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FUNDAMENTOS
METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA
Índice
PALAVRAS DO PROFESSOR ..........................................................................................4
UNIDADE I: NATUREZA, HISTÓRIA E GÊNESE DA GINÁSTICA ............................6
SEÇÃO 1: Conceitos ................................................................................................................ 7
SEÇÃO 2: Conhecendo a História da Ginástica ............................................................... 8
Ginástica na Pré-História ............................................................................................... 8
A Ginástica na Antiguidade........................................................................................... 9
A Ginástica no Oriente Próximo .................................................................................... 11
A Ginástica na Grécia .................................................................................................... 13
A Ginástica em Roma ..................................................................................................... 17
A Ginástica na Idade Média (395-1453) ...................................................................... 19
A Ginástica no Renascimento ....................................................................................... 21
A Ginástica na Idade Contemporânea ........................................................................ 22
SEÇÃO 3: A Inclusão das Ginásticas na Escola e nas Escolas Brasileiras................. 40
A Formação para o Trabalho com as Ginásticas No Brasil ...................................... 43
Considerações Finais do Capitulo.................................................................................. 44
UNIDADE II: MÉTODOS GINÁSTICOS ......................................................................... 45
SEÇÃO 1: Classificação da Ginástica .............................................................................. 46
Ginástica de Condicionamento Físico ........................................................................... 46
Ginástica Geral (Gymnaestrada) ................................................................................ 47
Ginástica Formativa ...................................................................................................... 47
Ginástica Natural .......................................................................................................... 48
Ginástica Competitiva................................................................................................... 48
SEÇÃO 2: Classificação Geral dos Exercícios Físicos ...................................................... 48
SEÇÃO 1: Ginástica de Condicionamento Físico ............................................................. 51
Ginástica Calistênica .................................................................................................... 52
Ginástica Aeróbica .......................................................................................................... 58
Ginástica Localizada ..................................................................................................... 70
Hidroginástica.................................................................................................................. 79
Musculação ...................................................................................................................... 86
Seção 2: Ginástica Médica ou Fisioterápica................................................................... 95
UNIDADE IV: GINÁSTICA DE COMPETIÇÃO OU DESPORTIVA .............................. 96
SEÇÃO 1: Ginástica Artística ........................................................................................... 96
Definição:.......................................................................................................................... 97
História .............................................................................................................................. 98
A Ginástica Olímpica na escola: possibilidades de trabalho ..................................... 98
Segurança na GO/GA e prevenção de acidentes ....................................................... 100
Modalidades..................................................................................................................... 101
Referencial Bibliográfico ............................................................................................. 117
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PALAVRAS DO PROFESSOR
“Todas as partes do corpo que possuem uma função, se usadas com moderação e
exercitadas em algum trabalho físico, se conservam sadias, bem desenvolvidas e
envelhecem lentamente, porém se não são trabalhadas, deixam de funcionar, se convertem
em enfermidades, defeituosas em seu crescimento e envelhecem antes do tempo“
(HIPÓCRATES, 460 A.C. a 377 A.C.)
Prezado Acadêmico:
Você deve estar pensando, que será que vou aprender com meus estudos na
disciplina de fundamentos Metodológicos da Ginástica?, será que vou estudar os exercícios
físicos e os assuntos pertinentes a ele?, com um pensamento de hipócrates (o pai da
Medicina) que está remontando em quase 2.500 anos, iniciamos essa discussão.
Mas, para isso leia atentamente o que está escrito e reflita sobre a verdade
em cada palavra com relação ao organismo humano e a necessidade primordial que seus
ossos, músculos, articulações, sistemas e aparelhos possuem de constante movimento. E o
mais importante é que esse movimento precisa ser dimensionado, constantemente avaliado
e principalmente prescrito e aplicado de maneira correta, constituindo-se em exercícios
físicos, que venham a desenvolver as qualidades físicas inerentes ao corpo humano.
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Ementa
Objetivos
- Compreender a linha do tempo da história da ginástica.
- Identificar as principais formas de ginástica existentes.
- Diferenciar as diferentes formas de se realizar exercícios físicos.
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Procure habilitar-se para prescrever atividades físicas para os obesos que hoje já
são parcela considerável da população principalmente nos países desenvolvidos, para os
indivíduos portadores de necessidades especiais, que no caso do Brasil, estão próximos dos
15 milhões de pessoas, e um dos grandes campos de trabalho que se desenvolve atualmente,
é a prescrição da ginástica laboral que funcionaria como uma espécie de compensação às
atividades normalmente estressantes relacionadas ao trabalho diário.
SEÇÃO 1: Conceitos
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Ginástica na Pré-História
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3- ASPECTO GUERREIRO: Aos poucos, vai o homem dominando a natureza: alguns grupos
desenvolvem o pastoreio e a agricultura e já podem abandonar a vida nômade. Mas outros
grupos, que ainda vivem da caça e da coleta de frutos silvestres, percebem a fartura daqueles
e adestram-se no manejo das armas para atacar e apossar-se do excelente estoque de
alimentos. Os sobreviventes do grupo atacado, por sua vez, percebem que não basta criar o
gado e armazenar os cereais: é preciso dedicar muita atenção ao preparo para luta e às
medidas de segurança. É a educação física sob o aspecto guerreiro. Mais tarde, o crescimento
dos aglomerados humanos exige a especialização do trabalho e surgem os homens dedicados
exclusivamente à segurança: os soldados. E é na caserna que a Educação Física, através de
todos os tempos, encontra apoio enfático e perene.
5 - ASPECTO RELIGIOSO: Para aplacar a ira dos deuses, ou para homenageá-los, o homem pré-
histórico realizava atividades rítmicas e danças. Ao ritmo de bastões, tambores, palmas, gritos
e outros ruídos, executavam movimentos simbólicos de braços mãos, dedos, cabeça, tronco,
balanceamentos, saltitamentos, passos e corridas, batidas de pés e etc.
A Ginástica na Antiguidade
Chineses:
a) Os chineses constituem um dos povos mais
antigos da terra. Sua história perde-se na bruma dos
tempos e no terreno lendário.
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Pode-se, no entanto dizer que já há 3.000 anos A.C. possuíam uma educação
organizada, com escolas de nível primário, médio e superior.
b) A Ginástica não se restringia ao currículo escolar, e por isso alcançou alto nível
entre os chineses, é que ela estava englobada nos preceitos morais e religiosos. Assim, graças
aos sacerdotes e também aos filósofos (entre estes destacamos Confúcio que foi um grande
ginasta) a Educação Física era encarada com muita seriedade pelo povo chinês.
d) Além das práticas morais e higiênicas aconselhadas pelos filósofos e pelo Kong-
Fu, os chineses praticavam muitas outras atividades físicas: o arco e a flexa, a luta, o box, os
jogos imitativos, a esgrima de sabre, o Tsu-Chu (semelhante ao futebol), o voador (peteca) , a
caça, danças religiosas e pantominas.
Hindus:
a) A Índia se originou há uns
2.000 anos A.C com a invasão dos ários que
dominaram a vasta península triangular que
vai do Himalaia ao Oceano Indico. Os hindus
estavam organizados em 4 castas
hierarquizadas: os brâmanes (sacerdotes,
poetas, juízes, médicos); os guerreiros; os
negociantes, pastores e agricultores; e os
servos. Havia ainda os sem classe ou parias,
desprezados e sem quaisquer direitos.
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A Ioga é uma interessante prática que nos legaram os hindus. Ela consiste em
técnicas respiratórias, manutenção de posições do corpo, exercícios feitos suavemente e
atitude mental em busca da tranqüilidade interior e das "forças cósmicas”.
Egípcios:
Através de escavações realizadas
pelos pesquisadores franceses Champollion e Botta
e o inglês Rawilson no Egito, encontraram nas
paredes das tumbas e hipogeus, pinturas e
desenhos que revelaram as práticas físicas que
faziam parte do ume egípcio, dentre os quais, os
exercícios gímnicos. MALTA (1994), declara a
existência de uma ginástica egípcia, devido a
grande variedade de atividades físicas praticadas
no Egito, destacando a constatação do trabalho de
algumas qualidades físicas (equilíbrio, força,
resistência muscular e flexibilidade) como também
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A ginástica rítmica e as danças tiveram alta expressão no Egito, seja sob o aspecto
religioso, como sob o profano e militar.
Nos Locais dos exercícios físicos, assim como fazemos hoje nos estádios e
vestiários, havia frases de incentivos aos praticantes: "Teu braço é mais forte que o dele; não
cedas"; "Nosso grupo é mais forte que o deles; força, companheiros”.
Cretenses:
a) Entre os insulares, ou povos do mar, brilhou, há
mais de 2.000 anos A.C., a civilização cretense. Embora ainda não
tenha sido possível decifrar os signos da escrita cretense, pelas
ruínas, quadros, pinturas e esculturas, pode-se conhecer algo deste
povo extraordinário, precursor e inspirador da civilização grega no
campo da Educação Física.
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ressaltava o talhe atlético); as mulheres usavam saias soltas, camisas rendadas, elegantes
chapéus, colares, jóias e braceletes.
A Ginástica na Grécia
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Vários povos cruzaram a Grécia, mas é com os Helenos, que a invadiram no século
XVI A.C., que o povo grego surge ante a face da História. Os helenos se dividiam em quatro
tribos: aqueus, eólios, dórios e jônios. Os dórios se estabeleceram em Esparta e os jônios em
Atenas e essas duas cidades-estado lideraram por largos períodos a vida dos povos gregos.
Embora da mesma raça, os gregos não possuíam unidade política. Apenas em casos de guerras
com outros povos havia uma união temporária entre algumas cidades.
Até os 7 anos a criança ficava com a mãe; era então entregue ao Estado passando
a viver em comum com outras crianças, tendo uma alimentação sóbria, realizando exercícios
violentos e habituando-se aos rigores da natureza. Aos 13 anos ingressava em regime ainda
mais violento, praticando exercícios militares como equitação, funda, arco e flexa, manejo da
lança. Formavam bandos de adolescentes e eram mandados a assaltar sítios e viajantes para
prover sua própria alimentação. Se não conseguissem atingir seu intuito eram severamente
castigados.
