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Campus Ipojuca
2 Considerações Gerais 1
3 Simbologia Utilizada 2
5 Experimentos 4
5.1 Partida Estrela-Triângulo a Contactor com Comando por Bo-
toeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
5.1.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 4
5.1.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
5.1.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 7
5.1.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 7
5.1.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 8
5.2 Partida Estrela-Triângulo a Contactor com Comando Tempo-
rizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5.2.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 9
5.2.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5.2.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.2.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 11
5.2.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 11
5.3 Partida Estrela-Triângulo Temporizado com Reversão de Sen-
tido por Botoeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.3.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 12
5.3.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.3.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.3.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.3.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 14
5.4 Partida por Chave Compensadora a Contactor com Comando
por Botoeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5.4.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 15
5.4.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.4.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.4.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 17
5.4.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 18
5.5 Partida por Chave Compensadora a Contactor com Comando
Temporizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1
5.5.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 19
5.5.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.5.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.5.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.5.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 21
6 Conclusões 23
7 Referências 24
1 Objetivo dos Experimentos
Realização de montagens para acionamento de motores trifásicos de ma-
neira indireta, visando a consolidação dos conhecimentos teóricos referentes
a comandos elétricos e acionamento de motores adquiridos anteriormente.
2 Considerações Gerais
A partida indireta é uma forma de acionamento na qual os motores partem
submetidos à uma tensão menor do que aquela ao qual foi projetado e após
um certo tempo, intervalo este necessário para retirar o eixo do motor do
estado de repouso, ocorre a elevação de tensão até chegar ao nı́vel nominal.
Consiste em um sistema de acionamento mais complexo, quando compa-
rados a técnica de partida direta, porém reduzem a corrente de acionamento
que, caso seja elevada demais, provoca queda da tensão da rede, implica
em multas e outros problemas. Dentre as principais vantagens inerentes a
partida indireta podem ser citadas:
• Diminuem, ou até eliminam, a queda de tensão da rede ao qual os
motores estão conectados;
• Esta redução leva à diminuição da interferência no funcionamento de
outros equipamentos instalados no mesmo sistema;
• Reduzem a necessidade de superdimensionar os sistemas de proteção,
bem como outros elementos da instalação, com consequente diminuição
dos custos;
• Evitam multas cobrada pela companhia concessionária de energia elétrica
devido as perturbações na rede.
Partidas indiretas de motores são fundamentais para instalações de de
elevada potência e alta corrente de partida. O aumento da corrente é ine-
rente ao processo de acionamento de máquinas e decorre devido a inércia
mecânica que deve ser vencida pelo motor no momento da partida. Apesar
das vantagens anteriormente mencionadas as partidas indiretas apresentam
algumas desvantagens, dentre elas temos:
• Reduzem o torque de partida, sendo necessário um cuidado maior
quanto a carga conectada ao eixo do motor;
• O momento em que a tensão nominal é utilizada para alimentar o motor
pode ocorrer de forma abrupta caso mal projetado, podendo levar a
picos de correntes indesejados;
1
• Algumas das técnicas leva ao aumento de custo, devido a inserção de um
novo componente no sistema, como no caso das chaves compensadores;
• Nem sempre são possı́veis de implementar pois dependem das ligações
que podem ser realizadas pelas bobinas dos motores. Em alguns casos
não é possı́vel a realização de uma partida estrela-triângulo por suas
bobinas não suportarem a tensão de linha da rede sobre elas.
Além das partidas indiretas que serão apresentadas neste material, existe
a possibilidade de utilização de dispositivos eletrônicos mais elaborados que
serão responsáveis por controlar a potência fornecida ao motor, a essas parti-
das denominaremos de partidas indiretas eletrônicas. Dentre tais dispositivos
podem ser citados o Soft-Starter, que permitem a chamada partida suave do
motor e os inversores de frequência, tais dispositivos permitem uma série
de configurações para atender as necessidades do projetista, dentre elas o
controle do inversor de frequência através de um CLP (Controlador Lógico
Programável).
3 Simbologia Utilizada
Os diagramas apresentados neste guia seguem a simbologia mostrada na
Figura 1.
