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Ficha catalográfica
SENAI. SP
Torneiro Mecânico Operação em Torno Mecânico/ SENAI. SP - São Paulo:
Escola SENAI “Humberto Reis Costa”, 2010.
FACEAR ......................................................................................................................................... 9
Tornear superfície cilíndrica é uma operação que consiste em dar forma cilíndrica a um material
em rotação, submetido à ação de uma ferramenta de corte; é uma das operações mais
executadas no torno.
A superfície é feita na placa universal com a finalidade de obter formas cilíndricas definitivas ou
de preparar o material para outras operações.
Processo de execução
1. Prenda o material, deixando para fora das castanhas um comprimento maior que a parte que
será torneada, e que não supere em três vezes o seu diâmetro.
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Operações em Tono Mecânico
3. Monte a ferramenta, deixando a ponta para fora o suficiente para que o porta-ferramentas
não toque na castanha.
5. Aproxime a ferramenta sem tocar na peça até o comprimento desejado, medindo com régua
graduada ou paquímetro.
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Operações em Tono Mecânico
6. Selecione a rotação adequada, ligue o torno, faça um risco de referência com a ferramenta e
afaste-a da peça.
8. Acerte o traço zero do anel graduado pela linha de referência e faça penetrar a ferramenta
em uma determinada profundidade.
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Operações em Tono Mecânico
Precaução
Faça a medição com o torno parado.
11. Torneie, completando o passe até a primeira marca que determina o comprimento e
verifique a cilindricidade e a circularidade.
Observações
Use fluido de corte, se necessário.
12. Repita o passo 11 tantas vezes quantas forem necessárias para atingir o diâmetro deseja
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Operações em Tono Mecânico
Facear
Facear é fazer no material uma superfície plana perpendicular ao eixo geométrico da peça,
mediante a ação de uma ferramenta de corte que se desloca por meio do carro transversal.
Esta operação é realizada na maioria das peças que se executam no torno, tais como: eixos,
parafusos, porcas e buchas.
O faceamento serve para obter uma face de referência para medição ou, ainda, como passo
prévio à furação.
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Operações em Tono Mecânico
Processo de execução
1. Prenda o material na placa universal, deixando para fora da placa um comprimento L inferior
ou igual ao diâmetro D do material.
Observação
O material deverá estar centrado; caso contrário, mude sua posição manualmente, fazendo-o
girar um pouco sobre si mesmo e corrigindo, se necessário.
Precaução
Certifique-se de que o material esteja em preso na placa.
Observação
A distância b da ferramenta deverá ser a menor possível, a fim de evitar flexão da ferramenta e
permitir melhor acabamento superficial.
3. Prenda o porta-ferramentas de modo que ele tenha o máximo de apoio sobre o carro
superior.
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Operações em Tono Mecânico
Observações
A ponta da ferramenta deve-se situar na altura do centro do torno; para isso, use a contraponta
como referência.
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Operações em Tono Mecânico
Observação
No caso de ser necessário retirar muito material na face, o faceamento se realiza da periferia
para o centro da peça, com a ferramenta adequada, ou inclinando o porta-ferramenta.
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Operações em Tono Mecânico
Fazer furo de centro é abrir um orifício de forma e dimensão determinadas, por meio de uma
ferramenta denominada broca de centrar.
Esta operação é feita geralmente em materiais que necessitam ser trabalhados entre pontas ou
na placa e ponta. Às vezes, faz-se o furo de centro como passo prévio para furar com broca
comum.
Processo de execução
Observações
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Operações em Tono Mecânico
6. Selecione a rotação adequada com base no diâmetro menor da broca de centrar e ligue o
torno.
7. Acione o volante do cabeçote com movimento lento e uniforme, fazendo penetrar parte da
broca, e faça o furo de centro.
Observações
A broca deve estar alinhada com o eixo do material. Caso contrário, corrija o alinhamento por
meio dos parafusos de regulagem do cabeçote.
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Operações em Tono Mecânico
SENAI - SP 15
Operações em Tono Mecânico
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Operações em Tono Mecânico
A superfície é feita na placa universal e contraponta com a finalidade de tornear material cujo
comprimento exceda em três vezes seu diâmetro.
Processo de execução
Observação
Os cones do mangote e da contraponta devem ser limpos com pano que não solte fiapos.
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Operações em Tono Mecânico
Observações
Verifique o alinhamento da contraponta pela referência A do cabeçote e corrija-o, se
necessário.
O mangote deve ficar fora do cabeçote no máximo duas vezes o seu diâmetro.
8. Lubrifique o furo de centro, ajuste a contraponta e trave o mangote por meio do manípulo.
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Operações em Tono Mecânico
12. Retire a ferramenta e desloque-a para realizar o outro torneado, com a mesma
profundidade do corte anterior.
Precaução
Faça a medição com o torno parado.
Observação
Se o diâmetro torneado próximo à contraponta for maior, desloque o cabeçote móvel
transversalmente na direção X; se o diâmetro for menor, desloque o cabeçote móvel na direção
Y.
Observações
A peça somente deve ser retirada da placa depois de terminada, para evitar nova fixação.
Verifique freqüentemente o ajuste da contraponta e a lubrificação.
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Operações em Tono Mecânico
Refrigere a peça constantemente para evitar aumento excessivo de temperatura, que provoca
dilatação linear e pode causar danos à peça e à contraponta.