Dos 20 aos 30 anos entrava nos plenos poderes militares, podendo comandar
tropas. Depois dos 30 gozava de privilégios políticos; após os 60 podia aspirar os mais altos
postos da vida política.
Por tudo isso, é fácil concluir-se que a Educação consistia quase que
exclusivamente na Educação Física. Afora, e a educação cívica, os jovens recebiam apenas
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Dos 15 anos aos 18, recebiam a ginástica mais difícil e dedicavam-se ao atletismo.
Dos 18 aos 20 ingressavam na efebia, espécie de aspiração militar. Além do treinamento cívico
e militar, recebiam ensinamentos sobre política, administração e oratória. As meninas eram
educadas pela mãe Sua educação era voltada para o lar; aprendiam a fiar, coser, bordar, ler,
escrever, tocar citara, dançar e praticar alguns jogos.
Por esse tipo de educação compreende-se porque o ateniense era forte, bravo,
amante da sua Pátria, do seu lar, da sua liberdade, e tenha atingido altos níveis em todos os
ramos das ciências e das artes, causando admiração e servindo de exemplo para todos nós.
b) Palestra - (palé = luta) - recinto destinado às lutas. Alem do local das lutas havia
vestiários, salas de ginástica, banheiros frios e quentes, salas de reuniões e salas de
massagens.
Nem sábios, nem políticos conseguiram unir os gregos; isso só o desporto o fez.
Por ocasião dos jogos Pan-helêmcos, toda a Grécia se reunia e confraternizava, ressaltando o
valor do povo grego e homenageando a seus deuses.
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Para participar dos jogos o atleta passava por severos testes e provas: ter sido
vencedor em sua cidade, submeter-se a estágio em Olímpia, ser grego de nascimento, ser do
sexo masculino, não ter sido concebido na velhice dos pais, não ter cometido crimes contra o
Estado ou a Religião, não chegar atrasado, jurar obedecer às regras e às autoridades.
Que a contemplação dessa magnífica época e o exemplo que ela nos dá nos ajude
a levar nossa Pátria pelos caminhos do desenvolvimento sem perda dos padrões morais e
espirituais.
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Sócrates (468-399 a.C), Aristócles, mas conhecido pelo cognome Platão ( 429-347
a.C), Hipócrates (430-377 a.C.) e Aristóteles (348-322 a.C.) deixaram grandes contribuições no
que se refere às atividades físicas. Por exemplo as idéias pedagógicas sobre ginástica para o
corpos música para a alma, que influenciaram as bases educacionais defendidas por Platão.
A Ginástica em Roma
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Nos primeiros tempos não praticavam a ginástica por considerar imoral o nú dos
ginastas gregos e não ver nela uma direta preparação para a guerra; também não apreciavam
a dança que julgavam um divertimento muito baixo.
Veaçao era o combate de feras contra homens, ou de feras contra feras. Milhares
de animais africanos eram trazidos pelos imperadores e jogados nas arenas romanas.
Condenação às feras era o castigo imposto aos primitivos cristãos que morriam
despedaçados pelas feras famintas, sob o gargalhar e o deboche das multidões.
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Mas antes de concluir este ponto,permitam que eu lhes diga algo sobre uma
belíssima contribuição romana ã Educação Física: as Termas eram as casas de banho dos
romanos.
Eles espalharam o hábito salutar do banho por todo o seu vasto império. As
Termas eram edifícios imponentes, muito ricamente decorados e construídos em mármore. As
principais de pendências eram: vestiários, salas de ar quente ou morno (seco ou úmido),
piscinas quentes e frias, salas de refeição, de leitura, de jogos sociais e desportivos, salas de
massagem. As principais Termas foram as de Agripa, de Nero, de Caracala, de Trajano. Havia
Termas com mais de 8.000 banheiros separados.
Roma chegou a ter mais de 800 Termas além de mil piscinas para o banho público.
Até os escravos, mediante uma módica taxa, podiam participar dos banhos.
Como os jogos na velha Grécia eram uma oferenda a deuses pagãos e como em
Roma eram espetáculos sanguinários nos quais os cristãos foram muitas vezes sacrificados, o
cristianismo, dominando o mundo, exterminou com eles e acabou com todas as suas
manifestações. E ainda mais, pregando que o corpo era vil e fonte de muitos pecados, a Igreja
combatia toda a atenção que se pudesse a ele dedicar, para que as atenções se voltassem
exclusivamente para a parte espiritual.
Essa atitude negativa da Igreja em relação à E.F. prejudicou a evolução da E.F. por
muito tempo, somente se modificando com o surgimento da Cavalaria e das Cruzadas.
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Nos feudos, as atividades físicas consistiam na caça, pesca, jogos infantis (as
crianças daquela época tinham mais jogos e brincadeiras que as nossas), danças a jogos
populares, lutas e arremessos.
Um dos jogos mais populares era a "soule" antepassado do futebol. Até os padres,
após a missa dominical, se misturavam com o povo e jogavam a "soule".
A nobreza
participava das Justas e
dos Torneios e do jogo da
"paume”, jogo da
"palma", antepassado, do
tênis, ou "pela" além das
danças. A Justa consistia
numa disputa “amistosa”
entre dois cavaleiros que,
à cavalo, protegidos por
armaduras, munidos de
lança e espada, investiam
um contra o outro,
tentando derrubar e
dominar o adversário. No
inicio, não havia muitas regras, e a Justa era quase igual a uma batalha real, havendo,
seguidamente, mortes.
Os Torneios obedeciam aos mesmos princípios das Justas, porém eram disputados
por duas equipes. A codificação dos torneios foi feita pelo cavaleiro francês Geoffroy de
Preuilly, no século XI. Um senhor feudal promovia a festa, convidando tantos cavaleiros
quantos pudesse, ou convidando um outro senhor feudal e sua equipe.
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A Ginástica no Renascimento
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Pestalozzi foi precursor da escola primária popular e sua atenção estava focada na
execução correta dos exercícios.
Atividade
Apresentação oral/escrita por ordem dos temas dia (-------), tempo máximo por grupo 15
minutos.
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estado de tensão por questões territoriais. A crise política levou à deflagração da I Grande
Guerra, em 1914.
Foi neste tempo de guerras e revoluções que a Educação Física de nossos dias
assentou suas bases.
Entende Luzuriaga (1979) que o século XVIII é o século pedagógico por excelência.
A educação tornou-se uma das mais importantes preocupações de reis, pensadores e políticos.
Surgiram duas das maiores figuras da Pedagogia: Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) e
Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827). Foi neste século que se desenvolveu a educação
pública estatal e iniciou-se a educação nacional. Ainda segundo Luzuriaga, na educação do
século XVIII observam-se os seguintes movimentos:
Para Luzuriaga (1979) "todo século XIX foi um contínuo esforço por efetivar a
educação do ponto de vista nacional" (p. 180), o que é bastante coerente com o momento
político de afirmação dos Estados Nacionais que vivia a Europa. Os países europeus
estruturaram, naquele século, seus sistemas nacionais de educação. A escola primária foi
universalizada, em caráter obrigatório e gratuito, estabeleceram-se escolas normais para a
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Ginástica Alemã
O seu desenvolvimento foi dirigido por intelectuais e médicos, mas o
impulso decisivo para a implantação dos alicerces da Escola Alemã veio da pedagogia.
Inicialmente, podemos citar os alemães Basedow e Salzmann, que, com suas instituições
escolares denominadas "Philantropinum", abriram as portas para a implantação da educação
física escolar. Foi também decisiva a influência sobre os autores citados do suíço Jean Jacques
Rousseau que, ao escrever o Emílio, em 1762, muito acentuou a tendência humanista do
"Philantropinum" do pedagogo Johann Bernhard Basedow (1723-1790) e, posteriormente, do
de Salzmann.
Basedow dava grande importância à saúde e à educação física, e sua escola iniciou
o primeiro programa moderno de Educação Física (Van Dalen & Bennet, 1971). Este programa
compreendia corridas, saltos, arremessos e lutas semelhantes às que se praticavam na Antiga
Grécia: jogos de peteca, de bola, de pinos e pelota; natação; arco e flecha; marchas; excursões
no campo, caminhada e suspensão em escadas oblíquas e transporte de sacolas cheias de
areia (Marinho, s.d.a; Van Dalen & Bennet, 1971).
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A nova ginástica alemã - Jahn havia substituído a palavra ginástica por Turnkunst,
em 1811 - ia ao encontro das necessidades do povo, pois Jahn não teve, "durante toda sua
existência, outra aspiração senão despertar o sentimento nacional e a realização da unidade
alemã" (30, pág. 56). Jahn somente queria formar o forte. "Viver quem pode viver", era o seu
lema. Para ele, os exercícios físicos não eram meios de educação escolar, mas sim da educação
do povo. Inventou aparelhos como a barra fixa, barras paralelas e o cavalo, sendo, portanto o
precursor do esporte que hoje se chama ginástica olímpica. Registramos que, até a I Guerra
Mundial, o sistema nacional de ginástica adotado na Alemanha foi o de Jahn.
Diz Pepe: "Antes da invasão napoleônica o sentimento nacional era muito mais
um patriotismo intelectual, representado por grandes estudiosos como Lessing, Herder,
Gorthe, Kant, Fichte, etc. que intencionava impor a cultura e não a potência militar". Foram
as humilhações sofridas nas várias batalhas durante a dominação napoleônica que
despertaram os sentimentos patrióticos dos alemães. Foi então que Fichte afirmou que o
espírito alemão "é uma águia que com força levanta o seu corpo poderoso para aproximar-se
do sol". Korner incitou a Alemanha a construir um único Estado da Europa, e a fundação da
Universidade de Berlim teve um objetivo, sobretudo, patriótico. Fichte, como primeiro reitor,
fez o "Apelo à nação alemã", no qual afirmava a bem conhecida teoria que "Deus tinha
confiado ao povo alemão a missão de civilizar o mundo". Conseqüentemente os mestres da
ginástica, como Jahn, Eiselen, Frieser, Massmann e muitos outros começaram a reunir em
ginásios esportivos e em associações, a juventude para educá-la e prepará-la física e
moralmente a fim de fazer renascer a nação alemã. Foram estes os mestres que adestraram a
juventude sob o gímnico-militar, que enrubusteceram seus membros e endureceram os seus
caracteres, preparando-os para darem tudo à Pátria, até a vida. Foram eles também, que
deixados os ginásios esportivos, guiaram - como Jahn - os batalhões dos seus alunos
voluntários rumo às estradas da vitória, levando-os da planície de Hasenheide ao triunfo de
Paris.
