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Watson, continuador das teses associacionistas e conexionistas, vai ser mais radical ao
se prender no comportamento visível. Para ele, a introspecção à consciência, não eram
considerados objetos de estudo de uma Psicologia científica. Para ele, o que uma pessoa dizia
era um dado válido para pesquisa, mas o que ela queria significar era incognicível. O
psiquismo é descartado, a subjetividade não passa pelas preocupações behavioristas.
Outro autor de destaque desse mesmo período que não se preocupou com mensuração,
ou testes de laboratório, mas que também teve uma preocupação fortíssima em construir uma
ciência do comportamento foi Sigmund Freud. Este médico vienense rompe com toda uma
tradição neurologista para criar um método e uma teoria singular na história da Psicologia: a
Psicanálise. Uma teoria que pudesse explicar o comportamento humano a partir da revelação
das forças mentais e suas relações. Um método de terapia para distúrbios de comportamento,
baseado na relação terapeuta- paciente, que tivesse como base a história de vida do indivíduo
e as repercussões dos fatos marcantes na sua mente. A Psicanálise recupera a importância da
afetividade na determinação do comportamento e retira o véu que esconde uma parte da
mente pouco estudada até então, o inconsciente. Para compreender o porquê de determinadas
ações, necessitamos conhecer muito bem a história de vida de um indivíduo, seus desejos
mais íntimos, e interpretarmos, em muito, os símbolos que emergem de sua mente, seja
conscientemente ou inconscientemente.
O aluno pode assumir o papel deste “paciente carente” e com isso sua aprendizagem ficaria
em segundo plano, o que está em jogo são as relações de amor e ódio que projeta ou transfere
para seu professor.
Não nos alongando nas repercussões dessas duas correntes de pensamento, de um lado
uma corrente voltada mais para o modelo experimental( empirismo ) e outra para o modelo
interpretativo( mentalismo ), encontramos também uma corrente de psicólogos que
notabilizou-se por dar ênfase nas estruturas que os indivíduos constróem a partir das suas
vivências. Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler numa reação ao modelo
associacionista criaram a Psicologia da Forma( Gestalt ).
Sua base epistemológica e filiação científica não poderia ser outra a não ser o
racionalismo. Esses pesquisadores são herdeiros da excelente produção de conhecimentos
gerada no mundo germânico no século XIX. Sua teoria da forma receberá contribuições de
Wundt. Para ele, a estrutura da mente será formada por três elementos: imagens, pensamentos
e pelos sentimentos. Wundt ( 1832-1926 ) é considerado o pai da Psicologia científica por ter
criado, na Universidade de Leipzig, na Alemanha, o primeiro laboratório para realizar
experimentos na área de Psicofisiologia.
Na maioria das vezes, o que está em jogo é o aluno tentando ser no mundo, dar sentido
para sua existência. Se sua existência estiver aberta para refletir e agir para novos desafios e
descobertas, muito que bem, se não, estaremos num jogo de cena. E esse é também o jogo em
que o docente insere-se. Quando estou na sala de aula será que a sala de aula está em mim?
Minhas experiências e minhas interpretações chegam a compreensão da realidade, ou são
meras figuras de linguagem que construo para me sentir menos impotente diante de uma
realidade intangível? A fenomenologia tem o mundo como problema ontológico. Aprender
significa dar sentido ao segredos que nossa ignorância não permite revelar. O esclarecimento
é exatamente criar um elo de sentidos entre os objetos, os fenômenos, os significados e os
significantes criados para a comunicação entre os seres.
Referências bibliográficas
Maslow, A. H. (s/d). Introdução a Psicologia do ser. Rio de Janeiro: Livraria Eldorado Tijuca.