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Instituto Federal de Pernambuco

Campus Ipojuca

Instalações Elétricas Industriais


Caderno de Experimentos 02 - Partida
Indireta de Motores

Professor: Hildemar da Rocha Melo


Autor: Diego Soares Lopes

Ipojuca, 16 de Novembro de 2017


Conteúdo
1 Objetivo dos Experimentos 1

2 Considerações Gerais 1

3 Simbologia Utilizada 2

4 Precauções durante as Montagens 3

5 Experimentos 4
5.1 Partida Estrela-Triângulo a Contactor com Comando por Bo-
toeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
5.1.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 4
5.1.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
5.1.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 7
5.1.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 7
5.1.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 8
5.2 Partida Estrela-Triângulo a Contactor com Comando Tempo-
rizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5.2.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 9
5.2.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5.2.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.2.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 11
5.2.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 11
5.3 Partida Estrela-Triângulo Temporizado com Reversão de Sen-
tido por Botoeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.3.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 12
5.3.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.3.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.3.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.3.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 14
5.4 Partida por Chave Compensadora a Contactor com Comando
por Botoeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5.4.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 15
5.4.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.4.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.4.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 17
5.4.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 18
5.5 Partida por Chave Compensadora a Contactor com Comando
Temporizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

1
5.5.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 19
5.5.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.5.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.5.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.5.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 21

6 Conclusões 23

7 Referências 24
1 Objetivo dos Experimentos
Realização de montagens para acionamento de motores trifásicos de ma-
neira indireta, visando a consolidação dos conhecimentos teóricos referentes
a comandos elétricos e acionamento de motores adquiridos anteriormente.

2 Considerações Gerais
A partida indireta é uma forma de acionamento na qual os motores partem
submetidos à uma tensão menor do que aquela ao qual foi projetado e após
um certo tempo, intervalo este necessário para retirar o eixo do motor do
estado de repouso, ocorre a elevação de tensão até chegar ao nı́vel nominal.
Consiste em um sistema de acionamento mais complexo, quando compa-
rados a técnica de partida direta, porém reduzem a corrente de acionamento
que, caso seja elevada demais, provoca queda da tensão da rede, implica
em multas e outros problemas. Dentre as principais vantagens inerentes a
partida indireta podem ser citadas:
• Diminuem, ou até eliminam, a queda de tensão da rede ao qual os
motores estão conectados;
• Esta redução leva à diminuição da interferência no funcionamento de
outros equipamentos instalados no mesmo sistema;
• Reduzem a necessidade de superdimensionar os sistemas de proteção,
bem como outros elementos da instalação, com consequente diminuição
dos custos;
• Evitam multas cobrada pela companhia concessionária de energia elétrica
devido as perturbações na rede.
Partidas indiretas de motores são fundamentais para instalações de de
elevada potência e alta corrente de partida. O aumento da corrente é ine-
rente ao processo de acionamento de máquinas e decorre devido a inércia
mecânica que deve ser vencida pelo motor no momento da partida. Apesar
das vantagens anteriormente mencionadas as partidas indiretas apresentam
algumas desvantagens, dentre elas temos:
• Reduzem o torque de partida, sendo necessário um cuidado maior
quanto a carga conectada ao eixo do motor;
• O momento em que a tensão nominal é utilizada para alimentar o motor
pode ocorrer de forma abrupta caso mal projetado, podendo levar a
picos de correntes indesejados;

1
• Algumas das técnicas leva ao aumento de custo, devido a inserção de um
novo componente no sistema, como no caso das chaves compensadores;
• Nem sempre são possı́veis de implementar pois dependem das ligações
que podem ser realizadas pelas bobinas dos motores. Em alguns casos
não é possı́vel a realização de uma partida estrela-triângulo por suas
bobinas não suportarem a tensão de linha da rede sobre elas.
Além das partidas indiretas que serão apresentadas neste material, existe
a possibilidade de utilização de dispositivos eletrônicos mais elaborados que
serão responsáveis por controlar a potência fornecida ao motor, a essas parti-
das denominaremos de partidas indiretas eletrônicas. Dentre tais dispositivos
podem ser citados o Soft-Starter, que permitem a chamada partida suave do
motor e os inversores de frequência, tais dispositivos permitem uma série
de configurações para atender as necessidades do projetista, dentre elas o
controle do inversor de frequência através de um CLP (Controlador Lógico
Programável).

