freqliéncias e amplitudes que podem ser ajustadas numa ampla gama de valores, © gerador de fungdes virtual € usado da mesma forma que um gerador real. Lembre-se apenas que os tempos de simulago nao resultam na operasio do circuito visualizado em tempo real 101 Aprenda a usar @ NI MultiSim Asaida de sinais, est limitada a um minimo de $0 mV. O ajuste do sinal € feito na forma numérica, utilizando-se também os outros controles. Através dele, sclecionamos 0 sinal e programamos amplitude, freqiiénc’ ticas inserindo os valores diretamente pelo teclado e demais ca- racter = Conch No teste de muitos circuitos que apenas amplificam, atenuam ou modificam sinais é fun- damental contar com uma fonte de sinais apropriada, © gerador de fungdes ¢ recomendado tanto para o teste de circuitos analégicos como digitais. Para os digitais, por exemplo, conforme veremos basta programar os sinais retangulares com as amplitudes exigidas pela logica usada e a freqtiéncia de acordo com os testes realizados. Outra possibilidade consiste em se utilizar cireuitos de teste jé prontos que podem set mantidos em arquivos. Por exemplo, um teste com um sinal senoidal de baixa freqiiéncia pode ser feito copiando e colando o circuito de um oscilador de duplo T no projeto indicado. Basta entao conectar sua saida 4 entrada deste amplificador, eventualmente passando 0 sinal por uma rede de atenuacao linear (dois resistores formando um divisor), para que os testes também possam se realizados de modo eficiente. Por esse motivo ¢ interessante que todo ¢ qualquer circuito simulado que se revele fun- cional e util seja arquivado numa pasta pois eles podem tanto servir de ponto de partida para novos projetos como também para a realizagao de testes. Para os Ieitores interessados, sugerimos trabalhar com a série de projetos da colecao Circuitos & Solugdes (Volumes | a 5) ¢ que em breve tera um sexto volume com circuitos jé simulados. 102 Newton C. Braga EXERCICHOS 1. No circuito apresentado na figura 110 (Amplificador Operacional com Ganho 100), use © Gerador de fungdes para aplicar um sinal senoidal de 1 kHz com 1 mV de amplitude e meca com o multimetro 0 sinal de saida. I> fu fs: oa ye: ‘ Mb icl fea Seal cic WAN aE —R—-—)—-4- onic ‘ ee ae ioe 3 Mo Figura 110. 2, Monte um divisor de tens%o como o mostrado na figura 111, ¢ programe o multimetro para ter diversas resisténcias (1k, 5k, 10k, 50k, 100k, 500 ke I M) anotando as tensdes que ele indica em cada caso. Explique ent4o como o instrumento pode “earregar” o divisor, alterando 0 resultado das medidas. = Sais = a 10K, 10k Figura 111 103 Aprenda a usar o NI MultiSim QUESTIONARIO 1. Quais s&o as grandezas medidas pelo multimetro virtual do NI Multisim? 2. O multimetro virtual do NI Multisim pode medir correntes alternadas? Explique. 3. Para que serve o botio set do multimetro virtual. 4. Qu io as formas de onda geradas pelo Gerador de Fungdes Virtual do NI Multi- sim? 5. E possivel ajustar o ciclo ativo de um sinal triangular no gerador de fungdes? Como isso é feito? 6. Por que o gerador de fungdes tem 3 terminais de saida? Explique como eles sfio usa- dos? 7. Em que local devem ser acessados o gerador de funges e 0 multimetro digital da Agilent? 104 Newton C. Braga CAPITULO 7 USANDO INSTRUMENTOS VIRTUAIS - IT USANDO INSTRUMENTOS VIRTUAIS — I 0 OSCILOSCOPIO ‘No capitulo anterior aprendemos como usar dois importantes instrumentos virtuais dis- poniveis no NI Multisim, 0 multimetro e o gerador de fungdes. Vimos que, além das versdes basicas estes instrumentos contam com versdes reais dos equivalentes da Agilent. Naquela ocasiao mostramos como ajustar os intrumentos ¢ usi-los em simulagdes, testes ¢ outras atividades de projeto. Nessa continuaremos a analisar a vasta gama de instrumentagao virtual disponivel no NI Multisim, estudando 0 mais importante de todos os instrumentos de bancada: 0 oscilosedpio. ‘Veremos como usar esse instrumento que conta com varias versées, indo desde dois ca- nais (duplo trago) até quatro tragos ¢ equivalentes virtuais da Agilent ¢ Tektronix. 7.1 = O Osciloscépio Basico Na barra de instrumentos do lado direito da area de trabal- ho do NI Multisim , 0 leitor pode contar com 4 osciloscépios dife- rentes mostrados na figura 112. Interessa-nos, em especial para iniciar nossos estudos 0 os- cilosedpio basico de duplo trago que pode ser selecionado ¢ colo- cado na area de trabalho como ‘mostra a mesma figura. Veja que & possivel colo- car na drea de trabalho todos eles a0 mesmo tempo e trabalhar si- mullaneamente com todos os seus recursos num. projeto ou simulagao. Figura 112 105 Aprenda a usar o NI MultiSim, primeiro osciloscépio € o mais simples de usar € consiste num osciloscépio de duplo trago com as mesmas caracteristicas de um osciloscépio real. O segundo, consiste num osciloscépio de quatro tragos também com as caracteristicas recursos de um osciloscépio convencional real. Depois temos 0 terceiro osciloscépio que € uma versio virtual do osciloscépio Tektronix modelo TDS-2024, que tem o paine! mostrado na figura 113. Figura 113) Finalmente, temos um osciloscépio Agilent modelo 54622D, cujo painel obtido quando © selecionamos e clicamos com 0 botio esquerdo do mouse para maximiza-lo, é mostrado na figura 114. Figura 114 106 Newton C. Braga Veja que esse osciloseépio também tem a mesma aparéneia que 0 osciloscépio real ¢ os mesmas controles, Nas simulagées ele vai se comportar exatamente como 0 osciloscépio verdadeiro. Como esses osciloscépios se destinam ao trabalho de simulagao para quem os tem na versio real, deixaremos isso por conta dos leitores que tenham acesso aos seus manuais. Como a versio virtual funciona exatamente como a real, o manual de uso é vélido da mesma forma. Observamos ainda que a ordem ea quantidade de osciloscépios da barra de instrumentos varia conforme a versio do NI Multisim. Deixe por um instante o cursor do mouse sobre 0 sim- bolo para saber que tipo de instrumentos existe no seu NI Muttisim, Lembre-se: ONT Multisim possui quatro osciloseépios — dois virtuais que tm caracteristicas gerais ¢ dois osciloscépios que possuem as mesmas caracteristicas de tipos verdadeiros da Agilent e Tektronix. 7.2 — Conhecendo 0 Osciloscépio Basico Evidentemente, para usar o osciloscépio virtual basico de duplo trago (dois canais), supo- mos que os leitores tenham conhecimentos minimos sobre a operagao desse tipo de instru- mento. Ser interessante para os que nunca tiveram contacto com esse tipo de insirumento ter antes uma base de seu prineipio de funcionamento. Para essa finalidade sugerimos ler a série de artigos do Curso de Instrumentagio Bletrénica publicado na revista Eletrénica Total. O Curso Basico de Eletronica também da uma boa base para os que precisam de algo mais do que en- tender simplesmente como funciona um osciloscépio, mas desejam rever seus conhecimentos basicos de eletréni Assim para aprender a usar esse instrumento, devemos comegar nos familiarizando com ‘9s seus controles ¢ entradas. Lembrando que, por s¢ tratar de um oscilosedpio de duplo trago, podemos observar dois sinais simultaneamente, e que, diversos de seus controles e entradas so duplicados, O procedimento que daremos neste capitulo também ser de grande utilidade para os iniciantes que nunca trabalharam com um osciloscépio, pois permite entender como sao feitos 08 ajustes basicos e o que podemos ver na sua tela quando analisamos um sinal. Vale portanto como uma ligdo teérico/pratica sobre osciloscépios. Na figura 115 mostramos entdo o painel desse instrumento, com seus controles ¢ entradas. As fungdes (A) — Display ou tela (B)—Reverse —acionando esse botdo podemos ver a imagem do sinal (forma de onda) em preto com fundo branco. deixando como esta o sinal ser visto em branco com fundo preto. 107 Aprenda a usar o NI MultiSim (©) Save ~ permite salvar a forma de onda observada (D) — Edge (fronte) — temos diversas opgdes para a sincronizagio do sinal — pela trran- sigdo positiva ou negative. (E) ~ Level ~ determina o nivel de disparo do sinal de sincronismo, ou seja, 0 ponto em que comega o tragado na tela (F) — Determina o tipo de disparo, havendo uma entrada externa para essa op (G)— Seale - Nesta linha temos as trés escalas normalmente usadas na observagaio de uma forma de onda e que devem ser ajustadas conforme a intensidade e a freqiéncia do sinal ‘Time base — base de tempo -ajusta a base de tempo (segundos por divisio). Channel A —canal A -ajusta o ganho do canal A (volts por divis4o) Channel B ~ canal B - ajusta © ganho do canal B (volts por divisao), (HH) ~ X Position — posi¢ao X — permite ajustar a posigao do eixo X do canal observado. sa forma, as imagens nao serdo superpostas. Desloca para cima ¢ para baixo a imagem do canal correspondente (1D Tipo de composigdo de imagem em relagdo aos eixos, Observagao em relagiio ao empo ou de um canal em relagdo ao outro. (J) ~seleciona o tipo de sinal que vai ser analisado. Na posi¢ao AC, por exemplo, s6 a componente AC é observada = Le eee Ge TB] $ H E >* 10 ms/Div 5 eee a [irr ata aia va ; z i? 7 Gr Figura 115 F Newoon C, Braga 7.3 = Usando 0 Oseiloscépio Para entender como usar 0 osciloseépio podemos partir do amplificador de ganho 100, semelhante ao que usamos no capitulo anterior. No nosso projeto de amplificador com 0 741 vamos usar 0 osciloscépio mais simples do NI MultiSim, para observar tanto o sinal de entrada como 0 sinal de saida, Inicialmente, clicamos sobre o icone do osciloscépio e o puxamos até a area de trabalho. Depois, conforme mostra a figura 116, fazemos a ligagaio do canal A, a entrada do circuito, a saida do circuito a0 canal ¢ também colocamos a conexao a terra, como mostrado na figura. xse XFGL 2 a Rt 4 — ny 10k Z eenos R3 Amo Figura 116 Veja que em alguns casos, quando existe um terra virtual no cireuito, podemos deixar © terminal de terra do oseiloscépio livre que ele assume esse terra virtual, Uma vez feitas as conexdes com 0 osciloscépio sendo usado nos dois canais, precisamos antes ajustar o sinal do gerador de fungdes. ‘Lembre-se: As ligagdes aos terminais de entrada do osciloscépio so feitas da mesma forma que a interligagao de componentes comuns: cl cando- se nos pontos do circuito de onde o sinal é retirado e arrastando-se © fio aié a entrada correspondente do oseiloscépio. 