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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Campo Mourão

Disciplina: CIÊNCIA DOS MATERIAS PARA ENGENHARIA CIVIL

Profa. Dra. Letícia L. Marciniuk


Departamento Acadêmico de Licenciatura em Química
llmarciniuk@utfpr.edu.br

CAMPO MOURÃO
2017
Sumário
PROGRAMAÇÃO E CONTEÚDOS DAS AULAS ................................................................................... 3
DICAS PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS .................................................................................. 4
NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA ........................................................ 6
PRINCIPAIS VIDRARIAS USADAS EM LABORATÓRIO .................................................................. 11
PRÁTICA 1: TÉCNICA DE PESAGEM E MEDIDAS DE DENSIDADE .............................................. 14
PRÁTICA 2: NORMAS DE SEGURANÇA PARA AQUECIMENTO E TESTE DA CHAMA ............. 17
PRÁTICA 3: CONDUTIVIDADE ELÉTRICA ........................................................................................ 20
PRÁTICA 4: POLARIDADE E SOLUBILIDADE ................................................................................... 23
PRÁTICA 5: DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA ........................................ 24
PRÁTICA 6: REAÇÕES QUÍMICAS ....................................................................................................... 26
PRÁTICA 7: ESPONTANEIDADE DE UMA REAÇÃO DE OXIDAÇÃO E REDUÇÃO .................... 30
PRÁTICA 8: CÉLULAS GALVÂNICAS ................................................................................................. 31
PRÁTICA 9: TRANSFORMANDO A MOEDA DE 5 CENTAVOS E ÁRVORE DE PRATA .............. 34

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PROGRAMAÇAO E
CONTEÚDOS DAS AÚLAS

Data Conteúdo das Aulas


16/08 - Prática 1: Técnica de pesagem e medidas de densidade
23/08 - Prática 2: Normas de segurança para aquecimento e ensaio da chama.
30/08 - Prática 3: Condutividade elétrica
06/09 - Prática 4: Polaridade e solubilidade
13/09 - Prática 5: Determinação do teor de álcool na gasolina.
20/09 - Prática 6: Reações químicas.
27/09 - Prática 7: Espontaneidade de uma reação de oxidação e redução.
04/10 - Prática 8: Células galvânicas
18/10 - Prática 9: Transformando a moeda de 5 centavos e árvore de prata
25/10 - Prática 10: Reciclagem de uma pilha comum
01/11 - Prática 11: Estudo dos meios corrosivos e inibidores de corrosão.
08/11 - Prática 12: Estudo da proteção catódica.
22/11 - Prática 13: Equilíbrio Químico
29/11 - Prática 14: Produção de tijolo ecológico.
06/12 - Prática 15: Síntese de polímeros de adição.
13/12 - Prática 16: Preparação do corante “para-Red”.

“Um ladrão rouba um tesouro,


mas não furta a inteligência.
Uma crise destrói uma herança,
mas não uma profissão.
Não importa se você não tem dinheiro,
você é uma pessoa rica,
pois possui o maior de todos os capitais:
a sua inteligência.
Invista nela.
Estude!”
Augusto Cury

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DICAS PARA ELABORAÇAO
DE RELATORIOS
1. Título da prática
2. Identifique qual o objetivo dessa prática
3. Faça uma Revisão da literatura a respeito do tema dessa prática.
Exemplo (citação indireta):

“Em 1898, Rudolf Diesel apresentou o primeiro motor a ser abastecido com óleo de
amendoim, este era mais eficiente que os motores a vapor da época. Porém, desde o século XX o
óleo mineral é que vem sendo utilizado em motores. Isso porque este último possui melhores
propriedades físico-químicas e menor custo em comparação aos demais óleos vegetais
(SCHUCHARDT et al, 2007).
Algumas características principais fazem o biodiesel ser compatível com o diesel, dentre elas:
qualidade de injeção expressa em número de cetano, calor de combustão, ponto de fluidez,
viscosidade cinemática, estabilidade à oxidação e lubricidade. (KNOTHE et al., 2006, p. 3).
Um atrativo econômico são as gorduras de abates animais na produção de biodiesel, por ser
um resíduo gorduroso que acarretam em um baixo custo e imediata disponibilidade em áreas
agroindustriais (AGEITEC).”

4. Materiais e métodos
Utilize os verbos na 3º pessoa do singular (pretérito perfeito), já que o relatório contém uma prática
que já foi realizada.
Exemplo:
“Utilizou-se na reação de transesterificação 50g de sebo, que foi derretido até temperatura de
60 ºC em um béquer. Em um erlenmayer foi colocado o catalisador com metanol para que se
preparasse a mistura catalítica...”

5. Resultados e Discussão
É neste local que se colocam os resultados obtidos da aula prática: as reações químicas
envolvidas (quando houver), tabelas, figuras com resultados devem ser colocadas aqui. Não basta
relatar o que ocorreu na aula prática, é preciso explicar o porquê de cada resultado apresentado.

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6. Conclusão
Deve ser feita com base no objetivo da prática, se o mesmo foi alcançado ou não. Não se usa
referências na conclusão!

7. Referências bibliográficas
Colocar apenas as referências realmente utilizadas e citadas no texto. Colocá-las em ordem
alfabética. Olhar as normas da UTFPR.

Exemplo:
“AGEITEC – AGÊNCIA EMBRAPA DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA disponível em:
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000fj1om7kf02wyiv802hvm
3jholyoom.html> Acesso em: 07 jun. 2014.

KNOTHE, Gerhard; KRAHL, Jurgen.; GERPEN, Jon V.; RAMOS, Luiz P. Manual do biodiesel.
São Paulo: Edgard Blucher, 2006.

SCHUCHARDT, Ulf; ROSSI, V. Adriana; MARCINIUK, L, Letícia; GARCIA, Camila; RINALDI,


Roberto. Síntese de biodiesel: uma proposta contextualizada de experimento para laboratório de
química geral. Química Nova, v. 30, n. 5, p. 010”

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NORMAS DE SEGÚRANÇA EM
LABORATORIO DE QÚIMICA
SEGURANÇA: A química é uma ciência experimental, e o seu progresso
depende dos trabalhos experimentais normalmente desenvolvidos em laboratórios. Qualquer
laboratório de química é potencialmente perigoso, portanto, é necessário o máximo de cautela ao
trabalhar num laboratório.
Existe uma regra geral: toda substância desconhecida é potencialmente perigosa, até que se
prove o contrário. Assim, o máximo de cuidado deve ser empregado ao manusear qualquer
substância química. A toxidez das substâncias químicas varia muito, e nem todas as substâncias,
mesmo as mais usualmente empregadas, tiveram seus aspectos toxicológicos suficientemente
estudados. Portanto todo cuidado é pouco.

ORGANIZAÇÃO E LIMPEZA: Concluída a prática, lave todo o material e limpe a bancada.

ATENÇÃO: Leia todas as experiências antes de executá-las, para evitar enganos.