3 Simbologia Utilizada
Os diagramas apresentados neste guia seguem a simbologia mostrada na
Figura 1.

Figura 1: Simbologia adotada no presente guia.

2
4 Precauções durante as Montagens
Alguns procedimentos devem ser adotados para segurança do laboratório
bem como dos seus usuários. As montagens devem ser realizadas na seguinte
ordem:

1. Todo e qualquer experimento deve ser acompanhado de um responsável


do laboratório, seja ele professor ou técnico especialista;

2. Deve-se conhecer a tensão de trabalho, seja ela da própria bancada ou


da saı́da de um dispositivo que será utilizado. Para isso um multı́metro
pode ser usado;

3. Os dados de placa do motor devem ser verificados para garantir que as


conexões serão realizadas da maneira correta;

4. Deve-se seguir o guia do experimento, pois ele está correto e garante


que a montagem será realizada de maneira adequada;

5. Recomenda-se testar e verificar o circuito de comando em separado,


antes de ligar o circuito de força;

6. Caso o circuito de comando não tenha sido montado da maneira ade-


quada o aluno deve tentar encontrar o motivo, do não funcionamento
sozinho, para isso ele deve utilizar o multı́metro para testar as tensões
e continuidade do circuito, bem como o guia do experimento para ve-
rificar se as conexões estão corretas;

7. Após o circuito de comando ser montado da maneira correta é que se


deve prosseguir para a montagem do circuito de força;

8. Apenas ligar o circuito de força após a verificação pelo responsável do


laboratório que esteja acompanhando o experimento;

9. Ao término da montagem, e da realização das discussões pertinentes, o


aluno deve desmontar o experimento e organizar a bancada de trabalho
mantendo a ordem e organização do laboratório.

O roteiro apresentado anteriormente deve ser seguido com vistas ao fun-


cionamento pleno, organização e segurança do laboratório. Todos os experi-
mentos aqui apresentados foram desenvolvidos para realização no laboratório
C08 do Instituto Federal de Pernambuco, campus Ipojuca. Caso sejam uti-
lizados em outra instalação é recomendado verificar se os equipamentos são
semelhantes para que não ocorram problemas.

3
5 Experimentos
5.1 Partida Estrela-Triângulo a Contactor com Comando
por Botoeiras
Os motores utilizados nos experimentos relacionados a partida estrela-
triângulo são trifásicos e necessitam suportar em suas bobinas, no mı́nimo, a
tensão nominal entre-fases da fonte de alimentação. O experimento consiste
em acionar um motor trifásico utilizando a técnica de chaveamento estrela-
triângulo.

5.1.1 Considerações sobre o Experimento


As ligações de motores através do acionamento estrela-triângulo são uti-
lizadas, em alguns casos, quando o motor admite ligações em dois nı́veis de
tensão. Elas têm a finalidade de reduzir a corrente de partida para moto-
res de alta potência, que, naturalmente, requerem uma corrente de partida
elevada.
O motor parte com ligação em estrela, sendo energizado com a tensão de
V
√N , até que sua velocidade se aproxime da nominal quando um operador, ou
3
um relé temporizado, pode mudar a ligação de estrela para triângulo e desse
modo, o motor passa a ser alimentado com sua tensão nominal. No momento
da partida a corrente, bem como o torque, é reduzida a um terço da corrente
nominal.
A Figura 2 apresenta o comportamento da corrente em função do tempo
de uma partida estrela-triângulo comparado com a partida direta.

Figura 2: Partida direta em vermelho, estrela-triângulo em azul.

