Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Sumário
Muitas vezes a expressão segue instintiva: intervir sobre o movimento requer uma
análise preliminar desse movimento. O princípio é correto: é necessário um
diagnóstico preliminar para fundamentar a tomada de decisão intervencionista, de
qualquer natureza. Mas há, ainda, uma questão que precede a própria decisão de
analisar o movimento: PORQUÊ analisar um movimento?
A análise, interpretação e diagnóstico cinesiológico e funcional dos movimentos não
são ações profissionais simples. Requerem expertise, treinamento, investimento de
tempo e de recursos (financeiros e intelectuais) e, principalmente, demandam
responsabilidade para emitir um laudo que servirá de evidência para a tomada de
decisões.
Porque você faz um exame de sangue? Ou uma
Ressonância Magnética? Se encontrou as Há um elemento
respostas claras para essas perguntas, encontrou negligenciado que confere a
também a(s) questão(ões) clínica(s) que só importância em se analisar o
movimento: sua FINALIDADE
pode(m) ser respondida(s) com os resultados
CLÍNICO-FUNCIONAL.
desses exames, e mais, as condutas que só
podem ser efetivadas a partir dessas evidências.
Desde 2012 venho desenvolvendo conjuntos de procedimentos que, aplicados de
forma sistemática e integrada, oferecem as melhores respostas para a pergunta: O
QUE ACONTECE COM ESSE MOVIMENTO?
Essa é a pergunta-chave que qualquer profissional deve responder antes de iniciar uma
intervenção/procedimento, seja terapêutico, funcional ou desportivo.
São quase duas décadas de estudos e pesquisas na área de análise do movimento,
além do mestrado, doutorado e pós-doutorado nesse assunto, sob diferentes
perspectivas. Da Fisioterapia, passei à Medicina, à Educação Física, e à Engenharia
Biomédica - em dois países - para compreender e sistematizar o amálgama de
conhecimentos científicos envolvidos nas análises de movimentos.
Por isso, quando eu parei de colocar inovações e novas formas de lidar com a de
Biofotogrametria no mercado de análise de movimento (profissional e acadêmico),
pararam as produções de “programinhas-de-medir-ângulos” e “curso-baratinho”.
Impressionante!
O curioso é que eu ainda não cheguei a produzir 20% das ideias que já tive com a
Biofotogrametria. Havia muito, antes, por desenvolver, para poder retomar o
processo com mais segurança, tecnologia e, principalmente, com um mindset do novo
milênio.
Mas, ainda assim... Ninguém conseguiu ir além? Bom, eu fui. Bem-vindo à minha nova
trend em análise do movimento: a CINESIOMETRIA.
CINESIOMETRIA
Se você leu o texto anterior, já entendeu que vem coisa boa por aí!
Não me leve a mal, não é falta de modéstia! É a certeza de quem está acostumada a
ruminar muito uma ideia, ir a campo, sentir as dores dos atores de cada cenário, e
voltar em busca de soluções empáticas, práticas e úteis.
Nos últimos anos me especializei em Design Thinking com um time fera no assunto.
Investi pesado no desenvolvimento de ferramentas diferenciadas para perícias
pedagógicas em cursos de Graduação, e entrei de cabeça no mundo das inovações
Mas também há uma lacuna enorme em unir os resultados de cada tipo de avaliação,
tornando-os fluidos em uma trajetória personalizada de acompanhamento do
paciente, capaz de sinalizar as evoluções alcançadas (a as não atingidas) com base nas
evidências dos resultados, de acordo com a magnitude de evolução do quadro clínico,
e potencialidade de retorno à funcionalidade.
Uma necessidade fundamental dos modelos diagnóstico nesse novo século (e que
poucos profissionais da saúde do movimento conhecem/incorporam) é a Classificação
Internacional de Funcionalidade (CIF) como ferramenta de expressão que envolve
movimentos e funcionalidade, juntos, nas diferentes condições de saúde.
Assim, além do paciente encaminhado pelo médico, passamos a ter nos consultórios
e clínicas (e por decorrência, a necessidade desse tipo de abordagem na formação
profissional de graduação) o cliente.
Mas, afinal, como preencher a lacuna e unir as pontas do hiato entre múltiplas formas
de avaliar movimentos corporais, patológicos e funcionais?
Como ordenar as necessidades de avaliar "X" ou "Y" aspectos agora, e daqui a algum
tempo, novos aspectos "W" ou "Z", que se relacionam cinesiopatologicamente com
aqueles primeiros, devido à evolução das condições funcionais?
Por esse conceito, cada paciente/cliente tem um mapa (ou uma trilha) de
acompanhamento das avaliações, onde são agregadas as novas conclusões, e sobre o
qual serão traçados os novos objetivos terapêuticos.
FIGURA 2:
Elementos fundantes da
Cinesiometria, que
orientam sobre a melhor
ferramenta e a melhor
forma de se analisar um
movimento.
Não importa qual seja o(s) método(s) ou tecnologia(s) que você vai utilizar para realizar
uma análise de movimentos. Tampouco importa o movimento que será medido e
analisado. O fato que importa é que haja uma SISTEMATIZAÇÃO entre o que se deseja
medir (OBJETO DA MEDIDA), como se fará essa medida (METODOLOGIA DA
MEDIDA), e a finalidade dos resultados (APLICABILIDADE DA MEDIDA).
A chave: SISTEMATIZAÇÃO
Na Educação Física isso não é uma novidade. Para a área de treinamento desportivo
dos movimentos, as rotinas são fato e estão consagradas, principalmente, para a
preparação de atletas de alta performance.
Sistematizar sem perder a arte do foco no sujeito. Personalizar sem abrir mão da
ciência que assegura resultados. Um balanço entre extremos opostos que se
equilibram nos ser humano, como persona e figura central do processo de saúde.
1- Os INDICADORES CINESIOMÉTRICOS
1
Disponível para conhecimento como Desafio 2, que é parte integrante da Mentoria Digital Designer Of
Me – Project For Life, disponível em < https://denisedavinha.wordpress.com/2017/02/02/conheca-o-
porque-do-seu-caminho-e-sabera-ate-onde-ele-pode-lhe-levar/ >
O final dessa etapa de definição dos elementos remeterá à clara visão do PORQUÊ e
do COMO deverá ser conduzida a análise do movimento pretendida, permitindo –
inclusive – a avaliação da RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO DE SUA APLICAÇÃO.
2- Os MARCADORES CINESIOMÉTRICOS
3- Os BALIZADORES CINESIOMÉTRICOS
FIGURA 4:
Layout do folder de
finalidades de cada nova
avaliação cinesiométrica.
Os materiais, na sua
íntegra para reprodução
em ambiente de
trabalho, são
disponibilizados nos
cursos de formação em
Cinesiometria.
dradenisedavinha@gmail.com