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 Advogado

 Procurador do Município de Bandeirantes


 Especialista em Direito e Processo do
Trabalho
 Especialista em Administração Pública
 Graduado em Gestão Pública
 Graduado em Direito

vinicius.scherch@gmail.com
PODERES
• Conceito
• Definição
• Poderes políticos
• Poderes administrativos
• Poder discricionário
• Poder vinculado
• Poder hierárquico
• Poder disciplinar
• Poder regulamentar
• Poder de polícia
• Referências Bibliográficas
 Para o Direito Administrativo a
palavra “poder” tem vários
significados, servindo tanto para
designar as atividades ou encargos,
como para a distinção das funções
do Estado.
 “Para bem atender ao interesse público, a
Administração é dotada de poderes administrativos -
distintos dos poderes políticos - consentâneas e
proporcionais aos encargos que lhe são atribuídos.
Tais poderes são verdadeiros instrumentos de
trabalho, adequados à realização das tarefas
administrativas. Daí o serem considerados poderes
instrumentais, diversamente dos poderes políticos,
que são estruturais e orgânicos, porque compõem a
estrutura do Estado e integram a organização
constitucional.” (MEIRELLES, 2016, p. 137)
 Assim, Hely Lopes Meirelles, trata os poderes
como poderes administrativos, sendo os
que servem de instrumento para atender ao
interesse público e como poderes políticos
aqueles que servem à organização do
estrutural do Estado.
 São poderes políticos o Poder
Executivo, o Poder Legislativo e o
Poder Judiciário.
 Previsão legal: art. 2º da CR.
 O Estado é uno, mas sua organização em
poderes serve para que as funções estatais não
se concentrem em uma estrutura só. “Isso
produz o sistema de freios e contrapesos e
permite que ‘o poder controle o próprio
poder’”. (JUSTEN FILHO, 2015, p.103)
 “Os poderes administrativos nascem com a
Administração e se apresentam
diversificados segundo as exigências do
serviço público, o interesse da coletividade e
os objetivos a que se dirigem.” (MEIRELLES, 2016,
p. 137)
 De acordo com a liberdade com que podem
ser exercidos, Hely Lopes Meirelles classifica-
os como discricionários ou vinculados.
 O poder discricionário e o poder vinculado
são FORMAS de exercício do poder e não
poderes propriamente ditos.
 Pois o ato administrativo pode ser vinculado
ou discricionário.
 Ressalte-se que todo poder administrativo é
vinculado à lei e que a sua discricionariedade
diz respeito a margens de opção delineadas
na lei. Bem por isso, alguns autores os
revelam como poder-dever.
 O Poder Discricionário, dentro dos limites da
lei, traduz-se na margem de liberdade de
escolha da Administração para a consecução
de seus objetivos, levando em consideração
os critérios de conveniência, oportunidade e
conteúdo.
 São exemplos de seu exercício: a escolha da modalidade de
licitação, o período para gozo de férias de um servidor e a
nomeação e exoneração de um cargo em comissão.
 Ainda sobre o poder discricionário, Hely
ressalva que discricionariedade é diferente de
arbitrariedade, onde:
“Discricionariedade é liberdade de ação
administrativa, dentro dos limites permitidos
em lei; arbítrio é ação contrária ou excedente
da lei. Ato discricionário, quando autorizado é
legal e válido; ato arbitrário é sempre ilegítimo
e inválido.” (MEIRELLES, 2016, p. 140)
 Poder vinculado ou regrado é aquele que o
Direito Positivo - a lei - confere à Administração
Pública para a prática de ato de sua
competência, determinando os elementos e
requisitos necessários à sua formalização.”
(MEIRELLES, 2016, p. 138)
 O Poder Vinculado “dá a ideia de restrição, pois
quando se diz que determinada atribuição da
Administração é vinculada, quer-se significar
que está sujeita à lei em praticamente todos os
aspectos”. (DI PIETRO, 2009, p.89)
“Dificilmente encontraremos um ato
administrativo inteiramente vinculado, porque
haverá sempre aspectos sobre os quais a
Administração terá opções na sua realização. Mas
o que caracteriza o ato vinculado é a
predominância de especificações da lei sobre os
elementos deixados livres para a Administração.
Elementos vinculados serão sempre a
competência, a finalidade e a forma, além de
outros que a norma legal indicar para a
consecução do ato.” (MEIRELLES, 2016, p. 139)
 Quanto menor a liberdade e maior o
detalhamento do procedimento que
deve ser adotado, identifica-se o ato de
poder vinculado.
 São exemplos de exercício do poder vinculado: a
homologação da licitação sem vícios ou motivos
supervenientes e a portaria que trata da aposentadoria
compulsória do servidor público aos 75 anos.
“Poder hierárquico é o de que dispõe o
Executivo para distribuir e escalonar as
funções de seus órgãos, ordenar e rever a
atuação de seus agentes, estabelecendo
a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal.”
(MEIRELLES, 2016, p. 142)
 No exercício do poder hierárquico é que se dão
as ordens, a fiscalização, a delegação e a
avocação. Também pelo poder hierárquico são
distribuídas as funções, a gradação de
autoridade e se estabelece “uma relação de
coordenação e subordinação”. (DI PIETRO, 2009, p.
94)
 O poder hierárquico é interno, não há hierarquia
externa, ou seja, um ente não se subordina a outro. O
que existe entre os entes é fiscalização e controle.
 É um pode típico do Executivo, percebido
na estrutura dos órgãos onde a “hierarquia
atua como instrumento de organização e
aperfeiçoamento do serviço e age como meio
de responsabilização dos agentes
administrativos, impondo-lhes o dever de
obediência”. (MEIRELLES, 2016, p. 143)
 No exercício do Poder hierárquico, quando o
agente superior atribui a outro, certas
prerrogativas de forma transitória e
revogável, tem-se a delegação.
 Por sua vez, quando o caminho é inverso,
onde o agente superior se incumbe de uma
tarefa do subalterno, tem-se a avocação.
 O agente superior pode, de ofício ou por
provocação, revisar os atos emanados pelos