7.4 - Ajuste do Gerador de Funcées O sinal aplicado sera ajustado para produzir um sinal retangular de 10 kHz com 1 mV de amplitude, conforme mostra a figura 117. 1090 ‘Aprenda a usar o NI MultiSim_ 2 Com esse ajuste e um ganho de 100 vezes, deve- ~ mos ter um sinal de 100 mV na saida. Esses dois valores sdo importante para servir de ajuste para 0 osciloscépio. Veja que esse tipo de ajuste é muito imporiante quando se usam instrumentos virtuais. A escolha de uma ! tensdo de entrada que sature o circuito, por exemplo, vai causar uma deformagao do sinal. 7.5 - Ajustando o Osciloseépio Para podermos visualizar as formas de onda da * entrada e saida do circuito precisamos ajustar diversos + pontos, como em qualquer osciloscépio real. Veja que na entrada temos um sinal de 1 mV de amplitude, prevendo que o ganho seré 100, na saida teremos um sinal de 100 mV de amplitude. Também ser preciso levar em conta 0 ajuste da base de tempo que deve permitir a observacao de sinais de 10 kHz. Comegamos entio clicando no osciloscépio, ligado ao circuito na area de trabalho, e te- mos a abertura de sua imagem ampliada com o acesso a todos os controles, conforme ja vimos. A tela nesse caso aparece em negro, com o traco correspondente aos sinais em vermelho ou outra cor que o leitor queira programar. Clicando em “reverse” durante a simulago, a imagem na tela sera invertida, ou seja, teremos um trago escuro sobre fundo branco. Os ajustes que de- vem ser feitos so mostrados entdio na figura 118, Figura 117 Lembre-se: ‘Ajuste os instrumentos antes de fazer a simulagdo. Veja se os ajustes estio de acordo com as caracteristicas do cireuito analisado. Observe 0s pontos ajustados: a) Scale 50 psidiv b) X position —0 ¢) Channel A Scale — 1 mV/div 4d) Y position channel A--1,2 V ¢) Channel B Scale ~ 200 mV/div £) Y position channel B- 1,2 V g) YT hb) OC e 0C i) Reverse 110 Newton €, Braga Analisemos 0 porgué destes ajustes; Ajustamos a eseala para que a cada divisio tenhamos um tempo de 50 microsegundos. como um ciclo completo do sinal de 10 kHz dura 100 microsegundos, isso significa que um ciclo completo durara duas divisdes. Veremos entio que cada semiciclo ou pulso vai ocupar exatamente I divisio da graticula. O canal B, que corresponde 4 entrada é ajustado para 1 mY por divisdo, jé que o sinal observado tem I mV de amplitude... Para que possamos ver esse sinal na parte de baixo da tela, que vamos dividir em duas regides, deslocamos esse sinal para — 1,2 V. Esse valor pode ser obtido com a simulagao em andamento para se separar ¢ visualizar melhor as imagens dos dois canais. Para o canal A, esperamos ter um sinal de 100 mV. Assim, ajustamos a escala do canal A para ter 200 mV por divisao, o que significa que a amplitude do sinal observado ocupara meia . A posigiio do sinal é deslocada em Y para +1,2 de modo que o sisal visualizado “suba” apareca na parte superior da tela. Os demais ajustes s4o mantidos na posig4o “default”, ja que correspondem ao tipo de observacdo (¥/T, ou seja, 0 eixo X corresponde aos tempos) e DC j que o sinal obseryado deve incluir a sua componente DC. Ligando a simulagdo temos entao a imagem mostrada na figura 119 Observe entdo que o sinal retangular aplicado & entrada ¢ 0 de maior amplitude obseryado na parte interior da imagem. O sinal triangular na parte superior, mostra a resposta de fregiién- sect al 1 RIND Figura 119 11 ‘Aprenda a usar o NI MultiSim, cia baixa do amplificador operacional que distoree esse sinal. Podemos, com essa imagem, observar tanto 0 sinal de saida como o de entrada. Veja que o ajuste de tempo (timebase) & muito importante para se ter uma boa visio do sinal. Vamos dar como exemplo na figura 120 0 que ocorre quando escolhemos um tempo muito longo e depois na figura 91 um tempo muito curto. Figura 120 Nessa figura temos a escolha de uma base de tempo de 500 jis por divisfio, caso em que cada divisio vai mostrar 5 ciclos completos do sinal. Com 5 s por divisto, conforme mostra a figura 121, precisariamos de 20 divisées para ver um tinico ciclo campleto, o que evidentemente no permite ver a forma de onda completa. Figura 121 112 ‘Newton C. Braga Da mesma forma, se atuarmos sobre a amplitude de forma indevida, podemos ter uma imagem grande demais ou pequena demais, conforme mostra a figura 122 Nela, temos o sinal de entrada com a amplitude exagerada e o sinal de saida com a am- plitude pequena demais para permitir uma boa observagao. ethene Figura 122 Lembre-se: Para se observar um sinal no osciloscépio virtual, os ajustes mais importantes que devem ser feitos inicialmente so a base de tempo (Timebase) ganhos (scale) dos canais Ae B. Para observacao de dois sinais, devemos fazer esse ajuste nos dois canais ¢ também 0 posicionamento vertical de cada canal (¥ position) 7.6 — Outros Usos No item anterior mostramos como fazer os ajustes basicos para a observacao de formas de onda num osciloscépio de duplo trago ou dois canais. Para fixar mais 0 uso desse instrumento, vamos mostrar mais uma aplicacZo importante que a verificagao da distorgao de um amplificador por saturagao. 7.6.1- Verificando a Saturagaio do Amplificador Se o sinal de entrada superar um certo valor de modo a saturar 0 circuito, teremos uma distorcao do sinal de safda. Tomemos entao o circuito mostrado na figura 123. 113 Aprenda a usar o NI MultiSim. xEGL : sees sea 100k0 Figura 123 ganho de tenso é 10, dado pela relagtio de valores entre R2 e RL. Como vamos excitar © circuito com um sinal senoidal, usamos os capacitores de acoplamento Cl © C2. Por exemplo, se 0 sinal de entrada for fixado em 2 Vp (ajuste o gerador de fungdes para produzir um sinal senoidal com essa intensidade) e também o osciloscdpio (canal A) para visu- alizé-lo, o sinal de saida teoricamente iria a 20 Vpp. Como a excursaio do sinal de saida s6 pode ir a 12 V de pico que é a tensdo da fonte de sinais, ocorre uma distorgio our “clip” desse sinal. O que ocorre é mostrado na figura 124. UU ae LAAAAARAAAA AANAAARAA Newton ©. Braga Veja a forma de onda na parte superior, que corresponde & saida com a distorg40 por saturagdo da entrada. Veja também os ajustes feitos no osciloscép 7.1 - Conclusio Com o que vimos o leitor ja pode ter uma boa idéia de como usar 0 osciloscépio de duplo trago na observagio das formas de onda de um cireuito, ‘Da mesma forma, quando usar 0 osciloscépio de quatro tragos sera possivel observar as formas de onda simultaneamente em quatro pontos de um mesmo circuito. Veja que altcragdes de componentes, ajustes do gerador de fungdes e do osciloscépio podem ser feitos durante a simulagao (nao é preciso desligar a chave 1/0). Isso facilita testes e modificagdes de valores. ‘Na verdade, esses ajustes do osciloscépio e alteragdes dos componentes devem ser feitos tanto para se observar melhor as formas de onda como para se chegar ao ponto desejado do funcionamento de um circuito. 115 Aprenda a usar 0 NI-MultiSim EXERCICIOS 1. Monte o circuito da figura 123 ¢ para treinar no uso do osciloscépio realize as seguintes operagdes, anotando o que ocorre em cada uma. a) Altere os valores da base de tempo para 50 jis e 50 ms. b) Altere o ganho do canal A para mais e para menos. c) Alltere 0 ganho do canal B para mais e para menos. d) Diminua a amplitude do sinal aplicado pelo gerador de sinais para 200 mV e depois vd aumentando até obter a saturagao. e) Experimente mudar a forma de onda do gerador para triangular e retangular. f) Altere o resistor R2 para ver como o ganho do amplifieador se modifica. 1. Quantos osciloseépios esto disponiveis no NI Multisim? 2, Para que serve 0 ajuste timebase (base de tempo) de um osciloseépio? 3. O que acontece com a imagem obtida de um sinal senoidal de 2 V de pico se ajustar- ‘mos 0 osciloscépio para uma escala de 2 mV/div? 4, Se o sinal observado aparecer com os ciclos muito juntos (muitos ciclos completos na imagem), 0 que devemos fazer com o ajuste da base de tempo? 5, O que devemos fazer para que dois sinais que aparegam superpostos sejam separados, ficando um na parte superior da tela ¢ outro na parte inferior? 6. O que significa V/T no ajuste do tipo de sinal que vai ser obscrvado’ 7. Os sinais observados na imagem da figura 124 esto em fase ou em oposigao de fase? Explique. 