4
Pode-se observar no gráfico apresentado na Figura 2 um pico de corrente
decorrente da comutação da ligação em estrela para triângulo. Percebe-se
então que o momento da comutação é de extrema importância quando esta
técnica é utilizada, pois uma comutação prematura, ou seja com a velocidade
do motor ainda baixa, leva a um pico de corrente elevado na comutação. Já
uma duração muito curta no processo de comutação pode fazer surgir uma
corrente de curto-circuito, pois o arco voltaico decorrente da abertura da
ligação pode ainda não se encontrar totalmente extinto. Também não é
desejado que o processo de comutação leve muito tempo, pois isso implica
em uma diminuição excessiva da velocidade do motor levando a um pico de
corrente. O tempo ideal para que seja realizada a comutação é quando o
motor atingir cerca de 90% da velocidade de rotação nominal, em outras
palavras 90% do tempo de partida do motor.
As conexões das bobinas do estador do motor, em estrela e em triângulo,
são apresentadas na Figura 3.

(a) Ligação em estrela. (b) Ligação em triângulo.

Figura 3: Esquemas de ligação das bobinas do estator.

Para a realização das conexões que permitam as ligações estrela-triângulo


é necessário que os terminais da bobina sejam acessı́veis. Tal motor pode ser
encontrado na sala C08 do IFPE campus Ipojuca.

5
Lembrando que para o motor funcionar de maneira segura, e dentro das
limitações e especificações fornecidas pelo fabricante, é necessário que as
ligações sejam realizadas conforme informado nos dados presentes na placa
afixada sobre o motor.
Faz-se necessário lembrar também que a alimentação proveniente das ban-
cadas encontradas na sala C08 é de 380V/220V, isto significa dizer que a
tensão entre-fases, ou de linha, é de 380V enquanto a de fase é de 220V, ou
seja, é necessário que o motor utilizado suporte em suas bobinas pelo menos
380V, visto que na ligação em triângulo é esta a tensão aplicada sobre as
bobinas, sendo necessária a utilização de um motor 660/380V e não um de
380/220V. Caso seja utilizado um motor de 380/220V o mesmo pode vir a
sobreaquecer.

5.1.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:

• 01 Motor trifásico (380/660 V) com 6 terminais;

• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);

• 01 Botoeira NA;

• 02 Botoeiras NF;

• 01 Contactor tripolar 220 V (com dois contatos auxiliares 1NA+1NF);

• 01 Contactor tripolar 220 V (com um contato auxiliar 1NF);

• 01 Contactor tripolar 220 V (com um contato auxiliar 1NA);

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios ou cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

6
5.1.3 Procedimento Experimental
O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor;

3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com os


esquemas de ligação apresentadas, observe que neste tipo de ligação
serão necessários dois tipos de conexões diferentes entre as bobinas
do estator, sendo a ligação em estrela para a partida, e a ligação em
triângulo para o regime normal de funcionamento do motor;

4. Verifique cuidadosamente os esquemas de montagem da placa e do guia,


observando quais a conexões necessárias para a ligação em estrela, e
quais as conexões para a ligação em triângulo. Caso os esquemas sejam
iguais, faça as ligações elétricas adequadas, seguindo os esquemas de
montagem apropriados e apresentados nos diagramas;

5. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para fun-


cionar, através do acionamento da botoeira S1(NA) realizando assim
uma ligação em estrela;

6. Após cerca de 05 segundos (tempo que o rotor atinge uma velocidade


próxima da nominal) acione a botoeira S2(NA), realizando assim uma
ligação em triângulo, e observe que houve um pequeno aumento na
rotação do rotor;

7. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0(NF).

5.1.4 Diagramas do Experimento


As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 4. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

7
(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 4: Diagramas do experimento 5.1.

5.1.5 Comentários Referentes ao Experimento


No momento em que a botoeira S1 é pressionada ocorre o acionamento do
contactor K3, responsável por realizar a conexão entre os bornes U2,V2 e W2
responsável pelo fechamento em estrela. Após o contactor K3 ser ativado um
dos seus contatos aciona a bobina do contactor K1, que por sua vez utiliza
um dos seus contatos (13-14) como selo para que a sua bobina se mantenha
energizada. A partir deste momento o motor estará funcionando em estrela
e a tensão em suas bobinas será de 220V.
Um certo tempo após a partida do motor a botoeira S2 deve ser pres-
sionada para que ocorra a mudança de conexão de estrela para triângulo.
No momento em que S2 é pressionado ocorre a desenergização da bobina de

8
K3 provocando assim o acionamento de K2, visto que os contatos 11-12 de
K3 voltam ao estado fechado e os contatos 13-14 continuam ativos. Após
pressionar S2 o motor estará funcionando em triângulo e a tensão ao qual
cada bobina estará submetida é de 380V.
Os contactores K2 e K3 nunca funcionam ao mesmo tempo, visto que isso
implicaria em um curto-circuito trifásico em U2,V2 e W2. Para garantir que
isso ocorra uma técnica de intertravamento é utilizada. O contactor K1 se
mantém em funcionamento a todo momento no qual o motor está alimentado.