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Operações em Tono Mecânico
Tornear superfície cônica usando o carro superior é dar forma cônica ao material em rotação,
deslocando a ferramenta obliquamente ao eixo geométrico do torno, conforme a inclinação
dada ao carro superior. Sua principal aplicação é na confecção de pontas de tornos, buchas de
redução, sedes de válvulas e pinos cônicos.
Processo de execução
Observação
Use fluido de corte.
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Operações em Tono Mecânico
5. Desloque o carro principal para a esquerda, até que a ponta da ferramenta ultrapasse em
5mm, aproximadamente, o comprimento do cone.
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Operações em Tono Mecânico
8. Inicie o torneamento pelo extremo B do material, com passes finos, girando a manivela do
carro com movimentos constantes e lentos.
Observações
Troque de mão, na manivela, de modo que não se interrompa o corte.
Use fluido de corte.
Observação
Quando a verificação se faz com calibrador, deve-se afastar a ferramenta transversalmente e
lembrar de limpar o material e o calibrador.
Precaução
Para não se ferir, afaste a ferramenta e cubra sua ponta.
SENAI - SP 23
Operações em Tono Mecânico
Observações
A ferramenta deve ser a mais robusta possível para evitar vibrações.
Movimente a ferramenta, girando-a no sentido das flechas, para acertá-la na altura.
Observações
Se o comprimento do cone for igual ao comprimento da peça, a ferramenta deverá sair do lado
da peça aproximadamente 5mm.
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Operações em Tono Mecânico
Observações
As demais fases de execução são iguais às do torneamento cônico externo com o carro
superior.
Para alisar, dê os passes no sentido de B para A e repasse de A para B, sem dar profundidade
de corte.
Ajustes rigorosos são conseguidos quando há uniformidade da superfície usinada.
SENAI - SP 25
Operações em Tono Mecânico
26 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Furar com auxílio do cabeçote móvel é uma operação que consiste em fazer um furo cilíndrico
por deslocamento de uma broca montada no cabeçote móvel, com o material em rotação.
Serve, em geral, de preparação do material para operações posteriores de alargamento,
torneamento e roscamento internos.
Processo de execução
1. Faceie.
3. Verifique a broca.
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Operações em Tono Mecânico
Observações:
A verificação da broca é feita medindo o seu diâmetro com o paquímetro, sem girá-la, medindo
sobre as guias é importante verificar se a afiação esta adequada ao material.
Observação
No caso de broca de mais de 12mm, é necessário fazer um furo inicial de diâmetro um pouco
maior que o da alma da broca.
Observações
A broca de haste cilíndrica é fixada no mandril.
A broca de haste cônica é fixada diretamente no cone do mangote ou com auxílio de bucha de
redução.
28 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
6. Aproxime o cabeçote móvel, de modo que a ponta da broca fique a mais ou menos 10mm do
material, e fixe-o.
Observação
O mangote deve ficar o máximo possível dentro de seu alojamento.
7. Inicie o furo, fazendo a broca avançar com giro do volante do cabeçote móvel, até que
comece a cortar e continue até o furo atingir a profundidade necessária.
Observações
Retirar freqüentemente a broca do furo para extrair os cavacos, evitando o engripamento da
broca no furo.
SENAI - SP 29
Operações em Tono Mecânico
8. Afaste o cabeçote móvel, limpe o furo e verifique a profundidade do furo com a haste de
profundidade do paquímetro.
Observação
No caso de alargar ou roscar com machos, a medida da profundidade deve ser sempre a da
parte cilíndrica do furo, não levando em consideração a parte cônica da ponta da broca.
30 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Tornear superfície cilíndrica externa entre pontas é uma operação que se realiza em materiais
montados entre as pontas do torno, as quais giram arrastadas por um arrastador. Executa-se
em peças que devem conservar os centros para fácil centragem posterior, com a finalidade de
manter a coaxialidade entre os diâmetros usinados..
Processo de execução
Observações
Limpe com um pano as roscas e os cones do eixo-árvore e do mangote.
SENAI - SP 31
Operações em Tono Mecânico
Observações
Lubrifique os furos de centro com graxa.
A peça deve girar livremente, sem folga entre as pontas.
Observação
Em caso de superfícies já usinadas e acabadas, use proteção entre o arrastador e a peça.
32 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Observações
Com o torno desligado e a árvore em posição neutra, movimente a placa e verifique se a placa
arrastadora e o arrastador estão bem presos, e se não batem no carro superior ou no porta-
ferramentas.
Verifique a cilindricidade com o paquímetro ou micrômetro e corrija, se necessário, no parafuso
de alinhamento do cabeçote móvel.
Verifique constantemente o ajuste das pontas e lubrifique-as, pois durante o torneamento, a
peça se aquece e dilata, impedindo o deslizamento das superfícies dos furos de centro nas
pontas; isto provoca aquecimento elevado, danificando as pontas e a peça.
SENAI - SP 33
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34 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Esmerilhar superfície plana em ângulo consiste em afiar a cunha cortante de uma ferramenta
segundo ângulo preestabelecido, para fazer ou refazer as superfícies de corte. Esta operação é
feita para que as ferramentas tenham as condições ideais de corte, evitando conseqüentemente
maior aquecimento do material e da ferramenta, devido ao atrito peça-ferramenta.