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É evidente, que assim, na Alemanha, a ginástica não pode ter, neste período,
outro endereço senão aquele militar, com fundo nacionalista, mesmo se não faltaram
interessantes e valiosas alternativas. Outras nações européias condividiram com a Alemanha
as mesmas paixões nacionalísticas, o ódio pela opressão estrangeira e o mesmo desejo de
renascer, assim que a difusão do pensamento e das idéias da escola alemã encontrou um
terreno favorável nas condições históricas do século XIX.
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A única diferença entre a ginástica da escola alemã e aquela das demais escolas
(suecas, inglesas, francesas), é que a primeira tinha limitadas capacidades de difusão pelas
próprias condições históricas ambientais da Alemanha antes de 1870, enquanto que as outras
não conheceram tais limitações ou obstáculos para os fins universais que se tinham prefixadas.
Também para buscar o interesse na execução do método por parte das classes ou
turmas, os idealizadores do método propuseram a utilização de pequenos e grandes jogos e de
aparelhos como: cordas, bastões, colchões, medicine-ball, bancos suecos, elevações naturais,
plintons, espaldares e outros.
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Para finalizar, percebe-se uma grande utilidade na execução desse método para
treinamento de militares, onde muitas características são utilizadas nos treinamentos
atuais das academias e quartéis. Para sua efetiva aplicação nas escolas, existe a natural
necessidade de adaptações no volume e na intensidade dos exercícios propostos.
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contínua por cerca de cinquenta minutos e muitos estudiosos atestam que desse método
surgiu o tempo médio de duração de uma aula ou sessão de Educação Física.
Dada a sua grande influência sobre a juventude, o Método Natural de Hébert foi
utilizado como modelo de formação moral dos jovens. De forma genérica sobre seu método,
Hébert teria dito que os habitantes de um país desenvolvido e civilizado deveriam destinar um
tempo suficiente e diário para cultuar o corpo e utilizar o restante das horas do dia para
atividades úteis, afastando-se de todos os vícios e malefícios possíveis.
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1) Marchar;
2) Correr;
3) Quadrupedar;
4) Trepar ou Escalar;
5) Saltar ou Saltitar;
6) Equilibrar;
7) Lançar ou Arremesar;
8) Levantar ou Transportar;
9) Atividades de Defesa;
10) Natação.
Ginástica Nórdica
Foi nos países nórdicos que mais frutificaram as idéias de Guts Muths.
Inicialmente na Dinamarca - considerada na época a metrópole intelectual dos países nórdicos
-, com Franz Nachtegall (1777-1847), fundador da ginástica no seu país. O pioneirismo é a
marca fundamental de seu currículo. Em 1799 funda o seu próprio instituto de ginástica; em
1801 consegue que se inclua a ginástica na escola primária; em 1804 é o responsável pela
fundação de um instituto militar de ginástica, o mais antigo instituto especializado do mundo;
em 1808 inaugura um instituto civil de ginástica, para formação de professores de educação
física; em 1828, como coroamento de seu trabalho, implanta-se obrigatoriamente a ginástica
nas escolas, fazendo com que a Dinamarca adiante-se de alguns decênios a outros países
europeus. Sua obra identifica-se com a de Spiess, na Alemanha, pois além de ser o responsável
pela criação da educação física escolar dinamarquesa, a educação física feminina foi outra de
suas grandes preocupações.
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Seu principal seguidor foi o filho Hjalmar Ling (1820-1886). Sistematizou a obra do
pai e distinguiu-se como o verdadeiro criador da educação física escolar sueca, pois seu pai
não havia incluído as crianças nos seus estudos. Até a I Guerra Mundial, nenhuma outra
influência fora da órbita lingiana acrescenta algo significativo à educação física sueca.
Ginástica Francesa
É da maior importância o estudo dessa escola, pois dela chegaram os primeiros
estímulos que vieram a constituir os alicerces da educação física brasileira. Neste período
realça a figura de Dom Francisco Amoros y Ondeano (1770-1848), militar espanhol que chega
à França em 1814 e, em 1816, adquire a cidadania francesa. A sua figura é de grande
relevância histórica, pois foi quem introduziu a ginástica naquele país, sendo conhecido como
o "pai da ginástica francesa".
A sua ginástica reflete influências que podem ser definidas a partir da fórmula:
Rabelais/Guts Muths/Jahn/Pestalozzi. Pode-se considerar que era uma ginástica utilitária
(Rabelais), com intenção pedagógica (Guts Muths), acrobática (Jahn) e atrativa (Pestalozzi).
Mas o que caracterizava a ginástica amorosiana era o seu marcante espírito militar e "nunca
poderíamos admiti-la como um método de ginástica escolar" (4, pág. 98). Langlade
compartilha dessa opinião quando afirma que a citada ginástica "não tinha uma finalidade
escolar ainda que as crianças também a praticassem" (42, pág. 28). Apesar disso, foi
introduzida nas escolas francesas em 1850, sendo ministrada quase sempre por suboficiais do
exército, sem cultura geral e com deficiências de formação pedagógica. Somente no final do
século, por influência de Pierre de Coubertin, inicia-se uma campanha para que se crie uma
autêntica educação física escolar francesa.
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Bases Fisiológicas - A educação física deverá ser orientada pelos princípios de fisiologia.
Durante a infância a educação física deve visar ao desenvolvimento harmônico do corpo,
enquanto na idade adulta o seu papel é manter e melhorar o funcionamento dos órgãos,
aumentar o poder do coração e dos vasos sangüíneos, o valor funcional do aparelho
respiratório, a precisão e eficácia dos movimentos e pelo conjunto desses meios, assegurar a
saúde.
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A Educação Física inglesa do século XIX não foi muito influenciada pela filosofia
nacionalista, tendo um desenvolvimento diferenciado em relação ao restante da Europa. A
disciplina e o treinamento físico impostos ao povo nos países continentais, visando a defesa
nacional, não se fizeram necessários na Inglaterra, pois sua posição geográfica isolada e sua
poderosa marinha livraram-na de invasões estrangeiras. Por isso, sua maior contribuição não
foi no campo da ginástica, mas do esporte.
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econômicas produzidas pela Revolução Industrial naquele país a partir de 1760 (Eyler, 1969;
Mclntosh, 1975; Rouyer, 1977). Até o final do século XVIII o esporte era uma prática
tipicamente aristocrática na Inglaterra, tendo este panorama se modificado substancialmente
no decorrer do século seguinte, com a proliferação do esporte em outras camadas sociais e
sua institucionalização em órgãos diretivos.
A partir de 1832, a classe média, que ascendera a uma posição de poder político e
influência social por conta do desenvolvimento industrial, passou a reivindicar maiores
privilégios educacionais, o que conseguiu efetivamente por volta de 1860, e fez erguer muitas
novas escolas públicas espelhadas no modelo das antigas (Mclntosh, 1973, 1975). Esta
conquista revelou-se decisiva para a proliferação dos jogos esportivos. Mclntosh (1975)
entende que a obtenção de privilégios educacionais Peia classe média "coincidiu e foi
responsável pelo desenvolvimento dos jogos organizados, particularmente o críquete e o
futebol" (p. 88).
Para Eyler (1969) parece existir uma relação entre o aumento do tempo de lazer,
em parte induzido pela Revolução Industrial, e o desenvolvimento esportivo. Rouyer (1977)
analisou o esporte com relação ao lazer e ao trabalho no quadro do emergente capitalismo
inglês; constatou que o esporte era uma atividade de ócio da aristocracia e da alta burguesia e
um meio de educação social de seus filhos, e que a Inglaterra era o primeiro caso típico da
realidade do esporte num país capitalista.
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Contudo, foi apenas ao final do século XIX e início do século XX que o governo
inglês adotou uma política de apoio à Educação Física nas escolas mantidas pelo Estado. Após
o Ato de Educação de 1870, o Departamento de Educação efetivou acordo com o Gabinete
Militar para que sargentos ministrassem instrução em Educação Física nas escolas. E
curiosamente, o sistema imposto às escolas não foi o modelo esportivo das Escolas Públicas,
mas o sistema ginástico sueco de Per H. Ling, que fora in-troduildo na Inglaterra entre 1840 e
1850 por graduados do Instituto Central de ginástica da Suécia. Em 1904, o sistema sueco foi
adotado oficialmente nas escolas, o que gerou uma dualidade de sistemas na Educação Física
Inglesa; jogos organizados na Escola Pública e ginástica na escola primária, objetivando,
segundo During (1984), a formação de bons chefes de empreendimento e bons oficiais na
primeira, e através da disciplina e dos efeitos fisiológicos do exercício sistemático, bons
operários e soldados na segunda.
A partir do final do século XIX, o movimento esportivo inglês estava pronto para
ser exportado. Embaixadores, administradores coloniais, missionários, comerciantes,
marinheiros e colonos encarregaram-se de difundir o esporte inglês pelo mundo (Mclntosh,
1975). As primeiras associações esportivas nacionais de muitas modalidades surgiram na
Inglaterra, e somente depois em outros países (Mclntosh, 1975).
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"O clero não podia admitir que a força física tivesse um papel primordial na
educação moral. O médico julgava imprudente fazer trabalhar o organismo de
uma maneira tão intensa. O intelectual temia que o nível de estudos
experimentasse uma queda prejudicial ao país. A imprensa sustinha, com seu
poder, todas as críticas que se elevavam contra a iniciativa de Arnold" (30,
pág. 65).
Também cabe ressaltar que as atividades lúdicas (pequenos jogos) e sua prática
ao ar livre são utilizadas por esse método.
