Especialização em
2ª PROVA PRESENCIAL
NOME DO ALUNO:
NOME DO TUTOR:
DATA: POLO:
INSTRUÇÕES:
• Esta prova contém vinte (20) questões de múltipla escolha com cinco (5) alternativas em cada uma delas, com apenas uma (1) opção
correta.
• Marque a alternativa correta com caneta preta ou azul.
• As questões rasuradas ou feitas a lápis serão anuladas.
• Não será permitido levar a Prova e a Folha de Respostas.
• É proibida a consulta a materiais durante a realização da prova.
• Não será permitido o uso de aparelhos eletrônicos durante a realização da prova.
• Fique atento para o preenchimento correto da Folha de Respostas.
1) Em relação à vacinação em indivíduos com doença renal
crônica (DRC):
a) Recomenda-se a vacinação anual contra influenza (gripe), ape-
nas entre pacientes com DRC acima de 60 anos.
b) Os pacientes adultos com DRC devem receber dose única de va-
cina antipneumocócica.
c) Pacientes portadores de DRC podem receber vacinas com vírus
vivo, sem restrições.
d) Todos os adultos em risco de progressão da DRC com TFG < 30
ml/min/1,73 m² devem ser submetidos à vacinação contra hepa-
tite B.
e) Não é esperada resposta deficiente à vacinação em pacientes
com DRC em estágio terminal.
2) No que se refere à hemodiálise, pode-se afirmar que:
a) Em paciente com prótese valvar que necessite de diálise, a pri-
meira escolha é hemodiálise.
b) Obesidade é uma das condições que impedem a hemodiálise.
c) A fístula arteriovenosa é o melhor acesso para hemodiálise, po-
rém leva de 30-40 dias para poder ser usada.
d) O paciente anúrico deve ser encaminhado para início imediato
da hemodiálise, não podendo fazer diálise peritoneal pela au-
sência de diurese residual.
e) As crianças não se beneficiam de hemodiálise, pois em geral não
é adequada para a sua superfície corpórea.
3) No Brasil, tem-se constatado que o principal obstáculo à
doação de órgãos de indivíduos falecidos é:
a) Recusa dos familiares para a doação de órgãos.
b) Falha da equipe que aborda os familiares sobre o assunto.
c) Poucos casos de indivíduos falecidos em condições de serem
doadores.
d) Falta de conhecimento sobre morte encefálica.
e) Ausência de notificação de um potencial doador às centrais de
captação.
TURMA
4) Em relação à idade do paciente, quando se faz a seleção
de um doador falecido de rim, pode-se dizer que:
a) Idosos não podem ser doadores, pois apresentam aterosclerose
nos vasos renais e comprometeria o funcionamento do enxerto.
b) Existe uma faixa de idade preferencial, mas hoje ela está sendo
ampliada, aceitando-se doadores com “critério expandido”.
c) Rins de crianças falecidas não podem ser doados, principalmen-
te por dificuldade técnica na anastomose de pequenos vasos.
d) Rins de pessoas com mais de 60 anos são inaceitáveis para doa-
ção, pois apresentam aterosclerose nos vasos renais e compro-
meteria o funcionamento do enxerto.
e) O doador deve ser mais velho que o receptor de rim, assim se
justifica o risco da doação de rim.
5) No que se refere à diurese do paciente renal crônico em
estágio 5, pode-se afirmar que:
a) A diálise deve ser iniciada quando o paciente deixa de urinar
completamente, pois o risco de edema agudo de pulmão é mui-
to alto.
b) Pacientes em diálise peritoneal perdem mais rapidamente a diu-
rese residual, portanto essa modalidade está indicada nos casos
de anúria.
c) Parada súbita da urina por quaisquer causas é uma das indica-
ções de hemodiálise.
d) Em paciente anúrico, a diálise peritoneal é contraindicada pois o
paciente precisa de diurese residual para esta modalidade.
e) Pacientes que mantêm diurese residual, mesmo após iniciar
diálise, têm melhor qualidade de vida e vivem mais do que pa-
cientes anúricos.
06) Entre as complicações infecciosas abaixo, assinale
a que apresenta incidência elevada entre pacientes
submetidos a transplante renal:
a) Infecção por citomegalovírus.
b) Hepatite A.
c) Hepatite B.
d) Hepatite C.
e) Infecção por HIV.
07) O Sr. João, 54 anos, natural de São Paulo, foi
transplantado após ficar em hemodiálise por 5 anos, com
diagnóstico de DRC de causa não esclarecida. O enxerto
renal (doador falecido) apresentou boa função logo na
primeira semana do transplante (redução da creatinina e
aumento do volume urinário), recebendo alta hospitalar
no 12° dia pós-operatório. Três meses após o transplante
renal, começou a apresentar elevação abrupta da
creatinina sérica, redução acentuada da diurese, edema e
febre. A cicatriz da cirurgia estava em bom estado. Paciente
previamente hipertenso, apresentava níveis pressóricos
elevados (PA 140/95mmHg) no momento da avaliação,
mesmo com uso regular dos anti-hipertensivos. Diante do
quadro apresentado, a principal hipótese diagnóstica é:
a) Função tardia do enxerto.
b) Rejeição aguda.
c) Rejeição crônica.
d) Hipertensão arterial.
e) Eritrocitose.