O processo de execução desta operação é básico, pois deverá ser seguido para a afiação das
demais ferramentas de aço rápido ou de metal duro, no caso de ser fixado no suporte por
soldagem. Na indústria, quando há secção especializada, a afiação se faz geralmente em
esmerilhadoras apropriadas ou em afiadoras.
SENAI - SP 35
Operações em Tono Mecânico
Processo de execução
1. Segure o bite inclinado de modo a obter o ângulo de folga , observe o ângulo de posição
em relação à face de trabalho do rebolo e esmerilhe os ângulos.
Observações
Movimente o bite em relação à face de trabalho do rebolo, a fim de que este possa ter um
desgaste uniforme.
As ferramentas de aço rápido ou de metal duro devem ser afiadas a seco ou com refrigeração
constante porque podem aparecer micro trincas, produzidas pelas tensões impostas pelo
aquecimento e resfriamento repentinos.
Utilize rebolo com composição adequada para cada tipo de material a ser esmerilhado.
Precauções
Use óculos de proteção.
Segure o bite com firmeza e observe que o apoio da ferramenta esteja a 2mm
aproximadamente do rebolo.
36 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
2. Verifique o ângulo de posição com goniômetro ou com verificador fixo, olhando contra a luz.
3. Verifique o ângulo de folga com verificador fixo, estando o plano de base do bite
geralmente apoiado sobre o desempeno.
4. Posicione o bite inclinado em relação à face de trabalho do rebolo, de modo a obter o ângulo
de folga , o de posição s do outro lado da ferramenta.
Observação
Esmerilhe com movimentos uniformes, obtendo o angulo de ponta .
SENAI - SP 37
Operações em Tono Mecânico
Observação
Esmerilhe com movimentos uniformes, obtendo o ângulo de cunha .
Observações
Para obter o ângulo de inclinação igual a zero, a aresta principal de corte deve estar paralela
à face de trabalho do rebolo.
Costuma-se também utilizar o rebolo tipo “copo” para que as faces esmerilhadas fiquem planas.
38 SENAI - SP
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8. Retire as rebarbas e lapide a aresta principal utilizando uma lima abrasiva sobre a superfície
principal de folga e sobre a superfície de saída.
SENAI - SP 39
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40 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Recartilhar no torno
Recartilhar no torno é produzir sulcos paralelos ou cruzados, sob compressão dos dentes de
uma ferramenta chamada recartilha, sobre um material em movimento. O recartilhado é feito
para evitar que a mão deslize quando se manipula uma peça e, no travamento de peças
injetadas em pinos metálicos, e em certos casos para melhorar seu aspecto.
Processo de execução
1. Torneie a parte que será recartilhada, deixando-a lisa, limpa e com o diâmetro compatível
com o tipo de recartilha a ser utilizada.
Observação
Consulte as designações referentes a recartilha na norma DIN 82.
SENAI - SP 41
Operações em Tono Mecânico
Observações
Altura: o porta-recartilha deverá ficar na altura do eixo geométrico da peça.
Observação
O avanço deve ser de 1/5 do passo da recartilha.
42 SENAI - SP
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Observação
Caso o recartilhado pareça irregular, corrija-o, repetindo os passos 2, 5 e 6, até que fique
uniforme.
7. Ligue o torno, engate o movimento automático do carro principal e recartilhe toda a superfície
desejada.
Precaução
A peça deve estar bem presa na placa do torno.
Observação
Utilize querosene ou óleo lubrificante de baixa viscosidade para lubrificar a peça e as
recartilhas.
10. Afaste a recartilha e limpe o recartilhado com uma escova de aço, movimentando-a no
sentido das estrias.
SENAI - SP 43
Operações em Tono Mecânico
44 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Sangrar e cortar no torno é uma operação que consiste em abrir canais ou ranhuras por meio
da ação de uma ferramenta especial que penetra no material perpendicularmente ao eixo de
simetria da peça, podendo chegar a separar o material, caso em que se obtém o corte. Quando
a ferramenta penetra paralelamente ao eixo de simetria da peça, usina-se um canal frontal. É
aplicada principalmente na confecção de arruelas, polias e eixos roscados e retificados.
Processo de execução
1. Prenda o material, fixando-o de modo que o canal a fazer fique o mais próximo possível da
placa, para evitar flexão da peça.
SENAI - SP 45
Operações em Tono Mecânico
Observação
A marcação pode ser feita também diretamente com a ferramenta.
3. Prenda a ferramenta.
Observações
O balanço B deve ser o menor possível.
A aresta de corte da ferramenta deve estar na altura do eixo do torno.
46 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
6. Avance a ferramenta até tocar de leve o material e tome referência no anel graduado do
carro transversal, zerando-o.
Observação
Utilize fluido de corte.
SENAI - SP 47
Operações em Tono Mecânico
Observações
Faça penetrar a ferramenta alternando os lados do canal para diminuir o esforço e evitar o atrito
do cavaco com as paredes laterais da peça.
1. Faceie a peça.
48 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Observações
A largura do bedame deve ser menor que a largura do canal.
A ferramenta deve ser afiada com os raios máximo e mínimo deslocados verticalmente em
relação ao eixo geométrico da peça, para que as superfícies de folga da ferramenta não toquem
internamente no canal.