PRINCIPAIS NORMAS:
1. Usar jaleco para proteger a roupa.
2. Não fumar, não comer e não beber dentro do laboratório.
3. Ouvir com muita atenção as instruções de seu professor ou auxiliar.
4. Quando for utilizar um determinado reagente, ler com atenção o rótulo.
5. Ao ligar qualquer aparelho, verificar se a voltagem da rede corresponde à indicada na etiqueta
do aparelho.
6. Evitar o contato de qualquer substância com a pele. Evitar também o uso de material com
defeito, principalmente vidraria.
7. Não provar reagentes, quaisquer que sejam.
8. Não inalar gases ou vapores sem certificar-se de que não são tóxicos.
9. Reações que liberam gases devem ser realizadas na câmara de exaustão (capela).
10. Manter os recipientes contendo reagentes, soluções, etc., etiquetados. Isso auxilia no trabalho
e evita enganos com desperdícios de tempo e material.
11. Não usar a mesma espátula em reagentes diferentes. Caso contrário ocorrerá alteração nas
propriedades dos mesmos.
12. O material molhado com reativos, especialmente pipetas, não deve ser sacudido fora da pia.

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13. Ao aquecer substâncias ou soluções em tubos de ensaio, não virar a boca do tubo em sua
direção ou na de outra pessoa. Não aquecer bruscamente nenhum sólido ou líquido. Jamais aquecer
sistemas completamente fechados.
14. Manter a cabeça e as roupas afastadas da chama. Diminuir a chama do bico de bunsen
quando interromper o seu uso.
15. Não trabalhar com substâncias inflamáveis perto da chama. (Ex: álcoois, éteres, cetonas,
etc.,).
16. Manusear com cuidado vidraria ou peças metálicas aquecidas. Lembrar-se de que materiais
quentes frios possuem geralmente a mesma aparência.
17. Ao diluir ácido ou dissolver uma base, adicioná-lo (a) lentamente à água, com agitação. Usar
resfriamento, se necessário.
18. Utilizar pipetas, provetas e buretas de volume adequado à quantidade de líquido que se
pretende medir.
19. Não devolver sobras de reagentes aos frascos de origem sem consulta prévia ao professor.
20. Não jogar detritos na pia ou nos ralos. Utilizar para isso lixeiras existentes no laboratório.
21. Usar as quantidades de reagentes indicadas no roteiro de cada aula.
22. Antes de deixar o laboratório, lavar a vidraria utilizada, limpar a mesa de trabalho e lavar bem
as mãos.
23. Ao retirar-se do laboratório, verificar se todos os aparelhos estão desligados e se não há
torneiras abertas (água e gás).
24. Não é permitido frequentar aulas práticas com calçados abertos (sandálias, chinelos,..), e com
roupas como bermudas, as mesmas não possuem segurança.

GUIA DE LABORATÓRIO
As aulas de laboratório serão baseadas nesta apostila, que contém as instruções básicas sobre
a experiência a ser executada. No entanto, para que você possa acompanhar as aulas será necessário
que você leia as técnicas e o procedimento experimental antes de cada experiência.
As experiências foram elaboradas para serem realizadas em equipe de três ou quatro alunos.

O LABORATÓRIO QUÍMICO
O laboratório químico é o lugar privilegiado para a realização de experimentos, possuindo
instalações de água, luz e gás de fácil acesso em todas as bancadas. Possui ainda local especial para
manipulação das substâncias tóxicas (a capela), que dispõe de sistema próprio de exaustão de gases.
O destilador, a balança analítica, vidrarias de todo tipo e tamanho e reagentes com grau de pureza
analítica são recursos mínimos de qualquer laboratório.

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O laboratório é um local de trabalho onde há risco de acidentes devido à existência de
substâncias tóxicas, inflamáveis e explosivas. Por isso é equipado com extintores de incêndio, lava-
olhos, chuveiro e saídas de emergência e uma farmácia de primeiros socorros. É imprescindível que
alunos, técnicos e professores conheçam e sigam as normas de segurança de um laboratório químico.

USO DE JALECO É OBRIGATÓRIO


O jaleco tem a função de protegê-lo de respingos de produtos químicos e queimaduras com
líquidos quentes e por chama direta. Para maior proteção deve ter mangas longas, comprimento até o
joelho, de preferência serem confeccionados em tecido de algodão e possuírem sistemas de
fechamento com botões de pressão na frente e nas mangas, para eventual retirada rápida, em caso de
emergência. O tecido de algodão é escolhido por reter melhor os respingos e ser pouco inflamável
em comparação com os tecidos sintéticos (guarda-pós de tecidos sintéticos são totalmente
desaconselhados). A cor branca é a mais utilizada em laboratórios de química.

TOXICOLOGIA
Grande parte de produtos químicos são considerados tóxicos. Para uma avaliação adequada do
risco envolvido na manipulação de uma substância, devem ser conhecidas as relações entre
toxicidade, frequência de manipulação e concentração durante a exposição.
As substâncias tóxicas podem entrar no corpo por inalação, ingestão, absorção através da pele
ou pela combinação desses caminhos. Algumas substâncias se decompõem gerando material tóxico
quando submetidos são calor, à umidade ou presença de outros produtos químicos. As informações
concernentes à toxidez ou risco potencial de toxidez podem ser obtidas do fornecedor do produto, da
literatura ou por testes laboratoriais com cobaias. Tais informações são importantes para que se
determine o tipo de EPI (equipamento de proteção individual) contra a exposição e o tratamento
médico adequado adotado no caso de exposição.

PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS


Para que exista o fogo, é necessária a condição favorável, juntamente com os três elementos
citados ao lado, que são o comburente (ou oxigênio), o combustível e o calor (ou energia de ativação

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que permite que os primeiros dois elementos entrem em ação). Isto é a chama de um fósforo, faíscas,
incidência dos raios solares sobre objetos que os refletem, tais como vidros, latas e outros. Ou por
autocombustão (em temperaturas > 290ºC).
Os ensinamentos sobre métodos de combate a incêndios mencionam quatro classes de
incêndio, identificando do mesmo modo também os extintores.
 CLASSE A: enquadram-se os incêndios em materiais que ao se queimarem deixam resíduos,
como papel, algodão, madeira e outros. Para essa classe de incêndios é necessário o uso de um
extintor que tenha poder de penetração e que elimine ou reduza o calor existente. Os extintores
recomendados para este tipo de incêndio são o de carga líquida e água com CO2.
 CLASSE B: são classificados os materiais que ao se queimarem não deixam resíduos, como
acontece com os líquidos inflamáveis em geral, tintas, óleos e graxas. A técnica na extinção deste
tipo de incêndio requer o uso de um extintor que possa agir por abafamento, ou melhor, que
elimine o oxigênio. Os extintores indicados são os de espuma, gás carbônico (CO2) e pó seco
(químico).
 CLASSE C: envolve os incêndios em equipamentos elétricos ligados e que exigem um tipo de
extintor que não seja condutor de eletricidade, sendo recomendado os extintores de gás carbônico
e pó seco.
 CLASSE D: incêndios em metais pirofóricos (capazes de incandescer espontaneamente em
contato como o ar) e que exigem agentes especiais para a extinção. Esses agentes extintores têm a
propriedade de se fundirem em contato com o metal combustível, formando uma capa que o isola
do ar, interrompendo a combustão.