116 Newton ©. Braga CAPITULO 8 OSCILOSCOPIO Usando a Graticula e Figuras de Lissajous No capitulo anterior tratamos do osciloscépio, mostrando ao leitor como usar esse itil instrumento na observaedo de formas de onda de sinais, encontrados nos circuitos eletrdnicos. Conforme 9 leitor deve ter pereebido, mostramos que diversos ajustes devem ser feitos para que a imagem adquirisse um tamanho apropriado & observagiio, sem sair dos limites da tela, nao ficando muito peguena ¢ sobretudo permitindo a andilise de seus pormenores. Para esses ajustes atuamos sobre controles graduados em termos de tempos e amplitudes do sinal. Pois bem, esses ajustes tém uma preciso suficientemente grande para permitir que 0 osciloscépio seja usado numa fungdo muito importante além da simples observagao dos sinais. “onforme veremos neste capitulo, 0 fato do osciloscépio possuir escalas precisas de am- plitudes e tempo, além disso uma tela quadriculada, denominada “graticula’, nos permite medir com precisao diversas caracteristicas dos sinais observados. Em outras palavras, 0 osciloseépio, gragas a estes recursos, nao é um simples instrumento Para a observacdo de fenémenos periddicos ¢ transitérios, mas também um util insiramento de medida, 8.1 —A graticula As telas dos oseiloscépios, possuem linhas cruzadas formando um padrdo denominado graticula”, a qual serve de referéncia para as medidas diversas relativas aos sinais que so observados, conforme mostra a figura 125. 7 Aptenida a usar o NI MultiSim As divisdes que formam a graticula servem de referéncia para medidas de dois tipos quando analisamos um sinal, por exemplo, ou um fendmeno periddico. Quando o osciloscépio esta ajustado para a operagdo Y/T, ou seja, para observagiio de formas de onda, as divisdes contadas no sentido vertical (Y) correspondem 4 amplitudes ou volts (V), enquanto que as divisGes no sentido horizontal (TT), correspondem tempos ou se- gundos. Assim, podemos medir com precisio tanto a amplitude como o tempo (periodo, duragio de um semiciclo ou de um pulso) usando como referéncia essas divis6es. Para mostrar como a graticula é usada vamos dar dois tipos de medidas inicialmente. Lembre-se: Quando o osciloscépio esté ajustado para operar no modo Y/T, no cixo horizontal temos tempos € no vertical amplitudes dos sinais observados 8.2 — Tempos (periodo e freqiiéncia) No eixo dos tempos (7), quando optamos pela operagdo Y/T, podemos medir tanto tem- pos como perfodos ¢ indiretamente, realizando um pequeno cAlculo, também a freqiéncia. Para entender como isso funciona, vamos partir de um sinal arbitririo que consigamos observar na forma mostrada na figura 126 depois dos devidos ajustes de todos os controles (scale, timebase, etc). Figura 126 118 Newton C. Braga Conforme podemos ver pelos ajustes do osciloseépio, cada divisao da tela corresponde a um tempo de 100 ns. Observando entZo a imagem, vemos que um ciclo completo dessa imagem ocupa 5 divisdes horizontais de tela, ou seja, 500 ns. Podemos entao dizer que 0 periodo do sinal é T= 500 ns. Como a freqiiéneia ¢ 0 inverso do periodo, podemos calculi-la fazendo: f= 1/T = 1/500 x 10° £=2.000.000 £=2 MHz A freqiléncia do sinal observado € entao de 2 MHz. ‘Veja que um ciclo completo pode ser obtido a partir de qualquer ponto do sinal até 0 ponto correspondente do ciclo seguinte, conforme mostra a figura 127. Figura 127 Usando as divis6es menores que existem no eixo horizotal, como numa régua em que temos divisdes de centimetros e milimetros, podemos ter uma preciso muito boa na medida de freqiiéncias. Observamos entretanto, que o NI Mulisim também possui um freqiiencimetro que pode ser usado em conjunto com o osciloscépio e que possibilita a medida precisa da freqliéncia de ‘um sinal. Para medir a duragdo de um pulso, podemos tomar como exemplo o sinal mostrado na figura 128, Trata-se de um pulso retangular de curta duragao que pode ser asssociado a um pulso de um sensor ou mesmo um sinal de sincronismo de um circuito digital. Observe pelos ajustes que usamos uma base de tempo (Timebase) de 50 1s por divisao. Olhando para o pulso vemos que ele ocupa metade de uma divisio, 0 que resulta em 25 ps de duragao. 119 Aprenda a usar o NI MulsiSim Figura 128 Lembre-se: Divisdes da tela (graticulas) podem ser usadas como referéneia para medidas de um sinal na tela do osciloscépio virtual. As divisdes horizontais servem para medidas de tempo quando ajustamos 0 oscilosedpio para operar na modalidade Y/T. 8.3 —Fase Aexisténcia de uma graticula no eixo de tempos também € importante para se medir 0 ngulo de fase de um sinal ou ainda comparar as fases entre dois sinais, Para mostrar como isso funciona, vamos supor dois sinais senoidais de mesma freqtiéncia que estejam defasados ¢ desejamos saber qual é essa defasagem, Fsses sinais sao obtidos na simulagio, conforme mostra a figura 129. Observe que o ponto em que ocorre o méximo de um sinal esta distanciado de % de cielo do valor em que ocorre o maximo do outro sinal, Isso significa que esses sinais tm uma dife- renga de fase de 90 graus. Pode-se tomar o ponto de referéncia para medir a defasagem num sinal em qualquer lu- gat, desde que seja comparado com o ponto no mesmo lugar do outro sinal Mais adiante, quando estudarmos as Figuras de Lissajous, veremos um outro modo mais interessante e mais preciso para se medir a defasagem entre sinais senoidais. 120 Newton C. Braga Figura 129 Lembre-se: Pontos de mesma amplitude podem ser usados como referéncia para a medida de defasagem entre dois sinais de mesma freqiigneia, 8.4 —Amplitudes Quando ajustamos o osciloscépio para observar um sinal no modo YT, o eixo Y (verti- cal) passa a representar a amplitude em volts desse sinal. Assim, 0 valor dessa amplitude pode ser obtido através da graticula se usarmos como referéncia 0 ajuste de escala (Scale), do canal correspondente. Assim, tomando como exemplo o sinal da figura 130, observamos as indicagdes dos va- lores de pico e pico a pico. Nessa figura a escala (scale) esté ajustada para 5 volts por divisio, Dessa forma, como para a amplitude, o sinal ocupa duas divisdes de altura e cada divisio corresponde a 5 V, 0 valor de pico desse sinal é de 10 V. Igualmente, para o valor pico a pico temos quatro divisdes de 5 V, 0 que nos leva a um valor de 10 V. Veja que, para calcular o valor RMS (root mean square) ou valor médio qua- drético, basta multiplicar o valor de pico por 0,707. Obs: E interessante 0 leitor revisar os conceitos de amplitude para sinais senoidais, ou seja, valores de pico, rms e médio. 121 Aprenda a usar o NI MultiSim ChanmeLA Clare ‘ny = Figura 131 122 Newton C. Braga Para a medida da intensidade de um pulso procedemos da mesma forma, tomando como exemplo o pulso observado na figura 131. Veia que esse pulso tem uma amplitude que ocupa 4 divisdes de 5 V, ou seja, trata-se de um pulso de 20 V de amplitude. Veja também que a linha central horizontal da tela corresponde ao ponto de referéncia de 0 V. Assim, 0 pulso analisado varia de— 10 V a + 10 V de intensidade, ou seja, tem um valor pico a pico de 20 V. Essa linha de referéncia também deve ser levada em conta nas medidas, ‘Veja que no posicionamento Y, (¥ position) ela significa 0 V, pois esté na posigdo 0, o que quer dizer que a imagem est centralizada, Lembre-se: As divisbes no sentido vertical sto usadas como referéncia para a ‘medida de amplitudes. Considere sempre o fator de escala. 8.5 — Figuras de Lissajous Um dos recursos mais importantes na manutengdo, reparagao e ajuste de equipamentos eletrénicos ¢ a visualizagao das grandezas que variam com 0 tempo em seus circuitos através de um osciloscépio. Para 0 caso especifico da medida de freqiiéncias, amplitudes e fases com a ajuda deste instrumento, é fundamental conhecer as figuras de Lissajous, Mais do que isso, elas também podem ser usadas com outras finalidades, inclusive na geragaio de efeitos em editores de imagens para a Internet e recursos multimidia. Com 0 oseiloscépio do Multisim e usando o gerador de fungdes, além de osciladores que podemos montar virtualmente € possivel gerar qualquer tipo de Figura de Lissajous. Mais do que isso, o seu recurso pode ser usado para medir com precisio freqiiéncias e fases de circuitos que sejam desenvolvidos no Multisim. Como usar as Figuras de Lissajous ¢ o que veremos a seguir, comecando por revistar seus conceitos para os que ja esqueceram como elas so geradas ¢ usadas ¢ para os que ainda nao esto familiarizados com esse recurso. 