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Ao bom tribuno não é dado expelir as palavras a esmo.

Bem por isso que o discurso


ministerial deve ser meticulosamente projetado. Toda cautela é necessária no que diz
respeito a sua forma e ao seu conteúdo. A escolha das palavras certas e a comunicação
não verbal – gestos, expressões faciais e linguagem corporal – são medidas a serem
cuidadosamente observadas.

Fábio Quintiliano, na obra Instituições Oratórias, ensina que o discurso forense tem a
seguinte composição (taxis): (1) exórdio (início), (2) narração (exposição),
(3) confirmação (meta) e (4)peroração (conclusão).

Gabriel Chalita, no livro A Sedução no Discurso, explica referida composição desta


forma: (1) O exórdio introduz o tema ou resgata uma questão apresentada em outro
momento, e deve suscitar no espírito da audiência um interesse pelo problema; (2)
A narraçãodesdobra o tema em todas as suas possibilidades, dentro dos limites do
discurso, expondo-o de maneira favorável e clara; espera-se que a narração conquiste o
auditório para a causa defendida e, assim, o predisponha a escolher a solução que é
mostrada pelo orador; (3) A confirmação vem para sustentar a alternativa almejada pelo
orador; nela, são apresentados os prós e os contras de cada opção, de modo a mostrar a
resposta desejada como a solução correta para a questão; e (4) A peroração, finalmente,
exorta a audiência a tomar a decisão defendida pelo orador; ela deve revelar como a
solução proposta corresponde ao problema analisado. A seguir, as três habilidades
essenciais do Promotor do Júri para convencer os jurados a proferir a decisão certa, ou
seja, a decisão sugerida pelo promotor, de modo que os jurados acreditem tê-la
encontrada conforme suas consciências e os ditames da justiça:

.1. desenvolver uma boa memorização e organização de dados;

.2. desenvolver uma boa percepção na análise da prova;

e 3. desenvolver um bom plano de acusação.

O Promotor do Júri deve reunir, de forma organizada, a maior quantidade possível de


informações, muito mais do que possa utilizar. Isto lhe trará mais confiança e segurança
no plenário. Por este mesmo motivo, o Promotor do Júri deve estar disposto a utilizar
todo o tempo destinado à acusação, inclusive a réplica. O estudo aprofundado dos autos
pode ser realizado em três etapas: uma primeira leitura superficial e rápida, uma
segunda leitura mais aprofundada e uma terceira na qual o promotor de justiça deve
decidir o que deverá postular no julgamento. Não há uma quantidade certa de leituras, o
mais importante é que nada reste despercebido ao promotor de justiça. O pior cenário é
ser surpreendido com uma informação não conhecida. É sempre útil conhecer todas as
provas para debater a real dimensão das informações. Ainda que o membro do
Ministério Público tome o cuidado de catalogar todas as informações por escrito, é
recomendável desenvolver a memória sensorial. É verdade que raras são as pessoas que
conseguem proferir um discurso inteiro de memória, mas, até as pessoas de pouco
instrução conseguem recitar passagens de texto após algum exercício
Art. 121, do Código Penal.

Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime
...

Uma relação de amizade, firmada na faculdade, e que depois se torna uma relação
profissional, de confiança, entre duas mulheres, trabalhando na cidade de são paulo no
mundo da moda, e onde, nunca, jamais, se poderia farejar qualquer odor de crima, ou
perfume de morte, ou qualquer mancha de sangue, e que, justamente, fora onde o vestido da
vida pacata, da vida bela, do universo da alta roda, das calçadas bem pavimentadas da Rua
Oscar freire, da normalidade acima de qualquer violência, iria ser tingindo, para sempre
pela marca da violência. Com o vestido escarlate e negro, da morte. Onde a tendência da
moda, daa normalidade da vida tranquila, alheia e a parte de qualquer destes casos e
situações do cotidiano violento dos telejornais e das delegacias, seria o epicentro e foco, da
máxima violência possível. Porque nos, seres humanos, cidadãos das cidades e do campo,
esquecemos que as delegacias, e os telejornais, somente repoirtam, o que acontece com
pessoas como n´so. Que são pessoas como nos, vivendo as suaas vidas, que dao matéria e
suporte fático, fatos e situações, a figueira do crime, e da violência., que vemos na televisão
e nos veículos de comunicação de massa.
O sangue que corre, nos jornais, e na televisão, é nosso sangue, sangue do cidadão, sangue
inocente. O que é assassinado brutalmente, em sua residência, ou nos faróis de transito, com
absoluta certeza, estavam no dia anterior, ou na manha do mesmo dia, de frente a uma
televisão, ou lendo um jornal, chocados com alguma noticia de violência. A morte de um
pai de família, o estupor de uma jovem inocente, um assalto a mâo armada que culminou
em latrocínio.