5.2 Partida Estrela-Triângulo a Contactor com Comando


Temporizado
5.2.1 Considerações sobre o Experimento
O experimento consiste basicamente no mesmo apresentado em 5.1 com
a ressalva de que ao invés do chaveamento de estrela para triângulo ser rea-
lizado através de botoeiras, o mesmo será executado automaticamente após
a contagem de um tempo pré-setado por um temporizador. Para monta-
gem do experimento, como apresentado neste guia, é precioso utilizar um
temporizador do tipo TON.

5.2.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:

• 01 Motor trifásico (380/660 V) com 6 terminais;

• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);

• 01 Botoeira NA;

• 01 Botoeiras NF;

• 01 Relé temporizado TON (com um contato auxiliar 1NF);

• 01 Contactor tripolar 220 V (com dois contatos auxiliares 1NA+1NF);

• 01 Contactor tripolar 220 V (com um contato auxiliar 1NF);

• 01 Contactor tripolar 220 V (com um contato auxiliar 1NA);

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

9
• Fios ou cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.2.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor;

3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com os


esquemas de ligação apresentadas, observe que neste tipo de ligação
serão necessários dois tipos de conexões diferentes entre as bobinas
do estator, sendo a ligação em estrela para a partida, e a ligação em
triângulo para o regime normal de funcionamento do motor;

4. Verifique cuidadosamente os esquemas de montagem da placa e do guia,


observando quais a conexões necessárias para a ligação em estrela, e
quais as conexões para a ligação em triângulo. Caso os esquemas sejam
iguais, faça as ligações elétricas adequadas, seguindo os esquemas de
montagem apropriados e apresentados nos diagramas;

5. Ajuste o tempo de acionamento do relé temporizado para cerca de 05


segundos;

6. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para fun-


cionar, através do acionamento da botoeira S1(NA) realizando assim
uma ligação em estrela;

7. Após cerca de 05 segundos o temporizado deverá realizar a ligação


em triângulo automaticamente, observe que o temporizado está subs-
tituindo a botoeira S2, que seria a botoeira responsável pela mudança
de ligação de estrela para triângulo;

8. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0(NF).

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5.2.4 Diagramas do Experimento
As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 4. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 5: Diagramas do experimento 5.2.

5.2.5 Comentários Referentes ao Experimento


Basicamente o funcionamento da montagem é semelhante ao do experi-
mento 5.1 com a ressalva de que no momento em que o contactor K3 é aci-
onado também é acionada a bobina do temporizador KT e o tempo começa
a ser contado. Após o termino da contagem o temporizador atual mudando
a ligação para triângulo, semelhante a botoeira S2 no experimento 5.1.

11
5.3 Partida Estrela-Triângulo Temporizado com Re-
versão de Sentido por Botoeiras
5.3.1 Considerações sobre o Experimento
Basicamente esta montagem consiste em acionar o motor de maneira in-
direta usando a partida estrela-triângulo através de um temporizador, bem
como oferecer a possibilidade de reversão de sentido do motor utilizando bo-
toeiras. Lembrando que para realizar a inversão no sentido de giro do motor
é necessário que ocorra a troca de duas fases em sua alimentação.