8.5.1 - O que sio A maioria dos sinais elétricos com que trabalhamos possui uma forma de onda senoidal, conforme mostra a figura 132. Esta forma indica 0 modo como uma tensdo ou uma corrente varia com 0 tempo. Esta figura é, portanto, tragada colocando-se em seqiiéncia pontos cujas posigées no eixo vertical depende da intensidade 123 ‘Aprenda a usar o NI MultiSim, do sinal num instante que tém sua correspondéncia no eixo horizontal. Qual ¢ a origem desta forma de onda? O que realmente significa sinal ter uma forma de onda senoidal ? Lembre-se: Os componentes podem ser tanto gerais (ideais) como especifica- dos (com valores) dependendo de onde sejam selecionados 8.5.2—A sendide Imaginemos um ponto P que gira com ve-~ locidade uniforme segundo uma trajetoria perfeita- mente circular, conforme ilustra a figura 133. Podemos medir (ou indicar) a posigao desse ponto por meio de um Angulo (A), que € formado pela linha que o liga ao centro do cireulo (sua tra- jetoria) e pelo eixo de referéncia X, de acordo com a figura 133 ‘Vemos entiio que a % de uma volta completa corresponde um Angulo de 90° ¢ que a uma volta inteira corresponde um Angulo de 360°. A indicagao da posicdo do ponto em cada instante pode ser feita com 0 valor de um angulo, em graus. Mas, essa no é a nica forma de indicar a posigao do ponto no movimento que ele realiza. Levando em conta que 0 comprimento de uma cir- cunferéncia é numericamente igual a duas vezes o seu raio multiplicado pelo fator PI (m), po- demos medi-la em “radianos”, ou seja, em fragdes ou miltiplos de seu préprio raio. Como a volta inteira corresponde a 2 radianos, podemos facilmente estabelecer relagdes Figura 133 desta grandeza com outros Angulos, conforme se observa na seguinte tabela: 90 graus = 1/2 radianos 180 graus = x radianos 270 graus = 37/2 radianos 360 graus = 2 radianos As duas unidades para a medida de angulos ou da posigao de um ponto numa circunfe- réncia so usadas em Eletrénica e outras ciéncias como a Matematica e a Fisica. Para nds é importante seguir com 0 nosso ponto em movimento e analisar o que ainda poder ocorrer. Em cada instante do seu movimento podemos agora fazer uma projegdo sobre o eixo Y (vertical) de modo a medir sua “altura” em relagdo ao eixo X. Esta distdincia, mostrada na figura 124 Newton C. Braga 134, pode assumir valores positivos e negativos quando © ponto realiza uma volta completa na circunferéncia.. Se considerarmos 0 valor do raio da circunferén- cia unitério (igual a 1), essa distancia (que depende do Angulo que determina a posigtio do ponto) variard de —1 +1 eacla podemos associar uma grandeza denominada “seno” do angulo, ou abreviadamente “sen”. Seem todaa volta do ponto anotarmos os senos dos Angulos correspondentes a um bom niimero de posigdes € 08 colocaremos um ao lado do outro, obteremos uma figura ondulada, conforme ilustra a figura 135. Esta figura ¢ chamada de “sendide” e nada mais € do que uma representagao grafica da projegiio do movi- mento do ponto na cireunferéncia sobre 0 eixo vertical ou eixo Y, Muitos circuitos oscilantes como, por exemplo, os de duplo T, LC e de deslocamento de fase podem gerar correntes que variam da mesma forma que a indicada, ow seja, geram sinais senoidais. ‘Na visualizagao normal de uma sendide num os- ciloseépio, um sinal intemo de sincronismo cuja forma de variagdo ¢ denominada “dente de serra” combina-se com 0 sinal que deve ser observado, e 0 resultado ¢ visto na figura 136. Observe que o sinal “dente de serra” quando combinado com qualquer outro tipo de sinal, resulta numa imagem que corresponde a este tiltimo tipo de sinal. Figura 136 Lembre-se: Combinando-se um sinal de qualquer forma de onda com um sinal dente-de-serra, a imagem resultante sempre serd do sinal combi- nado. Esse € o principio de funcionamento dos osciloscépios. Tal fato possibilita a observagdo de sinais de quaisquer formas de onda no osciloscépio, © que toma este instrumento um dos mais iiteis de toda a eletrOnica. Para n6s ¢ importante saber, entretanto, o que acontece se em lugar de combinarmos um sinal “dente de serra” com outro qualquer, combinarmos dois sinais senoidais, Podemos pensar nessa experiéncia nao apenas considerando 0 uso de sinais elétricos, ‘mas também de qualquer fenémeno que varie segundo um padrao senoidal como, por exemplo, a oscilacao de péndulos, dois movimentos circulares que se combinem, ondas sonoras, etc. E justamente a composigdo de sinais senoidais como a que ocorre neste caso, que nos leva a formacao das denominadas Figuras de Lissajous. 125 Aprenda a usar NI Multisim 8.6 - As Figuras de Lissajous Podemos pensar na composigio das formas de onda senoidais como a sua mistura. E como se tivessemos um misturador (mixer) capaz de juntar dois sinais de caracteristicas diferentes, obtendo-se um efeito final que ¢ a sua combinago. Desse modo, visualizamos o que ocorre de uma forma muito simples, usando para isso um osciloscépio imaginario inicialmente. Aplicamos um dos sinais na entrada vertical e 0 outro sinal na entrada horizontal, desli- gando o sincronismo interno, conforme ilustra a figura 137. Nessa figura usamos 0 osciloscépio Virtual do multisim, e para gerar os sinais, colocamos na drea de trabalho dois geradores de fungdes, produzindo sinais senoidais. orci Figura 137 Vamos partir inicialmente de dois sinais de mesma freqliéncia e mesma fase, como mostrado na figura 138, em que analisaremos a formagio da figura resultante, ponto a ponto. Tomamos em cada instante o ponto correspondente a intensidade de um sinal e também do outro, tragando linhas de projegao que se cruzario determinando assim o local do es- ago em que ir aparecer o ponto correspondente da imagem, que serd gerada. Numerando estes pontos podemos tragar a imagem, completa que no caso é uma linha reta inclinada de 45 graus Figura 138 O que aconteceria, entretanto, se os sinais de mesma freqiién- cia estivessem defasados de 45 graus? Dependendo da desfasagem, a figura gerada mudaria de forma, adquirindo os formatos vistos na figura 139 Mas os desenhos mais interessantes se obtém quando as freqiiéncias dos sinais sdo dife- rentes, embora mantendo relagdes numéricas bem determinadas (ntimeros inteiros). Se os sinais tiverem freqtiéncias que mantenham entre si relagdes de niimeros inteiros, como 2 para 1, 3 para 2, 5 para 4, ete. as figuras que sero formadas adquirem aspectos peculiares. 126 Newton C. Braga ‘Aprenda a usar o NI MultiSim ‘Na figura 141 temos um exemplo de figura formada quando os sinais possuem uma re- lagdo de freqiiéneia de 2 para 1, sendo que o sinal aplicado na varredura horizontal é aquele que tem a freqiiéncia mais alta. "Figura 141 Sinais com as re- lagdes de freqlléncia de 3:2 © de 5:4 geram as figuras mostradas na figura 142. O mais importante disso é que através da sim- ples observaglio de uma figura formada por dois si- nais, poderemos descobrir muito de um deles, se con- hecermos 0 outro. i Figura 142 128 Newton C. Braga Para saber mais: Os leitores que tiverem dificuldades em entender a “matematica” de nossas explicagdes ou que desejarem ir além calculando 0 que devera resultar da combinagao de senéides de determinadas freqiiéncias podem procurar nos livros de Fisica informagdes no capitulo que trata de “Composigaio de MHS ou Movimentos Harménicos Simples” 8.7 - Medindo freqiiéncias e Fases com as Figuras de Lissajus Existem duas formas de trabalhar com as Figuras de Lissajous para se medir amplitude, freqiiéncia ¢ fase de sinais senoidais. a) Sinal unico Com a ajuda de um gerador de sinais senoidais ligado a uma das entradas, podemos descobrir as caracteristicas de qualquer sinal senoidal que seja aplicado na outra entrada, Este fato toma as figuras de Lissajous um importante recurso para o diagndstico de problemas em equipamentos, ou ainda para a medida de freqiiéncias sem que para isso seja necessirio usar um freqiiencimetro. Para medir a freqiiéncia de um sinal empregando as figuras de Lissajous 0 que precisa- ‘mos fazer inicialmente é aplicar o sinal desconhecido numa das entradas do osciloscépio, por exemplo a vertical. Na horizontal, vamos ligar um gerador de sinais senoidais (gerador de fungdes ou fonte de sinal — signal source do NI Multisim) e ajusta-lo até que tenhamos uma figura estvel em que possamos contar os 1ébos ou protuberancias formadas. ‘Vamos supor que, conforme mostra a figura 143, a figura formada tenha 3 ldbos na parte horizontal e dois na vertical. 2 lobos Figura 143 129 ‘Aprenda a usar oNI MultiSim ___ Sabemos que a relagao de freqiiéncias para os sinais aplicados é de 3 pata 2, Dessa forma, sé a freqiiéncia do sinal aplicado na varredura horizontal que serve como referéncia for de 1500 Hz, por exemplo, a freqiiéncia do sinal desconhecido serd de 1000 Hz. Veja, entio, que o maior cuidado que o operador que esté realizando as medidas deve ter ¢ ir ajustando vagarosamente seu gerador de sinais para que possa encontrar uma posi¢ao em que a figura tenha poucos lébos tanto na horizontal como na vertical, e assim fique facil conté-los. Uma relagao de freqiiéncias de 23 para 22, por exemplo, ndo apenas tornaria praticamente impossivel a contagem dos 16bos mas também nao poderia ser obtida com a devida estabilidade. Na figura 14 mostramos armagem obtida nesse caso. a Figura 144 Na figura 145 temos diversas figuras que so formadas para relagdes de freqiléncias mais comuns. b) Dois sinais de mesma freqiiéncia Neste caso, podemos usar as figuras de Lissajous para medir a fase entre eles. Basta aplicar os sinais nas entradas vertical e horizontal do osciloscépio (que ter o sin- cronismo interno desligado) e analisar a figura formada, que poder ser qualquer uma das que vimos no inicio de nossas explicagdes. Lembre-se: As figuras de Lissajous so sempre formadas por sinais senoidais cujas freqiiéncias estejam em relagdes de freqiiéncias que corres- pondam a nimeros inteiros. 