..

A réu planejara meticulosamente , o assassinato da vitima. No dia de novembro, um


domingo, ela adentrara a garagem do edifício onde residia patrícia, usando de seu
conhecimento e familiaridade com as cercanias do prédio, e com o seu sistema de
segurança. Parada na calçada, a frente dos portões, ela parou um veiculo que estava em via
de entrar na garagem, se identificou como amiga e sócia de uma das moradoras e dizendo
que queria fazer uma surpresa a amiga, pediu ao morador para deixa-la entrar no porta-
malas de seu veiculo, adentrar com ele a garagem, e então subir, de escadas ate o
apartamento da vitima. Muito provável que, pela boa aparência da réu, de sua habilidade
persuasiva, seu modo educado, e principalmente por ser mulher, cedera a seu pedido,
acreditando ser verdade e que não haveria motivo algum para pensar que não fosse, que
estivesse dando supedâneo a qualquer anormalidade, qualquer ato criminoso, ou conduta
impropria.

Sim, ele a deixara entrar no porta-malas, e então, para Ana, o primeiro passo fora ganho.
.

Vê-se nos autos um sentimento de possessão, e de intimidado, muito grande, da parte da


réu, sobre a vitima. Ela parece se pronunciar, quando questionada em juízo, de uma forma
extremamente, autossuficiente, e mesmo dominadora, sobre tudo que seja da parte da
personalidade da vitima, como de sua vida privada. Uma liberdade, que de certo, a vitima,
não lhe rogou, e se a fez, no ultimo período da amizade entre o réu e a vitima, ela mesmo
tratou de delimitar, e restringir, depois que percebeu, mesmo que tenuamente, uma relação
que caminhava, para uma patológica, ilusão de afetividade, da parte da réu, o que de certo,
provocou um grande estranhamento da vitima, que logo se retraiu, em relação à amizade, e
mesmo na relação profissional.

É claro, em testemunhos dados pelas pessoas que conheciam o relacionamento da vitima e


da réu, uma onipresente curiosidade, que descambou para a interferência direta e ardilosa da
réu, nas questões pessoais da vitima, como se pode saber, quando ela procurou o
relacionamento antigo de Patrícia, e tentou manipular uma relação que já não mais existia,
para que assim pudesse de alguma forma, agir, de novo, de maneira manipulatória, para que
a vitima cessasse o relacionamento o qual ela se sentia feliz, e que, consequentemente, a
afastava do poder subjetivo, da atenção exclusiva, que ela tinha, sobre a vitima.

Pode-se dizer, em duvidas, de que o sentimento homo afetivo, da réu, pela vitima, que,
segundo nos provam os testemunhos, não eram correspondidos, tomou rumos e proporções
desmedidas, imponderadas, ao nível que a réu se referiam a ela como uma deusa, como uma
a figura potentora de um poder superior sobre a sua afetividade, sempre, confessando as
amigas e terceiros, de uma admiração desmesurada, pela vitima.

Se o crime é passional, nunca houve paixão ou relação homo afetiva, entre as duas. Tudo se
trata de uma ilusão fantasiosa, de mente de uma mulher cuja perversidade, a vitima não teve
a mera intuição ou percepção de conceber, e quem, como uma serpente se enrola ao redor
de sua caça, lentamente, fora cercando e cerceando todas as áreas da vida da vitima, fosse
pessoal, fosse profissional, fosse afetiva, fosse familiar, para, na hora certa, na hora da
vontade ou do furor do desejo autodestrutivo, inocular o veneno da morte, destruindo o seu
objeto de desejo doentio.