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4 Precauções durante as Montagens
Alguns procedimentos devem ser adotados para segurança do laboratório
bem como dos seus usuários. As montagens devem ser realizadas na seguinte
ordem:
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5 Experimentos
5.1 Partida Estrela-Triângulo a Contactor com Comando
por Botoeiras
Os motores utilizados nos experimentos relacionados a partida estrela-
triângulo são trifásicos e necessitam suportar em suas bobinas, no mı́nimo, a
tensão nominal entre-fases da fonte de alimentação. O experimento consiste
em acionar um motor trifásico utilizando a técnica de chaveamento estrela-
triângulo.
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Pode-se observar no gráfico apresentado na Figura 2 um pico de corrente
decorrente da comutação da ligação em estrela para triângulo. Percebe-se
então que o momento da comutação é de extrema importância quando esta
técnica é utilizada, pois uma comutação prematura, ou seja com a velocidade
do motor ainda baixa, leva a um pico de corrente elevado na comutação. Já
uma duração muito curta no processo de comutação pode fazer surgir uma
corrente de curto-circuito, pois o arco voltaico decorrente da abertura da
ligação pode ainda não se encontrar totalmente extinto. Também não é
desejado que o processo de comutação leve muito tempo, pois isso implica
em uma diminuição excessiva da velocidade do motor levando a um pico de
corrente. O tempo ideal para que seja realizada a comutação é quando o
motor atingir cerca de 90% da velocidade de rotação nominal, em outras
palavras 90% do tempo de partida do motor.
As conexões das bobinas do estador do motor, em estrela e em triângulo,
são apresentadas na Figura 3.
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Lembrando que para o motor funcionar de maneira segura, e dentro das
limitações e especificações fornecidas pelo fabricante, é necessário que as
ligações sejam realizadas conforme informado nos dados presentes na placa
afixada sobre o motor.
Faz-se necessário lembrar também que a alimentação proveniente das ban-
cadas encontradas na sala C08 é de 380V/220V, isto significa dizer que a
tensão entre-fases, ou de linha, é de 380V enquanto a de fase é de 220V, ou
seja, é necessário que o motor utilizado suporte em suas bobinas pelo menos
380V, visto que na ligação em triângulo é esta a tensão aplicada sobre as
bobinas, sendo necessária a utilização de um motor 660/380V e não um de
380/220V. Caso seja utilizado um motor de 380/220V o mesmo pode vir a
sobreaquecer.
• 01 Botoeira NA;
• 02 Botoeiras NF;
• 01 Relé térmico;
• Fios ou cabos.
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5.1.3 Procedimento Experimental
O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.
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(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.
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K3 provocando assim o acionamento de K2, visto que os contatos 11-12 de
K3 voltam ao estado fechado e os contatos 13-14 continuam ativos. Após
pressionar S2 o motor estará funcionando em triângulo e a tensão ao qual
cada bobina estará submetida é de 380V.
Os contactores K2 e K3 nunca funcionam ao mesmo tempo, visto que isso
implicaria em um curto-circuito trifásico em U2,V2 e W2. Para garantir que
isso ocorra uma técnica de intertravamento é utilizada. O contactor K1 se
mantém em funcionamento a todo momento no qual o motor está alimentado.
• 01 Botoeira NA;
• 01 Botoeiras NF;
• 01 Relé térmico;
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• Fios ou cabos.
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5.2.4 Diagramas do Experimento
As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 4. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.
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5.3 Partida Estrela-Triângulo Temporizado com Re-
versão de Sentido por Botoeiras
5.3.1 Considerações sobre o Experimento
Basicamente esta montagem consiste em acionar o motor de maneira in-
direta usando a partida estrela-triângulo através de um temporizador, bem
como oferecer a possibilidade de reversão de sentido do motor utilizando bo-
toeiras. Lembrando que para realizar a inversão no sentido de giro do motor
é necessário que ocorra a troca de duas fases em sua alimentação.
• 02 Botoeiras NA;
• 01 Botoeira NF;
• 01 Relé térmico;
• Fios ou cabos.
Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.
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3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com o
esquema de ligação apresentada nos diagramas, observe que neste tipo
de ligação serão necessários dois tipos de conexões diferentes entre as
bobinas do estator, sendo a ligação em estrela para a partida, e a ligação
em triângulo para o regime normal de funcionamento do motor;
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(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.