130 Newton C. Braga Aprenda a usar 6 NI MultiSim_ 8.8 - Gerando Figuras de Lissajous no NI Multisim As figuras de Lissajous no NI Multisim tém muito mais a finalidade de se medir de- fasagem ou ainda de se mostrar como elas podem ser geradas, ja que as freqiiéncias podem ser determinadas com facilidade pelo freqiiencimetro virtual ou mesmo utilizando-se as escalas de tempo do osciloscépio.. Existem duas possibilidades para se gerar essas figuras usando os recursos do Multisim e fazendo sua visualizagao no osciloscépio virtual. A primeira consiste em se usar as fontes de sinais alternados que so ligadas ao oscilos- cépio conforme mostra a figura 146. Nessa opedo o osciloscépio deve ser ajustado para operar na modalidade A/B. As amplitudes dos sinais das duas fontes sfo ajustadas para o mesmo valor, por exemplo, 10 Ve as freqiiéneias conforme as figuras que desejamos visualizar. : Eventualmente, podemos progra- RG mar também as fases dos sinais, abrindo a caixa de opgdes dos geradores de sinais SCA alternados. Para isso, basta seleciné-los ¢ Fi re tae M1. W2 clicar com o botao direito do mouse. Na figura, mostramos como ajustar = 10:¥rims: 10 'Virms as fontes de sinais para se obter uma figura «= //#MH# fad de Lissajous com relagao 3:2, conforme ja usamos como exemplo nessa lig&o. 1 A outra opeiio consiste em se usar dois geradores de fungdes, produzindo Figura 146 sinais senoidais de mesma amplitude e freqtiéncias de acordo com o que se deseja observar. Essa opeao é mostrada na figura 147, A desvantagem do uso do gerador de fungées, esta no fato de que esse instrumento virtual no possui ajuste de fase. No entanto, também temos a possibilidade do uso dos dois instrumen- tos combinados, ou seja, um gerador de fungdes e uma fonte de sinais. E claro que também temos a possibilidade de montar um oscilador de du- plo T ou outra configuragio para operar como das fon- tes de sinais, se bem que a freqiiéncia obtida no seja exata, nesse caso, F S eae Figura 147 132 ‘Newton C. Braga Enfim, se bem que as Figuras de Lissajous consistam num recurso interessante no mundo real ¢ no mundo virtual dada a possibilidade de contarmos com instramentos apropriados para medidas de fase e freqiiéncia, elas nao se fazem to necessarias. No entanto, com finalidade didatica elas so muito importantes dai a sua incluso neste livro. Resumindo: Dois sinais de freqiéncias que estejam em freqlléncias que obedecam uma relagao de ntmeros inteiros, quando combinados, podem resultar em um sinal linioo de earacteristicas bastante interessantes ao serem visualizados num osci- loscépios, ses sinais produzem as chamadas Figuras de Lissajous que per- mitem medir as freqiiéncias, fases e determinar outras caracteristicas dos sinais. EXERCICIOS 1. Monte um circuito para observar figuras de Lissajous, semelhante ao da figura 106 obtenha: a) Imagens de sinais de freqiiéncias iguais mas defasados de 0, 45, 60,90, 135, 150 € 180 graus. Explique as imagens. b) Imagens de sinais com freqiiéneias nas relagdes 3:2 , 2:3, 7;5 , 8:3 ¢ 4: 2. Monte um circuito para observagao de Figuras de Lissajous semelhante ao da figura 107 e obtenha: a) Figuras para sinais com relagées de freqiiéncias de 5:4, 5:3, 7:9 ¢ 10:13 QUESTIONARIO 1. Que tipos de sinais devem ser usados para se obter Figuras de Lissajous 2. Qual é a forma da imagem obtida quando dois sinais de mesma freqiiéncia e amplitude, mas defasados de 90 graus so combinados? 3. Qual € a diferenca de fase entre dois sinais que produzem uma reta inelinada de 45 graus quando combinados? 4. Em que modo de operagao deve ser usado 0 osciloseépio para se observar as Figuras de Lissajous? 5. Quais sto as medidas que podem ser feitas em sinais com base nas Figuras de Lis- sajous? ‘Newton C. Braga CAPITULO 9 INSTRUMENTACAO - OUTROS INSTRUMENTOS No capitulo anterior aprendemos como us: ar o osciloscépio para a observagao das cha- madas figuras de Lissajous. Vimos que essas figuras sfo especialmente interessantes para se determinar a diferenca de fase entre dois sinais de arelagao de freqiiéncias entre dois sinais. Se bem que sua utilidade seja muito mai mundo real, ja que no NI Multisim podemos contar com instrumentos apropriados para isso, o conhecimento das técnicas descritas é muito importante para o projetista. Dando prosseguimento, veremos nesse capitulo usar alguns instrumentos adicionais do NI Multis 9.1 - Wattimetro O Wattimetro consiste na realidade num medidor de corrente ¢ um medidor de tenstio associados que for- necem num display digital o produto das duas grande~ zas medidas, considerando ainda o fator de poténcia. Assim, 0 wattimetro simplesmente calcula a poténcia a partir da formula tradicional P = V eventualmente incluindo o fator de poténcia. Para usar o wattimetro virtual do NI Mul- tisim, devemos selecioné-lo na barra de instru- mentos, arrasti-lo até a area de trabalho e fazer quatro ligagdes no componente o circuito, cuja poténcia deve ser medida, conforme mostra a figura 148. Nessa figura mostramos como medir a poténcia dissipada num resistor de 120 ohms ligado 4 uma bateria de 12 V. Clicamos sobre © instrumento para maximizé-lo e depois na chave O/I para obter a simulagao. O resultado da medida aparece entio no instrumento, con- forme mostra a figura 149. 135 mesma freqiiéneia e também para determinar ior no como ‘im, xe Figura 149 ‘Aprenda a usar o NI MultiSim ____ Veja que, como se trata de um circuito resistivo alimentado por uma fonte de corrente Continua, o fator de poténeia é 1. ‘Também ¢ importante observar que o limite para a poténcia que o wattimetro pode medir € muito alto, mas pode ser alterado. A simulagdo para a poténcia, em especial, é importante no caso de resistores em que ela pode determinar a dissipagao minima que o componente vai ter ‘num projeto real. Resumindo: © Wattimetro virtual é usado como dois instrumentos em conjunto: amperimetro (que ¢ ligado em série) e voltimetro (que é ligado em paralelo). Ble realiza 0 produto das duas grandezas para determinar a poténcia e analisa a diferenga de fase entre corrente e tensdio para fomecer também 0 fator de poténcia 9.2 - Freqiiencimetro Para medir a freqiiéncia de um sinal com o frequencimetro, basta arrastar esse instru- ‘mento, que se encontra na barra de instrumentos do lado direito, até 0 ponto desejado da area de trabalho. Clicando com 0 botio esquerdo do mouse no freqiieneimetro temos a maximizagao de seu painel para que os ajustes possam ser realizados, como mostra a figura 150. Conforme podemos ver, temos quatro possibilidades de medidas diretas e no apenas a freqiléncia do sinal, como explicamos a seguir: Newton C. Braga * Freq ~mede a freqiiéncia do sinal aplicado a entrada. * Period —-mede o periodo do sinal aplicado a entrada. * Pulse— mede a durago de pulsos aplicados a entrada. * Rise/Fall —Subida/Descida ~ mede o tempo de subida/descida de um sinal. Além disso temos botdes de opeao para o tipo de sinal AC/DC e as caixas onde programa- mos a sensibilidade do circuito de medida e tabém o ponto de disparo no sinal a ser medido. Na figura 151 mostramos como medir o sinal de um oscilador, observando-se que nao é necessario a conexo 4 terra. Go Figura 151 Observamos que 0 tempo de subida é definido para o intervalo que vai do minimo do sinal a 90% de sua amplitude ¢ 0 de descida, do maximo até 10% do minimo. Resumindo: Basta-ligar o freqiiencimetro no ponto em que se deseja analisar © sinal, ajustando-o para freqiiéncia, perfodo, pulso ou tempo de subida/descida. A indicagdo é imediata e nao é preciso ter conexdo A terra. 9.3 - Bode Plotter Um instrumento de grande utilidade, é 0 Plotter de Bode (Bode Plotter). Capaz de for- necer dados sobre 0 comportamento de um circuito num determinado espectro de frequiéncias, trata-se de instrumento ideal para se analisar a curva de resposta de filtros, amplificadores, atenuadores € outros circuitos que operam numa banda larga de freqiiéncias. 137 Aprenda a usar o NI MultiSim 9.3.1 - Como Funciona 3 leitores que estéio na eletrdnica hé mais tempo, nao vaio encontrar dificuldades em entender como funciona o Plotter de Bode ou Bode Plotter. Basta lembrar que hé algumas décadas, era muito comum 0 uso de dois instramentos no ajuste de circuitos que devessem responder somente a uma determinada faixa de frequiéncias: 0 Gerador de Varredura (Sweep Generator) e 0 Osciloscépio. O gerador de varredura produzia um sinal que mudava constantemente de freqiiéncia, varrendo um espectro onde deveria ser feita a andlise ou ajuste de um determinado circuito. 0 osciloseépio, por outro lado, permitia a vizualizago do modo como esse circuito estava se comportando e assim tornar possivel o ajuste. A configuragtio mais comum era a de ajuste de um circuito de FI de um receptor de TV que deveria deixar passar uma faixa de freqiiéncias de 4,5 MHz centralizada em 72 MHz, por exemplo, conforme mostra a figura 152 O circuito do gerador de varredura produzia constante- t mente sinais que varriam a faixa de 65 a 80 MHz, pot exem- —,, i plo, os quais eram aplicados ao circuito ressonante. Conforme f i r © sinal se aproximava da freqiténcia de ressondncia do cir- _9!