5.3.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:
• 01 Motor trifásico (380/660 V) com 6 terminais;

• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);

• 02 Botoeiras NA;

• 01 Botoeira NF;

• 01 Relé temporizado TON (com dois contatos auxiliares 1NA+1NF);

• 02 Contactores tripolar 220 V (com três contatos auxiliares 2NA+1NF);

• 02 Contactor tripolar 220 V (com um contato auxiliar 1NF);

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios ou cabos.
Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.3.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.
1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de
tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor;

12
3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com o
esquema de ligação apresentada nos diagramas, observe que neste tipo
de ligação serão necessários dois tipos de conexões diferentes entre as
bobinas do estator, sendo a ligação em estrela para a partida, e a ligação
em triângulo para o regime normal de funcionamento do motor;

4. Verifique cuidadosamente os esquemas de montagem da placa e do guia,


observando quais a conexões necessárias para a ligação em estrela, e
quais as conexões para a ligação em triângulo. Caso os esquemas sejam
iguais, faça as ligações elétricas adequadas, seguindo os esquemas de
montagem apresentados neste guia;

5. Ajuste o tempo de acionamento do relé temporizado para cerca de 05


segundos;

6. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para fun-


cionar, através do acionamento da botoeira S1(NA), realizando assim
uma ligação em estrela;

7. Após cerca de 05 segundos (tempo que o rotor atinge uma veloci-


dade próxima da nominal) o temporizado deverá realizar a ligação em
triângulo automaticamente, observe qual o sentido de rotação do eixo;

8. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0(NF);

9. Coloque o motor para funcionar em sentido contrário, através do acio-


namento da botoeira S2(NA), realizando assim uma ligação em estrela,
e cerca de 05 segundos após, o temporizador deverá realizar a ligação
em triângulo automaticamente, observe qual o sentido de rotação do
eixo, o sentido de rotação deve ser diferente do anterior;

10. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0(NF).

5.3.4 Diagramas do Experimento


As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 4. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

13
(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 6: Diagramas do experimento 5.3.

5.3.5 Comentários Referentes ao Experimento


Ao pressionar a botoeira S1 ocorre o acionamento do contactor K1, este é
responsável, juntamente com K2, por fazer com que as fases da alimentação
cheguem nos bornes U1,V1 e W1, em outras palavras é permitido dizer que
tais contactores são responsáveis pelo sentido de rotação do motor, a boto-
eira S2 aciona K2. Percebe-se que nunca K1 e K2 podem estar acionados
simultaneamente, pois isto acarretaria em um curto-circuito entre fases por
isso ambos são intertravados, um contato NF de K2 é necessário para acionar
K1 e algo análogo acontece para o acionamento de K2.
No momento em que K1 ou K2 são acionados a bobina do temporizador
KT também é acionada, bem como o contactor K4. O temporizador começa a

14
contar o tempo até a realização da troca da conexão de estrela para triângulo,
enquanto o contactor K4 realiza a conexão dos bornes U2,V2 e W2 para
possibilitar a partida em estrela. Após o decorrer do tempo pré-setado no
temporizador KT seus contatos mudam de estado fazendo com que a bobina
de K4 seja desenergizada e com que K3 seja energizado, realizando a conexão
em triângulo. Percebe-se que os contactores K3 e K4 não podem estar ativos
simultaneamente.

5.4 Partida por Chave Compensadora a Contactor com


Comando por Botoeiras
Os próximos experimentos serão realizados com a utilização de uma chave
compensadora que pode ser encontrada na bancada Automatus do campus
Ipojuca na sala C08.

5.4.1 Considerações sobre o Experimento


A chave compensadora nada mais é que um autotransformador, em que
se tem acesso a 2 nı́veis além da aplicação total da tensão fornecida pela
alimentação. Os nı́veis do autotransformador, pode também ser chamado de
Taps, são de 65% e 80% da tensão fornecida pela rede, fazendo com que a
corrente de partida seja 42% ou 64% do valor nominal da mesma. A Figura
7 apresenta a chave compensadora encontrada no laboratório C08 do campus
Ipojuca.

(a) Chave compensadora. (b) Bornes de conexão.

Figura 7: Caracterı́sticas da chave compensadora do laboratório C08.

Algumas chaves compensadoras apresentam suas bobinas separadas, ou


seja, sem nenhum tipo de conexão interna, sendo necessária a utilização

15
de um contactor a mais para realizar tal conexão. A chave compensadora
apresentada na Figura 7 já está fechada em triângulo, não sendo necessária tal
conexão adicional, para utilização da chave compensadora basta alimentá-la
nos terminais R,S,T e realizar a alimentação do motor a partir dos bornes de
65% ou 80%. O borne PE é utilizado para proteção enquanto os contatos de
comando 1-2 são responsáveis por informar caso ocorra um sobreaquecimento
no dispositivo.
É interessante lembrar que os mesmos cuidados com relação ao tempo
de comutação realizados para a partida estrela-triângulo também são válidos
aqui, sendo necessário que a comutação da fração da tensão aplicada para a
sua total aplicação seja planejado com cuidado para não ser curto ou extenso
demais.