3. Prenda a ferramenta.
Observação
A aresta de corte da ferramenta deve estar no centro da peça e posicionada paralelamente à
face usinada.
4. Selecione a rotação adequada, ligue o torno e marque a largura do canal com a própria
ferramenta.
SENAI - SP 49
Operações em Tono Mecânico
Observação
A ferramenta deve penetrar de forma escalonada para diminuir o esforço de corte.
Observação
Verificar o corte da ferramenta e, se necessário, reafiá- la antes de terminar a ranhura.
Cortar no torno
1. Afie a aresta de corte com uma inclinação de aproximadamente 5 , para que a rebarba não
fique presa na peça a ser segmentada.
50 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Observação
Uma outra maneira de cortar é afiar a aresta de corte do bedame com um abaulado, que
provoca um cavaco em forma de arco e reduz o atrito com as laterais da ranhura, produzindo
melhor corte.
SENAI - SP 51
Operações em Tono Mecânico
Roscar com machos no torno é uma operação que consiste em fazer roscas internas, com uma
ferramenta chamada macho, em uma peça que antes foi adequadamente furada. Aplica-se uma
vez ou outra, aproveitando-se a montagem no torno, em furos roscados de pequenos
diâmetros.
Processo de execução
1. Fure a peça.
Observações
Consulte a tabela de roscas para determinar o diâmetro da broca.
Se o furo não for passante, faça o furo com a profundidade maior que o comprimento útil da
rosca, considerando esse comprimento útil no primeiro macho.
3. Aproxime o cabeçote móvel até que a parte cônica do macho penetre no furo.
SENAI - SP 53
Operações em Tono Mecânico
Observação
O desandador deve ser adequado ao tamanho do macho.
9. Termine de passar o macho nº 1, fazendo penetrar o macho por meio de giro do
desandador; a cada volta de penetração, gire meia volta em sentido contrário, a fim de quebrar
o cavaco, colocando fluido de corte constantemente.
Observação
54 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Tratando-se de furo não passante, marque no macho o comprimento a roscar e tome cuidado,
ao se aproximar do final.
10. Termine a rosca, passando o macho nº 2 (macho de semi-acabamento) e o nº 3 (macho de
acabamento).
Observação
Introduza os machos, fazendo-os coincidir com os filetes abertos anteriormente.
Observação
Use desandador proporcional ao tamanho do macho.
Observação
Utilize fluido de corte adequado ao material a ser roscado.
SENAI - SP 55
Operações em Tono Mecânico
8. Faça penetrar o macho realizando movimentos sincronizados de giro da placa com avanço
manual do mangote.
Observações
O mangote deve ser recuado proporcionalmente ao afastamento do macho em relação à rosca.
Limpe aplique fluido de corte constantemente o macho.
Observações
Introduza os machos de maneira que coincidam com os filetes abertos anteriormente.
O macho nº 3 não requer o movimento alternado de rotação à direita e à esquerda.
56 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Roscar com cossinete no torno é uma operação que consiste em fazer rosca, com no máximo
até 12mm de diâmetro, sobre um material cilíndrico, mediante um cossinete apoiado no
mangote. Realiza-se, também, quando a rosca é pouca rigorosa, ou para terminar roscas
previamente desbastadas com ferramenta.
Processo de execução
SENAI - SP 57
Operações em Tono Mecânico
Observações
Verifique se o diâmetro da peça está de acordo com o cossinete que será usado.
Para não causar danos à crista do filete, evite diâmetros superiores ao diâmetro máximo
recomendado em tabela.
Observação
Se o cossinete for do tipo redondo fechado, basta montar o cossinete no porta-cossinete; se for
do tipo redondo aberto, regule a abertura do cossinete com auxílio dos parafusos do porta-
cossinete e fixe-o.
58 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Observação
A haste do porta-cossinete deve ser apoiada no porta-ferramentas para evitar o movimento de
giro.
6. Gire a placa do torno e o volante do cabeçote móvel com a mão, simul-taneamente, para
acompanhar o avanço do cossinete.
Observação
O giro da placa deve ser de 1/2 volta no sentido anti-horário para cortar e 1/4 de volta no
sentido horário para quebrar os cavacos.
Use fluido de corte adequado.
Observação
Se a rosca não estiver de acordo, regule o cossinete por meio dos parafusos do porta-
cossinete, verificando com o parafuso calibrador.
Observações
Podem-se também fazer roscas com diâmetro maior que 12mm. Para isso, é necessário
desbastar previamente com a ferramenta, deixando o cossinete para a calibragem final da
rosca.
SENAI - SP 59
Operações em Tono Mecânico
60 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Tornear superfície cilíndrica interna consiste em fazer uma superfície cilíndrica interna pela
ação da ferramenta, que é deslocada paralelamente ao eixo do torno. É conhecida também
pelo nome de broquear. Realiza-se para obter furos cilíndricos com baixa rugosidade e
dimensões exatas em buchas, polias, engrenagens e outras peças.
Processo de execução
Observação
Deixe, entre a face da placa e a peça, uma distância suficiente para a saída da ponta da
ferramenta e dos cavacos.
