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Vantagens/Desvantagens de Nano (Parte I) – Perguntas (2011-2015)

• Exemplos de nanomateriais/nanopartículas justificando quais as suas potencialidades e


em que medida contribuem para um “mundo melhor”. Quais os receios que estes
materiais inspiram bem como as medidas a tomar para os ultrapassar?
• Explique porque é que as nanopartículas têm propriedades diferentes das
micropartículas com a mesma composição química, indicando vantagens e
desvantagens (com exemplos) dessas diferenças.
• Indique (justificando) algumas das propriedades dos nanomateriais que não se
observam à escala macro.

Vantagens/Desvantagens de Nano (Parte I) – Respostas

Exemplos de nanomateriais e suas aplicações:


• Fulereno – “nanobola” constituída por 60 átomos de carbono; pode encapsular
átomos, moléculas, medicamentos e outros compostos; a sua ínfima dimensão permite
que seja inserida nos núcleos celulares. Usado como antioxidante; libertam os
medicamentos apenas nas zonas do corpo em que existe infeção (reconhecendo o pH
diferente dessas zonas). Desvantagens: apresentou atividade microbiana deixando as
águas dos tanques mais cristalinas, no entanto, acumulou-se nas brânquias dos peixes,
aumentando a peroxidação lipídica no seu cérebro em apenas 48 horas. Medidas a
tomar: diminuir a toxicidade modificando a superfície da nanoestrutura – Fulereno
funcionalizado com albumina (diminuição da toxicidade do nanotubo é obtida através
da sua oxidação).
• Nanotubos de carbono – possuem ligações tão fortes quanto as do diamante; são
flexíveis e podem ser entrelaçados como tecidos; são condutores (ou não) de
eletricidade; servem para encapsular elementos químicos ou medicamentos; podem
ser funcionalizados.
• Pontos quânticos – utilizados em imagiologia e telecomunicações.
• Grafeno – extremamente resistente, flexível, excelentes propriedades térmicas,
impermeável, condutividade elétrica 100x superior à do cobre. Usado nas baterias.
Propriedades nano vs. macro:
• Reduzida massa;
• Enorme área superficial (maior interação, maior reatividade e atividade biológica);
• Efeitos quânticos (afetam propriedades elétricas, óticas e magnéticas);
• Comportam-se como gases (podem ficar suspensas durante semanas);
• Dispersam-se rapidamente (podem ser “veículos de transporte”);
• Aglomeram-se facilmente;
• Efeitos na saúde são pouco conhecidos.

Problemas da nanotecnologia:
O facto de as nanopartículas serem do mesmo tamanho dos componentes celulares sugere
que estas podem iludir as defesas naturais e danificar as células;
Estudos revelam que:
• As nanopartículas atravessam a parede celular;
• Penetram facilmente a pele;
• Originam toxicidade a nível respiratório;
• Podem deslocar-se para outros órgãos.

Receios que a nanotecnologia “levanta”:


• Os estudos toxicológicos realizados com micropartículas não são válidos para
nanomateriais;
• Quão estáveis são as nanoestruturas? Quais os subprodutos gerados pela degradação
destas estruturas? Através de que meio penetram no ambiente? O que acontece às
partículas quando chegam ao ar, água, solo?
• É necessário conceber novas formas de eliminação de resíduos que sejam adequadas à
eliminação de resíduos nano;
• Quais os riscos de exposição para o ser humano? Será que os animais descrevem bem
os riscos humanos?
Informação dos artigos (parte I):

“Todavia, e surpreendentemente, os problemas mais graves que advêm da inalação destas


partículas não são respiratórios, mas sim cardiovasculares e neurológicos, relacionados com
o stress oxidativo por elas induzido.”

“De entre as nanopartículas sintéticas, as mais famosas são provavelmente os fulerenos


(buckyballs), os nanotubos e os pontos quânticos (quantum dots). Estas nanopartículas
exibem normalmente propriedades mecânicas, óticas, magnéticas e químicas muito distintas
das partículas com a mesma composição, mas de maior tamanho, em consequência da
enorme área específica (área por unidade de volume, ou massa) que possuem. Com efeito,
devido ao seu diminuto tamanho, a fração de moléculas ou átomos à superfície é enorme,
assumindo, por isso, os fenómenos de interface extrema relevância. Implica isto uma maior
oportunidade de interação, logo maior reatividade e atividade biológica. Todavia e não
obstante a importância que estas partículas vêm assumindo, atualmente muito pouco se sabe
ainda sobre a sua biodisponibilidade, biodegradabilidade e toxicidade.”