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Devido à utilização dos mais variados tipos de jogos e pela prática e treinamento
esportivo preconizados por esse método, devemos destacar que as formas de trabalho com o
grupo ou turma são muito importantes.
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A Educação Física que se ensinava nesse período era baseada nos métodos
europeus — o sueco, o alemão e, posteriormente, o francês —, que se firmavam em princípios
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Em 1920 passa a ganhar espaço na escola o Método Francês, bem como “vários
estados da federação começam a realizar suas reformas educacionais e incluem a Educação
Física, com o nome mais freqüente de Ginástica” (DARIDO e SANCHEZ NETO, 2005, p. 2). O
Método Francês passa a ser obrigatório nas escolas brasileiras até por volta de 1960, quando o
esporte começa a ser inserido em âmbito escolar, reforçado pelas vitórias da Seleção Brasileira
de Futebol em Copas do Mundo (DARIDO e SANCHEZ NETO, 2005). Também a nomenclatura
mais utilizada agora é a de Educação Física e as Ginásticas aos poucos vão deixando de ser ‘a’
Educação Física para se tornar um conteúdo ‘da’ Educação Física.
Com a lei n° 5.692, a Educação Física teve seu caráter instrumental reforçado: era
considerada uma atividade prática, voltada para o desempenho técnico e físico do aluno.
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escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. Dessa forma, a Educação Física deve ser
exercida em toda a escolaridade de primeira a oitava séries, não somente de quinta a oitava
séries, como era anteriormente.
A redação desse artigo da LDB foi alterada duas vezes. Primeiramente, incluindo o
termo obrigatório, por meio da Lei n. 10.328, de 12 de dezembro de 2001, e em 1º de
dezembro de 2003, pela Lei n. 10.793, incorporando a seguinte redação:
Essa alteração da LDB merece reflexão, pois contém um avanço, mas também
comporta um retrocesso. Se, de um lado, avança, ao incluir a Educação Física em todos os
turnos de ensino da educação básica (eliminando, com isso, a discriminação de estudantes dos
cursos noturnos), de outro, retrocede ao prescrito na antiga LDB, ao se fundamentar no
pressuposto de que esse componente curricular é essencial apenas para os alunos e alunas
saudáveis, menores de 30 anos, sem filhos, que não trabalham.
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Melo (1996), aponta que em 1922, é fundado o Centro Militar de Educação Física
no Rio de Janeiro, que daria origem futuramente à Escola de Educação Física do Exército
(EsEFEx). A EsEFEx foi criada com a intenção de formar instrutores, monitores, mestre d’arma,
monitores de esgrima e médicos especializados para o exército. Seus cursos eram oferecidos
para militares e, eventualmente, civis podiam realizar o curso de monitor.
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Objetivos de Aprendizagem
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- Ginástica Calitênica
- Ginástica de Academia;
- Musculação;
- Ginástica Localizada;
- Hidroginástica;
Ginástica Formativa
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Assim como, a consciência dos movimentos das partes do corpo. Desta forma, é
fundamental propor situações em que a criança possa explorar tudo que o cerca, deixando-a
agir, criar e descobrir de acordo com seus interesses, possibilitando a aquisição de valiosas
experiências motoras que lhes darão um melhor conhecimento do corpo e suas possibilidades
de movimento indispensáveis ao desenvolvimento da sua consciência corporal.
Ginástica Natural
Ginástica Competitiva
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com aplicação de uma ou mais aptidões físicas, além de atividades mental e social, de
modo que terá como resultados os benefícios à saúde (MARCELLO MONTTI, 2005).
A partir dos conceitos acima, percebe-se que a atividade física indica um conceito
mais amplo, enquanto que o exercício físico demonstra ser algo mais restrito.
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b) Segundo o Esforço
1) Exercícios Fracos: são aqueles que o dispêndio de energia para sua realização é
pequeno. Normalmente são utilizados no início de uma sessão ou aula ou ainda
por indivíduos em início de treinamento, com idade avançada ou em
recuperação de doenças ou cirurgias.
2) Exercícios Médios: são aqueles que consomem razoável quantidade de
energia para sua realização e executados por pessoas com relativa condição física.
3) Exercícios Fortes: são aqueles que para sua realização requerem grandes
quantidades de energia e somente devem ser executados por indivíduos em
plena condição atlética.
c)Segundo a Ação
Na classificação por ação, nos interessa vislumbrar a região do corpo humano que
o exercício irá atuar com maior intensidade. Para tanto, os mesmos são classificados da
seguinte maneira:
RESUMO
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Atividades
1. Pesquise e descreva de forma detalhada cinco exercícios naturais e que possam ser
executados em grupos de três indivíduos.
2. Pesquise e descreva de forma detalhada cinco exercícios que possam ser desenvolvidos
dentro de um escritório, mantendo os indivíduos sentados em suas cadeiras.
3. Pesquise e descreva de forma detalhada cinco exercícios que possam ser enquadrados
como exercícios de compensação para profissionais que trabalhem por muito tempo
sentados.
4. Pesquise e descreva cinco exercícios que possam atuar nos grupos musculares glúteos e
que possam ser executados sem a utilização de aparelhos ou equipamentos especiais.
5. Pesquise e descreva cinco exercícios que possam atuar nos grupos musculares da parte
interna das coxas e nos grupos musculares do pescoço.
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Ginástica Calistênica
Origem
Calistenia é um sistema de ginástica que encontra as suas origens na ginástica
sueca e que apresenta, como características, a predominância de formas analíticas, a divisão
dos exercícios em oito grupos, a associação da música ao ritmo dos movimentos, a
predominância dos movimentos sobre as posições dos exercícios à mão livre e com pequenos
aparelhos (halteres, bastões, maças, etc.).
É um sistema que sofre forte influencia das contribuições da área médica que
valorizava as técnicas de construção e exercitação das atividades, ritmadas, que abrangiam
todas as partes do corpo humano e, cujas exercitações eram bem lineares. Era obedecida a
curva do esforço fisiológico e os exercícios eram progressivos.
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Precursores
Christian Carl André (1763-1831)
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era dedicado ao "homem gordo, ao homem fraco ou enfermiço, aos jovens e às mulheres de
todas as idades – as classes que mais necessitavam de treinamento físico".
Lewis defendia:
- Os exercícios devem desenvolver a flexibilidade, graça e agilidade e melhorar a
saúde geral.
- Os exercícios deveriam ser acompanhados por musica ou tambor p/ marcar o
ritmo.
- Participação de homens e mulheres na mesma aula, acrescentando a
sociabilidade ao prazer da aula.
Lewis combatia:
- A idéia de que uma grande força era a essência do bem-estar e de que a
ginástica era exclusivamente para ginastas;
- A idéia de que o jogo livre e sem supervisão das crianças era suficiente para
desenvolver convenientemente as formas do corpo.
- Os métodos militares, pois só desenvolviam superior de tronco e conduziam a
posições forçadas e que os esportes atléticos não proporcionavam harmonia
muscular;
Lewis opinava:
- Desportos atléticos desenvolviam o corpo desarmonicamente
As ACM nos EUA, por intermédio de Wood e Roberts adotou para seu programa
de Educação física a Nova Ginástica de Lewis, que se popularizou no mundo inteiro levada
pelos secretários e diretores de Educação física graduados nas escolas de Springfield e Chicago
Propostas Metodológicas de Skarstron
Skarstron deu uma nova definição para a calistenia => “ Uma combinação de
exercícios simples com arte, musica e beleza, com a finalidade de exercitar todo o corpo,
desenvolvendo graça na mulher e elegância no homem”.
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Nos anos 60 começou a ser implantada nas poucas academias pelos professores
da ACM ganhando cada vez mais adeptos nos anos 70 sempre com inovações calcadas na
ciência. Este sistema causava muita desmotivação principalmente nas crianças e jovens que
não gostavam de "DAR 10 VOLTAS NA QUADRA". É da incompreensão do sistema calistenico
que vem muita orientação pedagógica equivocada nas aulas de educação física que
desmotivam as pessoas. FALTA DE RIGOROSIDADE NOS ESTUDOS.
Hoje, sob pretexto da criatividade, a ginástica localizada passa por uma fase ruim
com alguns professores ministrando aleatoriamente, aulas sem fundamentos específicos com
repetições exageradas, fato que a ciência já reprovou, principalmente se o público alvo for o
cidadão comum.
Características
- A calistenia representa uma série de exercícios localizados divididos em oito
grupos, associando musica ao ritmo dos movimentos, com fins corretivos,
fisiológicos e pedagógicos;
- É por assim dizer, o verdadeiro marco do desenvolvimento da ginástica
moderna com fundamentos específicos e abrangentes destinada à população
mais necessitada: os obesos, as crianças, os sedentários, os idosos e também
às mulheres.
- Dada à sua mobilidade e simplicidade, adapta-se a qualquer tipo humano,
podendo ser considerada como uma ginástica eclética.
- Predominância dos movimentos sobre as posições, dos exercícios à mão livre
e com pequenos aparelhos (halteres, bastões, maças, etc.);
- É um sistema que sofre forte influencia das contribuições da área médica que
obedecida a curva do esforço fisiológico e os exercícios eram progressivos.
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Finalidades
A Calistenia preconizava dois objetivos principais:
- Higiênicos=> representados pelo aperfeiçoamento do físico e saúde através do
aumento da flexibilidade muscular, mobilidade articular, correção da postura e
resistência orgânica à fadiga.
- Educativos=> visa a coordenação neuromuscular e uma melhor eficiência
mecânica
Vantagens
- Facilidade de sua prática, pois a mesma não necessita de materiais de alto
custo e complexos ou ainda locais específicos.
- De todos os tipos de ginástica, a Calistênica é a que mais facilmente se adapta
a musica, havendo nela lugar para quase todos os compassos e ritmos.