2. Centre a peça.
3. Fure a peça num diâmetro aproximadamente 1mm menor que o diâmetro nominal.
4. Prenda a ferramenta para torneamento interno no porta-ferramentas.
Observações
SENAI - SP 61
Operações em Tono Mecânico
Observação
O corpo da ferramenta deve estar paralelo ao eixo do torno; a ponta da ferramenta deve estar
na altura do centro.
6. Fixe a ferramenta.
Observação
Consulte a tabela de velocidade de corte para selecionar a rotação e o avanço.
8. Faça a ferramenta penetrar no furo e desloque-a transversalmente, até que a ponta toque na
peça.
62 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
10. Pare o torno, afaste a ferramenta no sentido longitudinal e faça a verificação da medida com
o paquímetro.
11. Torneie, dando os passes necessários, até obter um diâmetro 0,2mm menor que a medida
final, para dar o acabamento.
Observação
Se necessário, a ferramenta deve ser reafiada.
SENAI - SP 63
Operações em Tono Mecânico
Observações
Ao fazer a verificação, desligue a máquina e afaste a ferramenta para evitar riscos na superfície
acabada.
Os furos, conforme sua exatidão, podem ser verificados com paquímetro, micrômetro interno,
calibrador-tampão ou com a peça que entrará no furo.
64 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Tornear e facear rebaixos internos é uma operação muito semelhante à de tornear superfície
cilíndrica interna, diferenciando-se por terminar em uma face plana interna. A ferramenta atua
em duas direções, de modo a determinar um ângulo reto. Esta operação é realizada para
construir, por exemplo alojamentos de rolamentos ou buchas.
Processo de execução
1. Prenda o material.
2. Faceie o material.
SENAI - SP 65
Operações em Tono Mecânico
Observações
O gume da ferramenta deverá ficar exatamente na altura do eixo geométrico da peça.
Deixar a ferramenta para fora dos calços somente o necessário.
Observação
Ao consultar a tabela de rotações, considerar o maior diâmetro do rebaixo.
6. Desloque a ferramenta até que sua ponta coincida com o centro do material.
10.Termine o rebaixo.
Observação
66 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Observações
Antes de medir, retirar as rebarbas.
O paquímetro não deve tocar nos cantos da peça.
Sempre que possível, fazer um furo antes de iniciar o rebaixo.
SENAI - SP 67
Operações em Tono Mecânico
68 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Centrar na placa de quatro castanhas independentes é uma operação que permite a centragem
de materiais ou peças, por meio do deslocamento independente de cada castanha. Utiliza-se
para torneamento excêntrico, peças fundidas, forjadas, torneamentos preliminares e centragem
com exatidão, o que permite a fixação de material ou peças irregulares com maior firmeza.
Processo de execução
SENAI - SP 69
Operações em Tono Mecânico
Observações
Para a verificação da centragem, utilize graminho, tomando como referência o perímetro da
peça ou uma traçagem. Caso se exija exatidão, utilize relógio comparador ou apalpador.
Se a peça estiver fora de centro, solte ligeiramente a castanha do lado em que o material mais
se afastar da agulha e aperte a castanha oposta, deslocando o material o equivalente à metade
da distância entre a peça e a agulha.
Precaução
Nunca deixe mais de uma castanha desapertada.
5. Repita o passo 3 até que o material fique centrado, e aperte as castanhas firmemente.
Observações
No caso de peças usinadas cuja centragem deve ser rigorosa, usa-se um relógio comparador,
depois da centragem com graminho.
No caso de materiais e peças brutos ou muito irregulares, pode-se fazer a centragem usando
giz. Para isso, prende-se o material, liga-se o torno em baixa rotação e aproxima-se o giz para
70 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
marcar a região da peça que fica mais afastada do centro; daí por diante, procede-se como foi
explicado na centragem com graminho.
Quando o material é muito comprido, faz-se a centragem próximo à placa, por um dos
processos já indicados, e depois centra-se a extremidade, batendo com martelo de plástico,
antes do aperto final.
SENAI - SP 71
Operações em Tono Mecânico
72 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
É dar dimensão, forma cilíndrica e rugosidade Ra da ordem de 0,8 m a furos cilíndricos com
uma ferramenta denominada alargador. Esta operação ocorre pela combinação do movimento
de rotação da peça presa na placa do torno e o avanço do alargador preso no mangote do
cabeçote móvel, e sua finalidade é tomar mais rápida e econômica a execução de furos
normalizados em buchas, polias, anéis e engrenagens.
Processo de execução
1. Fure a peça.
Observação
Deixe sobremetal no furo, considerando o material da peça e o diâmetro do furo.
2. Monte o alargador.
Observação
O alargador deve ser montado num mandril flutuante, e este fixado no mangote do cabeçote
móvel.
SENAI - SP 73
Operações em Tono Mecânico
Observações
O alargador deve estar alinhado com o furo.
O mangote deve estar o máximo possível para dentro do cabeçote móvel.
Observação
A rotação é, em geral, 50% menor que a rotação utilizada na operação de furar.
74 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
7. Retire o alargador.
Observação
O alargador deve ser retirado com o material girando no mesmo sentido de quando penetrou.
O alargador deve ser limpo com um pincel
Observação
Para verificar a medida, o cabeçote móvel deve ser afastado e o furo limpo com um pano ou
uma escova apropriada.
Se a peça estiver quente, esfrie antes da verificação.
