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CINESIOMETRIA

A ciência e a arte de medir e analisar movimentos

Um manual aplicado para compreender e aplicar a análise


de movimentos em seu contexto macro, em condições
clínicas e funcionais.

Profa. Dra. Denise da Vinha Ricieri, Fisioterapeuta


(Fortaleza, 2017)
CINESIOMETRIA: manual explicativo

Sumário

PORQUÊ ANALISAR MOVIMENTOS? ................................................................................ 2


MINHA EXPERTISE: DESENVOLVER NOVAS SOLUÇÕES PARA VELHOS PROBLEMAS ... 3
CINESIOMETRIA ................................................................................................................. 4
O conceito: INTEGRAR ELEMENTOS.................................................................................. 6
A chave: SISTEMATIZAÇÃO ............................................................................................... 7
O significado: CINESIOMETRIA E COMPLEXIDADE DOS MOVIMENTOS .......................... 9
Os tipos de medidas cinesiométricas: QUALITATIVAS e QUANTITATIVAS ........................ 9
Os elementos cinesiométricos: ESTABELECENDO PARÂMETROS .................................. 11
1- Os INDICADORES CINESIOMÉTRICOS ..................................................................... 11
2- Os MARCADORES CINESIOMÉTRICOS .................................................................... 12
3- Os BALIZADORES CINESIOMÉTRICOS .................................................................... 13
Resumindo: MAPA DE ACOMPANHAMENTO PERSONALIZADO .................................... 13

Denise da Vinha Ricieri (2017)


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CINESIOMETRIA: manual explicativo

Movimentos são a base da expressão humana. Movimentos que se alteram, alteram a


percepção e a expressão de cada um de nós. Assim, quando precisamos analisar a
alteração de um movimento corporal para, sobre ele, intervir funcional ou
terapeuticamente, é preciso considerar elementos-chaves para essa abordagem.

PORQUÊ ANALISAR MOVIMENTOS?

Muitas vezes a expressão segue instintiva: intervir sobre o movimento requer uma
análise preliminar desse movimento. O princípio é correto: é necessário um
diagnóstico preliminar para fundamentar a tomada de decisão intervencionista, de
qualquer natureza. Mas há, ainda, uma questão que precede a própria decisão de
analisar o movimento: PORQUÊ analisar um movimento?
A análise, interpretação e diagnóstico cinesiológico e funcional dos movimentos não
são ações profissionais simples. Requerem expertise, treinamento, investimento de
tempo e de recursos (financeiros e intelectuais) e, principalmente, demandam
responsabilidade para emitir um laudo que servirá de evidência para a tomada de
decisões.
Porque você faz um exame de sangue? Ou uma
Ressonância Magnética? Se encontrou as Há um elemento
respostas claras para essas perguntas, encontrou negligenciado que confere a
também a(s) questão(ões) clínica(s) que só importância em se analisar o
movimento: sua FINALIDADE
pode(m) ser respondida(s) com os resultados
CLÍNICO-FUNCIONAL.
desses exames, e mais, as condutas que só
podem ser efetivadas a partir dessas evidências.
Desde 2012 venho desenvolvendo conjuntos de procedimentos que, aplicados de
forma sistemática e integrada, oferecem as melhores respostas para a pergunta: O
QUE ACONTECE COM ESSE MOVIMENTO?
Essa é a pergunta-chave que qualquer profissional deve responder antes de iniciar uma
intervenção/procedimento, seja terapêutico, funcional ou desportivo.
São quase duas décadas de estudos e pesquisas na área de análise do movimento,
além do mestrado, doutorado e pós-doutorado nesse assunto, sob diferentes
perspectivas. Da Fisioterapia, passei à Medicina, à Educação Física, e à Engenharia
Biomédica - em dois países - para compreender e sistematizar o amálgama de
conhecimentos científicos envolvidos nas análises de movimentos.