5.4.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:

• 01 Motor trifásico (380/220 V) com 6 terminais;

• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);

• 02 Botoeiras (1 NA + 1 NF);

• 02 Contactores tripolar 220 V (com dois contatos auxiliares 1NA+1NF);

• 01 Chave compensadora;

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios ou cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.4.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor;

16
3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com o es-
quema de ligação apresentada nos diagramas, observe que neste tipo de
ligação serão necessários as conexões referentes a chave compensadora;

4. Verifique cuidadosamente os esquemas de montagem da placa e do guia,


observando quais a conexões necessárias para a ligação a 65% ou 80%, e
quais as conexões para a ligação com total aplicação da tensão da rede.
Caso os esquemas sejam iguais, faça as ligações elétricas adequadas,
seguindo os esquemas de montagem apresentados neste guia;

5. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para fun-


cionar, através do acionamento da botoeira S1(NA), realizando assim
uma ligação com a tensão reduzida de 65% ou 80%;

6. Após cerca de 05 segundos (tempo que o rotor atinge uma velocidade


próxima da nominal) acione a botoeira S2 aplicando assim a tensão da
rede ao motor;

7. Caso o comportamento não seja o esperado reveja as conexões e em caso


de dúvidas chame o supervisor responsável pela montagem prática;

8. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0(NF).

É interessante monitorar a tensão de entrada nos bornes do motor du-


rante todo o experimento, assim será possı́vel visualizar o aumento da tensão
no momento da comutação, pelo fato da rede de alimentação ser 380/220V
os valores observados antes do acionamento da botoeira S2 devem ser de
247/143V aproximadamente, no caso de aplicação de apenas 65% da tensão
da rede e de 304/176V caso seja aplicado 80%.

5.4.4 Diagramas do Experimento


As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 8. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

17
(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 8: Diagramas do experimento 5.4.

5.4.5 Comentários Referentes ao Experimento


O motor parte com 65%, ou 80% da tensão da rede a depender dos bornes
utilizados na montagem, ao acionar a botoeira S1. Neste momento o contac-
tor K1 é acionado e selado de tal forma a alimentar a chave compensadora
que por sua vez alimenta o motor, após cerca de 5 segundos a botoeira S2
deve ser pressionada acionando K2 para que a tensão da rede seja utilizada
em sua plenitude para alimentar o motor. É importante salientar que os con-
tactores K1 e K2 não podem atuar simultaneamente, para que isto ocorra
um sistema de intertravamento é implementado.

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5.5 Partida por Chave Compensadora a Contactor com
Comando Temporizado
5.5.1 Considerações sobre o Experimento
Semelhante ao experimento 5.4, a única diferença é que a mudança de
tap’s de 65/50% para 100% da tensão da rede aplicada ao motor será realizada
através de um temporizador configurado para atuar com aproximadamente
5 segundos.

5.5.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:

• 01 Motor trifásico (380/220 V) com 6 terminais;

• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);

• 01 Botoeira (1 NA + 1 NF);

• 01 Temporizador TON;

• 02 Contactores tripolar 220 V (com dois contatos auxiliares 1NA+1NF);

• 01 Chave compensadora;

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios ou cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.5.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor;

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3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com o es-
quema de ligação apresentada nos diagramas, observe que neste tipo de
ligação serão necessários as conexões referentes a chave compensadora;

4. Verifique cuidadosamente os esquemas de montagem da placa e do guia,


observando quais a conexões necessárias para a ligação a 65% ou 80%, e
quais as conexões para a ligação com total aplicação da tensão da rede.
Caso os esquemas sejam iguais, faça as ligações elétricas adequadas,
seguindo os esquemas de montagem apresentados neste guia;

5. Ajuste o tempo de acionamento do relé temporizado para cerca de 05


segundos;

6. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para fun-


cionar, através do acionamento da botoeira S1(NA), realizando assim
uma ligação com a tensão reduzida de 65% ou 80%;

7. Perceba após cerca de 05 segundos (tempo que o rotor atinge uma


velocidade próxima da nominal) a atuação do temporizador aplicando
a tensão da rede ao motor;

8. Caso o comportamento não seja o esperado reveja as conexões e em caso


de dúvidas chame o supervisor responsável pela montagem prática;

9. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0(NF).