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COMO USAR OS EXTINTORES
 Água e gás: retire a trava de segurança, aperte a alavanca e dirija o jato para a base do fogo.
A água é o agente extintor de maior emprego; apaga o fogo por resfriamento.
OBS.: Não usar em incêndios das classes “B” e “C”.
 Espuma: inverta o aparelho e o jato dispara automaticamente, só parando quando esgotada a
carga.
A espuma apaga principalmente por abafamento. Existem dois tipos de espuma: a química, na
qual a formação de espuma é obtida pela reação de substâncias químicas (NaHCO 3 + Al2(SO4)3 e a
mecânica (mistura de água e ar). A espuma nunca deve ser utilizada em corrente elétrica.
OBS.: Não usar em incêndios da classe “C”.
 Gás carbônico: retire o pino de segurança quebrando o lacre. Acione a válvula dirigindo o jato
para a base do fogo.
O dióxido de carbono (CO2) age formando uma camada gasosa em torno da substância
incendiada reduzindo, desta maneira a quantidade de oxigênio que a envolve; assim, é considerado
excelente extintor de incêndios incipientes e não ventilados. Para uso em laboratório, o extintor de
dióxido de carbono apresenta uma série de vantagens, pois é de fácil manejo, tem boa eficiência no
combate a princípios de incêndio, especialmente nos do tipo que envolve eletricidade, e não danifica
os equipamentos. Além disso, o dióxido de carbono não se congela a temperatura ambiente, não
deixa resíduo, além de ser facilmente removido pela simples ventilação do compartimento.
OBS.: Pode ser utilizado em qualquer classe de fogo.
 Pó químico: abra a ampola de gás e aperte o gatilho dirigindo a nuvem de pó para a base do
fogo.
O extintor tipo pó-químico age principalmente por abafamento. São constituídos essencialmente
por bicarbonato de sódio ou potássio, associados a outras substâncias extintoras. Em contato com as
chamas o pó se decompõe, formando dióxido de carbono (CO2), extinguindo-as com grande
eficiência.
OBS.: Pode ser utilizado em qualquer classe de incêndio.

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PRINCIPAIS VIDRARIAS ÚSADAS
EM LABORATORIO

1. Tubo de ensaio:
Usado em reações químicas, principalmente
testes de reação.
2. Copo de Bequer:
Usado para aquecimento de líquidos, reações de
precipitação etc.
3. Erlenmeyer:
Usado para titulações e aquecimento de
líquidos.
4. Balão de Fundo Chato: Usado para
aquecimentos e armazenamento de líquidos.
5. Balão de Fundo Redondo:
Usado para aquecimento de líquido e reações
com desprendimento de gases.
6. Balão de Destilação:
Usado destilações. Possui saída lateral para a
condensação dos vapores.
7. Proveta ou Cilindro Graduado:
Usado para medidas aproximadas de volumes de
Líquidos.
8. Pipeta volumétrica:
Para medir volumes fixos de líquidos.
9. Pipeta Cilíndrica:
Usada para medir volumes variáveis de líquidos.
10. Funil de vidro:
Usado em transferências de líquidos e em
filtrações de laboratório. O funil com colo longo
e estrias é chamado de funil analítico.
11. Frasco de Reagentes:
Usado para o armazenamento de soluções.
12. Bico de Bunsen:
Usado em aquecimentos de laboratório.
13. Tripé de Ferro:
Usado para sustentar a tela de amianto.
14. Tela de Amianto:
Usado para distribuir uniformemente o calor em
aquecimentos de laboratório.
15. Cadinho de Porcelana:
Usado para aquecimentos à seco (calcinações)
no bico de Bunsen e Mufla.
16. Triângulo de Porcelana:
Usado para sustentar cadinhos de porcelana em
aquecimento diretos no bico de Bunsen.
17. Estante para Tubos de Ensaio:
Suporte de tubos de ensaio.
18-19. Funil de Decantação:
Usados para separação de líquidos imiscíveis.
20. Pinça de Madeira:
Usada para segurar tubos de ensaio durante
aquecimentos diretos no bico de Bunsen.
21. Almofariz e Pistilo:
Usados para triturar e pulverizar sólidos.

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22. Cuba de Vidro:
Usada para banhos de gelo e fins diversos.
23. Vidro de Relógio:
Usado para cobrir Beckers em evaporações,
pesagens e fins diversos.
24. Cápsula de Porcelana:
Usada para evaporar líquidos em soluções.
25. Placa de Petri:
Usada para fins diversos.
26. Dessecador:
Usado para resfriar substâncias em ausência de
umidade.
27. Pesa-Filtros:
Usado para pesagem de sólidos
28. Lima Triangular:
Usada para cortes de vidros.
29. Bureta:
Usada para medidas precisas de líquidos. Usada
em analises volumétricas.
30. Frasco Lavador:
Usado para lavagens, remoção de precipitados e
outros fins.
31. Pissete:
Usada para os mesmos fins do frasco lavador.
32. Balão Volumétrico:
Usado para preparar e diluir soluções.
33. Picnômetro:
Usado para determinar a densidade de líquidos.
34. Suporte Universal:
35. Anel para Funil:
36. Mufla:
37. Garra Metálica:
Usados em filtrações, sustentação de peças, tais
como condensador, funil de decantação e outros
fins.
38. Kitassato e Funil de Buchner:
Usados em conjunto para filtrações a vácuo.
40. Trompa de Vácuo:
Usada em conjunto com o kitassato ao funil de
Buchner.

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41. Termômetro:
Usado para medidas de temperaturas.
42. Vara de Vidro:
Usada para montagens de aparelhos, interligações e
outros fins.
43. Bagueta ou Bastão de Vidro:
Usada para agitar soluções, transporte de Iíquidos na
filtração e outros fins.
44. Furador de Rolhas:
Usado para furagem de rolhas.
45. Kipp:
Usado para a produção de gases, tais: como H2, S,
CO, etc.
46. Tubo em U:
Usado, geralmente, em eletrólise.
47. Pinça metálica Casteloy:
Usada para transporte de cadinhos e outros fins.
48. Escovas de Limpeza:
Usada para limpeza de tubos de ensaio e outros
materiais.
49 - 50. Pinça de Mohr e Pinça de Hoffman:
Usadas para impedir ou diminuir fluxos gasosos.
51. Garra para Condensador:
Usada para sustentar condensadores na destilação.
52-53-54. Condensadores:
Usados para condensar os gases ou vapores nas
destilações.
55-56. Espátulas:
Usadas para transferência de substâncias sólidas.
57. Estufa:
Usada para secagem de materiais (até 200ºC).
58. Mufla:
Usada para calcinações (até 1500ºC).