¥ cuito, sua intensidade aumentava e conforme a sintonia era cate visualizada a resposta do circuito. Figura 152 Os geradores de varredura antigos eram instrumentos relativamente simples. Existiam até tipos em que a varredura de frequéncias era feita por um sistema eletromecanico’em que um capacitor varidvel tinha seu eixo girado por um motor. Nos modelos mais avangados, a varredura era feita por osciladores acoplados a varicaps. Um os- cilador de baixa freqiéncia fornece a base de varredura para visualizagdo. O Bode Plotter consiste numa evolugdo do sistema de se levantar a curva de resposta de um circuito, integrada num tinico instrumento: com recursos para se aplicar sinais numa determinada faixa de freqiéncias a um circuito ele analisa e coloca num grafico a resposta de freqliéncias desse circuito. Mais do que isso, gragas 4 presenga de microprocessadores e DSPs ele pode fomnecer informagées adicionais sobre 0 comportamento do sinal do circuito tais como desvio de fase. E claro que a presenga de um processador digital pode ainda levar a produgao de infor- ‘mages importantes nesse formato, as quais facilmente seriam armazenadas num arquivo. Uma possibilidade é a apresentagao de valores de intensidade e freqiiéncia numa tabela, 0 que torna ‘muito mais precisa uma eventual andlise de um circuito. 9.4 - O Bode Plotter do NI Mul ‘Na caixa barra de instrumentos do NI Multsim encontramos o Bode Plotter que pode ser arrastado para a drea de trabalho e depois maximizado clicando-se com 0 botao esquerdo do mouse sobre ele, conforme mostra a figura 153 Observando seu painel de controle, vemos que o Bode Plotter tem diversos botdes & 138 Newton C. Braga caixas para preenchimento com dados do tipo de prova que vai ser realizada Assim, quando desejamos fazer um grafico comum da resposta de freqiiéncia de um cir- cuito, podemos optar para que ele seja feito em fungao de freqtiéncia x intensidade (magnitude) ou freqiléncia x fase (phase) Nas caixas logo abaixo temos as faixas que devem ser varridas, isso com a op¢éio de que essa“varredura seja tanto linear como logaritmica (log ou lin). No eixo horizontal temos as freqtiéncias e no eixo vertical as intensidades que podem ser programa. Finalmente temos as opgdes: * Reverse ~ inverte a imagem — trago escuro em fundo branco. * Save — salta o grifico obtido num arquivo. * Set - ajustes — permite fixar o niimero de pontos de resolugao do grifico que vai ser obtido. at A) WO LS LS a HL @ Figura 153 © Bode Plotter possui ainda uma entrada que deve ser ligada ao gerador de sinais do proprio programa que vai fornecer os sinais de prova, conforme mostra uma simulagao de um filtro feita na figura 154, © que temos nessa figura ¢ um filtro passa-baixas com amplificador operacional, Na figura 155 temos os ajustes que devem ser feitos no Bode Plotter para se obter a curva de res- posta desse circuito. Observe que o Gerador de Fungdes é mantido no ajuste default Quando pressionamos usando o mouse o botio “magnitude”, 0 grifico projetado apre- senta a intensidade do sinal no espectro de freqiiéncias considerado. Quando pressionamos 0 botio “phase”, o grifico apresenta a fase do sinal ao longo do espectro de freqiiéncias. Na figura 156 temos a tesposta de fase do mesmo circuito 139 Aprenda a usar o NI MultiSim, anna] azo : a @ Stine: 7 Figura 154 Figura 156 140 ‘Newton C. Braga 0 Bode Plotter, conta ainda com um cursor que ajuda a medir de modo preciso, o nivel de uum sinal numa determinada freqiiéncia. Este cursor pode ser movimentado pelos botdes abaixo da tela, conforme mostra a figura 157. Por exemplo, colocando o cursor sobre a freqiiéncia de 10,633 kHz, vemos que a atenu- acao do sinal nesse ponto é de ~ 10,865 dB. Lembre-se: O grifico apresentado pelo Bode Plotter, pode estar em fungiio da amplitude ou fase do sinal. Use o cursor para realizar medidas precisas em qualquer ponto do espectro. xroi Figura 157 9,5 - Exemplo de Aplicagio Podemos tomar mais exemplo pratico de uso do Bode Plotter numa simulagao um filtro passa baixas, como o mostrado na figura 158. Nesse filtro usamos como fonte de si- ° nal um gerador senoidal comum da barra de geradores (sources). O resultado da simulagio ¢ mostrado na figura 159 Neste cireuito, a faixa de freqiiéneias analisada foi ajustada para valoresentre 1Hze 1 MHz. A entrada “In” do Bode Plotter é liga- da d entrada do filtro onde ligamos uma fonte Figura 158 141 ‘Aprenda a usar 0 NI MultiSim Ceres Figura 159 de sinal, no caso um gerador de corrente alternada de 120 V/60 Hz. A saida do filtro ligada aos terminais “OUT” do Bode Plotter. Lembre-se: ‘Com 0 Bode Plotter levantamos a curva de resposta de um circuito em fungi da intensidade ou da fase ao longo de um espectro de freqiéncias. O Bode plotter também possui um cursor que permite medir as carac- teristicas do sinal analisado em qualquer ponto do espectro. 9.6 - Conclusio - © conhecimento da curva de resposta de um circuito ¢ importante principalmente nos casos em que se projetam filtros. No entanto, essa possibilidade nao limita o uso deste vitil ins- trumento a esta categoria de circuitos. Muito mais do que isso, amplificadores, circuitos passivos de diversos tipos podem ter suas performances analisadas em fungao da freqtiéncia possibilitando assim a detecgtio de pon- tos em que ocorram anormalidades de respostas e que possam ser responsaveis por comporta- mentos indesejaveis. Um amplificador que tenha uma resposta nao linear, com picos em freqiiéncias eriticas pode eausar diversos tipos de problemas. Em circuitos de éudio, por exemplo, uma anormalidade de resposta pode ser desagradavel ao ouvido e mais do que isso, se coincidir com as freqiiéncias de ressondncias de alto-falantes, pode causar sérios problemas a esses componentes. 9.7 - Analisador de Distor¢ao Outro instrumento importante disponivel no NI Multisim, na barra de instrumentos, & 0 analisador de distorgdio. Na figura 160 mostramos sua localizago, como arrasté-lo até a area de trabalho e como maximizar o seu painel para leitura e ajustes. Vamos analisar 0 seu painel e depois ver como utilizar esse importante instrumento que permite, entre outras coisas, analisar a qualidade de circuitos amplificadores de éudio. 142 ‘Newton C. Braga Figura 160 # Comegamos pela barra de controle que possui 3 botées de ajustes: 7 THD ~— Total Harmonic Distortion — trata-se da relagdo entre a somatéria das intensidades de todas - harmOnicas presentes no sinal e a intensidade do sinal * fundamental, expressa na forma de uma porcentagem. SINAD — Significa Signal-plus-noise-plus-distor- tion to noise-plus-distortion ratio ou relagao entre a dis- > torgao do sinal mais 0 ruido € a distorgdo mais o ruido. SET — Sao os ajustes do modo como 0 teste é ° realizado. Quando clicamos nesse botao abre a tela de opgdes mostrada na figura 161. ‘Nela temos a opgao pelo modo como o teste é rea- lizado, segundo definigdes do IEEE e ANSI/TEC que dao padrées diferentes para isso. O numero de harménicas medidas e também dos pélos da Transformada Répida de Fou- rier (FFT) usada podem ser igualmente definidos. Os valores apresentados so assumidos se no for feita nenhuma outra opgao (default). Temos ainda a pedo de mostrar o resultado em porcentagem (°%) ou dB, € nos quadros programamos tanto a freqiiéncia usada para o teste, como também a resolugao. 143 Figura 161 ‘Aprenda a usar 9 NI MultiSim Para exemplificar 0 uso desse instrument, tomemos um amplificador simples para teste, que é dado como amostra (samples) no préprio Multisim, dado na figura 162. sf sn swat = e IL Sires aT ‘2N3904 or kev a dodge init 3 2 ee ‘niooiee, | cor ae ev 4 Vip = ‘oe. ive it isos 3 ‘be nar an icv. v 3 330 e je Figura 162 Observe a colocagao de uma fonte de sinais capaz. de excitar 0 amplificador na freqiléncia de teste. O resultado da simulagao com a apresentagao da taxa de distoryio harm6nica (THD) no display do medidor, € mostrado na figura 163. Figura 163 ‘Lembre-se: © uso do medidor de distorgao ¢ bastante simples. Basta ligé-lo na saida do cir- cuito ou no ponto em que se deseja analisar a distoredo e aplicar no circuito um sinal senoidal correspondente a frequéncia de teste ¢ com intensidade de acordo ‘com as condigdes em que se deseja a realizagao do teste. 144 ‘Newton C. Braga EXERCICIOS 1. Simule o circuito da figura 162, trocando os transistores de saida pelo par complemen- tar BD135/BD136 e mega: a) A distorgao harménica total (THD). ) A poténcia dissipada no resistor de carga (R3). c) A curva de resposta com o Bode Plotter. QUESTIONARIO 1. Como deve ser ligado um wattimetro para medir a poténcia dissipada num resistor? 2. O Wattimetro fornece indicagdes do fator de poténcia, ao se medir a poténcia numa carga num circuito de corrente alternada? 3. Como deve ser ligado um frequencimetro num circuito simulado? 4. Qual é a finalidade do Bode Plotter? 5. O que THD? Como podemos medi-la no NI Multisim? 145 Newton C. Braga CAPITULO 10 TRABALHANDO COM CIRCUITOS DIGITAIS No capitulo anterior estudamos mais alguns instrumentos importantes do NI Multisim. Analisamos o funcionamento do wattimetro, constatando que ele funciona como um voltimetro ¢ um amperimetro interligados, realizando célculos com as medidas feitas. Vimos 0 Bode Plotter, que possibilita o levantamento da curva de resposta de circuitos eletrénicos. Analisamos o freqiiencimetro e também o medidor de distorgaio harménica. Neste capitulo, passamos a uma nova modalidade de circuitos ¢ instrumentos. Vamos inicialmente analisar algumas simulagdes de circuitos digitais e depois verificar como os instru- mentos para medida destes circuitos podem ser usados. 