SENAI - SP 75
Operações em Tono Mecânico
76 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Mandris são dispositivos que têm forma cilíndrica ou cônica, destinadas a auxiliar a fixação de
peças no torno para obtenção de peças concêntricas e coaxiais, como polias, engrenagens,
buchas e peças de fabricação em série.
Processo de execução
Observações
Para torneamento externo de uma peça por vez, tendo como referência o furo, utiliza-se o
mandris com uma conicidade de 0,04:100 ou o expansível.
Para torneamento interno, tendo como referência o diâmetro externo, utiliza-se o mandril
expansível interno (pinça).
SENAI - SP 77
Operações em Tono Mecânico
Em torneamentos externos de uma ou várias peças por vez emprega-se o mandril da figura a
seguir .
As peças devem ser faceadas e as faces devem estar perpendiculares ao furo, para não forçar
o mandril.
A rosca da porca de fixação deve estar calibrada.
Observações
Dependendo do tipo de mandril, a montagem pode ser:
78 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
SENAI - SP 79
Operações em Tono Mecânico
Observação
Antes de montar o mandril entre pontas, verifique a coaxialidade entre a ponta e a contraponta.
80 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
4. Torneie a peça.
Observações
Selecione a rotação adequada e determine o avanço de corte.
Verifique se a peça esta bem presa.
É aconselhável dar passes leves para evitar desajustes da peça no mandril.
SENAI - SP 81
Operações em Tono Mecânico
82 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Temperar e revenir
Temperar e revenir são operações de tratamento térmico destinadas a aços carbono e aços
ligados, conferindo ao aço tratado propriedades mecânicas de dureza e, consequentemente,
resistência ao desgaste.
Ligue o forno.
Regule a temperatura de aquecimento.
Observação
A temperatura de aquecimento deve ser de 50oC acima da linha A3 para aços hipoeutetóides
e de 50oC acima da linha A1 para aços hipereutetóides.
SENAI - SP 83
Operações em Tono Mecânico
Observação
O tempo de permanência na temperatura de aquecimento deve ser suficiente para a completa
difusão dos elementos da liga na austenita. Como regra, adota-se um tempo de 2 minutos por
milímetro de bitola.
Observações
A velocidade de resfriamento está relacionada à severidade do meio (água ou óleo), ao tipo de
aço, ao grau de agitação e ao volume da peça.
O resfriamento deve ser feito em um meio liquido para possibilitar a formação da martensita.
As peças devem ser mergulhadas sempre na vertical.
84 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Deve-se agitar a peça ou o meio de resfriamento para garantir que a curva de resfriamento
passe à esquerda da curva em “C” do aço em tratamento.
Observação
A temperatura de aquecimento varia em função do tipo de aço, da dureza e da característica
mecânica desejada.
SENAI - SP 85
Operações em Tono Mecânico
86 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Perfilar com ferramenta de forma consiste em obter sobre o material uma superfície com o perfil
da ferramenta. Realiza-se freqüentemente para arredondar arestas e facilitar a construção de
peças com perfis especiais.
Processo de execução
1. Prepare o material.
SENAI - SP 87
Operações em Tono Mecânico
Observações
Em casos de superfícies de corte muito grande, movimente lateralmente a ferramenta, ao
mesmo tempo em que ela avança.
A verificação deve ser feita periodicamente, utilizando um gabarito de forma desejada.
Observação
Preste atenção à concordância das curvas, quando se aproximar da forma desejada.
8. Verifique a forma.
88 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Abrir rosca triangular externa por penetração perpendicular é dar forma triangular ao filete da
rosca, com uma ferramenta de perfil adequado, conduzida pelo carro principal, com penetração
perpendicular à peça. O avanço deve ser igual ao passo da rosca por volta completa do material.
A relação entre os movimentos da ferramenta e o material se obtém com um jogo de
engrenagens fixo na grade do recâmbio.
Esta operação é necessária para a confecção das roscas de peças e parafusos e recomendada
para roscas de passo menor que 3mm.
Processo de execução
1. Torneie no diâmetro.
SENAI - SP 89
Operações em Tono Mecânico
Observações
A ponta da aresta cortante deve estar na altura do eixo geométrico da peça.
O ângulo deve estar com sua bissetriz perpendicular ao eixo geométrico da peça.
4. Fixe a ferramenta.
Observações
Utilize a caixa de avanços; se o torno não tiver, monte o jogo de engrenagens calculado.
O valor de avanço no torno é o próprio passo da rosca; esse valor é encontrado em tabelas e
catálogos técnicos.
Precaução
Desligue a chave geral do torno durante a troca de engrenagens.
Precaução
Assegure-se de que a proteção das engrenagens esteja colocada.
9. Desloque manualmente a ferramenta para fora do material e registre a referência zero no anel
graduado.
13. Afaste a ferramenta, desligue o torno e verifique o passo com a ajuda do verificador de
roscas ou de uma régua graduada.
Observação
Quando o passo da rosca confeccionada é submúltiplo do passo do fuso, o carro pode ser
desengatado e colocado manualmente. Caso contrário, para voltar ao ponto inicial de corte, o
retorno se faz invertendo o sentido de rotação do motor e com o carro engatado.