08) Mais recentemente, tem-se adotado critérios
expandidos para a seleção de doadores falecidos. Assinale
abaixo a alternativa que corresponde aos critérios
expandidos para seleção de doador falecido.
a) Doador com neoplasia de órgão sólido.
b) Doador com óbito por sepse pulmonar.
c) Insuficiência renal aguda.
d) Doador com meningite meningocócica.
e) Doador com doença renal policística.
09) Correlacione a coluna numérica dos medicamentos
com a coluna alfabética correspondente:
(1) Ciclosporina (a) Anti-inflamatório
(2) Amicacina (b) Inibidor de calcineurina
(3) Anfotericina (c) Antifúngico
(4) Losartan (d) Aminoglicosídeo
(5) Nimesulide (e) Anti-hipertensivo
Assinale a sequência correta:
a) 1-b; 2-d; 3-c; 4-e; 5-a.
b) 1-a; 2-b; 3-c; 4-d; 5-e.
c) 1-c; 2-d; 3-a; 4-b; 5-e.
d) 1-e; 2-d; 3-c; 4-b; 5-a.
e) 1-a; 2-c; 3-b; 4-d; 5-e.
10) São diretrizes da Política Nacional de Medicamentos
(PNM):
a) A garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamen-
tos.
b) A fiscalização das indústrias produtoras de medicamentos, su-
plementos e afins.
c) A administração, armazenamento e prescrição das medicações.
d) A garantia da adesão, eficácia e qualidade dos medicamentos.
e) A regularização das prescrições médicas de determinadas medi-
cações para garantir a adesão e o resultado.
11) Para a solicitação de medicamentos do componente
especializado do Sistema Único de Saúde (SUS) para os
portadores de DRC é preciso a apresentação de vários
documentos. Assinale a alternativa com a documentação
necessária.
a) Original da certidão de nascimento, CPF, laudo do farmacêutico.
b) Comprovante de conta bancária da Caixa Econômica Federal.
c) Comprovante de renda menor ou igual a um salário mínimo.
d) Cópia do cartão do hospital, com número do prontuário e do
cartão do SUS.
e) Laudo para Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamen-
tos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica
(LME).
12) No que diz respeito à Rede de Atenção à Saúde das
pessoas com doença crônica, cujas atribuições se baseiam
nas Diretrizes Clínicas para o Cuidado à Pessoa com DRC,
cabe à Atenção Básica:
I) Realizar ações recomendadas pela Política Nacional de Promo-
ção à Saúde na prevenção dos fatores de risco da DRC.
II) Diagnosticar, quando houver necessidade de TRS/diálise, os
casos indicados para confecção de fístula arteriovenosa ou im-
plante de cateter de Tenckhoff para diálise peritoneal.
III) Realizar o cuidado às pessoas nos estágios 4 e 5 (pré-diálise) da
DRC e os procedimentos necessários para TRS.
IV) Realizar diagnóstico precoce e tratamento oportuno da DRC
consoante os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas.
V) Realizar a gestão do cuidado à pessoa com DRC e a atenção aos
pacientes nos estágios clínicos pré-dialíticos de 1 a 3.
Assinale a alternativa correta:
a) Os itens III, IV e V estão corretos.
b) Os itens I, IV e V estão corretos.
c) Os itens II e III estão corretos.
d) Os itens I, II, III estão corretos.
e) Os itens I, III, IV estão corretos.
13) Em relação à linha de cuidado para os portadores de
DRC pode-se afirmar que:
a) O paciente deve entrar na rede de saúde pelo nível mais comple-
xo e, caso não haja resolução, ter sua assistência complementa-
da pela Atenção Básica.
b) A referência é o encaminhamento do menor nível de complexi-
dade para o maior, já a contrarreferência é o retorno para a Aten-
ção Básica, onde será feito o acompanhamento.
c) O paciente com DRC, dada a sua complexidade e independente-
mente do clearance de creatinina, deve entrar na rede no nível
terciário de assistência, no qual fará acompanhamento até o iní-
cio da terapia renal substitutiva.
d) Na linha de cuidado da DRC, os pacientes entram na rede de
assistência por livre demanda, sem obedecer a fluxos assisten-
ciais, na complexidade desejada.
e) Na linha de cuidado da DRC, o paciente tem autonomia para
optar pelo acompanhamento exclusivo do nefrologista logo no
início da DRC, desde que o centro de referência seja próximo de
sua moradia e não haja equipe de Saúde da Família na sua região.