10.1- A Barra de Componentes Digitais ‘Na figura 164 mostramos a barra de componentes especificados (com valores) encontrada no NI Multisim, destacamos os grupos que contém funcdes digitais. Conforme podemos ver, os componentes digitais podem ser encontrados em diversas caixas, Temos caixas para componentes TTL, CMOS, diversos, microcontroladores e micro- processadores, além de displays e teclados. Em especial nos interessam as caixas que tém os componentes TTL e CMOS DSPs, uC, uP e outros digitais 147 Aprenda a usar o NI MultiSim Na figura 165, mostramos entio a relagdo de componentes CMOS que pode ser aberta “quando clicamos em CMOS na caixa de componentes especificados. Conforme podemos ver pelo aspecto parcial da caixa de didlogo aberta, existem diversas familias CMOS disponiveis, inclusive com tensdes de alimentagao diferente, pois como sabe- mos 0 comportamento dos dispositivos desse tipo num cireuito depende da tenso de alimen- taco. Mate Deebace Figura 165 ‘Também temos a pinagem de cada componente selecionado, o que é fundamental para a claboragao do circuito. E da mesma forma que nos demais componentes, uma vez que se- Iecionemos 0 tipo a ser colocado na dea de trabalho, temos uma caixa de propriedades que nos permite mudar de posig&o, deletar e editar o proprio componente, como no exemplo dado na figura 166. Para os componentes TTL também temos uma vasta variedade de tipos disponivel, com varias subfamilias, conforme podemos ver pela figura 167. Lembre-se: As propriedades podem ser acessadas tanto pela caixa de opgdes clicando-se com 0 botio direitos como diretamente clicando-se no botio esquerdo do mouse. 148 Newton C. Braga a | lt kkk pEbE ike BREE r \§ Figura 166 Da mesma forma que no caso dos demais components, ¢ s6 selecionar o componente desejado € levi-lo para a area de trabalho. Com os botdes do mouse podemos ter tanto acesso a uma caixa de opeBes de operagdes a serem realizadas com ele, como também as suas proprie- dades. Observe que nesse caso, temos além do simbolo individual das portas, uma barra de botdes logo abaixo dele que nos permite selecionar dentro do mesmo citcuito integrado, qual das portas vai ser usada. Esta opgdo € importante pois o NI Mulstisim, conforme veremos, tem um recurso de otimizagaio das portas de modo a se utilizar o minimo de circuitos integrados num projeto. Observamos ainda, que a quantidade de componentes disponiveis varia, conforme a verso do NI Multisim, Existem ainda recursos para que o leitor acrescente outros componentes 4 sua lista. 149 Aprenda a usar 0 NI MultiSim Lembre-se: Ao selecionar uma fungao digital, a caixa de propriedades fornece informagGes sobre sua pinagem e simbolo. 10.2 - Simulago Digital Para a simulacio de circuitos digitais, devemos levar em conta que os projetos podem envolver légica sincronizada e nao sincronizada. ‘Na logica nao sincronizada, normalmente temos um fiuxo ‘inico de sinais que no de- pendem de sineronismo ou da existéncia de um clock. So as configuragdes mais simples como seqtienciais, timers, contadores simples, etc. Na l6gica sincronizada, precisamos de um clock que sincronize as operagdes das diver- sas etapas do circuito quando, por exemplo, diversos sinais devem ser combinados num tinico circuito de processamento e precisam chegar a ele ao mesmo tempo. Para a simulago dos circuitos, precisamos além disso usar recursos que nos permitam aplicar os sinais desejados as suas entradas. Quando eles nfo sto gerados no proprio circuito, também ver 0 que ocorre nas saidas. Existem diversas opgdes para isso, indo das mais simples que usam indicadores visuais ou mesmo instrumentos de painel, até as mais complexas que usam os sofisticados instrumentos, da barra de instrumentos do NI Multisim, Analisemos algumas possibilidades. 150 ‘Newton C. Braga 10.3 - Gerando os Sinais de Prova com Chaves e Usando Indicadores Para gerar os niveis l6gicos que vao excitar os circuitos numa simulagao, temos diversas possibilidades. ‘A mais simples, consiste em se usar chaves ou sensores de modo a simular os-niveis I6gicos, numa entrada de circuito Iégico e colocar na sua saida indicadores (probes) que podem ser obtidas na caixa de indicadores de painel, conforme mostra a figura 168. Nesta caixa temos 5 tipos de indica- dores luminosos (Probe), com as seguintes caracteristicas: * Probe ~ acende sem cor, apenas com 0s raios aparecendo quando ativada. * Blue Probe — indicador azul. * Green Probe ~ indicador verde. * Red probe — indicador vermelho. * Yellow Probe — indicador amarelo. . Na versio default, estes indicadores acendem quando a tensio chega aos 2,5 V, mas este valor pode ser mudado, conforme a aplicagdo. Para um circuito TTL, esse valor ‘| - serve, pois est no meio da faixa indefinida, na Figura 168 transigdo do nivel baixo para o alto. O interessante no uso desses indicadores é que eles tém apenas um terminal que é conecta- do no ponto em que se deseja detectar uma tens. O outro terminal nao precisa ser ligado, pois, assume-se que a tensio é indi- cada com referéncia 4 terra, Ce Meee. x8 Assim, podemdscomegar simulando um circuito Iégico que nos permite ver como fun- ciona uma porta NAND TTL : de duas entradas, mostrada na ° figura 169. Podemos simular o fun- cionamento, ativando a chave O/Le depois usando as teclas A eB para colocar os niveis logi- cos nas entradas. Quando A é fechada, por exemplo, X2 acende indicando 25¥ UIA! 7000: Figura 169 151 Aprenda a usar o NI MultiSim, nivel alto. Combinando as entradas podemos ver exatamente como funciona a porta NAND de dias entradas, Lembre-se: Ao se usar 0s indicadores luminosos (probe) ligue apenas um dos terminais ao circuito e programe a tensdo de acendimento, caso 0 valor default nao sirva para a simulagio, Outra possibilidade de dispositivo indicador, consiste em se usar Lampadas, conforme mostra o circuito dado como exemplo na figura 170, Nessa figura temos a mesma simulagao de funcionamento de uma porta NAND de duas entradas. A lampada esta na caixa M de componentes basicos, x1 vid aia SW a & i i cd " ‘xe v1 Key= S| : Sv Re av Ww Pee ea SvAW = Figura 170 Com as teclas A e B podemos abrir e fechar as chaves de entrada simulando assim os niveis alto ¢ baixo. As lampadas indicadoras foram programadas para operar com 5 V. Na figura 171, temos a mesma fungao simulada com LEDs. Também podemos verificar 08 niveis légicos utilizando as teclas A e B Na simulagiio de circuitos I6gicos com LEDs, Bargraphs e Displays de 7 seementos importante observar o valor do resistor que vai ser ligado em série para limitar a corrente. Por exemplo, na simulago que mostramos na figura 171, o uso de resistores de | k (que na pratica faz com que 0 LED acenda, se bem que com brilho fraco), na simulagao com o NI Multsim nao resulta em corrente para o seu acendimento. Assim, para um TTL com 5 V, o indicador com LED deve fazer uso de resistores de 330 olims em série, para limitagtio de corrente. 152 Newton C. Braga uiA rs [ 3300 44 TAO peop aac OL a : SLEDS Sy Pees 23300 oP a s vx Figura 171 Lembre-se: ‘Ao usar leds ¢ indicadores de 7 segmentos, escolha o valor apro- riado para o resistor limitador de corrente (ligado em série), pois caso contrario eles no acenderao na simulagao. Na figura 172 temos um exemplo de seqtiencial que pode ser testada com uma barra de LEDs. A barra de LEDs é obtida na caixa de diodos (componentes especificados), Veja que usamos uma barra de 10 LEDs, se bem que existam outras disponiveis. Clicando-se na chave de simulago O/1, 0s LEDs da barra vio correr, indieando o perfeito fancionamento do circuito. UIA U2 LED) 40dsee Sy ie Oscilador de Clock Contaden/DWvisor par-10: Figura 172 153 Aprenda a usar o NI MultiSim Uma barra como a mostrada nesta figura pode ser usada para se elaborar uma tabela verdade de um circuito que tenha muitas entradas, com parte dos LEDs usados na entrada e um deles na saida. Para a utilizagaio de displays, podemos ter configuragdes como a mostrada na figura 173. [pee Geng one { De sgisee tg Daveecion 7/0 ane Figura 173 ‘Analisemos este circuito, para que o leitor se familiarize mais com as técnicas de projeto digital no NI Multsim. ‘A freqtiéncia do clock € escolhida de acordo com a velocidade da simulagao. Com esse valor, como temos um fator de simulagio, podemos ver perfeitamente os niimeros correndo no display. Se 0 leitor quiser pode alterar a freqiiéncia do clock para ver como ela influi na simu- Iago. ‘Achave Enable (habilitagiio) ¢ controlada pela tecla E. Quando atuamos sobre ela, habili- tando a contagem, os ntimeros correm no display. Ao abrir a contagem € interrompida. Achave Clear, controlada pelo botio C, zera o circuito, ou seja, leva o valor mostrado no display a zero. ‘Temos finalmente a chave Direction Up/Down (sentido crescente ou decrescente), que ¢ controlada pela tecla D, que permite selecionar 0 modo de contagem. 