Ou seja, a anormalidade, do comportamento da réu, tomou um rumo, que parte de uma


percepção pessoal, platônica, fechada em si mesma, e que se deu vazão, através de um
processo sempre individual, sempre egocêntrico, ou seja, não correspondido, da forma que
réu desejava e ansiava, de forma não alimentada, e cujos portões onde este sentimento, onde
este negro desejo, esta vontade sombria e recalcitrante, este fogo interno, insensato, fora a
porta do apartamento de patrícia, cujo incêndio escarlate, sanguinolento, um mar vermelho
aberto a três facadas brutalizantes, fora queimar, ao lado de dentro, a vida de uma mulher de
família, trabalhadora, ingênua, sem passagem pela justiça, e que vivia uma vida plena, em
seu auge, no cume de sua vitalidade.
Um incêndio, provocado, por uma incendiaria, que lamentavelmente fora tomada como uma
amiga, como uma pessoa em quem se poderia confiar, e que queimou, definitivamente,
qualquer esperança, de vida e de futuro, para a vitima e sua família.

O que se poderia dizer, da parte da defesa, de que fora um ímpeto, um súbito rompante
violento, é desmentido, pelo fato de que, após o primeiro golpe, que atingiu a jugular da
vitima, a réu ainda desferiu mais dois golpes de faca, com a vitima ao chão, depois de já
morta, o q réu averiguara, e que, queria, se assegurar, de ter obtido, de ter consumado o
dolo, e a vontade, de ferir de morte, de efetivamente, matar a patrícia.

O homicídio qualificado, parte do artigo 121, é inegável, aqui. Isto, não há sombra de
duvidas. Cabe ao júri, se transpor ao lugar da vitima e da família, da perda eterna,
irreversível, que este incêndio provocou em suas vidas, o dolo, a falta, que isto fez, em suas
vidas, e que nada poderia recuperar de novo. E não, atenuar a justiça, baseados nos
pensamentos deturpados, da réu, que são, em sua essência, justamente os responsáveis, pelo
crime.

Fora justamente o comportamento e os pensamentos da réu, que deram ação e movimento,


começo e destino, inicio e fim, para o assassinato, de patrícia. Se forem se basear, em sua
mente, e sua própria percepção de si mesma e dos fatos, saibam, que fora sua mente, e sua
percepção distorcida, odiosa, da realidade, a única responsável pelo crime bárbaro contra
uma vida humana. Foi à origem, e o ato consumado de um desejo sem sentido, e que
encontra um sentido, no corpo inerte, coberto de sangue, de Patrícia, naquela tarde de
domingo. Um desejo, que se revela, de ódio profundo, inveja, rancor, e vingança.

Sim, patrícia pereceu, naquela tarde, seu corpo não pode suportar os ferimentos a faca.
Definitivamente, sem vida. Mas para o réu, há vida ainda, ao contrario do que ela disse aqui
em juízo. E eu peço ao senhor jurados, que a vida que na réu, ainda sobra, e que faltara para
sempre a sua vitima, seja vivida, atrás das grades, no nosso sistema carcerário, ate a
comutação de sua pena, que eu, representando a justiça, e a vitima, aqui, hoje, peço que seja
a máxima possível normatizada em nosso Código Penal.

Menos que isto, seria uma parte da justiça, que se aniquilaria e se queimaria para sempre,
como houve com a vida de patrícia.

O crime passional, este, que aqui hoje, irá julgar, não tem nada de paixão ou amor. E sim,
de ódio. Pensem nisto, quando derem, a soberania, de seu veredito.

Pense na dor dos familiares, pensem na paz social a qual a nossa justiça resguarda, pensem
em deus, e em tudo, que não exista, a mente de Ana.

A única culpada, por este sofrimento, irrecuperável, por esta atrocidade, contra a vida de
uma mulher, de um ser humano, como nós, como outros, mas que única, por ser ela, quem
vai, nos dar a justiça hoje.

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