Novamente é interessante monitorar a tensão de entrada nos bornes do


motor durante todo o experimento, assim será possı́vel visualizar o aumento
da tensão no momento da comutação, pelo fato da rede de alimentação ser
380/220V os valores observados antes do acionamento do temporizador de-
vem ser de 247/143V aproximadamente, no caso de aplicação de apenas 65%
da tensão da rede e de 304/176V caso seja aplicado 80%.

5.5.4 Diagramas do Experimento


As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 9. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

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(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 9: Diagramas do experimento 5.5.

5.5.5 Comentários Referentes ao Experimento


A montagem funciona da seguinte forma: Ao pressionar a botoeira S1
a bobina do contactor K1 é energizada fazendo com que o temporizador
KT também seja energizado. Durante o tempo em que o temporizador está
contando, ou seja os cinco segundos a partir do instante em que S1 é acionado,
os contatos 15-16 do temporizador estão fechados o que, juntamente com o
contato de selo de K1, mantém a bobina de K1 energizada. No momento em
que expira o tempo os contato 15-16 de KT se abrem enquanto os contato
15-18 se fecha, esta mudança de estados dos contatos faz com que a bobina
de K1 seja desenergizada enquanto a bobina de K2 entra em atividade. Um
contato de selo é utilizado para manter a bobina de K2 sempre ativa, outro

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contato é utilizado para manter a bobina de KT energizada independente de
K1.
É bom lembrar que o motor parte com a tensão de 65% ou 80% da-
quela fornecida pela rede e após o tempo configurado no temporizador o
motor é submetido a toda tensão presente na rede, de maneira semelhante
ao experimento 5.4 porém de maneira temporizada. Devido ao modo de fun-
cionamento os contactores K1 e K2 nunca devem estar acionados ao mesmo
tempo, por isso a técnica de intertravamento é utilizada entre eles.

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6 Conclusões
O presente material apresenta uma série de montagens interessantes para
verificação do funcionamento e consolidação da teoria apresentada em sala
de aula no que se refere ao acionamento de motores de maneira indireta, ou
seja, utilizando algo mecanismo para a redução da corrente de partida do
motor. A Tabela 1 apresenta uma comparação entre as correntes de partida
das técnicas aqui apresentadas:

Tabela 1: Grandezas no momento da partida (% do valor nominal)

Partida Estrela Compensadora em Compensadora em


Triângulo 65% 80%
Corrente 33% 42% 64%
Tensão 58% 65% 80%
Torque 33% 42% 64%

Diversos dos experimentos aqui apresentados, bem como aqueles que fo-
ram expostos no caderno 01, podem ser combinados para formar novas mon-
tagens, como por exemplo se pode citar uma montagem de acionamento de
um motor de dupla velocidade utilizando uma chave compensadora de ma-
neira temporizada, ou então uma partida estrela-triângulo com o motor freio,
ou ainda uma partida consecutiva de motores onde um utiliza a técnica de
estrela-triângulo e o outro através da chave compensadora, várias são as
possibilidades.
Existem outros tipos de acionamentos de motores, além dos apresentados
até então, no próximo caderno serão abordados as partidas indiretas de mo-
tores através do uso de um dispositivo eletrônico (soft-starter ou inversor de
frequência) para redução de corrente de partida, bem como de outras possi-
bilidades que podem ser implementadas através do uso de tais dispositivos.
Qualquer dúvidas, erros, sugestões ou problemas oriundos desta apos-
tila devem ser informadas aos responsáveis para serem tomadas as medidas
necessárias.

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7 Referências
[1] Souza, R.T. e Costa, E.G. – Instalações Elétricas Industriais UFCG;
[2] Godoy, M. V. – Exercı́cios de Fixação Circuitos Trifásicos, 2011
[3] Fleury, A. – Apresentação sobre linguagem LADDER, De Lorenzo.

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