154 Newton C. Braga Veja ainda que 0 circuito, o terra e a alimentagdo de 5 V nfo existem (ndio ha terminal). Para fazer a simulacio é preciso colocar esses dois pontos no circuito, sem necessiriamente que isso seja através de uma bateria, Com esse procedimento, os circuits TTL colocados na drea de trabalho assumem auto- maticamente essa alimentagio, quando na simulagao do funcionamento. Lembre-se: Alimente sempre os circuitos digitais colocando as fontes apropria- das na area de trabalho, Observe se o circuito necesita de clock, escolhendo um apropriado a aplicagiio. ‘Uma configuragdo muito mais complexa, que serve de exemplo para que o leitor perceba todo potencial do NI Multsim, é a mostrada na figura 174 e que consiste num contador de dé- cada. Esse contador, esté no proprio banco de circuitos de amostra (samples — educational) do NI Multisim, figura 174, Ao se ativar a simulagdo, o cireuito conta até 10, com o resultado da contagem apresen- tado no display ¢ existe um indicador de carry-out (vai um), que € ativado quando 0 circuit chega ao 9 ¢ passa novamente ao 0. lwee Lcecmee cal Siar space pet lg Figura 174 155 ‘Aprenda a usar o NI MultiSim ‘Veja que nesse cireuito usamos tanto um display de 7 segmentos como indicadores lumi- nosos (probe) para monitorar 0 estado das chaves de controle. Lembre-se: Vocé pode usar diversos tipos de indicadores num mesmo circuito, dependendo apenas do que vocé deseja visualizar. 10.4 - Outros Indicadores ‘Além dos indicadores de 7 sezmentos que podem também ser encontrados em versoes de 2 digitos (00 a 99) temos também os indicadores al- | fanuméricos como o mostrado na figura 175. | Esse tipo de indicador esté na barra “indi- cators”, sendo usado da maneira convencional, com os pinos correspondentes aos segmentos perfeitamente identificados. deve-se apenas estar Figura 175 atento para a polaridade, pois como os displays de 7 segmentos eles podem ser de anodo ou catodo comum, 10.5 - Advanced Peripherials (Periféricos Avangados) ‘Vamos finalmente, a caixa de periféricos avancados, onde encontramos indicadores que podem ser usados com circuitos légicos e também com outros tipos de circuitos, principalmente para projetos envolvendo controles industriais. Clicando-se no icone correspondente, abrimos a caixa de didlogo mostrada na figura 176. ‘Além de teclados, LCDs e terminais (que nao estio disponiveis em todas as verses do NI Multisim) temos os MISC_PERIPHERIALS, ou perféricos diversos, com uma lampada i dicadora que pode ser usada exatamente como a que vimos neste item na caixa (CONVEYOR BELT HOLOING_ TANK Newton C. Braga Dentre os periféricos diversos desta caixa, também destacamos a presenga de seméforos que podem ser usados em projets diditicos bastante interessantes. Observamos também que, conforme outros recursos do NI Multisim, sua quantidade na caixa corespondente depende da versio do programa. 10.6 - Bargraph E um indicador luminoso importante, que pode ser usado em circuitos digitais (para in- dicar 0 nivel de saida de um conversor D/A, por exemplo). Sua aplicagio basica é com sinais analégicos. bargraph, tem duas caracteristicas importantes, que devem ser definidas numa apli- cago e que sao obtidas ao se abrir a janela de propriedades, Para a programagao, clique com 0 botiio esquerdo no bargraph selecionado, abrindo assim a caixa mostrada na figura 177. By L¥L_BARGRAPH Figura 177 * Full scale voltage ~ tensio de fundo de escala ~ ¢ a tensdo que faz com que todos os LEDs acendam (100%). * Internal resistance ~ resisténcia interma — é a resisténcia apresentada pelo dispositivo num circuito, i: Na figura 178, temos um circuito de demonstragao do funcionamento de um dos in- dicadores bargraph disponiveis no NI Multisim que podem ser encontrados na caixa Indicators (indicadores). Neste circuito, usamos na simulaga0 0 teclado para atuar sobre © potenciémetro au- mentando ¢ diminuindo a tensdo aplicada ao indicador. Um outro eireuito, que faz uso de um gerador de fmgoes Agilent, permite uma atuacao direta sobre o seu controle de intensidade (seta). Girando esse controle com 0 mouse, por exem- 157 Figura 178 Aprenda a usar 0 NI MultiSim plo, veremos o bargraph indicar a amplitude do sinal que est sendo produzido. Este circuito & mostrado na figura 179. ut iN4148 |“ LVL_BARGRAPH ig | jr uF | Controle St nase |i a. afer) (re) (ee Figura 179 Observe que um indicador bargraph no é 0 mesmo que uma barra de LEDs. A barra de LEDs é formada por um conjunto de LEDs independentes, com acesso a cada um de seus, terminais. bargraph consiste num circuito que faz o acionamento inteligente dos LEDs formando uma barra a partir de um sinal tinico de entrada. O comprimento da barra acesa vai depender da tensdio de entrada. Lembre-se: Os bargraph (indicadores luminosos de barra mével consistem numa alternativa interessante para monitoramento de sinais numa simulagio. 158 Newton ©. Braga 10.7 - Fontes de Clock Nos circuitos sincronizados e em outros casos é preciso contar com um sinal de clok. Por exemplo, num contador podemos precisar do sinal de clock, tanto para sincronizar o circuito, como para simular 0 processo de contagem. Na prdtica, temos varias opgdes para obter sinais de clock numa simulagao com o Mul- tisim. Podemos usar o gerador de fungdes, ou mesmo, montar o préprio circuito com que 0 projeto final va operar. No entanto, para uma simples simulagao ou verificagao de funcionamento, podemos usar ‘uma das fontes de sinais disponiveis na caixa de fontes (source) do NI Multisim. No caso, con- tamos com fontes de clock de corrente ou tensio, conforme mostra a figura 180. Figura 180 ‘Como nos casos dos demais componentes, clicando com 0 botdo esquerdo do mouse, podemos acessar a caixa de propriedades e mudar tanto a freqiiéncia como a tensao. A mudanga de tensdo, permite seu uso com circuitos Iégicos de diferentes familias. Lembre-se: ‘Na caixa source encontramos fontes de sinais retangulares que ‘podem ser usadas em circuitos digitais como clock. 159 ‘Aprenda a usar o NI MultiSim ‘Na figura 181 mostramos como usar uma fonte de sinais de clock num seqiténcial com 0 circuito integrado 4017. 4 U2 LED! ‘4017P_S¥ IK Contader/Divisor por 10 Figura 181 EXERCICIOS 1, Simule um circuito seqiiencial com 0 4017 usando na saida; a) indicadores luminosos (probe). b) Barra de LEDs. c) Lampadas. d) LEDs comuns. e) Use diversas fontes de sinais de entrada (clock). QUESTIONARIO 1. Na pratica um circuito integrado CMOS, nao consegue excitar uma lémpada, mas na simulagao sim. Explique. 2. B preciso ligar dois terminais de alimentagio, nos indicadores luminosos tipo Probe? Expliqne. 3. Qual deve ser o valor de resistor tipico para se ligar em série com um LED, numa simulago com circuitos integrados TTL? 4. Qual a diferenga entre um bargraph e uma barra de LEDs? 5. No circuito da figura 181, 0 que ocorre, se, em lugar de programarmos o bargraph para ‘uma resisténcia interna de 500 k, usarmos apenas 500 ohms, como na opgao default? 160 Newton C. Braga CAPITULO 11 INSTRUMENTOS DIGITAIS AVANCADOS No capitulo anterior, vimos como é possivel projetar e desenvolver circuitos digitais no NI Multisim, testando-os com indicadores e usando fontes de sinais simples, Analisamos os in- dicadores luminosos, LEDs, limpadas, displays ¢ também fontes de clock, o gerador de fun¢ao muito mais, No entanto, na barra de instrumentos do NI Multisim existem instrumentos sofisticados especificos para 0 trabalho com circuitos digitais. E justamente deles que vamos tratar a seguir. E claro que o uso destes instrumentos, ndo descarta outros recursos que o NI Multisim possui, como 0 uso do osciloscépio, gerador de fungdes, freqiencimetro e muito mais. Os in- strumentos digitais sio complemenios sofisticados, que possibilitam uma andlise muito mais completa do que ocorre num circuito. 111-0 Analisador l6gico O analisador légico nada mais é, do que um oseiloscépio especificamente eriado para anilise de sinais digitais. No caso do NI Multisim, o analisador Iégico de 16 canais pode ser acessado na barra de instrumentos e artastado para a rea de trabalho, onde aparece seu simbolo simplificado, conforme mostra a figura 182. Clicando nesse simbolo com 0 botio esquerdo do mouse, temos a abertura de uma tela com seu aspecto real destacando-se a tela e 0 painel de controle. O que o analisador faz, é apresentar simultaneamente até 16 sinais légicos, determinados ou nao por um clock tinico. Para entender bem como funciona este instrument, vamos supér, que desejamos analisar 0s sinais lagioos de todas as saidas de um circuito seqiiencial, como o mostrado na figura 183 Este circuito, j4 utilizado outras vezes neste livro tem sinais de saida do tipo I de 10, em que a cada ciclo de clock, uma saida vai ao nivel alto, voltando a anterior ao nivel baixo. Observamos que a utilizacdo desse instrumento é dinémica, ou seja, como no caso do os- ciloscépio a geragdo da imagem muda constantamente, mas isso nao significa que ela nfo possa ser paralizada e salva para uma posterior andlise, utilizando-se para essa finalidade, a chave Saye ou mesmo desligando-se o interruptor geral O/I no momento certo. Observe como o analisador légico é ligado neste circuito, em que, 10 de suas entradas sertio utilizadas, pois vamos observar 10 sinais. A entrada“ é a que vai determinar o clock de observacao dos sinais. 161

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