“Conforme referido, em resultado do reduzido tamanho destas partículas e consequente


aumento da sua área específica, elas tornam-se muito reativas, podendo facilmente penetrar,
por exemplo, na pele ou serem inaladas e depositadas nos pulmões, entrando na corrente
sanguínea e distribuindo-se rapidamente pelo corpo humano.”
Medição (Parte VII) – Perguntas (2011-2015)
• Explique porque é tão complexa a medição do tamanho de partículas.
• Que tipo de contadores de partículas conhece? Descreva o princípio de funcionamento
dos mais adequados para nanopartículas.
• Que tipo de técnicas/equipamentos conhece para medir partículas suspensas no
ar? Descreva resumidamente uma delas.
• As técnicas de análise granulométrica baseadas na dispersão laser podem dividir-se em
dois grandes grupos: a dispersão estática e a dispersão dinâmica. Qual a mais adequada
para nanopartículas? Explique o respetivo funcionamento, vantagens e desvantagens.
• Explique sucintamente quais são as principais diferenças entre as técnicas TEM,
SEM e AFM. Indique vantagens e desvantagens de cada uma na análise de
nanomateriais. De que maneira as técnicas SEM e AFM se complementam?

Medição (Parte VII) – Respostas (artigo em português)


Quanto à sua medição, é desde já de salientar que não existe nenhum método
universal para medir o tamanho de partículas em geral, não sendo exceção as nanopartículas.
Pelo contrário, e como já referido, existem demasiados métodos alternativos. Para dificultar,
os métodos de medida são normalmente métodos indiretos, isto é, não medem diretamente o
tamanho, mas sim uma propriedade das partículas que está relacionada com o seu tamanho.
Alias, “tamanho” é também um termo ambíguo, sobretudo quando se analisam partículas
irregulares. Para ultrapassar este problema, recorre-se frequentemente ao conceito de
“diâmetro esférico equivalente”, definido como o diâmetro da partícula esférica que se
comporta da mesma maneira que a partícula real quando medida nas mesmas condições. No
caso de partículas submicrométricas suspensas no ar, um dos diâmetros equivalentes mais
comuns é o “diâmetro aerodinâmico”, definido como o diâmetro da partícula esférica de
densidade unitária que tem a mesma velocidade de sedimentação que a partícula em questão,
ou por outras palavras, o mesmo comportamento inercial. Contudo, à medida que o tamanho
diminui (<100 nm), o comportamento da partícula é progressivamente dominado por
fenómenos de difusão. Assim, na gama das nanopartículas é mais apropriado usar
diâmetros associados à mobilidade das partículas, definidos como o diâmetro da esfera
com a mesma mobilidade da partícula, a qual é dada pela razão entre a velocidade da
partícula e a força externa a que está sujeita.
De entre os instrumentos mais usados para contagem de partículas
submicrométricas, destacam-se os contadores óticos (Optical Particle Counters,
abreviadamente OPCs), baseados na medição da quantidade de luz dispersa pelas partículas
individualmente quando estas atravessam um feixe de luz extremamente focalizado. Contudo
estes aparelhos têm um diâmetro de corte demasiado elevado para poderem ser usados na
caracterização de nanopartículas. Por isso surgiram os designados Condensation Particle
Counters (CPCs) capazes de medir a concentração de partículas em número (isto é, numero
de partículas por cm3) até alguns nanómetros de diâmetro, praticamente em tempo real, o
que revela bem a sua sensibilidade. São baseados no crescimento de partículas por condensação
de um vapor à sua superfície de modo que estas atinjam um tamanho suficiente para serem
detetadas usando métodos óticos. As partículas são continuamente arrastadas por uma corrente
de ar em escoamento laminar para uma câmara saturada com um vapor (álcool (butanol) ou
mesmo água) até atingir o equilíbrio térmico, seguindo depois para uma camara de menor
temperatura onde as partículas atuam como núcleos de condensação. O limite inferior de
deteção depende do vapor usado e da sua temperatura (a qual determina a sobressaturação)
bem como do caudal de amostragem e da configuração do equipamento. Devido à atmosfera
sobressaturada, a sua resposta é insensível à composição das partículas (o que impede, por
exemplo, a distinção entre as nanopartículas sintéticas e as de outras origens).

De entre os instrumentos mais utilizados para determinar distribuições de tamanhos