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PRATICA 1
TÉCNICA DE PESAGEM E MEDIDAS DE DENSIDADE

As balanças são instrumentos para medir massas. A massa de um


corpo é determinada por comparação com massas conhecidas de uma
balança.
As etapas envolvidas na utilização de uma balança são: acerto do nível, do zero, pesagem em
si e leitura da massa.
O manuseio da balança requer certos cuidados, pois são instrumentos delicados e caros. Para
permanecerem em bom estado e condições de uso recomenda-se os seguintes cuidados gerais:
 Manter a balança limpa.
 Não colocar os reagentes diretamente sobre o prato da balança.
 Os objetos a serem pesados devem estar limpos, secos e na temperatura ambiente.
 Os objetos devem ser colocados e retirados com a pinça e não com a mão.
 O operador ou outra pessoa qualquer não deve se apoiar sobre a mesa.

EXATIDÃO E PRECISÃO
Um erro de medida ocorre quando há uma diferença entre o valor real e o valor experimental.
Vários fatores introduzem erro sistemático ou determinado (erros no sistema que podem ser
detectados e eliminados). Por exemplo: equipamentos não calibrados, reagentes impuros e erros no
equipamento. A medida é também afetada por erros indeterminados ou aleatórios (erros que estão
além do controle do operador). Estes incluem o efeito de fatores como: pequenas variações de
temperatura durante uma experiência, absorção de água enquanto estão sendo pesadas, diferenças em
julgamento sobre a mudança de cor do indicador ou perda de pequenas quantidades de material ao
transferir, filtrar ou em outras manipulações.
Erros aleatórios podem afetar uma medida, assim um resultado poderá ser ligeiramente maior
ou menor do que o valor real. A precisão de uma medida se refere à concordância entre diferentes
determinações de uma mesma medida. Como erros aleatórios não podem ser completamente
eliminados, a perfeita precisão ou reprodutibilidade nunca é esperada.
Exatidão é uma concordância entre o valor medido e o real. Para calcular o erro em uma
medida deve-se saber o valor real. Isto raramente é possível, pois normalmente não se sabe o valor
real. A precisão depende mais do operador e a exatidão depende tanto do operador quanto do
instrumento da medida.

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Ao se efetuar as pesagens é importante especificar o erro correspondente. Por exemplo, ao se
proceder três pesagens de um mesmo corpo, cujos resultados sejam:
1,234 (+/--0,001)
1,233 (+/--0,001)
1,233 (+/--0,001)
Esta seria a maneira correta de se expressar a massa de um corpo. A sua média seria 1,233
(+/--0,001).

MEDIDA DO VOLUME DE LÍQUIDOS


Para realizar a medida do volume de líquidos, é necessária a escolha do recipiente em função
da precisão e da quantidade de material que se deseja medir. Além disso, deve ser observada também
a limpeza do material, deve ser feita a aferição se necessária, o acerto correto do menisco e o
escoamento para transferência do líquido deve ser feito lentamente, com a ponta encostada no frasco.
A pipeta não deve ser soprada.
De um modo geral, para medidas aproximadas de volumes líquidos, usam-se provetas.
Enquanto que para medidas precisas usam-se pipetas, buretas e balões volumétricos, que constituem
o chamado material volumétrico. Aparelhos volumétricos são calibrados pelo fabricante e a
temperatura padrão de calibração é 20ºC.
Leitura: em materiais de vidro usados para medir volume em análise, o líquido a ser medido forma
uma curvatura (meia-lua), chamado menisco. A leitura correta deve ser feita sempre na parte inferior
do menisco, além disso, deve-se ficar com o olho alinhado (na mesma altura) com este ponto em que
o menisco tangencia a medida desejada, conforme mostrado na figura:

PROCEDIMENTO
PARTE 1
Complete um balão volumétrico de 50 mL com água (verifique se o traço de aferição encontrou-
se com o menisco formado). Transfira a quantidade de água do balão para uma proveta. Repita os
mesmos passos transferindo também para um béquer, verifique e anote os volumes encontrados em
cada caso.

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Mostre em um quadro os resultados obtidos para a medição dos volumes em diferentes
instrumentos. Dê uma explicação para as diferenças encontradas nesses resultados.

PARTE 2
Coloque água destilada em uma proveta de 10 mL até aproximadamente um terço da sua
capacidade total, anote este volume de água. Introduza na proveta uma amostra sólida maciça
previamente pesada. Para isto, incline a proveta, evitando assim que a amostra desça bruscamente ao
encontro do fundo, espirrando água para fora da proveta ou mesmo quebrando-a. Através de leves
batidas na lateral da proveta, faça com que quaisquer bolhas de ar eventualmente retidas nas paredes
da amostra se desprendam. Só então anote o volume total (água + amostra).
Realize esse processo para cada uma das 5 amostras. Primeira amostra = 1 prego, Segunda
amostra = 2 pregos, Terceira amostra = 3 pregos, Quarta amostra = 4 pregos e Quinta amostra = 5
pregos.
Determine a densidade da amostra através da equação: d=m/v (onde: d=densidade; m=massa;
v=volume).
Construa um gráfico de massa (gramas) versus volume (mL) e determine a densidade através
do coeficiente angular da reta.

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PRATICA 2
NORMAS DE SEGURANÇA PARA AQUECIMENTO E TESTE DA CHAMA

Deve-se aprender a manusear o bico de Bunsen: este consta de uma


base de metal que contém o orifício que injeta o gás no tubo e a rosca que a
liga ao tubo. Nesse tubo consta uma janela para entrada de ar que regula a
quantidade de ar que vai reagir com o gás na hora da queima.
Quando as janelas estão fechadas, o gás somente se mistura com o ar após sair pela boca do
tubo e devido ao pouco oxigênio misturado com o gás, ocasiona uma combustão incompleta,
desprendendo fuligem, além da chama ser grande e amarela. Essa chama inicial é “fria” e não é
eficiente no aquecimento de materiais. Quando as janelas estão abertas, o gás se mistura com o ar
dentro do tubo, a quantidade de ar é, então, suficiente para que se processe uma combustão completa,
com chama azul e “quente”.
Para acender o bico de Bunsen siga os passos adiante:
 Feche as janelas do bico de Bunsen.
 Acenda o fósforo sobre o bico, abra a torneira de gás e após, regule lentamente a quantidade de
gás na válvula do bico.
 Abra vagarosamente
as janelas, até que a
chama torne-se azul, o
que indica uma combustão
completa.
Outra questão a ser
verificada é sobre as
regiões oxidantes e

redutoras da chama:
Zona oxidante: região azul-violeta pálida, quase
imperceptível, onde os gases sofrem combustão
completa.
Zona redutora: região luminosa, onde os gases sofrem
combustão incompleta.
Zona neutra: zona onde os gases não sofreram ainda
combustão.

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TESTE DA CHAMA
Os ensaios na chama são ensaios qualitativos por via seca. Classificado como método
piroquímico é um procedimento muito simples e muito utilizado na identificação de alguns cátions
que emitem uma cor visível na presença da chama.
As substâncias, quando ativadas por uma fonte de energia, emitem radiações em
comprimentos de onda característico dos elementos que as compõe. Cada comprimento de onda
corresponde a uma coloração do espectro, que pode ser facilmente observada. Em outras palavras, no
teste da chama as amostras são introduzidas na chama de um bico de Bunsen e a observação da cor
resultante caracteriza o elemento químico presente na amostra.

