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Tema: Literatura
E.E. Calhim Manoel Abud
Média: 5,33
Parnasianismo e Simbolismo
O Parnasianismo
O parnasianismo faz parte das Escolas Realistas, de origem francesa, que, como o
Realismo e o Naturalismo, sucederam-se ao Romantismo.
Característica do Parnasianismo
Teóricos e críticos literários (Sílvio Romero, Araripe Junior e José Veríssimo, dentre
outros), historiadores (Joaquim Nabuco e Capistrano de Abreu), o orador Rui
Barbosa, escritores (Artur Azevedo, João do Rio, Coelho Neto) e, sobretudo Machado
de Assis, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (1897) e seu
presidente, reeleito até a morte, constituem alguns dos mais ilustres representantes
dessa geração.
A famosa tríade parnasiana brasileira compõe-se dos poetas Olavo Bilac, Alberto de
Oliveira e Raimundo Correia. Além desses nomes, devemos destacar o de Vicente de
Carvalho, que ficou conhecido como o "poeta do mar", e o de Francisca Júlia, por
alguns críticos considerada a voz poética parnasiana mais próxima da
impassibilidade pretendida pelos defensores do estilo, conforme sugere o poema
"musa impassível".
Olavo Bilac nasceu no Rio de Janeiro, aonde veio a falecer. Estudou Medicina e
direito, mas não concluiu nenhum dos dois cursos. Trabalhou como jornalista,
funcionário público e inspetor escolar, dedicando-se amplamente ao ensino: traduziu
e escreveu versos infantis, foi autor de livros didáticos, organizou antologia
escolares, fez campanhas pela instrução primária, pela cultura física, pelo serviço
militar obrigatório e outras, de caráter nacionalista. Autor da letra do "Hino à
Bandeira", a vida toda escreveu, em prosa e verso, para a imprensa, tendo sido um
dos cronistas mais expressivos e polêmicos de seu tempo.
Por ter sido o mais popular de nossos poetas parnasianos, Bilac tornou-se um dos
principais alvos da crítica dos jovens artistas que implantaram o Modernismo no
Brasil, nas duas primeiras décadas do século XX.
Autor de uma poesia filosofante, pessimista, que tem por tema fundamental a
passagem do tempo, a transitoriedade da vida. "No entanto, esse aspecto é nele
muito desigual, com um peso negativo de falsa profundidade, na linha sentenciosa
habitual aos parnasianos. O melhor da sua obra está em algumas peças em que
traduziu o mais profundo desencanto, seja do ângulo subjetivo, seja do ângulo
exterior, ou em certos poemas nutridos de uma percepção fina e encantadora da
natureza, aliada à mais efetiva magia versificatória..."
Sinfonias constituem o livro com o qual se firmou como poeta parnasiano, realizando
a poesia descritiva típica desse estilo, também presente em Versos e versões e
Aleluias.
O Simbolismo
Numa visão mais ampla, tanto no campo da filosofia e das ciências da natureza
quanto no campo das ciências humanas, a desconstrução das teorias racionalistas
faz-se notar, seja por meio da física relativista de Einstein, da psicologia do
inconsciente de Freud ou das tórias filosóficas de Schopenhauer e de Friedrich
Nietzsche.
Assim, o surgimento desse estilo por um lado reflete a grande crise dos valores
racionalistas da civilização burguesa, no contexto da virada do século XIX para o
século XX, e por outro inicia a criação de novas propostas estéticas precursoras da
arte da modernidade.
O Simbolismo em Portugal
Portanto, os principais autores desse estilo em Portugal seguem linhas diversas, que
vão do esteticismo de Eugênio de Castro ao nacionalismo de Antônio Nobre e outros,
até atingirem maioridade estilística com Camilo Pessanha: o mais importante poeta
simbolista português.
O Simbolismo no Brasil
Conhecido como o "Cisne Negro" de nosso simbolismo, seu "arcanjo rebelde", seu
"esteta sofredor", seu "divino mestre" procurou na arte a transfiguração da dor de
viver e de enfrentar os duros problemas decorrentes da discriminação racial e social.
BIBLIOGRAFIA
Mauro Ferreira;
Ricardo Leite;
Severino Antônio