(em base numérica) na gama nanométrica destacam-se os Classificadores Eletrostáticos
também designados Analisadores de Mobilidade Elétrica mais conhecidos pela sigla inglesa
DMA. Consiste basicamente em dois elétrodos cilíndricos concêntricos, sendo o elétrodo
interno normalmente mantido a uma voltagem negativa (que pode oscilar entre 1 V e 10 kV),
e o externo ligado à terra. As partículas a analisar, na forma de aerossol e eletricamente
carregadas, são introduzidas no topo do classificador, adjacentemente ao elétrodo exterior.
Paralelamente é introduzida uma corrente de ar isenta de partículas (cujo caudal é tipicamente
10 vezes maior que o das partículas). Ambas as correntes se deslocam axialmente entre os
elétrodos, em movimento laminar, no sentido descendente. O campo elétrico estabelecido
entre os elétrodos faz com que as partículas carregadas positivamente migrem para o
elétrodo interno, atravessando a corrente de ar, seguindo distintas trajetórias e depositando-
se em distintos pontos ao longo do elétrodo. A distância axial a que as partículas encontram
o elétrodo é função da sua mobilidade elétrica que, por sua vez, está relacionada com o
tamanho. Partículas com elevada mobilidade elétrica (menor tamanho) “precipitam” na parte
superior do elétrodo, enquanto que, ao contrário, as de menor mobilidade elétrica” precipitam”
na parte inferior. O elétrodo interno possui uma pequena ranhura junto da base, onde apenas
entram partículas com uma dada mobilidade elétrica. Estas partículas são posteriormente
transferidas para um contador de partículas que determina a sua concentração em número.
Dado que a ranhura é estreita, as partículas que a conseguem atravessar têm mobilidades
elétricas semelhantes, logo tamanhos muito próximos, ou seja, são praticamente
monodispersas. As restantes partículas são retiradas na base conjuntamente com a corrente de
ar. Para obter outra fração de tamanhos basta variar a voltagem aplicada ao cilindro interno.
Repetindo este processo diversas vezes consegue determinar-se a distribuição de tamanhos
da amostra inicial (polidispersa) e, simultaneamente, obter diversas frações de partículas
monodispersas (daí a sua designação de “classificador”), as quais poderão ser posteriormente
alvo de estudo mais pormenorizado (composição, forma, etc.).

Informação dos PowerPoint:


Os dois tipos de microscópios eletrónicos mais comuns são:
SEM (Scanning Electron Microscope) – O feixe de eletrões é condensado num feixe de
pequena espessura que é rastreado (varrido) sobre a superfície do objeto. A imagem é formada
pelos eletrões que se desprendem da amostra e são coletados num detetor originando uma
imagem topográfica da amostra normalmente sem informação sobre a sua estrutura interna.
• Neste sistema, usa-se um feixe de eletrões extremamente estreito para varrer o
espécime, isto é, ele é movido para frente e para trás, fazendo com que a amostra emita
eletrões (eletrões secundários).
• Estes eletrões secundários são responsáveis pela formação da imagem que é construída
em sequência no tempo, à medida que o material é “varrido”.
• Para que a amostra emita eletrões é necessário vaporizar sobre ela uma fina camada de
metal pesado, por exemplo ouro, que aumenta sua capacidade de reflexão de eletrões.
• Dado que os eletrões são facilmente deflectidos pelas moléculas de gás, é necessário
manter o vácuo na coluna.

TEM (Transmission Electron Microscope) – pelo contrário, produz uma imagem da totalidade
do objeto, incluindo a superfície e a estrutura interna. O feixe de eletrões interage com a
amostra à medida que passa através da espessura da amostra.
• A fonte consiste num filamento metálico tornado incandescente pelo efeito de Joule.
Este encontra-se inserido num campo elétrico em que os eletrões emitidos pelo
filamento são atraídos para um alvo (perfurado centralmente) a elevada velocidade. Os
eletrões que passam através deste orifício, constituem um feixe apertado, mas de
tendência divergente.
• Este feixe é condensado pela lente condensadora e incide sobre a preparação a ser
examinada (espécime).
• Ao atravessar a preparação, os eletrões são desviados uns mais do que outros. O feixe
de eletrões com os desvios introduzidos pela preparação, é dispersado pela lente
objetiva.
• Não sendo a nossa visão sensível aos eletrões, a imagem é projetada sobre um écran
fosforescente de Sulfureto de Zinco. Neste, os pontos onde embate um eletrão, emitem
fotões. Possibilitando a visualização da imagem. Esta imagem pode ser projetada sobre
uma película fotográfica ou ainda captada por um sistema de vídeo e posteriormente
digitalizada por um computador.
AFM
• O seu princípio de funcionamento é muito simples, e sua melhor propriedade – não
compartilhada com nenhum aparelho de observação nessa escala – é a visão dos objetos
em três dimensões.
• O AFM é composto basicamente por uma ponta (tip) na extremidade de uma alavanca
(cantilever) que varre a superfície da amostra em estudo.
• Mede a força de interação entre os átomos da ponta e os da superfície, e os resultados
são transformados em imagens da amostra, com a ajuda de recursos computacionais.
Dispersão estática (SLS) – medição da intensidade da luz dispersada pelas partículas em
função do ângulo de dispersão durante um dado intervalo de tempo.
Dispersão dinâmica (DLS) – medição da intensidade da luz dispersada pelas partículas em
função do tempo para um dado ângulo. Adequada para partículas submicrométricas.
• Esta técnica consiste em fazer incidir um feixe de luz polarizada num conjunto de
partículas suspensas num meio liquido. •
• Quando as partículas são iluminadas por um laser, a intensidade da luz dispersa medida
por um detetor, posicionado num dado ângulo (tipicamente 90º ou 175º) flutua devido
aos seus movimentos brownianos (nanopartículas sujeitas a movimentos brownianos
devido ao seu pequeno tamanho).
• Estas flutuações contêm toda a informação acerca da hidrodinâmica da partícula,
designadamente o coeficiente de difusão translacional, a partir do qual se calcula o
tamanho médio das partículas.

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