Postulados de Bohr
Quando um átomo absorve energia,
elétrons saltam de uma camada interna
para outra mais externa. Quando um
átomo libera energia, elétrons saltam de um
nível mais externo para outro mais interno.

PROCEDIMENTO
Aquecer um fio metálico (clips
aberto preso por um pegador de madeira)
no cone superior da chama do bico de

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Bunsen. Se apresentar coloração é porque o fio está sujo. Se assim for, mergulhar o mesmo em uma
solução de HCl concentrado, e levar de novo à chama. Havendo necessidade, repetir este
procedimento até não haver coloração.
Com o fio limpo, umedecê-lo com o auxílio de um papel toalha ou algodão embebido em
água destilada. Mergulhar o fio metálico em uma das amostras, "agarrando" assim a substância que
deve aderir ao fio. Levar à chama, observar e registrar a cor.
Repetir o procedimento para as demais amostras, sempre realizando a limpeza do fio metálico
entre uma amostra e outra.
Identificar os elementos metálicos contidos nas amostras X, Y e Z.

Tabela 1 – Cor característica dos cátions no teste de coloração da chama


Cátion Coloração da chama
Sódio Amarelo-dourada persistente
Potássio Violeta (lilás)
Lítio Vermelho – carmim
Cálcio Vermelho amarelado
Estrôncio Vermelho sangue
Bário Verde amarelada
Cobre Verde azulada
Chumbo, arsênio, antimônio Verde
Bismuto Azul – pálido

19
PRATICA 3
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA

Um eletrólito é toda substância que, ao dissolver-se em água, fornece


íons à solução. Como consequência, a solução torna-se condutora de
eletricidade quando dois eletrodos conectados aos pólos de uma bateria são
mergulhados na solução.
Os não-eletrólitos, por sua vez, são as substâncias que não liberam íons em solução - as
partículas de soluto dispersas são neutras (sem carga elétrica). Estas soluções não conduzem
eletricidade.
Há duas categorias de eletrólitos: os eletrólitos fortes (como a maioria dos sais e os ácidos e
bases fortes), e os eletrólitos fracos, como os ácidos e bases fracas. Os eletrólitos fortes sofrem
dissociação completa em solução, enquanto que nos eletrólitos fracos somente uma parte das
moléculas se dissocia. Um exemplo de eletrólito fraco é o ácido fluorídrico cuja solubilização em
água pode ser representada pela equação abaixo:
HF (aq) + H2O (l)  H3O+ (aq) + F- (aq)
Como a ligação H-F é relativamente forte, apenas uma pequena parte das moléculas de
fluoreto de hidrogênio dissolvidas dissociam-se em íons hidroxônio e fluoreto hidratados. Em
soluções de HF 1,0 mol/L, por exemplo, em média 97% das moléculas dissolvidas permanecem na
forma molecular, e apenas 3% dão origem aos íons hidratados. Por causa deste tipo de
comportamento, que caracteriza os eletrólitos fracos, as soluções destes eletrólitos apresentam
condutividade elétrica relativamente baixa.

Características de compostos iônicos


- São sólidos em condições ambientes;
- São duros e quebradiços;
- Possuem alto Ponto de Fusão e Ponto de Ebulição;
- Conduzem corrente elétrica quando fundidos ou em solução aquosa;
- Formam retículos cristalinos.

Características dos compostos moleculares


- São sólidos, líquidos e gasosos;
- Baixos pontos de fusão e ebulição;
- A maioria não conduz eletricidade.

20
Características dos compostos metálicos
- Sólidos com brilho característico;
- Duros;
- Maleáveis;
- Dúcteis;
- Ótimos condutores de calor e eletricidade;
- Resistentes a tração.

PROCEDIMENTO
Para realizar esta atividade utiliza-se um
aparelho para teste de condutividade elétrica,
semelhante ao mostrado na figura. Como medida de
segurança, previne-se para não encostar com os
pólos do aparelho naquilo que possa constituir em fio
terra: as torneiras e os encanamentos d’água e
eventualmente as armações de metal das janelas. E
jamais tocar nos bocais metálicos das lâmpadas e dos
suportes.
OBS: Todos os béqueres para o teste devem ter o mesmo diâmetro. O padrão de teste (distância entre
os terminais) deve ser sempre o mesmo. Porém, se a lâmpada não acender, aproxime gradualmente
os terminais, sem encostá-los. Observe se há a lâmpada fica incandescente e/ou se há
desprendimento de gás nos eletrodos. O padrão de brilho pode ser aquele da lâmpada, com o
contato dos próprios fios de cobre, ou seja: dos terminais em contato.
Coloque água deionizada cobrindo apenas o fundo do recipiente (cerca de 0,5 cm de
altura). Aproxime e faça o teste conforme instruído acima. Anote os resultados. Também faça o
mesmo teste com a água da torneira.
Colocar uma espátula de NaCl(s), em um béquer e meça a condutividade. Após coloque o
mesmo em água destilada (aproximadamente 100 ml), e teste a condutividade. Realize o mesmo
procedimento com o açúcar.
Em um béquer de 100 ml colocar aproximadamente 25 ml de ácido acético 0,1 mol/L e
teste a condutibilidade. Faça o mesmo para as soluções de ácido clorídrico, hidróxido de sódio e
sulfato de sódio.
Testar a condutividade de uma placa de cobre, zinco, alumínio e ferro e em seguida com
um pedaço de madeira ou vidro.

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Tabela 2 – Resultados do experimento de Condutividade elétrica.
Compostos Condutividade elétrica Presença Tipo de
quais íons? composto
Sólido Solução Líquido
aquosa
Sal de cozinha
Hidróxido de sódio
Açúcar
Ácido Acético
Ácido Clorídrico
Sulfato de potássio
Cobre
Zinco
Alumínio
Ferro
Madeira
Vidro

22
PRATICA 4
POLARIDADE E SOLUBILIDADE

Uma molécula é polar ou polarizada, quando apresenta uma região com


maior carga positiva e outra com maior carga negativa, estando essas regiões da
molécula separadas por uma certa distância.
Uma molécula que não apresenta essas regiões é considerada apolar. A solubilidade está
associada à polaridade das substâncias.

PROCEDIMENTO
PARTE 1: Teste de solubilidade

Etiquetar 10 tubos de ensaio; cinco rotulados com água e cinco com rótulo de hexano.
Colocar 2 mL de água nos cinco tubos correspondentes e 2 mL de hexano nos demais. Adicionar
uma ponta da espátula de cloreto de sódio (sal de cozinha) em um tubo contendo água e igual porção
no tubo contendo hexano.
Repetir o procedimento adicionando-se: óleo, naftalina, cristal de iodo e sacarose nos tubos.
Completar a tabela:
Tabela 3 – Teste de solubilidade.
Água Hexano
Cloreto de sódio
Óleo ou graxa
Naftalina
Iodo
Sacarose

PARTE 2: Ação do campo elétrico

Montar 3 buretas (50 ou 25 mL) em 3 suportes universais, colocando sob cada uma delas um
béquer (100 mL). Adicionar na primeira bureta água, na segunda, álcool e na terceira hexano.
Identifique-as.
Abra a torneira de modo a deixar correr um fio do solvente, o mais fino possível, de uma
altura de aproximadamente 10 cm entre o bico da bureta e a boca do béquer.
Atrite uma caneta ou um bastão de vidro contra uma flanela ou o próprio cabelo e aproxime
do fio de solvente. Não deixe encostar. Repita o procedimento com cada um dos solventes e observe
o que acontece em cada caso.