seus subordinados, justifica a autotutela.
 Exemplo de organograma:
 “Poder disciplinar é a faculdade de punir
internamente as infrações funcionais dos
servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina
dos órgãos e serviços da Administração.”
(MEIRELLES, 2016, p. 145)
 Enquanto no pode hierárquico são organizadas e
distribuídas as funções, no uso do poder
disciplinar a Administração controla o
desempenho das funções e a conduta interna de
seus servidores, responsabilizando-os pelas
faltas cometidas.
 Percebemos então que o poder hierárquico
fiscaliza o ato praticado e o poder disciplinar
fiscaliza quem praticou o ato.
 O poder disciplinar é diferente do poder
punitivo do Estado. Pois enquanto aquele se dá
no ambiente interno e sob as regras de regência
do órgão, este se opera através da Justiça Penal,
sob as regras de direito penal.
 Por isso, pode haver condenação administrativa
independentemente de condenação penal e
vice-versa.
 O poder disciplinar é exercido com o objetivo
de aperfeiçoar o serviço público e também
pode ser aplicado a terceiros, como por
exemplo, participantes de um certame
licitatório ou estudantes de uma escola
pública.
 É um poder exercido privativamente pelo
Chefe do Executivo (Presidente,
Governadores e Prefeitos), que serve tanto
para detalhar a lei no sentido de sua
execução, como para normatizar matérias de
sua competência que ainda não tenham sido
objeto de lei.
 Alguns doutrinadores chamam-o também de
poder normativo.
 Encontra-se disposto na Constituição
Federal:
“ Art. 84 - Compete privativamente ao
Presidente da República:
[...]
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as
leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;”
“No poder de chefiar a Administração está
implícito o de regulamentar a lei e suprir, com
normas próprias, as omissões do Legislativo que
estiverem na alçada do Executivo. Os vazios da lei
e a imprevisibilidade de certos fatos e
circunstâncias que surgem, a reclamar
providências imediatas da Administração, impõem
se reconheça ao Chefe do Executivo o poder de
regulamentar, através de decreto, as normas
legislativas incompletas, ou de prover situações
não previstas pelo legislador, mas ocorrentes na
prática administrativa.” (MEIRELLES, 2016, p. 149)
 O direito brasileiro não admite os chamados
"decretos autônomos", ou seja aqueles que
trazem matéria reservada à lei, porque isso
fere a autonomia e competência dos Poderes
Políticos e o princípio da reserva legal.
 O regulamento é diferente da lei.
 O poder regulamentar ou normativo, não é o
poder de legislar, pois não inova mas apenas
explica a forma de execução da lei.
 “Regulamento é ato administrativo geral e
normativo, expedido privativamente pelo
Chefe do Executivo (federal, estadual ou
municipal), através de decreto, com o fim de
explicar o modo e forma de execução da lei
(regulamento de execução) ou prover
situações não disciplinadas em lei
(regulamento autônomo ou independente).”
(MEIRELLES, 2016, p. 151)
 “Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a
Administração Pública para condicionar e
restringir o uso e gozo de bens, atividades e
direitos individuais, em beneficio da coletividade
ou do próprio Estado.” (MEIRELES, 2016, p. 152)
Tem definição legal no art. 78 do CTN:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público (...)
 Como o interesse público é vasto e “a Administração
Pública exerce sobre todas as atividades e bens que
afetam ou possam afetar a coletividade” (MEIRELLES,
2016, p. 151), o art. 78 do CTN enumera algumas das
hipóteses de atuação do poder de polícia.
 Vejamos a segunda parte do art. 78:
(...) interesse público concernente à segurança, à
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública
ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais
ou coletivos.
 A regra do poder de polícia é que o Ente que
detém a competência de regular a matéria
pode exercê-lo, com exclusividade.
 A exceção é o seu exercício de forma
concorrente em matérias de interesse
simultâneo.
“Assim, os assuntos de interesse nacional ficam
sujeitos a regulamentação e policiamento da
União; os de interesse regional sujeitam-se às
normas e à polícia estadual, e os de interesse
local subordinam- se aos regulamentos edilícios e
ao policiamento administrativo municipal.
Todavia, como certas atividades interessam
simultaneamente às três entidades estatais, pela
sua extensão a todo o território nacional (v.g.,
saúde pública, trânsito, transportes etc.)”
(MEIRELLES, 2016, p. 152)
 No campo de atuação do poder de polícia
temos o alvará – que é uma autorização, a
fiscalização – que visa verificar o bom uso da
autorização e as sanções – decorrentes do
desacordo da conduta com as normas
aplicáveis.
 As sanções decorrem, geralmente, de autos
de infração e podem variar gradativamente
em multa, interdição e fechamento de
estabelecimento.
 Ainda no exercício do pode de polícia, a título de
sanções, pode ocorrer a demolição da obra, o
embargo administrativo da obra, a destruição
de objetos, proibição de fabricação e
comercialização de produtos, vedação de
localização de indústria ou comércio, sendo
importante destacar que o poder de polícia
nunca pode perder de vista o interesse público, a
saúde e a segurança, pois está sujeito ao
controle de legalidade como todo ato praticado
pela Administração.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito
administrativo. 22ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
P. 88-97.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito
administrativo. 11ª ed. rev., atual. e ampl. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015. P.
103-111 e 573-583.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito
administrativo brasileiro. 42ª Ed. Atual. Até a
EC 90/2015. São Paulo: Malheiros. P. 138-171

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