Denise da Vinha Ricieri (2017)


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CINESIOMETRIA: manual explicativo

MINHA EXPERTISE: DESENVOLVER NOVAS SOLUÇÕES PARA VELHOS


PROBLEMAS

São quase duas décadas de desenvolvimento de um sistema manual de cinemática 2D


que agregou valor e evidências a muitos estudantes e profissionais, seja nos estudos
de graduação ou de pós-graduação, seja na utilização na prática profissional do dia-a-
dia. São quase duas décadas desde o início da Biofotogrametria.
A Biofotogrametria é uma marca pessoal minha, registrada no INPI. Um processo
sistematizado que nasceu a partir da Fotogrametria Computadorizada. Esta sim, veio
da Fotogrametria (área da ciência de agrimensura), e teve seu início no Brasil no ano
de 1997. Mas ao que parece, a marca "pegou" comercialmente, e passou a ser utilizada
sem medidas por imitadores e plagiadores.
Foi um sem número de monografias, dissertações e teses levando à frente meus
princípios de conceber medidas de movimentos em imagens a um custo mais baixo e
com alta qualidade preservada. Orientandos meus, de colegas, amigos e colegas
cursando seus lato e stricto sensu e fazendo das minhas sistematizações as
metodologias eleitas para estudar movimentos, em diferentes perspectivas e
contextos. Isso em muito me dá a sensação de dever cumprido, e de ter deixado um
legado para as novas gerações de profissionais do movimento.
Por outro lado, foram um sem número de cópias e plágios também... Livros, cursos,
palestras, temas livres em congressos. Em todos a mesma característica: a
preocupação em usar o "nome-que-vende" e não os princípios que configuram esse
nome. Que vergonha alheia! Olhe o Gráfico 1 e entenda o porquê.

Mas, dessas quase duas décadas entre


estudos, trabalhos, orientações (e plágios),
restaram dois aprendizados importantes para Ninguém copia o que é ruim, e
a nova fase que se inicia: (1) NINGUÉM COPIA ninguém é capaz de fazer além
O QUE É RUIM, portanto, copiar é - afinal - um daquilo que copiou. Esses são
bom sinal de produto; (2) NINGUÉM FAZ fatos que tornam reconhecíveis
ALÉM DO QUE COPIOU, simplesmente
os plágios.
porque não passou pelo processo de pensar e
desenvolver soluções.

Por isso, quando eu parei de colocar inovações e novas formas de lidar com a de
Biofotogrametria no mercado de análise de movimento (profissional e acadêmico),
pararam as produções de “programinhas-de-medir-ângulos” e “curso-baratinho”.
Impressionante!

Denise da Vinha Ricieri (2017)


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CINESIOMETRIA: manual explicativo

GRÁFICO 1: Pesquisa feita no Google Trends (Julho/2017). Observando os traçados podemos


entender o porquê: a Biofotogrametria (azul), como termo de pesquisa, só perdeu
em número, como termo de buscas no Google, para grande área da ciência
"Fotogrametria" (amarelo), e bateu longe a expressão "Fotogrametria
Computadorizada" (vermelho), de onde se originou. Numa comparação simples,
isso significa o mesmo que afirmar que "Nike" é um termo mais procurado no
Google que a expressão "tênis com tecnologia", e que só perde para buscas no
Google com a palavra "tênis".

O curioso é que eu ainda não cheguei a produzir 20% das ideias que já tive com a
Biofotogrametria. Havia muito, antes, por desenvolver, para poder retomar o
processo com mais segurança, tecnologia e, principalmente, com um mindset do novo
milênio.

Mas, ainda assim... Ninguém conseguiu ir além? Bom, eu fui. Bem-vindo à minha nova
trend em análise do movimento: a CINESIOMETRIA.

CINESIOMETRIA

Se você leu o texto anterior, já entendeu que vem coisa boa por aí!

Não me leve a mal, não é falta de modéstia! É a certeza de quem está acostumada a
ruminar muito uma ideia, ir a campo, sentir as dores dos atores de cada cenário, e
voltar em busca de soluções empáticas, práticas e úteis.

Nos últimos anos me especializei em Design Thinking com um time fera no assunto.
Investi pesado no desenvolvimento de ferramentas diferenciadas para perícias
pedagógicas em cursos de Graduação, e entrei de cabeça no mundo das inovações

Denise da Vinha Ricieri (2017)


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CINESIOMETRIA: manual explicativo

incrementais e disrupturas. Em comum, essas experiências tiveram como


convergência a busca por melhores resultados e, porque não, o desenvolvimento de
novas abordagens, que facilitem e melhorem os processos profissionais.