- Pode ser aplicada a um grande grupo de pessoas ao mesmo tempo;
- Grande desenvolvimento muscular localizado dos participantes;
Desvantagens
- Movimentos muito "analíticos e mecânicos";
- Grande intensidade e impacto nas grandes articulações dos membros
inferiores com as corridas;
- Rigidez na voz de comandos e de ordem;
Sessão Preparatória
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Volta à Calma
Exercícios
1. O que é a CALISTENIA?
2. O que valorizava o sistema da exercitação Calistênica?
4. Como iniciava e culminava (terminava) as sessões de Calistenia?
5. A exercitação da Calistenia incidiam fortemente em que sistema do corpo humano? Porquê?
6. A Calistenia causou o que nos últimos anos nas escolas brasileiras?
7. O que significa a palavra CALISTENIA?
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Ginástica Aeróbica
Origem
No final dos anos 60, o Dr. Kenneth Cooper desenvolveu, junto à Força Aérea
Americana, uma avaliação para medir a condição cardiovascular dos militares, conhecido como
teste dos 12 minutos. O teste correspondia à distância percorrida correndo ou caminhando
nesse espaço de tempo.
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Finalidades
Tem como finalidades melhorar a habilidade do sistema cardiovascular liberando
mais oxigênio e melhorando a capacidade aeróbica de endurance nos músculos durante os
exercícios. É dito que os exercícios aeróbicos equilibram a pressão arterial, diminuem o % de
gordura e diminuem o risco de ataques cardíacos nos indivíduos.
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Benefícios
Fisiológicos:
- Prevenção de doenças do coração;
- Prevenção de doenças pulmonares;
- Melhoria das capacidades físicas;
- Redução do percentual de gordura;
- Melhoria do bem estar geral.
Motores:
- Melhorar as capacidades motoras;
- Aprendizagem de novas habilidades motoras específicas;
- Harmonização dos movimentos corporais;
- Prevenção de problemas e vícios da postura.
Psicológicos:
- Resgatar o auto-conceito positivo;
- Incorporar novos valores pessoais;
- Adquirir novos hábitos e estilo de vida;
- Combater o estresse;
- Aprender a motivar-se por meio do movimento, dentre outros.
Vantagens
- Diminui o percentual de gordura no corpo;
- Aumenta a percepção e o reflexo;
- Ajuda a melhorar e prevenir problemas no sistema cardiovascular e
cardiorrespiratório;
- Auxilia no bem-estar;
- Aumenta a auto-estima;
- Contribui para o aumento da coordenação motora e agilidade;
- Estimula a convivência em grupo;
- Alivia o estresse.
Desvantagens
- A ginástica aeróbica não é indicada para indivíduos com problema na coluna.
- Pode sobrecarregar as articulações dos membros inferiores, coluna lombar,
joelhos, cotovelos e ombros.
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Intensidade
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FCB = (FCB1+FCB2+FCB3)/3
1
Citação encontrada em DANTAS 1998, 140
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De acordo com McARDLE (op.cit., 282) como regra geral, a capacidade aeróbica
melhora se o exercício for de intensidade suficiente para aumentar a freqüência cardíaca até
aproximadamente 70% do máximo.
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Então o cálculo dos limites superior e inferior de acordo com o nível de aptidão
podem ser determinados pelas seguintes equações:
Tabela 4: Determinação dos limites superior e inferior de acordo com o nível de condicionamento físico
Nível de Condicionamento Limite Inferior
Fraco e Regular L Inf = 0.55(FCM )
Bom e Superior L Inf = 0.7(FCM)
Nível de Condicionamento Limite Superior
Fraco e Regular L sup = 0.8(FCM)
Bom e Superior L sup = 0.95(FCM)
- Indivíduos sedentários
Linf: 60% FCMáx.
Lsup: 85% FCMáx.
Formas de Trabalho
De acordo com o tipo de impacto
Impacto
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- Marcha estacionária;
- Troca de calcanhares;
- Elevação de joelhos;
- Afastamento lateral de pernas simples (Lunge Simples);
- Afastamento lateral de pernas duplo (Lunge Duplos);
- Step-touch (um passo lateral e volta, abre e fecha em dois tempos);
- Grapevine (deslocamento lateral cruzado em quatro tempos);
- Elevação de Joelhos a frente;
- Elevação de Joelhos atrás;
- ½ polichinelo (2 tempos para abrir e 2 para fechar);
- Twist; toque do pé à frente (calcanhar);
- Afastamento lateral; elevação dos calcanhares.
Médio Impacto:
Caracterizada por tirar os dois pés do solo, mas sempre voltar tocando os
calcanhares, meio e ponta no solo. Vai pra cima e volta. Tem um mínimo de força de impacto
porque todo o pé toca no solo e não o deixa totalmente.
São exercícios de efeito geral e de alta intensidade, que necessitam, para a sua
execução, uma boa resistência aeróbica e muscular localizada. Neste método de trabalho
existe uma fase de suspensão em que o aluno perde momentaneamente o contato com o
chão, aumentando a sobrecarga nas articulações dos membros inferiores.
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Obs.: A intensidade do exercício pode tornar um exercício, às vezes, de maior impacto que um
de alto impacto. Portanto, não é somente tirar os dois pés do solo ao mesmo tempo que
implicará na característica do impacto.
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Combo
Step
Forma de trabalho que consiste em subir e descer do banco combinando
exercícios de braços e pernas (coordenação). Pode ser utilizado tanto para indivíduos
iniciantes quanto treinados, pois a altura do banco varia de acordo com a capacidade física do
aluno.
Exercícios de Step
- Passo Básico (Subida e descida)
- Passo em V;
- Passo em Reversão;
- Lunge Frontal;
- Lunge Lateral;
- Montaria;
- Passa;
- Meio giro;
- Galope;
- Toque no joelho;
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- Steps;
- Barras fixas e paralelas;
- Colchonetes.
Divisão da aula:
A divisão da aula de ginástica aeróbica apresenta uma série de alternativas, entre
as quais:
Esquema 1
1ª Parte: Alongamento e aquecimento
2ª Parte: Aeróbica geral
3ª Parte: Aeróbica local
4ª Parte: Relaxamento
Esquema 2
1ª Parte: Alongamento e aquecimento
2ª Parte: Aeróbica local
3ª Parte: Aeróbica geral
4ª Parte: Relaxamento
Esquema 3
1ª Parte: Alongamento e aquecimento
2ª Parte: Aeróbica geral
3ª Parte: Esfriamento
4ª Parte: Fase local
5ª Parte: Alongamento e Relaxamento
Aquecimento:
- Duração: 5 a 10 minutos. Tem um papel importantíssimo, por preparar as
estruturas musculares, articulares, cardíacas, e para possibilitar por meio de
movimentos simples e similares aos da fase principal, uma facilitação no
processo de aprendizagem.
- Objetivos: alongar os principais grupamentos musculares, principalmente a
musculatura localizada na região posterior da perna e coxa, redução da
viscosidade intramuscular, aumento da elasticidade muscular, elevar a FC à
nível aeróbico progressivamente e proporcionar uma atitude psicológica
positiva dos alunos.
- Movimentos utilizados: movimentos ritmados globais de flexão, extensão,
circundução, balanceios e alongamentos estáticos utilizados de forma isolada
ou combinada, preparando o organismo para exercícios mais vigorosos.
- Exercícios contra-indicados:
Movimentos de flexão de tronco ou inclinação lateral em alta
velocidade;
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Aeróbica Geral:
Esfriamento:
Fase Localizada:
Recomendações Básicas
- Ensinar aos alunos a tomar a FC.
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Atividades
Ginástica Localizada
Origem
Esta atividade tão largamente difundida no Brasil teve sua origem na Ginástica de
Academia, a partir de 1930, no estado do Rio de Janeiro. Segundo NOVAES (1996), a primeira
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Finalidades
- Desenvolvimento e aprimoramento da força e RML;
- Melhora da tonicidade muscular;
- Melhora da flexibilidade articular;
- Melhora da postura;
- Desenvolvimento e manutenção do ritmo e coordenação;
- Consciência corporal;
- Melhora a postura, saúde, auto-estima, e disposição física;
- Ajudar a reduzir os riscos de lesões realizadas nas tarefas diárias.
Vantagens
- Por trabalhar com um número razoavelmente elevado de repetições
proporciona ao músculo um trabalho de resistência com pequena hipertrofia
muscular
- Desenvolve prioritariamente consciência corporal
- Pode-se iniciar o trabalho somente com o peso corporal sem adicionar
halteres e ir progressivamente aumentando
Desvantagens
- Por não ter o suporte dos aparelhos da musculação, posturas erradas podem
sobrecarregar coluna e articulações
Precauções
- Usar roupas leves e que facilitem os movimentos.
- Prestar toda a atenção às posturas corretas.
- Evitar a sobrecarga sobre a musculatura.
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Componentes de Carga
Na ginástica localizada os componentes da carga são os seguintes:
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Nível Básico
- Objetivos: Resistência Geral, Redução de Peso e Resistência Muscular
Localizada.
- Duração da aula: 50 min.
- Número de exercícios por grupamento: até 2
- Número de séries por exercícios: até 2
- Número de repetições: mais de 20, 30-40
- Duração (tempo de execução): execução contínua, com duração de 1 min a
1min30 por série.
- Recuperação entre séries: de 30 Seg até 1min
- Freqüência semanal: 3 vezes
- Recursos materiais: Caneleiras/halteres/step/bastão
- Intensidade baixa: de 45% a 50% da Força máxima muscular.
- Ritmo: Rápido
- Parâmetros de avaliação: para o aluno sair do nível básico, é necessário que
ele apresente, no mínimo, os seguintes valores no teste físico (avaliação dos
resultados):
- VO2máx. = 38ml/kg/min.
- R.M.L.= Classificação média nos testes.
- Flexibilidade = classificação regular no flexiteste.
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3° Passo: defina o objetivo especifico da aula. Entre as qualidades físicas que podem ser
desenvolvidas com a Ginástica Localizada temos:
1. Peitorais
2. Dorsais (costas)
3. Bíceps (braço)
4. Tríceps (braço)
5. Ombros
6. Quadríceps (coxa – frente)
7. Posteriores da coxa (coxa – atrás)
8. Adutores (coxa – interna)
9. Abdutores (coxa – externa)
10. Panturrilha (batata da perna)
11. Abdominais (barriga)
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a- Sistema de encaixe
Vantagens:
- Proporciona um grande atrativo psicológico.
