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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

2017/2
Resenha 6
Natânia Silva Ferreira, RA: 207522
Antonio Mota Filho, RA: 207524
Globalização e padrões de resposta dos países periféricos: África
Traços gerais do desenvolvimento da África Subsahariana
Crise nos anos 1980 e 1990
Ciclo de commodities e a crescente influência Chinesa

A análise histórica do desenvolvimento do capitalismo na África evidencia algumas


contradições próprias desse modo de produção: por um lado, o continente tem sido importante
nesse desenvolvimento (isso fica evidente quando levamos em consideração a grande quantidade
de africanos escravizados), no entanto, por outro, acumula graves contradições sociais
engendradas pelo seu papel na economia mundial.
No artigo "Rethinking African development", Stein argumenta que a África Subsaariana
apresentou dois grandes fases históricos na sua história econômica pós-independência: o primeiro
no contexto imediato após a independência, em que o Estado atuou sobre a economia seja para
facilitar a entrada de investimentos estrangeiros seja como agente econômico (agindo sob uma
peprspectiva "estatista", "state-centric"), o segundo a partir dos anos 1980 em que avança o
neoliberalismo e quando se iniciam reformas econômicas desestatizantes.
O argumento central de Stein é que as transformações ocorridas nesse segundo período
marcaram um profundo retrocesso na questão do desenvolvimento econômico no continente. O
autor analisa os dados de fluxos de capital, comércio internacional e alguns indicadores como
poupança nacional e conclui que o continente passa por uma "crise de desenvolvimento", ou seja,
a economia do continente é incapaz de gerar as condições necessárias para um aumento continuado
do padrão de vida da população. A questão é que, para o autor, as medidas de "ajuste estrutural"
preconizadas pelo neoliberalismo são incapazes de transformar econômica e institucionalmente as
economias africanas.
Quanto aos fluxos de capital, o autor afirma que o continente não parece ter participado da
grande proliferação dos fluxos financeiros que tinham como destino os países subdesenvolvidos,
uma vez que a maior parte desses fluxos se dirigem a um país específico: a África do Sul. O
comércio internacional da região é fortemente marcado pela exportação de commodities. Dessa
forma, o mecanismo da deterioração dos termos de troca, amplamente utilizado para explicar a
situação econômica da América Latina, também se faz presente na dinâmica da economia africana.
Além desses dados, o autor também expressa a queda do nível de poupança nacional, algo oposto
ao que a teoria ortodoxa preconizava.
Para superar esse quadro de dura ausência do desenvolvimento, o autor aponta a relevância
de "desenvolver um Estado desenvolvimentista", que articule as forças necessárias ao esforço de
superar as enormes vicissitudes da região no contexto do pós-guerra. Desnecessário mencionar
que essa concepção de ação do Estado é radicalmente oposta àquela que subjaz à teoria econômica
neoclássica em que cabe pouco espaço para a intervenção do Estado na economia e na sociedade.
O autor cita diversos exemplos de transformações econômicas e sociais ocorridas na região
e que minaram a já reduzida capacidade de intervenção do Estado como foi o caso da demissão de
funcionários púbicos (Tanzânia), liberação de preços na agricultura, dentre outras. É dessa forma
que o sistema de mercado penetra no "mundo" contemporâneo. No entanto, somente o sistema de
preços não é capaz de ofertar subsídios suficientes para a tomada de decisões econômicas: se a
economia carece de pentração do crédito, ou informações acerca da economia são transparentes
ou ainda se não infraestrutura necessária para escoar produção, o sistema de preços pode inclusive
sinalizar decisões que se mostrarão equivocadas no futuro.
Para além de o "desenvolvimento de Estado desenvolvimentista", o autor também
identifica em qual setor o Estado deve centrar sua atenção e recursos: a indústria. A produção
manufatureira possui uma maior elasticidade-renda que a agricultura, estimula encadeamentos
"para trás e para frente" e gera lucros potencialmente maiores. Um amplo processo de
industrialização não ocorrerá por meio da ação do livre mercado. Pelo contrário: os seguidos anos
de austeridade fiscal enfraquecimento do papel econômico do Estado fizeram com que a produção
e a exportação de manufaturados caíssem.
Na primeira década do século XXI, a economia de alguns países africanos tem crescido
influenciada pela crescente projeção da economia chinesa sobre a região. A China tem buscado
ocupar o espaço geopolítico deixado por Estados Unidos e Europa na região e tem ampliado seus
fluxos de comércio internacional, adquirido ativos na região e assinado acordos com diferentes
países. Ganha relevância, assim como no caso brasileiro recente, o aumento do preço das
commodities que trouxe maior "folga" no balanço de pagamentos, mas ampliou a dependência das
diferentes economias nacionais em relação à economia chinesa.

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