23
PRATICA 5
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA

A utilização do petróleo como fonte de energia foi essencial para


garantir o desenvolvimento industrial verificado durante o século XX.
Através da sua destilação fracionada, pode-se obter vários produtos derivados de grande importância
econômica, tais como o gás natural, o querosene, o diesel, os óleos lubrificantes, a parafina e o
asfalto. Mas a fração do petróleo que apresenta maior valor comercial é a gasolina, tipicamente uma
mistura de hidrocarbonetos saturados que contém de 5 a 8 átomos de carbono por molécula
(Morrison e Boyd, 1996; Solomons, 1996).
Sempre que ocorre instabilidade no preço do
petróleo, com sucessivos aumentos do preço de seus
derivados, a gasolina ganha ainda mais evidência na
mídia. A qualidade da gasolina comercializada no
Brasil tem sido constante objeto de questionamento;
assim, a determinação da sua composição é
importante, devido a algumas formas de adulteração
com solventes orgânicos que prejudicam os motores
dos automóveis.
Um componente presente exclusivamente na gasolina brasileira que merece destaque especial
é o etanol. Seu principal papel é atuar como antidetonante (Feltre, 2000; Peruzzo e Canto,1999), em
substituição ao chumbo tetraetila, que está sendo banido devido à sua elevada toxicidade. A
quantidade de etanol presente na gasolina deve respeitar os limites estabelecidos pela Agência
Nacional do Petróleo- ANP (teor entre 22% e 26% em volume).
A falta ou excesso de álcool em relação aos limites estabelecidos pela ANP compromete a
qualidade do produto que chega aos consumidores brasileiros. Assim, avaliar a composição da
gasolina, verificando se o teor de álcool está adequado, é uma atitude muito importante.
A determinação do teor de etanol na gasolina através da extração com água é conhecida e
utilizada como experimento em escolas do Ensino Médio, com o objetivo de aplicar ou ilustrar
conceitos relacionados com medidas quantitativas, como o teor expresso em porcentagem A
interpretação dos fenômenos que ocorrem durante o experimento, considerando a estrutura das
moléculas envolvidas, também pode ser explorada para permitir ao aluno estabelecer relações entre
as propriedades físicas, como, solubilidade e densidade, e a sua utilização no processo de
identificação e quantificação de substâncias químicas dos materiais.

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PROCEDIMENTO
Adicione cerca de 20 mL de gasolina à proveta; registre o volume obtido. Em seguida,
adicione cerca de 20 mL de água; registre o volume final obtido. Agite a mistura heterogênea
formada com bastão de vidro. Após a nítida separação entre as fases, registre o volume da fase
aquosa.
O volume da fase aquosa, inicialmente cerca de 20 mL, sofre um aumento após a mistura com
a fase orgânica. A porcentagem de etanol presente na gasolina pode ser calculada a partir desse
aumento do volume da fase aquosa.

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PRATICA 6
REAÇÕES QUÍMICAS

Uma reação química é o processo de mudança química, a


conversão de uma ou mais substâncias em outras substâncias. Os materiais
iniciais são chamados de reagentes. As substâncias formadas são chamadas de produtos. Os frascos
de produtos químicos mantidos no laboratório são também chamados de reagentes.
A equação química é a representação de uma reação química, onde aparecem os reagentes
(substâncias que reagem) no primeiro membro e os produtos (substâncias formadas) no segundo
membro.
Reagentes Produtos

TIPOS DE REAÇÕES
1) Reação de Síntese ou Adição
São reações químicas em que duas ou mais substâncias reagem para formar uma única substância.
Reação de Síntese pode ser:
- Total: quando todos os reagentes são substâncias simples.
- Parcial: quando houver uma ou mais substâncias compostas. Exemplo:
CaO + H2O  Ca(OH)2

2) Reação de Análise ou Decomposição


São reações químicas que apresentam um único reagente formando duas ou mais substâncias.
- Três tipos: Pirólise, Eletrólise, Fotólise. Exemplo:
2 AgBr  2 Ag + Br2

3) Reação de Deslocamento ou Simples Troca:


São reações químicas em que uma substância simples reage com uma substância composta
deslocando um de seus elementos, originando outra substância simples e composta.
Existem dois subtipos diferentes de reações de simples troca:
O critério para se saber se uma determinada reação de simples troca irá ocorrer é dado em função da
reatividade. Em última instância a reatividade, que é a medida da propensão para a ocorrência de
uma reação, depende da variação de Energia de uma reação.
Para metais:
M0 + A+B-  M+B- + A0 , em que o metal M0 deve ser mais reativo que o metal A+

26
Para o deslocamento do cátion:
Li Cs Rb K Ba Sr Ca Na Mg Al Mn Be Zn Cr Fe Cd Co Ni Sn Pb H Sb Bi As Cu Hg Ag Pd Pt Au
Exemplo: Ag + HCl  não ocorre, pois o metal Ag é menos reativo que o H.

Para não-metais:
N0 + A+B-  A+N- + B- , em que o não-metal N0, deve ser mais reativo que o não-metal B-
Para o deslocamento do ânion:
F O Cl Br I S C P H
Exemplo: Br2 + KCl  não ocorre
Nessas duas listas, os elementos que estão mais à esquerda (mais reativos) deslocam os elementos mais à
direita (menos reativos).

4) Reação de Dupla-Troca
São reações que ocorrem entre duas substâncias compostos, através da troca mútua entre cátions e
ânions, formando duas novas substâncias compostas.
Reações Iônicas – são reações de dupla troca ou metátese, a maioria das reações químicas envolve
reações entre íons em solução.
Esquematizando : A+B- + C+D-  A+D- + C+B-

4.1) Reações de Precipitação


Uma reação de precipitação produz um produto insolúvel, um precipitado. Uma reação de
precipitação ocorre quando duas soluções de eletrólitos fortes são misturadas e reagem para formar
um sólido insolúvel.
AgNO3(aq) + NaCl(aq)  AgCl(s) + NaNO3(aq)

4.2) Reações de Ácidos e Bases


As reações entre ácidos fortes e bases fortes são denominadas Reações de Neutralização porque, na
conclusão da reação, a solução é neutra.
HNO3(aq) + NaOHaq) → H2O(l) + NaNO3(aq)

4.3) Reações que Formam Gases


Frequentemente resulta da reação de um ácido ou base com um sal, e o gás geralmente será
constituído de dois não metais.
HCl(aq) + Na2CO3(aq) → 2 NaCl(aq) + H2O(lj) + CO2(g)↑
Carbonato ou bicarbonato metálico + ácido → sal do metal + H2O(l) + CO2(g)↑

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Sulfeto metálico +ácido → sal do metal + H2S(g)↑
Sulfito metálico +ácido → sal do metal + SO2(g)↑+ H2O(lj)
Sal de amônio +base forte → sal do metal + H2O(l) + NH3(g)↑

PROCEDIMENTO
PARTE 1
O magnésio reage com o oxigênio formando o seu óxido. Para observar esta reação, proceda
da seguinte forma: colocar na ponta de uma espátula ou em uma cápsula um pedaço de magnésio e
levar à chama do bico de bunsen até o aparecimento de um pó branco.
Colocar esse pó em um tubo de ensaio, acrescentar 5 mL de água deionizada uma gota de
indicador fenolftaleína. O aparecimento da coloração vermelha/ rosa comprova o meio básico.