- Excelente método para aperfeiçoar a coordenação e o ritmo.
- Exige do praticante uma melhor atitude mental (concentração).
- Favorece a uma recuperação mais rápida.
- Estimula a criatividade do professor.
Desvantagens:
- Pode dificultar o desenvolvimento da resistência muscular localizada, devido
ao grande número de exercícios.
- Tende a ter uma menor intensidade na carga de trabalho.
- Os últimos exercícios são menos trabalhados que os primeiros, devido a
associação progressiva dos exercícios.
Observações:
- Esse método tende a ser aplicado nas aulas de intensidade mais fraca, devido
a aplicação do princípio de alternância.
- Para os alunos que apresentam um baixo nível de RML, esse método
apresenta uma grande preponderância em relação aos outros.
b- Sistema em série
Vantagens:
- Facilita o desenvolvimento da resistência muscular localizada.
- Permite alternar os grupamentos musculares.
- Pode-se trabalhar cada grupamento muscular especificamente.
- Favorece o desenvolvimento da resistência aeróbica, devido ao repouso ativo.
Desvantagens:
- Provoca uma maior fadiga.
- É necessário um bom nível de condicionamento físico dos alunos.
Observações:
- Os exercícios devem ser executados em três grupos no máximo, com um no.
fixo de repetições por grupo (ex: 3x30)
- O intervalo ativo pode-se utilizar exercícios aeróbicos em diferentes
combinações, evoluções,-mudança de frente, etc...
- A sobrecarga pode ser aplicada nos seguintes aspectos: no. de grupos, no. de
repetições, duração do intervalo, etc...
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DELGADO
c- Sistema bombeado
Vantagens:
- Trabalha-se todos os principais grupamentos musculares.
- Excelente método para o desenvolvimento da RML.
- É trabalhado tanto os músculos agonistas quanto os antagonistas,
harmoniosamente.
- Ideal para alunos condicionados.
- Pode-se enfatizar uma região anatómica de cada vez.
Desvantagens:
- Exige uma motivação muito grande dos alunos.
- Provoca uma maior fadiga durante o trabalho.
- Proporciona um maior acúmulo de ác. lático no organismo.
- E preciso ter um limiar de sofrimento (resistir a fadiga) muito elevado.
Observações:
- Torna-se necessário uma boa regulação da relação volume e intensidade.
- Deve-se trabalhar os músculos agonistas e antagonistas, alternadamente.
d- Pirâmide crescente
Exemplo:
3 grupos de flexões de braço (rosca direta)
1° grupo - 20 flexões de braço com 3 kg.
2° grupo - 30 flexões de braço com 2 kg.
3° grupo - 50 flexões de braço com 1 kg.
e- Pirâmide decrescente
Exemplo:
3 grupos de semi-agachamento
1° grupo - 20 flexões de joelho com 3 kg
2° grupo - 30 flexões de joelho com 2 kg
3° grupo - 50 flexões de joelho com 1 kg
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DELGADO
f- Carga estável
Exemplo:
3 grupos de mergulho horizontal
1° grupo - 30 flexões de apoio de frente sobre o solo com 2 kg.
2° grupo - 25 flexões de apoio de frente sobre o solo com 2 kg.
3° grupo - 20 flexões de apoio de frente sobre o solo com 2 kg.
Observação: O na de repetições pode aumentar progressivamente a cada grupo, porém com
intensidade constante.
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DELGADO
g- Onda crescente
h- Onda constante
- Halteres
- Barras com anilhas
- Caneleiras
- Elásticos
- Steps
- Barras fixas e paralelas
- Colchonetes
7° Passo: monte a estrutura da aula. Atualmente, a divisão, mais utilizada em uma sessão de
Ginástica Localizada é:
Fase Duração
Aquecimento 6-8 min
Aeróbica 6-8 min
Localizada 35-40 min
Esfriamento 3-5 min
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- Aquecimento
Geral/Orgânico
Específico/Neuromuscular
- Parte principal
Exercícios Localizados
Exercícios de Solo
- Relaxamento e volta à calma
Aquecimento
Parte Principal
Exercícios de Solo
Hidroginástica
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DELGADO
Origem
A palavra Hidroginástica vem do grego e significa "GINÁSTICA NA ÁGUA".
Finalidades
A hidroginástica tem por finalidade melhorar a capacidade aeróbica e
cardiorrespiratória, a resistência e a força muscular, a flexibilidade e o bem-estar de seus
praticantes. Possui a vantagem de poder ser praticada por pessoas de qualquer sexo e idade. A
hidroginástica é uma opção alternativa para o programa de prática mais comum de exercícios,
como a ginástica de academia. Sua eficácia vai de atletas em treinamento, gestantes, pessoas
em fase de reabilitação, até as que estão acima ou abaixo do peso ou com algum tipo de
deficiência. Os exercícios aquáticos são divertidos, agradáveis, eficazes, estimulantes, cômodos
e seguros. A hidroginástica permite a redução no esforço articular.
Vantagens
- Movimentação corporal facilitada pela sustentação (flutuação). Peso corporal
aliviado em 90% dentro d'água. A água auxilia os exercícios mais difíceis.
- Diminuição do impacto - articulação, músculos e coluna podem ser
trabalhados com mais segurança.
- Ambiente descontraído - alunos mais à vontade, relaxados, sem preocupação
com a silhueta no espelho, com a roupa que estão usando ou com a falta de
coordenação e habilidade. Dentro d'água os alunos não se enxergam direito
(água na altura do peito).
- Melhora a autoconfiança - o indivíduo consegue realizar movimentos dentro
d'água que seriam impossíveis em terra. Mesmo aqueles que não sabem nadar
podem praticar a Hidroginástica.
- A Hidroginástica, diminui dores e espasmos musculares pós atividade, devido
ao efeito massageador da água.
- Performance global - musculatura agonista e antagonista trabalham
igualmente (resistência da água).
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DELGADO
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DELGADO
Desvantagens
- Muito do trabalho é subjetivo;
- Ainda é de difícil avaliação (não existem, ao menos no Brasil, parâmetros que
avaliem especificamente esta atividade);
- Exercícios mal orientados podem ser prejudiciais;
- Avaliação médica especifica (geralmente é apenas uma avaliação para a
piscina);
- Desconhecimento da atividade pelos próprios profissionais;
- Leigos dando aulas.
Contra - Indicações
A hidroginástica é contra-indicada para infecções de pele, não pelos movimentos,
mas porque a água, principalmente a quente, proporciona um bom meio para o crescimento
bacteriano, por isso todas as infecções devem ser contra-indicadas.
Casos de infecções transmitidas pela água, tais como: febre tifóide, cólera,
poliomielite e disenteria, devem ter a prática da hidroginástica suspensa até liberação médica.
- Radioterapias profundas;
- Doenças renais, nas quais os indivíduos não possam ajustar-se à perda hídrica;
- Epiléticos não controlados;
- Tímpano perfurado;
- Miocardite recente;
- Embolia pulmonar;
- Insuficiência cardíaca grave;
- Hipertensão Arterial grave;
- Diabéticos não controlados;
- Portadores de necessidades especiais muito debilitados.
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Componentes de Carga
Na hidroginástica os componentes da carga são os seguintes:
Intensidade
Para que nosso trabalho seja seguro e alcance o ganho cardiovascular que
procuramos, utilizaremos a freqüência cardíaca como parâmetro indicativo da intensidade de
esforço no qual o aluno está sendo submetido, mediante esse controle, ele poderá exercitar-se
com segurança sem colocar em risco a saúde, obtendo-se o efeito desejável:
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DELGADO
Intensidade do Impacto
- Baixo impacto: São aqueles movimentos que atendem às seguintes
características:
o Sempre mantêm o apoio um dos pés no chão.
o Produzem o deslizamento dos pés no chão sem perca de contato.
o São realizados com a água na linha dos ombros, podendo perder o
contato com o chão, mas sem projeção do corpo na vertical.
- Alto impacto: São caracterizados pelos movimentos de salto e saltitos.
Compreendem aqueles movimentos nos que se perde o contato com o chão
(fase aérea), nos quais o corpo permanece em posição reta, realizando sua
projeção para cima.
- Sem impacto: São aqueles movimentos realizados sem o contato dos pés com
o chão. Acontece quando o corpo está suspense na água (flutuação), e podem
ser executados em piscina profunda ou com o corpo agachado na água,
mantendo seu nível no pescoço do praticante.
1° Passo: Determinar como será a estrutura básica das classes (nível) e definir cada parte, com
seu tempo aproximado de duração e objetivos a alcançar.
2° Passo: Listar todos os recursos materiais disponíveis e distribuí-los, combinados (de três a
três) ou não, semanalmente, de forma que ao final de um mês todos os materiais tenham sido
utilizados.
3° Passo: Planejamento de Aulas. A distribuição do tipo de trabalho deverá ser efetuada na
semana, para evitar desta forma repetições, e sempre em função dos alunos a quem vai
dirigido.
Estrutura da Aula
1. Aquecimento - (8' a 10'): Fase de importância vital, já que deve preparar ao aluno para
confrontar a fase principal (aeróbica e/ou de tonificação muscular) nas melhores condições
possíveis. O objetivo desta fase é:
- Aumento gradual da temperatura da musculatura esquelética e tecido
conectivo geral
- Aumento progressivo da FC, preparando assim o sistema cardiovascular
(ativação da circulação sangüínea, incrementando assim o fluxo sangüíneo ao
músculo).
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2. Parte aeróbica - (de 15' a 20'): O objetivo é a elevação da freqüência cardíaca até chegar em
sua zona do treinamento entre 60% à 75% a Freqüência Cardíaca de Reserva (FCR) (efeito
sobre o sistema cardiorrespiratório). Saltos, deslocamentos, exercícios combinados para o
desenvolvimento da coordenação, ritmo, agilidade.