Quantos de nós (efetivamente) faz isso, no dia


a dia? A resposta sincera é: não fomos
Na área de avaliações do
formados assim, nem para isso. É como se movimento há tantos
cada professor que já tivemos, e que nos instrumentos quanto variações
ensinou uma avaliação especializada (na cinesiopatológicas que carecem
biomecânica, na neurologia, na ortopedia, na de análise e mensuração. A
pediatria, por exemplo) ignorasse a existência questão central não é COMO
das outras formas de avaliar, a indicação de fazer, mas antes, PORQUÊ
cada uma delas, e os caminhos pelos quais se fazer e QUANDO aplicar cada
deveria integrar os resultados dessas instrumento.
diferentes avaliações.

Afinal, sempre houve várias formas de avaliar movimentos, em diferentes


especialidades da clínica e da funcionalidade, a questão é que elas permanecem quase
completamente surdo-mudas entre si.

Cada profissional, cansado de tentar fazer o alinhavo desse grande patchwork de


modelos e métodos de avaliação acaba escolhendo uma ou duas formas de avaliar -
em geral as mais faladas na sua especialidade - e aborta todas as outras. Reconheço as
razões para esse tipo de decisão: falta tempo (sempre escasso) e recursos
(especialmente para aquelas que demandam muita tecnologia).

Mas também há uma lacuna enorme em unir os resultados de cada tipo de avaliação,
tornando-os fluidos em uma trajetória personalizada de acompanhamento do
paciente, capaz de sinalizar as evoluções alcançadas (a as não atingidas) com base nas
evidências dos resultados, de acordo com a magnitude de evolução do quadro clínico,
e potencialidade de retorno à funcionalidade.

Uma necessidade fundamental dos modelos diagnóstico nesse novo século (e que
poucos profissionais da saúde do movimento conhecem/incorporam) é a Classificação
Internacional de Funcionalidade (CIF) como ferramenta de expressão que envolve
movimentos e funcionalidade, juntos, nas diferentes condições de saúde.

Assim, além do paciente encaminhado pelo médico, passamos a ter nos consultórios
e clínicas (e por decorrência, a necessidade desse tipo de abordagem na formação
profissional de graduação) o cliente.

Denise da Vinha Ricieri (2017)


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CINESIOMETRIA: manual explicativo

O CLIENTE é aquele que busca os serviços de


intervenção terapêutica sobre o movimento,
não por estar doente (não vem com CID-10),
mas por almejar melhores condições e
qualidade de saúde, e de vida funcional.

Esse novo CLIENTE (não mais "paciente"


para os fisioterapeutas) é o perfil mais
abundante nas academias e nos consultórios de Pilates, RPG, Iso-Stretching e outras
formas de terapia não-convencionais, cuja procura pelo profissional do movimento
não está mais vinculada (necessariamente) aos episódios de dor e/ou de doença.

Mas, afinal, como preencher a lacuna e unir as pontas do hiato entre múltiplas formas
de avaliar movimentos corporais, patológicos e funcionais?

Como ordenar as necessidades de avaliar "X" ou "Y" aspectos agora, e daqui a algum
tempo, novos aspectos "W" ou "Z", que se relacionam cinesiopatologicamente com
aqueles primeiros, devido à evolução das condições funcionais?

Para alinhavar esse patchwork, nasceu a CINESIOMETRIA.

O conceito: INTEGRAR ELEMENTOS

Independente das perspectivas, necessitamos de pilares sobre os quais construir um


caminho nas avaliações, caminho esse que torne o diagnóstico uma conclusão tão
consistente quanto dinâmica. Dinâmica o suficiente para se conhecer o momento de
reavaliar, sob novas perspectivas e modelos, novas variáveis e as melhores condições
de avaliação.

Por esse conceito, cada paciente/cliente tem um mapa (ou uma trilha) de
acompanhamento das avaliações, onde são agregadas as novas conclusões, e sobre o
qual serão traçados os novos objetivos terapêuticos.

Três elementos chaves compõem a CINESIOMETRIA: (1) os INDICADORES, que se


referem às condições clínico-funcionais; (2) os MARCADORES, que são delimitadores
das estruturas e funções do corpo que se pretende medir; e (3) os BALIZADORES,
que representam o tempo e momento em que um movimento e/ou função será
medida e analisada (Figura 2).