PARTE 2
Uma reação química ocorre entre uma substância simples e uma substância composta, quando
o elemento da substância simples (metal ou não metal) for mais reativo que o metal ou não metal da
substância composta.
a) Colocar uma fita de magnésio em um tubo de ensaio e adicionar 5mL de solução de ácido
clorídrico. Observar e anotar o que ocorre durante alguns minutos e descrever a reação. Repetir o
mesmo procedimento trocando a fita de magnésio por uma fita de zinco.
b) Lixar as lâminas dos metais: lâminas de zinco, lâmina de cobre, lâmina de ferro, lamina de
alumínio. Colocar em 4 béqueres cerca de 5 mL em cada um de solução de Sulfato de cobre 0,1
mol/L (CuSO4) e enumere-os. Observar o que acontece em cada metal e com cada solução e anotar.
Por exemplo: se houve reação? Como ficaram as cores da solução? Como se explicam essas
mudanças, e descrever as reações ocorridas.
c) Colocar em 1 béquer, cerca de cerca de 5 mL em cada um de solução de K+ 0,1 mol/L(Sulfato de
potássio K2SO4). Adicione ao béquer uma pequena barra de cobre metálico (Cu0). Observar se houve
reação. Como ficaram as cores da solução? Como se explicam essas mudanças e descrever a reação.
d) Colocar 5 mL de nitrato de prata 0,1 mol/L em um béquer ou tubo de ensaio introduzir um pedaço
de fio de cobre. Deixar a reação correr por 5 minutos. Verificar o que ocorre. Por exemplo: se há
deslocamento da prata. Qual o tipo desta reação?

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REGRAS DE SOLUBILIDADE PARA COMPOSTOS IÔNICOS

ÍON REGRA EXCEÇÃO


Metais alcalinos Solúveis -
(Li+, K+, Na+)
Amônio (NH4+) Solúveis -
NO3- (nitratos) Solúveis -
NO2- (nitritos) Solúveis Pouco solúvel: Ag+ e Hg22+
ClO- (hipoclorito) Solúveis -
MnO4- (permanganato) Solúveis -
SO42- (sulfato) Solúveis Ca2+, Ba2+, Sr2+ e Pb2+
Pouco solúveis: Ag+ e Hg22+
F- (fluoreto) Insolúveis Ag+, NH4+ ,Cu++, Pb++ e alcalinos
Br- (brometo) Solúveis Ag+, Pb2+, Hg2+, Hg22+, Cu+
Cl- (cloreto) Solúveis Ag+, Pb2+, Hg22+, Cu+ e Au+
I- (iodeto) Solúveis Ag+, Pb2+, Hg2+, Hg22+ e Cu+
CN- (cianetos) Insolúveis NH4+ e alcalinos
Pouco sol.: alcalinos terrosos
SCN- (tiocianato) Solúveis Ag+, Pb2+, Hg22+, Cu+, Cd2+
Fe(CN)6 3- (ferricianeto) Insolúveis NH4+ e alcalinos
Pouco sol.: alcalinos terrosos
Fe(CN)6 4- (ferrocianeto) Insolúveis NH4+ e alcalinos
Pouco sol.: alcalinos terrosos
CH3COO- (acetato) Solúveis Pouco solúvel: Ag+ e Hg22+
S-- (sulfeto) Insolúveis NH4+ e alcalinos
Pouco sol.: alcalinos terrosos
CO32- (carbonato) Insolúveis NH4+, K+ , Na+, Li+, Rb+ e Cs+
HCO3- (bicarbonato ou Solúveis Fe2+, Fe3+ e alcalinos terrosos
Hidrogenocarbonato)
PO43- (fosfato) Insolúveis NH4+ e alcalinos
C2O42- (oxalato) Insolúveis NH4+ e alcalinos
CrO42- (cromato) Insolúveis NH4+ e alcalinos
OH- (hidróxidos) Insolúveis Alcalinos, Ba2+ , Sr2+ , NH4+
Pouco sol.: Ca2+

29
PRATICA 7
ESPONTANEIDADE DE UMA REAÇÃO DE OXIDAÇÃO E REDUÇÃO

Numa reação de oxidação e redução ou oxirredução sempre há


perda e ganho simultâneos de elétrons, pois os que são perdidos por um
átomo, íon ou molécula são imediatamente recebidos por outros.

PROCEDIMENTO
Coloque um pequeno pedaço de ferro limpo em cada um dos tubos de ensaio. Adicione a
cada tubo, respectivamente, 2 ml de soluções de Fe2+,Zn2+, Mg2+, Pb2+, Cu2+, Ag+, HCl e HNO3.
Atenção conduzir os experimentos com HCl e HNO3 na capela junto com o professor.
Espere alguns minutos e observe o que acontece. Anote qualquer evidência de mudança que
tenha ocorrido dentro do tubo.
Limpe adequadamente os tubos de ensaio. Siga os mesmos procedimentos para os outros
metais e faça suas observações na Tabela.
Descreva as reações. Indique os agentes oxidantes e redutores.
Coloque os metais em ordem crescente de reatividade. Compare com a literatura.

Tabela 4 – Resultados da reação de oxirredução.


Metais Soluções de 0,1 mol/L
Fe2+ Zn2+ Mg2+ Pb2+ Cu2+ Ag+ H+ NO3-
Ferro
Cobre
Zinco
Magnésio
Chumbo