3. Localizada - (de 10' a 15'): Trabalho de força e resistência muscular dando ênfase aos
abdominais e glúteos, seguidos pelos membros inferiores e superiores. É importante para a
"consciência corporal". Não devemos deixar de nos preocuparmos com a flexibilidade que
deverá começar gradualmente até atingir 1/2 desta parte da aula. Podemos utilizar como
apoio, diferentes materiais como: borda da piscina, barra, prancha, halteres e etc.
4. Volta a calma - (5' a 8'): Tem como o objetivo, entre outros, a diminuição da freqüência
cardíaca até o estado de relaxação. Deve não ser somente físico, mas também mental. Bem
variado, de acordo com o nível e a necessidade de seus alunos. Distintas formas de trabalho:
- Alongamentos
- Relaxamento induzido, etc.
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Musculação
Origem:
A história moderna da musculação começa com os estudos de WEBER em 1846
sobre a relação entre a força muscular e a área da seção transversa do músculo.
Finalidade:
Volta-se basicamente para o desenvolvimento da RML, da força dinâmica e
explosiva.
Peculiaridades:
Utiliza implementos como sobrecarga adicional.
- Implementos Alodinâmicos: Não compensam as variações nos braços das
alavancas ao longo do movimento. (Halteres, barras, peças lastradas e
módulos de resistência por meio de roldana, polia ou alavanca)
- Implementos Isodinâmicos: Compensam as variações nos braços de alavanca
ao longo do arco articular. (Máquinas Cybex, Minigym)
Tipos de Respiração:
a) Continuada
b) Eletiva Ativa/Passiva
c) Combinada
Intensidade de treinamento:
a) Carga (kg)
b) Velocidade de Execução
c) Intervalos/Pausas
Volume de Treinamento:
A musculação, por ser um método que possibilita um alto perfil de consumo
energético (devendo, para produzir seus resultados, trabalhar os limites superiores do atleta),
além de uma grande facilidade de mensuração minuciosa do volume e da intensidade
provocará a existência de uma relação absoluta entre este dois fatores.
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Objetivo
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Perfil Somatotipológico
Duração da Sessão
Pode variar entre 1 a 2 horas em função, principalmente, dos objetivos a serem
atingidos e a disponibilidade de tempo do praticante, constatados na fase inicial (avaliação).
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Seqüência de Trabalho
De acordo com DANTAS (1998) uma sessão básica de treinamento, deve ser
composta por:
- Aquecimento;
- Parte Principal;
- Desaquecimento.
Sistema de Treinamento
Intensidade do Treinamento
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Volume do Treinamento
- Grupo: conjunto de dois a quatro exercícios sem intervalo. Significa que serão
realizados os três exercícios, quantas vezes forem prescritas pelo número de
passagens, sem intervalo.
- Série: rol de exercícios a serem realizados numa sessão.
- N° de passagens: se a série for realizada mais de uma vez ter-se-á, para cada
vez que a série for executada, uma passagem.
- Sessão: total geral de exercícios a serem realizados num dia de treinamento.
Tipos de Respiração
2) Respiração Ativa-Eletiva: quando o atleta que lida com pesos elevados quer evitar o
bloqueio da respiração, lança mão do recurso da respiração eletiva que consiste na ritmação
da respiração com o movimento.
- A inspiração é realizada na Fase Positiva ou Concêntrica.
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3) Respiração Passiva-Eletiva
- A expiração é realizada na Fase Positiva ou Concêntrica.
- A inspiração é realizada na Fase Negativa ou Excêntrica.
- Menos indicada ao aluno iniciante.
- Mais utilizado em treinos de: Força dinâmica (hipertrofia), Força explosiva
- Utilizada em gestos desportivos de potência. Ex: Cortada de Vôlei, Saque do
Tênis, Arremessos etc.
- Indicada para exercícios que comprimem mecanicamente a cavidade
abdominal, facilitando a expiração.
Freqüência Semanal
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m s Exerc. de entre os
de carga execução grupos
máxima
RMP 30 a 40% +30 Média - Continua
RML 40 a 60% 15 a 30 8 a 15 Média 30 a 40” Continua
Hipertrofia
para Lenta a
60 a 70% 6 a 10 6a9 2 a 4’ Passiva/eletiva
Nadadores moderada
de Fundo
Hipertrofia
para
Nadadores Lenta a
75 a 80% 6 a 10 6a9 2 a 4’ Passiva/eletiva
de moderada
Velocidad
e
Força Passiva/eletiva
50% a 70% 1a6 Rápida 2 a 5’
Rápida /bloqueada
Força
50 a 60% 6 a 12 Rápida 2 a 5’ Passiva/eletiva
Explosiva
Força Passiva/eletiva
85 a 95% 2a5 3a5 Lenta 3 a 6’
Máxima /bloqueada
PERÍODO PERÍODO
PERÍODO PREPARATÓRIO
COMPETITIVO TRANSITÓRIO
Preparação Geral Preparação Específica Competitivo Destreinamento
Força Básica
Força Específica
(Adaptção, Força Força Manutenção da
(RMP, Força Rápida e
RML e Máxima Competitiva Força Básica
Força de Potência)
Hipertrofia)
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Sua duração é de 2 a 4 meses, com registros da força máxima para que seu nível e
o nível de força específica não caiam ao final do período de competições.
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Dentre elas:
- Ginástica Laboral
- Ginástica Corretiva (RPG)
- Ginástica Oriental
- Hidroterapia
- Pilates
Ginástica Laboral
A ginástica laboral é definida como a realização de exercícios físicos no ambiente
de trabalho, durante o horário de expediente, para promover a saúde dos funcionários e evitar
lesões de esforços repetitivos e doenças ocupacionais. Além dos exercícios físicos, consiste em
alongamentos, relaxamento muscular e flexibilidade das articulações. Apesar da prática da
ginástica laboral ser coletiva, ela é moldada de acordo com a função exercida por cada
trabalhador. Nascida em 1925, entre os operários poloneses, a ginástica laboral foi passada à
Holanda, Rússia, Bulgária e Alemanha Oriental. Mais tarde, chegou ao Japão. Após a Segunda
Guerra Mundial, o programa espalhou-se e evoluiu pelo mundo. Apesar de não conhecida por
esta denominação, foi a ginástica laboral que deu à ginástica um elo com a Medicina, o que lhe
rendeu status na sociedade enquanto âmbito a ser estudado e aprimorado.
Ginástica Corretiva
É a ginástica que possui exercícios definidos para corrigir defeitos posturais e
desvios da coluna vertebral, também conhecida como cinesioterapia, é ministrada por
fisioterapeutas, fisiatras e/ou professores de Educação Física especializados.
Ginástica Oriental
Reúne várias técnicas em busca do equilíbrio da energia cósmica com a dos
chacras corporal. Utiliza- se exercícios suaves e lentos acompanhados de perfeita respiração.
Hidroterapia
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Definição:
GO/GA – Esporte
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História
Apesar de a Ginástica Olímpica ter tido um enorme avanço no Brasil nos últimos
tempos, em função de conquista espetaculares como as de Daiane dos Santos, Diego Hipólito,
Daniela Hipólito, Jade Barbosa dentre outros, a prática dessa modalidade ainda não está
massificada nas diferentes regiões do país.
Fatores Limitantes:
- Falta de aparelhos
- Custo elevado dos aparelhos
- Espaço insuficiente para a prática
- Professores pouco qualificados para a prática da modalidade
- Medo de ocorrência de acidentes com os alunos
- Entendimento da modalidade enquanto esporte de alto nível
- Exigência de alta performance
- Preferência dos alunos por outras modalidades
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- Ludicamente
- Possibilitar a exploração dos movimentos e materiais pelos discentes
- Respeito à faixa etária dos alunos
- Utilizando exercícios educativos – PEDAGÓGICOS
- Executando várias repetições
- Estímulos psicológicos – incentivo e para superar medos e traumas
- Estimular o diálogo
- Estimular a cooperação entre os colegas
- Utilizar diferentes materiais para a aprendizagem
- Utilizar diferentes métodos de ensino (global, parcial, misto, demonstração).
- Aproximar do universo cultural dos alunos
- Utilizar a progressão pedagógica: Do simples p/ o complexo.Do Fácil p/ o
difícil.Do pouco p/ o muito
Tipos de Trabalho
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5 a 6 x por semana
A partir dos 5/6 anos
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Modalidades
As provas femininas:
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As provas masculinas:
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Existe uma segunda classificação por níveis (classificados por letras) que
determina o nível de dificuldade dos exercícios e os aparelhos :
A nota máxima que um ginasta pode alcançar é 10,00 e se consegue pela soma
dos diferentes pontos dos árbitros. São eles:
A ordem de competição é por sorteio. A pontuação por equipe se faz da seguinte forma:
Julgamento e Pontuação
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mais elaborado. Os juízes procuram erros de postura, de execução, dentre outros, para deduzir
do valor inicial do atleta.
Equipamentos
Local
Figura 2: Ginásio
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Subdivisão e Aparelhos
ARGOLAS
Características da competição
Durante a apresentação o ginasta deve ficar pelo menos dois segundos parado
numa posição vertical ou horizontal em relação ao solo. As argolas devem sempre permanecer
paradas.
Elementos da coreografia:
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- Desligue-se do aparelho;
- Balance a fita que prende as argolas à haste de sustentação;
- Use força invés de impulso nas acrobacias;
- Não defina um movimento estático (ou seja, não mantenha o tempo mínimo
de dois segundos);
- Não mantenha a postura angular dos ombros durante sua apresentação.
Movimentos
A gama de movimentos estáticos nas argolas é tão variada quanto nos demais
aparelhos masculinos e femininos. Para as saídas, usam-se os saltos costumeiramente vistos
em provas de salto. Durante suas apresentações, os ginastas utilizam de movimentos
acrobáticos e estáticos – validados pelo Código de Pontos de A à Super-E (F) -, entre eles[6]:
Cavalo com alças é um aparelho utilizado na ginástica artística apenas por atletas
do sexo masculino, composto de um corpo prismoidal mais estreito na parte inferior, montado
horizontalmente sobre uma base, com duas alças sobrepostas ao corpo.
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Os descontos decorrem, assim como nos demais aparelhos, na faixa de 0,1 à 1,0.