Denise da Vinha Ricieri (2017)


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CINESIOMETRIA: manual explicativo

FIGURA 2:
Elementos fundantes da
Cinesiometria, que
orientam sobre a melhor
ferramenta e a melhor
forma de se analisar um
movimento.

Não importa qual seja o(s) método(s) ou tecnologia(s) que você vai utilizar para realizar
uma análise de movimentos. Tampouco importa o movimento que será medido e
analisado. O fato que importa é que haja uma SISTEMATIZAÇÃO entre o que se deseja
medir (OBJETO DA MEDIDA), como se fará essa medida (METODOLOGIA DA
MEDIDA), e a finalidade dos resultados (APLICABILIDADE DA MEDIDA).

Esses são os princípios cinesiométricos: objeto, metodologia e aplicabilidade.

A chave: SISTEMATIZAÇÃO

Sistematizar significa estabelecer sequências de procedimentos que assegurem o


melhor resultado para uma determinada tarefa ou meta. Por essa razão, na área de
saúde, temos os chamados "protocolos" ou "rotinas" para a execução de exames,
tratamentos, intervenções e cirurgias.

Na Educação Física isso não é uma novidade. Para a área de treinamento desportivo
dos movimentos, as rotinas são fato e estão consagradas, principalmente, para a
preparação de atletas de alta performance.

Para o treinamento muscular e o treinamento funcional, em academias e programas


personalizados, as rotinas abrangem formas e sequências de prescrição dos exercícios,
tempos de execução de cada série e duração de cada sessão, e períodos para
verificação de resultados e computação de metas atingidas.

No entanto, na Fisioterapia, quando se trata de cinesiopatologias (movimentos


alterados patologicamente por diagnósticos clínicos estabelecidos), as rotinas existem
como um fio condutor do tratamento, mas não são determinantes do processo.

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CINESIOMETRIA: manual explicativo

Em que se pese a individualidade biológica na forma como uma cinesiopatologia se


estabelece, ainda assim, há a necessidade de diagnósticos mais precisos,
sistematização e integração nos procedimentos diagnósticos para uma melhor
seleção de abordagem terapêutica, baseada em resultados.

Não obstante as muitas publicações científicas na área do tratamento e verificação dos


resultados, os procedimentos diagnósticos em Fisioterapia ainda deixam a desejar, no
quesito sistematização e foi para preencher essa lacuna que se desenvolveu a
Cinesiometria.

Sistematizar sem perder a arte do foco no sujeito. Personalizar sem abrir mão da
ciência que assegura resultados. Um balanço entre extremos opostos que se
equilibram nos ser humano, como persona e figura central do processo de saúde.

Essa sistematização é importante para esclarecer e definir quais serão os melhores


modelos e métodos disponíveis para cada tarefa diagnóstica. Por isso, além de ter
claro o PORQUE de se medir e analisar um determinado movimento, é preciso ter clara
a utilidade desse procedimento e em quais momentos ele é capaz de oferecer
resultados relevantes.

Em uma análise de movimentos bem


conduzida, os resultados serão convertidos
em evidências clínicas e terão o potencial A individualidade biológica se
de dar suporte a tomadas de decisão manifesta na forma da
terapêuticas, agregando qualidade, valor e cinesiopatologia, não nas condições
resolutividade ao processo de atenção à de avaliação, de medidas e de
saúde do movimento. análise. Sistematizar o processo é
fundamental.
O resultado dessa trilha de pensamento
analítico é a CINESIOPATOLOGIA, que se
refletirá em diagnósticos.

Simples, prático, efetivo.

Uma ciência e uma arte em que a sistematização e a personalização podem caminhar


lado a lado e agregar valor e empatia aos serviços prestados em saúde do movimento
corporal. Um algoritmo vivo capaz de rastrear padrões e estimular soluções para novos
hábitos de intervenção terapêutica, baseadas em medidas mais efetivas e oportunas.

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CINESIOMETRIA: manual explicativo

O significado: CINESIOMETRIA E COMPLEXIDADE DOS MOVIMENTOS

Medir movimentos, independente da natureza e


instrumento de medidas requer um pressuposto
básico: MOVIMENTOS são fenômenos
complexos, integrados e contíguos entre
estruturas corporais que desempenham
diferentes funções em condições clínicas
específicas e sob impacto de fatores externos e
do maio ambiente.