30
PRATICA 8
CÉLULAS GALVÂNICAS

A eletroquímica é a parte da química que lida com os fenômenos


associados à interação da eletricidade com a matéria. De uma forma mais
específica, a eletroquímica é a área da química voltada para o estudo das
propriedades de eletrólitos e dos processos que ocorrem em eletrodos. Dentre esses processos,
encontram-se as reações de oxi-redução, que produzem energia elétrica espontaneamente.
Os dispositivos que permitem a interconversão de energia química e elétrica são
denominados de células eletroquímicas. Tais dispositivos são constituídos essencialmente por um
par de eletrodos imersos em soluções eletrolíticas. O cátodo é o eletrodo onde uma espécie recebe
elétrons, reduzindo-se. Já no ânodo, uma espécie transfere elétrons para o eletrodo, oxidando-se.
Células voltaicas ou galvânicas (Pilhas): células em que a energia elétrica é produzida a
partir de reações de oxi-redução espontâneas.
A primeira pilha descrita na literatura foi inventada por Alessandro Volta em 1800. Consistia
em pares de discos de Zn e Ag “empilhados”, separados por discos de papel umedecidos com água
salgada. Com essa “pilha” de discos, era possível detectar um leve choque elétrico ao se tocar,
simultaneamente, as duas extremidades da pilha. Uma pilha que se tornou popular durante o século
XIX foi a “Pilha de Daniell”, constituída, em 1836, pelo químico inglês John Frederick Daniell.
Utilizando o princípio da pilha de Volta, ele empregou tiras de zinco (Zn) e de cobre (Cu)
(eletrodos), em que cada metal era imerso em uma solução do íon do próprio metal (ZnSO4 e CuSO4,
por exemplo) e as soluções eram mantidas separadas por uma barreira porosa de cerâmica. Cada
metal e a sua solução foram chamados de “meia-célula” e as meias-células eletricamente conectadas
foram chamadas de “célula voltaica”. Esse tipo de arranjo é empregado até hoje, com o objetivo de
explorar reações químicas espontâneas para gerar energia elétrica.
Em uma célula voltaica, duas meias-células são conectadas de tal maneira que elétrons fluem
de um eletrodo para o outro através de um circuito externo, enquanto íons fluem de uma meia-célula
para a outra através de uma conexão interna da célula, como uma separação porosa ou uma ponte
salina por exemplo. No cátodo há ganho de elétrons e, portanto, pode-se, por convenção, considerá-
lo como eletrodo positivo, onde ocorre a redução. De forma inversa, no ânodo, há fornecimento de
elétrons e, portanto, pode-se, por convenção, considerá-lo como eletrodo negativo da pilha, onde
ocorre a oxidação.
A IUPAC convencionou a representação de uma pilha da seguinte forma:
Ânodo|Solução do ânodo || Solução do cátodo|Cátodo
Exemplo: Pilha de Daniell: Zn|Zn2+||Cu2+|Cu
31
A diferença máxima de potencial entre os eletrodos de uma célula voltaica é referida como
potencial da célula (Ecélula), medida em Volts (V), e é a responsável pela passagem de corrente
elétrica no condutor externo que conecta os eletrodos. O Ecélula, em qualquer pilha, depende da
natureza das reações químicas que estão ocorrendo, das concentrações (ou pressões parciais, no caso
de gases), das espécies sofrendo oxidação e redução e da temperatura da pilha. Para concentrações
iguais a 1 mol/L (ou pressões parciais iguais a 1 atm), a 25oC, tem-se potencial padrão de célula
(Eºcélula). Por convenção, o potencial padrão de redução do hidrogênio é igual a zero:
2H+ + 2e- H2 Eºred = 0 (convenção)
A IUPAC eliminou o termo potencial de oxidação. Sempre deve ser usada a expressão
potencial de redução. Dessa forma, a medida do potencial padrão de redução de um dado eletrodo
padrão é feita medindo-se a diferença de potencial de uma célula padrão na qual uma das semicélulas
é um eletrodo padrão de hidrogênio e a outra é o eletrodo padrão cujo E0redução se quer medir. Além
disso, quanto maior for o E0redução, mais fácil será a redução.

PROCEDIMENTO

PARTE 1: Pilha de Daniell


Em um copo de béquer de
50 mL colocar, até ¾ de seu
volume, solução de cobre e em
outro copo adicionar solução de
zinco. Mergulhar uma lâmina de cobre, previamente limpa, na solução de cobre, uma lâmina de
zinco na solução de zinco.
Preparar uma ponte salina. Para isto, adicione solução salina (KCl ou NaCl) no tubo em U,
até completar o seu volume; em seguida, feche as extremidades do tubo com algodão, evitando
deixar bolhas de ar no interior na solução.
Coloque as pontes salinas interligando os eletrodos de cobre e de zinco.
Ligar o terminal negativo do voltímetro à lâmina de zinco e o terminal positivo na lâmina de cobre e
fazer a medida da diferença de potencial entre o eletrodo de cobre e o eletrodo de zinco.
Compare o valor obtido com o valor teórico esperado:
Ecélulao = Ecátodoo - Eânodoo

Equação de Nernst:

RT
Ecélula = E°célula − ln Q
nF
R = 8,314 J K −1 mol−1

32
F = 96485 C mol−1

Para uma reação genérica:

n é o número de elétrons envolvidos na reação

Q é o quociente da reação:

PARTE 2: Montagem de uma Pilha Econômica


Este experimento representa a forma mais econômica para demonstrar o princípio do
funcionamento de uma pilha eletroquímica.
Limpe bem as moedas de cinco centavos e arruelas com palha de aço e lave-as com água.
Empilhe um par moeda/arruela (eletrodos) com um ou dois pedaços de papel molhado(s) com a
solução de NaCl entre elas. Meça a diferença de potencial entre as duas peças metálicas (eletrodos)
com o voltímetro. Adicione sobre a pilha outro conjunto moeda/papel molhado/arruela e meça
novamente o potencial entre os eletrodos das extremidades.

33
PRATICA 9
TRANSFORMANDO A MOEDA DE 5 CENTAVOS E ÁRVORE DE PRATA

PARTE 1: Transformando a moeda de 5 centavos

SOLUÇÕES E MATERIAIS
- Solução de NaOH (3 mol/L);
- Pó de Zinco (limalha de zinco)
- Vinagre (ou ácido para limpeza das moedas empregadas no experimento)
- Suporte para Aquecimento em Bico de Bunsen;
- Béquer (tamanho mínimo 100mL e máximo 500 mL)
- Pinça metálica;
- Proveta de 50 mL;
- Água destilada

PROCEDIMENTO
Coloque 25 mL de solução de hidróxido de sódio 3 mol/L em um béquer e em seguida
adicione 25g de zinco em pó dentro do béquer com a solução. Aqueça a mistura até perto da
ebulição. A solução tomará um aspecto limpo e o zinco ficará totalmente precipitado no fundo.
Tome muito cuidado para não respirar os vapores da solução e para evitar respingos. A
solução de hidróxido de sódio é corrosiva.
Nesse momento, coloque a moeda dentro da solução com o auxílio da pinça, e certifique-se
de que a moeda esteja sobre o zinco. OBS: a moeda deve estar limpa e sem oxidação. Você pode
limpar a moeda usando uma solução ácida, como por exemplo, de vinagre ou suco de limão.
Depois de um tempo, a moeda inicialmente com a cor característica do cobre, passa a assumir
uma coloração prateada. Aproximadamente dois minutos depois a moeda estará completamente cor
de prata. Retire a moeda com auxílio da pinça. Lave com água corrente, a moeda estará prateada.
Acenda o bico de Bünsen, segure a moeda com a pinça e leve-a diretamente à chama por alguns
segundos e veja que agora a moeda está cor de ouro. Não precisa aquecer demais. Esfrie a moeda
num copo com água ou na pia antes de manuseá-la.

PARTE 2: Árvore de prata


Em um béquer de 50 mL colocar, até ¾ de seu volume, solução de nitrato de prata 1 mol/L.
Inserir um fio de cobre desencapado e observar.

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