O ginasta será penalizado:
BARRA FIXA
É uma barra é presa sobre uma estrutura de metal a 2,75 m do solo e possui 2,40
m de comprimento. A prova consiste em movimentos de força e equilíbrio.
Características da competição
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DELGADO
prova, o ginasta não pode parar de mover-se e necessita de uma velocidade maior nos giros
antes de cada acrobacia – para ganhar altura e velocidade rotacional
Para realizar uma boa prova, o atleta necessita cumprir com as seguintes
características:
Para não ser descontado em sua performance, o ginasta não deve soltar-se do
aparelho - sem que esteja realizando um movimento acrobático -, dobrar os joelhos e
cotovelos – quando o movimento não pedir tal postura -, hesitar durante um giro, não cumprir
com as exigências mínimas acrobáticas e abrir as pernas – quando não solicitar o movimento .
Movimentos
A respeito dos demais aparelhos da ginástica artística, a barra fixa conta com uma
gama variada de exercícios e movimentos, que vão, desde as simples empunhaduras às
largadas acrobáticas.
BARRAS PARALELAS
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Características da competição
Como técnica básica neste aparato, está o chamado apoio. Nele, os braços do
atleta ficam completamente estendidos, os ombros alinhados - que pressionam para baixo -, o
peito é cavado para dentro e a cabeça, ao centro, dificulta o cumprimento dos aspectos
mecânicos, pois o corpo precisa estar sempre na postura correta do apoio.
- Percorrer toda a extensão dos barrotes, seja com largadas e retomadas, seja
com movimentos de equilíbrio
- Executar movimentos em ambas as barras simultaneamente e em apenas uma
delas
- Executar ao menos uma largada. O movimento acrobático – que envolve
mortais e piruetas – não desconta ponto ao ginasta que não o executa, mas
deixa sua rotina com uma nota A (de partida) mais baixa
- Manter a postura angular correta: 180º vertical e 90º nas paradas e
movimentos de equilíbrio, além da correta execução das largadas
- Finalizar sua apresentação com um salto de saída de dificuldade D
Para não sofrer com despontuações, o ginasta não deve arrumar suas mãos nas
barras - quando não estiver executando o próprio movimento -, desprender-se do aparelho,
perder a postura – como dobrar os joelhos e cotovelos -, não cumprir com as exigências
acrobáticas e plásticas exigidas pelo Código de Pontos, tocar as pernas nas barras em qualquer
situação e não finalizar um movimento – qualquer passagem ou acrobacia.
Movimentos
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DELGADO
Como nos demais aparelhos, os exercícios nas barras paralelas realizados são
bastante variados. Em geral, as acrobacias executadas são de chegada ao apoio braquial –
protegidas ou não pelas braçadeiras -, que ajudam a reduzir o impacto nas aterrizagens dos
movimentos e dão ao atleta a possibilidade de um melhor apoio e saída para a continuação de
sua performance. Abaixo, alguns movimentos básicos nomeados:
- Esquadro: Como utilizado nas argolas, o ginasta forma uma figura angular com
o corpo, apenas em um dos barrotes. O ginasta firma as mãos e passa as
pernas por entre os braços, parando na posição que se assemelha a um
esquadro.
- Luftrolle: O movimento começa com o ginasta erguendo as pernas em posição
esticada para se lançar ao impulso. Como em um mortal esticado para trás, o
atleta larga as barras e chega em posição esticada, como uma parada de mãos.
Este movimento se assemelha ao giro-gigante executado na barra fixa.
- Stützkehre: O ginasta parte da posição “parada de mãos”, sobre as barras.
Lançando-se à frente, solta-se de apenas um dos barrotes, faz-se um giro de
180º graus do corpo e torna à “parada de mãos”, dessa vez, virado para o
outro lado.
- Felge: Movimento utilizado para entradas nas barras. Partindo da parte de
baixo, o ginasta desenha, lançando as pernas esticadas para cima, uma forma
angular com o corpo, de modo a atingir, durante o embalo, um X entre as
pernas e os braços. Ao elevar-se, passa-se à “parada de mãos”.
SALTO (MESA)
Figura 7: Diego Hypólito executa o salto sobre a mesa nos Jogos Pan-americanos de 2007
O salto é um dos dois eventos que a ginástica artística feminina e masculina tem
em comum. A outra é o solo. O salto é considerado um evento de explosão muscular,
possuidor de uma margem mínima para erros. É o evento mais curto dentre todos, porém, de
valor igual aos demais.
O cavalo tem 1,25 m de altura medida desde o colchão. Existem quatro grupos de
saltos:
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PARALELAS ASSIMÉTRICAS
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DELGADO
Características da competição
Para obter uma boa pontuação, a ginasta possui como obrigação em sua rotina(1):
Para não ser despontuada, a atleta não pode cometer erros, que variam entre
leves e gravíssimos, em um desconto de 0,1 a 1,0, como:
Movimentos
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DELGADO
TRAVE OLÍMPICA
SOLO
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DELGADO
Durante a apresentação é exigido que a ginasta realize trocas harmônicas entre elementos
acrobáticos e ginásticos, trocas dinâmicas entre movimentos lentos e rápidos, harmonia entre
a música e os movimentos, e utilização de todo o tablado.
TERMINOLOGIAS
8.1) As posições básicas do corpo
POSIÇÃO ESTENDIDA: caracteriza-se pela ausência de angulação nas articulações do quadril e
joelhos.
POSIÇÃO GRUPADA: caracteriza-se pela flexão das articulações do quadril e joelhos.
POSIÇÃO CARPADA ADUZIDA: caracteriza-se pela flexão do quadril e extensão dos joelhos.
Os membros inferiores encontram-se unidos, fechados.
POSIÇÃO CARPADA ABDUZIDA: caracteriza-se pela flexão do quadril e extensão dos joelhos.
Os membros inferiores encontram-se abertos, afastados.
POSIÇÃO AFASTADA: caracteriza-se pelo afastamento das coxas/pernas; quando alcança os
180
graus, é chamada espacato, apresentando duas opções:
Afastamento ântero-posterior:
Afastamento lateral:
SUSPENSÃO: a linha dos ombros se encontra abaixo do aparelho.
APOIO: o peso do corpo é sustentado prioritariamente sobre os braços.
.
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Ginástica Rítmica
Data do século XVI o primeiro relato acerca da prática da ginástica ligada ao ritmo.
A partir disso, foram mais de duzentos anos até se tornar um conjunto uniforme de dança,
levado à extinta União Soviética, onde passou a ser ensinado como um novo esporte. Mais
tarde, obteve sua independência da modalidade artística - para a qual deixou a musicalidade -
e um sistema organizado, com aparelhos e competições próprios, criados pelo alemão Medau
e incentivado pela árbitra Berthe Villancher. Em 1996, tornou-se um esporte olímpico, cem
anos após a entrada da ginástica em Jogos Olímpicos. Esta modalidade envolve movimentos de
corpo em dança de variados tipos e dificuldades combinadas com a manipulação de pequenos
equipamentos. Em suas rotinas, são ainda permitidos certos elementos pré-acrobáticos, como
os rolamentos e os espacates. As atletas, durante suas apresentações, devem mostrar
coordenação, controle e movimentos de dança harmônicos e sincronizados com as
companheiras e a música.
Ginástica de Trampolim
Ainda que seu surgimento seja impreciso, é sabido que na Idade Média os
acrobatas de circo utilizavam tábuas de molas em suas apresentações e os trapezistas
realizavam novos saltos a partir do impulso realizado em uma rede de segurança. Contudo,
apenas no início do século XX, apareceram as performances realizadas em "camas de pular",
enquanto forma de entretenimento. Na história circense, estudiosos supõem que o acrobata
Du Trampolin, aproveitou a impulsão da rede de proteção como forma de decolagem. Mais
tarde, o aparelho sofreu um outro tipo de modificação, nos Estados Unidos, para atividade de
queda e mergulho.
Ginástica Acrobática
Embora a acrobacia, enquanto prática, tenha desenvolvido-se durante o século
VIII, devido ao surgimento do circo, as primeiras competições do esporte datam do século XX,
com o primeira realizada em 1973. Nesse mesmo ano, fora criada Federação Internacional de
Esportes Acrobáticos, fundida, em 1998, à FIG.
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cinco divisões: par feminino, par masculino, par misto, trio feminino e quarteto masculino. As
rotinas são executadas em um tablado de 12x12 metros, em igual medida ao da prática
artística. Os acrobatas em grupo devem executar três séries: de equilíbrio, dinâmica e
combinada. Uma de Equilíbrio, uma Dinâmica e outra Combinada. As séries dinâmicas são mais
ativas e com elementos de lançamentos com vôos do ginasta. As de equilíbrio valorizam os
exercícios estáticos. Em níveis mais altos, a combinada é um misto das duas séries
anteriormente citadas. Todas as apresentações são realizadas com música, a fim de enriquecer
os movimentos corporais.
Ginástica Aeróbica
Esta modalidade - elaborada por Kenneth Cooper - foi inicialmente desenvolvida
para o treinamento de astronautas. Mais tarde, a iniciativa fora continuada por Jane Fonda,
que expandiu o programa técnica e comercialmente para se tornar a popular fitness aerobics.
Assim, a ginástica aeróbica surgiu no final da década de 1980 como forma de praticar
exercícios físicos, voltada para o público em geral. Pouco depois, tornou-se também um
esporte competitivo para ginastas de alto nível. Quatorze anos mais tarde, a Federação
Internacional organizou os campeonatos mundiais da modalidade, cuja primeira edição
contabilizou a participação de 34 países. Esta disciplina requer do ginasta um elevado nível de
força, agilidade, flexibilidade e coordenação. Piruetas e mortais, típicos da ginástica artística,
não são movimentos executados pela modalidade aeróbica. Seus eventos são divididos em
cinco: individual feminino e masculino, pares mistos, trios e sextetos. De acordo com a FIG, o
Brasil é o país com o maior número de praticantes da ginástica aeróbica, com mais quinhentos
mil praticantes. Estados Unidos, Argentina, Austrália e Espanha, são outros países de práticas
destacadas.
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