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contar o tempo até a realização da troca da conexão de estrela para triângulo,
enquanto o contactor K4 realiza a conexão dos bornes U2,V2 e W2 para
possibilitar a partida em estrela. Após o decorrer do tempo pré-setado no
temporizador KT seus contatos mudam de estado fazendo com que a bobina
de K4 seja desenergizada e com que K3 seja energizado, realizando a conexão
em triângulo. Percebe-se que os contactores K3 e K4 não podem estar ativos
simultaneamente.
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de um contactor a mais para realizar tal conexão. A chave compensadora
apresentada na Figura 7 já está fechada em triângulo, não sendo necessária tal
conexão adicional, para utilização da chave compensadora basta alimentá-la
nos terminais R,S,T e realizar a alimentação do motor a partir dos bornes de
65% ou 80%. O borne PE é utilizado para proteção enquanto os contatos de
comando 1-2 são responsáveis por informar caso ocorra um sobreaquecimento
no dispositivo.
É interessante lembrar que os mesmos cuidados com relação ao tempo
de comutação realizados para a partida estrela-triângulo também são válidos
aqui, sendo necessário que a comutação da fração da tensão aplicada para a
sua total aplicação seja planejado com cuidado para não ser curto ou extenso
demais.
• 02 Botoeiras (1 NA + 1 NF);
• 01 Chave compensadora;
• 01 Relé térmico;
• Fios ou cabos.
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3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com o es-
quema de ligação apresentada nos diagramas, observe que neste tipo de
ligação serão necessários as conexões referentes a chave compensadora;
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(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.
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5.5 Partida por Chave Compensadora a Contactor com
Comando Temporizado
5.5.1 Considerações sobre o Experimento
Semelhante ao experimento 5.4, a única diferença é que a mudança de
tap’s de 65/50% para 100% da tensão da rede aplicada ao motor será realizada
através de um temporizador configurado para atuar com aproximadamente
5 segundos.
• 01 Botoeira (1 NA + 1 NF);
• 01 Temporizador TON;
• 01 Chave compensadora;
• 01 Relé térmico;
• Fios ou cabos.
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3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com o es-
quema de ligação apresentada nos diagramas, observe que neste tipo de
ligação serão necessários as conexões referentes a chave compensadora;
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(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.
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contato é utilizado para manter a bobina de KT energizada independente de
K1.
É bom lembrar que o motor parte com a tensão de 65% ou 80% da-
quela fornecida pela rede e após o tempo configurado no temporizador o
motor é submetido a toda tensão presente na rede, de maneira semelhante
ao experimento 5.4 porém de maneira temporizada. Devido ao modo de fun-
cionamento os contactores K1 e K2 nunca devem estar acionados ao mesmo
tempo, por isso a técnica de intertravamento é utilizada entre eles.
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6 Conclusões
O presente material apresenta uma série de montagens interessantes para
verificação do funcionamento e consolidação da teoria apresentada em sala
de aula no que se refere ao acionamento de motores de maneira indireta, ou
seja, utilizando algo mecanismo para a redução da corrente de partida do
motor. A Tabela 1 apresenta uma comparação entre as correntes de partida
das técnicas aqui apresentadas:
Diversos dos experimentos aqui apresentados, bem como aqueles que fo-
ram expostos no caderno 01, podem ser combinados para formar novas mon-
tagens, como por exemplo se pode citar uma montagem de acionamento de
um motor de dupla velocidade utilizando uma chave compensadora de ma-
neira temporizada, ou então uma partida estrela-triângulo com o motor freio,
ou ainda uma partida consecutiva de motores onde um utiliza a técnica de
estrela-triângulo e o outro através da chave compensadora, várias são as
possibilidades.
Existem outros tipos de acionamentos de motores, além dos apresentados
até então, no próximo caderno serão abordados as partidas indiretas de mo-
tores através do uso de um dispositivo eletrônico (soft-starter ou inversor de
frequência) para redução de corrente de partida, bem como de outras possi-
bilidades que podem ser implementadas através do uso de tais dispositivos.
Qualquer dúvidas, erros, sugestões ou problemas oriundos desta apos-
tila devem ser informadas aos responsáveis para serem tomadas as medidas
necessárias.
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7 Referências
[1] Souza, R.T. e Costa, E.G. – Instalações Elétricas Industriais UFCG;
[2] Godoy, M. V. – Exercı́cios de Fixação Circuitos Trifásicos, 2011
[3] Fleury, A. – Apresentação sobre linguagem LADDER, De Lorenzo.
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