Por isso a CINESIOMETRIA é um algoritmo de


suporte para orientar o profissional ao longo
do processo de intervenção/atenção à saúde.

Um mapa que conduz pela seleção dos


melhores métodos, modelos, abordagens e
recursos para medir movimentos, qualitativa
e quantitativamente, em condições
específicas.

Os tipos de medidas cinesiométricas: QUALITATIVAS e QUANTITATIVAS

As análises QUALITATIVAS abrangem as formas,


modelos e instrumentos que avaliam o
movimento com foco na execução de uma
atividade/função, ou ainda, nas condições clínicas
que impactam sobre essa execução.

Para reconhecer (e classificar) um INSTRUMENTO


como QUALITATIVO, os termos estruturantes
envolvidos nos resultados devem,
necessariamente, contemplar um ou mais dos
seguintes aspectos:

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 CONDIÇÕES EMOCIONAIS/AMBIENTAIS e seu impacto na execução do


movimento;
 IMPACTO DE FATORES EXTERNOS sobre o movimento executado;
 ESTÁGIO CLÍNICO DE UMA DOENÇA e impacto sobre a execução do
movimento;
 MOMENTO FARMACOLÓGICO e a execução do movimento, entre outras
possibilidades.

Estão contempladas nessa classificação instrumentos que avaliem, de modo


SUBJETIVO, elementos como: TÔNUS e FORÇA muscular aferidos por palpação
manual; ORIENTAÇÃO e TIPO DE MOVIMENTOS durante a execução de funções e
gestos complexos, aferidos por observação visual; entre outras possibilidades.

Por outro lado, para reconhecer (e


classificar) um INSTRUMENTO como
QUANTITATIVO, os termos estruturantes
envolvidos nos resultados devem,
necessariamente, contemplar um ou mais
dos seguintes aspectos:

 ARCO DE MOVIMENTO, geralmente expresso em graus;


 DISTÂNCIA LINEAR, geralmente expressa em unidades métricas menores
(cm);
 TEMPO DE EXECUÇÃO DO MOVIMENTO, monitorizado por instrumentos de
aquisição de sinais de imagem e/ou sinais biológicos, expresso em segundos;
 GRAU DE RECRUTAMENTO MUSCULAR, medido por instrumentos baseados
em atividade elétrica muscular e/ou potência conhecida de execução de
movimentos, medidos em unidades de força ou unidades de atividade elétrica,
entre outras possibilidades.

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Os elementos cinesiométricos: ESTABELECENDO PARÂMETROS

Cada etapa do processo cinesiométrico,


portanto, é definida por TRÊS ELEMENTOS e
qualificada por termos estruturadores
próprios, alinhados àqueles já descritos acima,
nos tipos de medidas.

Assim, ao analisar ferramentas e/ou decidir por


momentos de análise do movimento, o
profissional saberá EXATAMENTE qual(is) o(s)
tipo(s) de ferramenta(s) necessária(s) para
obter as melhores conclusões no laudo.

1- Os INDICADORES CINESIOMÉTRICOS

Os INDICADORES representam o objetivo da


análise do movimento a ser realizada, e são
melhores identificados quando se aplica o
método 5 WHYs1.

São os indicadores que fornecem subsídios


para selecionar os BALIZADORES e os
MARCADORES necessários para se chegar a
um laudo consistente e com potencial para
dar sustentação às melhores tomadas de
decisão clínicas/terapêuticas.

INDICADORES são o norte pretendido para o


laudo, e representa a necessidade conclusiva
do mesmo. Nessa etapa, recomenda-se
alinhar os porquês da execução da análise do
movimento pretendida com o contexto dos
elementos determinantes da funcionalidade
recomendado pela CIF.

1
Disponível para conhecimento como Desafio 2, que é parte integrante da Mentoria Digital Designer Of
Me – Project For Life, disponível em < https://denisedavinha.wordpress.com/2017/02/02/conheca-o-
porque-do-seu-caminho-e-sabera-ate-onde-ele-pode-lhe-levar/ >

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Os estruturadores desse elemento cinesiométrico estão relacionados com as


conclusões sobre a FUNCIONALIDADE, a aptidão, as PERDAS FUNCIONAIS e a
QUALIFICAÇÃO DE UMA INCAPACIDADE, quando este for o caso. Ainda nesse
momento, alinha-se os estruturadores dos indicadores com aqueles dos tipos de
medidas (qualitativa/quantitativa).