15. Dê a profundidade de corte recomendada.
SENAI - SP 91
Operações em Tono Mecânico
Observação
Para saber quando a profundidade dos sucessivos passos chega à altura do filete, faça o
controle por meio do anel graduado, observando os valores da altura do filete em tabelas e em
catálogos técnicos.
Observação
Durante todo o roscamento, use fluido de corte de acordo com o material.
17. Recue a ferramenta e dê reversão para retornar ao ponto inicial, repetindo o passo 15.
18. Dê outro passe, com uma nova profundidade de corte, deslocando a ferramenta.
92 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Observação
Continue dando passes com o mesmo procedimento, até que faltem alguns décimos de
milímetro para a altura do filete.
21. Dê a menor profundidade de corte possível, até que a ferramenta encoste nos flancos do
filete a fim de reproduzir exatamente a sua forma, e faça a referência no anel graduado.
22. Repasse toda a rosca com a mesma profundidade de corte, de acordo com o passo 21.
SENAI - SP 93
Operações em Tono Mecânico
24. Verifique a rosca com uma porca calibradora ou com calibrador anel tipo passa-não-passa.
Observações
A porca calibradora deve entrar de modo justo, porém não forçado.
Se necessário, repasse a rosca dando o mínimo possível de profundidade de corte até conseguir
o ajuste.
94 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Abrir rosca triangular direita interna é uma operação que permite dar forma triangular ao filete
utilizando uma ferramenta de tornear interno com perfil apropriado, conduzida pelo carro
principal. A relação de movimentos entre a ferramenta e a peça é obtida com as engrenagens do
recâmbio e da caixa de avanços. O avanço determina o passo da rosca por volta completa da
peça.
Processo de execução
Observações
Na execução de roscas sem saída, deve-se fazer um canal de alívio no final do furo com a
ferramenta de sangrar interno conforme norma NBR 5870:1988.
A referência da profundidade do canal, deve ser feito com o auxílio do anel graduado do carro
transversal.
SENAI - SP 95
Operações em Tono Mecânico
Observações
A ponta da aresta cortante da ferramenta deve estar na altura do eixo geométrico da peça.
Verifique se o corpo da ferramenta passa com folga no furo da peça, e chegue até o canal de
saída.
3. Prepare o torno.
Observações
A maioria dos tornos trazem afixadas em sua caixa de avanço tabelas que relacionam o passo
da rosca com o avanço.
A obtenção do avanço do carro principal é feita pela relação de engrenagens do recâmbio e pelo
posicionamento das alavancas da caixa de avanço.
Selecione uma rotação que seja compatível com a operação que será realizada.
96 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Observação
Tome a referência inicial com o anel graduado do carro transversal.
SENAI - SP 97
Operações em Tono Mecânico
Observações
Ao chegar ao comprimento da rosca, recue a ferramenta e inverta o sentido de rotação do torno.
Durante o roscamento, use fluido de corte de acordo com o material.
Continue dando diversos passes, até obter a altura do filete.
É importante deslocar a ferramenta longitudinalmente, em sentido contrário ao do avanço, a
cada três ou quatro avanços de profundidade, a fim de proporcionar certa folga à ferramenta,
que trabalhará sem sofrer esforço excessivo.
Observação
Se necessário, repasse a rosca dando o mínimo possível de profundidade de corte até conseguir
o ajuste.
98 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Tornear superfícies
côncavas e convexas
(movimento bimanual)
Tornear superfícies côncavas e convexas consiste em obter tais superfícies sobre o material por
meio de uma ferramenta que se desloca, simultaneamente, com movimento de avanço e
penetração. Esta operação se realiza para obter a forma definitiva de peças como manípulos e
volantes, ou como passo prévio para perfilar com ferramenta de forma.
Processo de execução
SENAI - SP 99
Operações em Tono Mecânico
Observação
A ponta da ferramenta deve ser arredondada, pois as ferramentas de pontas agudas dificultam a
obtenção de bom acabamento.
100 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
6. Desloque o carro superior até o ponto B da peça e, com os movimentos (a2 ) e (P2 ),
simultaneamente, realize o segundo passe.
8. Realize tantos passes quantos forem necessários, com os mesmos procedimentos dos
passos 1 e 2, até chegar ao perfil desejado.
SENAI - SP 101
Operações em Tono Mecânico
Observação
A ponta da ferramenta deve ser arredondada, pois as ferramentas de pontas agudas dificultam a
obtenção de um bom acabamento.
6. Volte ao ponto A e, com o avanço (a2) e a profundidade (P2), simultâneos, realize o segundo
passe.
102 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
8. Realize tantos passes quantos forem necessários, com o mesmo procedimento, até chegar ao
perfil desejado.
SENAI - SP 103
Operações em Tono Mecânico
104 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Tornear excêntrico
Tornear excêntrico é uma operação para tornear partes de uma peça em que o eixo de simetria
se encontra deslocado em relação ao eixo do torno.
Processo de produção
2. Coloque o eixo sobre um bloco em “V” e determine o centro com o calibrador traçador de
altura.
SENAI - SP 105
Operações em Tono Mecânico
106 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Observações
Utilize a contraponta e o esquadro para auxiliar a centragem da peça.
SENAI - SP 107
Operações em Tono Mecânico
Observação
Para girar a placa com a mão ela deverá ser liberada, colocando uma das alavancas de registro
de rotação na posição neutra.
