Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
EMENTA
Documento: 724869 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 12/11/2007 Página 1 de 13
Superior Tribunal de Justiça
ACÓRDÃO
Documento: 724869 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 12/11/2007 Página 2 de 13
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 21.805 - MG (2007/0185304-2)
RELATÓRIO
Documento: 724869 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 12/11/2007 Página 3 de 13
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 21.805 - MG (2007/0185304-2)
EMENTA
VOTO
Documento: 724869 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 12/11/2007 Página 5 de 13
Superior Tribunal de Justiça
formação de quadrilha, pois seria integrante de grupo hierarquicamente
organizado com o fim de praticar fraudes por meio da Internet, consistentes
na subtração de valores de contas bancárias, em detrimento de diversas
vítimas.
III. Os autos revelam a forma de atuação do paciente,
demonstrando indícios suficientes da materialidade e da autoria dos fatos,
mediante interceptações telefônicas e quebras de sigilo, bem como através
de documentos e do próprio computador apreendido.
IV. Não há ilegalidade na decretação da custódia cautelar do
paciente, tampouco no acórdão confirmatório da segregação, pois a
fundamentação encontra amparo nos termos do art. 312 do Código de
Processo Penal e na jurisprudência dominante.
V. A situação em que foram perpetrados os delitos imputados
ao réu enseja a possibilidade concreta de reiteração criminosa, tendo em
vista que o crime é praticado via computador, podendo ser cometido no
interior do próprio lar, bem como em diversos locais, sem alarde e de forma
ardilosa, indicando necessidade de manutenção da custódia cautelar.
Precedentes.
VI. Condições pessoais favoráveis do agente não são
garantidoras de eventual direito subjetivo à liberdade provisória, se a
manutenção da custódia encontra respaldo em outros elementos dos autos.
VII. Ordem parcialmente conhecida e denegada."
(HC 61512/RJ, 5ª Turma, Rel. Min. Gilson Dipp, DJU de
05/02/2007).
.
"HABEAS CORPUS . DIREITO PROCESSUAL PENAL.
TRÁFICO DE ENTORPECENTES. PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE
PROVISÓRIA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NULIDADE DO FLAGRANTE.
INOCORRÊNCIA.
1. Não se conhece de habeas corpus cuja matéria não se
constituiu em objeto de decisão da Corte de Justiça Estadual, pena de
supressão de um dos graus de jurisdição.
2. Em nada compromete a flagrância do crime o fato da
apreensão de mais de 6 kg de cocaína ocorrer já na posse de quem a
recebera das mãos do transportador, sendo induvidosamente legal a prisão
de todos, mormente quando persiste a atualidade do fato, assegurada pela
presença contínua de todos os agentes do crime.
3. Ordem parcialmente conhecida e denegada."
(HC 54055/GO, 6ª Turma, Rel. Min. Hamilton Carvalhido,
DJU de 05/02/2007).
Sob outro prisma, a Augusta Corte tem concluído pela negativa da liberdade
provisória calcando a diretriz de tal entendimento, também, no art. 5º, inciso XLIII, da Carta
Magna. É que proibida constitucionalmente a concessão de fiança para crimes hediondos e
assemelhados (tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo), inexiste razão
para que se possa questionar a liberdade provisória cuja proibição está exposta no art. 44 da Lei
nº 11.343/06. Por exemplo, a douta fundamentação no voto-condutor (Relator o e. Ministro
Sepúlveda Pertence) do HC 83.468-0/ES, da e. 1ª Turma do Pretório Excelso, verbis:
"(...)
De outro lado, é certo que a L. 11.464/07 - em vigor desde 29.03.07 - deu
nova redação ao art. 2º, II, da L. 8.072/90, para excluir do dispositivo a expressão “e
liberdade provisória”.
Ocorre que – sem prejuízo, em outra oportunidade, do exame mais detido
que a questão requer -, essa alteração legal não resulta, necessariamente, na virada da
jurisprudência predominante do Tribunal, firme em que da “proibição da liberdade
provisória nos processos por crimes hediondos (...) não se subtrai a hipótese de não
ocorrência no caso dos motivos autorizadores da prisão preventiva” (v.g., HHCC 83.468,
1ª T., 11.9.03, Pertence , DJ 27.2.04; 82.695, 2ª T., 13.5.03, Velloso , DJ 6.6.03; 79.386, 2ª
T., 5.10.99, Marco Aurélio , DJ 4.8.00; 78.086, 1ª T., 11.12.98, Pertence , DJ 9.4.99).
Nos precedentes, com efeito, há ressalva expressa no sentido de que a
proibição de liberdade provisória decorre da própria “inafiançabilidade imposta pela
Constituição” (CF, art. 5º, XLIII).
(...)".
Documento: 724869 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 12/11/2007 Página 1 2 de 13
Superior Tribunal de Justiça
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUINTA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro FELIX FISCHER
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. ÁUREA MARIA ETELVINA N. LUSTOSA PIERRE
Secretário
Bel. LAURO ROCHA REIS
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : LUIZ FELIPE NEDER SILVA (PRESO)
ADVOGADO : FERNANDO COSTA OLIVEIRA MAGALHÃES E OUTRO(S)
RECORRIDO : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
ASSUNTO: Penal - Crimes contra a Pessoa (art.121 a 154) - Crimes contra a vida - Homicídio ( art. 121 ) -
Tentado
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, conheceu parcialmente do recurso e, nessa parte, negou-lhe
provimento."
Os Srs. Ministros Laurita Vaz, Arnaldo Esteves Lima e Jane Silva (Desembargadora
convocada do TJ/MG) votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
Documento: 724869 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 12/11/2007 Página 1 3 de 13