O final dessa etapa de definição dos elementos remeterá à clara visão do PORQUÊ e
do COMO deverá ser conduzida a análise do movimento pretendida, permitindo –
inclusive – a avaliação da RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO DE SUA APLICAÇÃO.

2- Os MARCADORES CINESIOMÉTRICOS

São chamados MARCADORES os elementos que


serão objetos de medida, ou seja, a característica
envolvida em um movimento. A definição clara
dos marcadores determina a seleção do tipo de
ferramenta a ser utilizada – Qualitativa ou
Quantitativa – e da forma como essa medida
será conduzida – Instrumento e Score de Medida.

Os estruturadores desse elemento


cinesiométrico são, em essência, os próprios
marcadores:

 TÔNUS MUSCULAR, geralmente expresso em escala subjetiva;


 AMPLITUDE DE MOVIMENTO, expressa em graus por goniometria ou
distância linear;
 GESTO FUNCIONAL (Postura, Marcha, Respiração, Alongamento),
geralmente expressa de acordo com relações entre segmentos corporais;
 GESTO DESPORTIVO, geralmente expresso em relação à performance;
 EQUILÍBRIO, geralmente expresso em escalas próprias, subjetivas ou
objetivas;
 FUNÇÃO MOTORA ESPECÍFICA, analisada por ferramentas e escalas
específicas.

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3- Os BALIZADORES CINESIOMÉTRICOS

Definidos os Indicadores e os Marcadores


desejados em uma análise do movimento, de
qualquer natureza, é necessário estabelecer
os BALIZADORES. Eles estabelecem o
intervalo de movimento – início e final – que
será medido, e ainda, em quais condições
isso deve acontecer.

Sua descrição clara determina os momentos


de aplicação do instrumento cinesiométrico
selecionado para essa finalidade.

Os estruturadores para esse elemento cinesiométrico referem-se ao COMO


REALIZAR A MEDIDA:

 FASES DO MOVIMENTO, aplicável aos movimentos cíclicos (marcha,


respiração), estabelece o momento de início e de final de análise;
 PSICIONAMENTO CORPORAL no momento das medidas;
 FATORES EXTERNOS INTERVENIENTES, presentes no momento da análise
(órteses, próteses, apoios, cargas, medicação) e seu impacto sobre o
desempenho do movimento;
 TIPO DE EXECUÇÃO DO MOVIMENTO (livre, assistido).

Resumindo: MAPA DE ACOMPANHAMENTO PERSONALIZADO

A Cinesiometria possui CANVAS PERSONALIZADOS para acompanhar o


desenvolvimento das análises de movimento realizadas, bem como das reavaliações
pós-intervenções clínicas e/ou terapêuticas (Figura 4).

Cada CANVAS registra as necessidades do momento e os elementos de análise


envolvidos em cada momento, deixando o caminho percorrido visualmente claro para
o próprio paciente. Esse elemento de inte(g)ração empática tem o potencial de gerar
maior engajamento do paciente junto ao acompanhamento fisioterapêutico, e
transformar os resultados ao final de cada período.

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FIGURA 3: Layout do folder de finalidades de cada nova avaliação cinesiométrica. Os


materiais, na sua íntegra para reprodução em ambiente de trabalho, são
disponibilizados nos cursos de formação em Cinesiometria

Outrossim, a posse itinerário de progressão das avaliações dá ao profissional a


segurança de conhecer os caminhos percorridos a cada momento, as interações de
resultados entre avaliações prévias e as posteriores, abrindo espaço para um
PENSAMENTO CRÍTICO EXPONENCIAL sobre a forma de planejar,
terapeuticamente, o trajeto de cada paciente.

FIGURA 4:
Layout do folder de
finalidades de cada nova
avaliação cinesiométrica.
Os materiais, na sua
íntegra para reprodução
em ambiente de
trabalho, são
disponibilizados nos
cursos de formação em
Cinesiometria.

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Para cursos, formações e Mentorias nas áreas de CINESIOMETRIA, TECNOLOGIAS


EM ANÁLISE DO MOVIMENTO, MODELOS INOVADORES DE NEGÓCIOS EM
SAÚDE E EDUCAÇÃO SUPERIOR, entre em contato:

dradenisedavinha@gmail.com

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