14) Seu Antônio revelou que costuma fazer uso de anti-
inflamatórios há bastante tempo por sentir dores nas
articulações e estes estão sempre ao seu alcance: no carro
ou no armário do banheiro. Assinale a opção correta:
a) O uso indiscriminado de AINES não causa insuficiência renal, e
esses medicamentos não devem ser armazenados em carros e
em banheiros.
b) O uso indiscriminado de AINES pode causar insuficiência renal
e esses medicamentos podem ser armazenados no carro e em
banheiros.
c) O uso indiscriminado de AINES pode causar insuficiência renal
e esses medicamentos não devem ser armazenados em carros
e em banheiros.
d) O uso indiscriminado de AINES não causa insuficiência renal ir-
reversível, e esses medicamentos devem ser armazenados na
geladeira.
e) O uso indiscriminado de AINES não causa insuficiência hepática
irreversível, e esses medicamentos devem ser armazenados na
geladeira.
15) Qual o melhor título para a sequência a seguir? Grupo
de risco → DRC estágio 1-4 → Falência renal (estágio 5)
→ morte (sem tratamento) ou terapia renal substitutiva
(diálise ou transplante).
a) Estadiamento da DRC.
b) História natural da DRC.
c) Tratamento conservador da DRC.
d) Linha de cuidado da DRC.
e) Terapia substitutiva na DRC.
16) Ana, paciente de 25 anos, ansiosa, obesa, hipertensa,
tabagista, com históricos familiares de câncer de tireoide e
doença renal policística autossômica dominante (DRPAD).
Foi à consulta com o clínico, pois achava que estava com
doença renal crônica. Nessa situação, quais são os fatores
de risco para o desencadeamento da doença renal.
a) Hipertensão, tabagismo, história familiar de DRPAD.
b) História familiar de DRPAD, hipertensão e ansiedade.
c) Tabagismo, idade, história familiar de neoplasia.
d) Idade, história familiar de DRPAD, hipertensão.
e) Hipertensão, obesidade, história familiar de neoplasia.
18) De acordo com o site do senado federal, nos últimos
10 anos, o número de pacientes com doença renal crônica
cresceu 71%, enquanto o número de unidades de diálise
aumentou apenas 15%. Qual seria uma das causas dessa
situação?
a) Otimização do tratamento conservador.
b) Aumento do número de diagnóstico de DRC.
c) Incentivo à política de transplante.
d) Melhoria da Atenção Básica.
e) Subfinanciamento dos serviços de diálise.
19) “A doença renal crônica atinge 10% da população
mundial e afeta pessoas de todas as idades e raças” se-
gundo o Portal Brasil (Ministério da Saúde). Sobre epide-
miologia da DRC e com base nos dados fornecidos, pode-
mos afirmar que:
a) É uma doença de distribuição mundial homogênea.
b) É uma pandemia, cujo combate aos fatores de risco é crucial.
c) É um problema de saúde pública apesar da baixa prevalência.
d) O comportamento da DRC é igual nas diferentes populações.
e) 10% da população mundial evoluirá para terapia renal substitu-
tiva.
20) Com a implementação de algumas medidas, a DRC
pode ser prevenida ou apresentar uma evolução clínica
mais favorável. A primeira recomendação para a detecção
de pacientes com DRC é:
a) Realização de exames de imagem abdominal (radiografia, ul-
trassonografia e tomografia computadorizada) na população
geral.
b) Realização de dosagem de proteinúria em todos os pacientes
atendidos pelos programas de Saúde da Família.
c) Realização de dosagem de creatinina sanguínea, regularmente,
em todos os pacientes diabéticos, hipertensos, parentes de pa-
cientes renais crônicos e idosos.
d) Realização de testes de concentração e diluição urinária em
todos os pacientes atendidos pelos programas de Saúde da
Família.
e) Realização de dosagens de cálcio, fósforo, magnésio e gasome-
tria venosa e arterial, pois esses marcadores estão nas fases ini-
ciais da doença renal.

17) Paciente em hemodiálise (HD) queixou-se de

descontrole da pressão arterial (PA) com uso de
eritropoetina (EPO). Os ajustes feitos foram: redução
do peso seco, com aumento da ultrafiltração (líquido
removido durante a hemodiálise) e aumento da dose
dos anti-hipertensivos. No que se refere ao manejo da
hipertensão arterial em pacientes em hemodiálise,
assinale a alternativa correta:
a) A correção da anemia com altas doses de EPO facilita a queda
da PA
b) A redução da natremia vai consequentemente controlar a
pressão arterial.
c) A hipertensão em hemodiálise é causada principalmente por
hipervolemia.
d) A manutenção da dose de EPO têm pouca influência na pressão
arterial.
e) A hiperatividade autonômica na hemodiálise acarreta descon-
trole pressórico.
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RESPOSTAS
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