Precaução
Nunca deixe mais de uma castanha desapertada ao mesmo tempo.
10. Para balancear a placa gire-a com a mão e marque a posição de parada.
12. Gire novamente a placa e verifique se se deve pôr ou tirar pesos para atingir o equilíbrio.
108 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Precaução
Não utilize os pesos fora da periferia da placa ou parafusos muito compridos.
Observação
O balanceamento está correto quando, girando a placa várias vezes, observa-se que ela pára,
pelo menos, em três pontos diferentes.
Observação
Se o torno oscilar, verifique novamente o balanceamento da placa.
Não ultrapasse o limite de rotação previsto para placas de castanhas independentes.
Observação
Trace as duas faces sem remover o material do bloco em “V”.
SENAI - SP 109
Operações em Tono Mecânico
Observações
Lubrifique os furos de centro com graxa.
A peça deve girar livre e sem folga entre as pontas.
Os avanços deverão ser pequenos para não quebrar a ferramenta, devido ao esforço
descontínuo.
Observação
Quando o diâmetro do excêntrico é muito fino, enfraquecendo demais a peça, coloque um calço
de madeira ou de alumínio entre as paredes faceadas para evitar deformações.
110 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Processo de execução
Observações
Coloque de modo que o material se apóie o mais próximo do extremo a tornear.
Limpe a base da luneta e o barramento, a fim de obter bom apoio e centragem.
As pontas da luneta devem ser apoiadas em superfícies cilíndricas.
2. Apóie um dos extremos do material sobre as pontas da luneta e coloque o outro extremo na
placa, ajustando levemente as castanhas.
Observações
SENAI - SP 111
Operações em Tono Mecânico
Observação
Se a peça tiver furo de centro, utilize a contraponta para facilitar a centragem.
4. Lubrifique a superfície cilíndrica do material que fica em contato com as pontas da luneta.
5. Torneie a peça.
Tornear com luneta fixa é uma operação que consiste em tornear um material com um extremo
preso na placa ou entre pontas e apoiado na luneta fixada no barramento do torno. Aplica-se no
torneamento interno ou externo de peças de grande comprimento, sujeitas a flexões.
Observações
Trabalhe com baixa rotação e mantenha os contatos bem lubrificados.
A luneta fixa pode também ser empregada como apoio intermediário, no caso de torneamento
em peças muito longas.
112 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Reafiar broca helicoidal é a operação que consiste em preparar a arestas cortantes de uma
broca com a finalidade de deixá-la em condições adequadas para a execução de furos
cilíndricos. Esta operação é executada sempre que as arestas de corte da broca não estiverem
em boas condições, ou quando for necessário corrigir o ângulo da ponta da broca, tornando-o
adequado ao material a ser furado.
Processo de execução
1. Ligue a esmerilhadora.
Precauções
Antes de iniciar qualquer operação com a esmerilhadora, verifique as condições da máquina.
Use óculos de segurança
SENAI - SP 113
Operações em Tono Mecânico
Para segurar corretamente a broca, coloque os dedos polegar, indicador e médio da mão direita
na ponta da broca e os mesmos dedos da mão esquerda na haste.
Observações
Ao encostar a broca no rebolo, observe as inclinações para obter o ângulo de posição da aresta
de corte e o ângulo lateral de folga .
A superfície de folga da broca deve tocar levemente no rebolo para evitar superaquecimento da
broca.
A haste da broca deve ser movimentada para baixo e para cima, alternadamente; os dedos da
mão direita funcionam como um eixo de articulação; não se deve girar a broca, pois ela gira
automaticamente.
114 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Os movimentos alternados impostos à broca devem permitir que ocorra o contato entre ela e o
rebolo em toda a superfície principal de folga.
Na reafiação de brocas helicoidais com máquina, é possível utilizar refrigeração constante; já na
reafiação manual, deve-se evitar o resfriamento intermitente, que pode provocar microtrincas e
causar quebra da broca, oferecendo perigo ao operador.
Observações
A verificação do ângulo de posição da aresta de corte deve ser feita utilizando o verificador de
ângulo ou o transferidor de graus.
O ângulo de posição da aresta de corte é determinado conforme o tipo de material a ser furado.
Se necessário, repita os passos 2 e 3.
Observação
As arestas de corte devem ter o mesmo comprimento e o mesmo ângulo de posição eo
ângulo lateral de folga correto, de modo a gerar um ângulo de aresta transversal de 130.
SENAI - SP 115
Operações em Tono Mecânico
116 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Tornear superfície cônica desalinhando a contraponta é uma operação que permite obter
superfícies cônicas com a peça presa entre pontas, por meio do deslocamento da ferramenta
paralela ao eixo do torno, e com a contraponta desalinhada em um valor calculado para
obtenção do cone desejado.
Esta operação é empregada para cones de pouca exatidão dimensional, de pouca inclinação e
com comprimento maior que o curso do carro superior.
Processo de execução
SENAI - SP 117
Operações em Tono Mecânico
Observação
Fure com a broca de centro de forma R (NBR- 12 288) e utilize ponta e contraponta de 600 ou
fure com a broca de centro de forma A (NBR- 12 288) e utilize as pontas esféricas.
118 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Observação
A ponta da ferramenta deve ficar na altura do eixo geométrico da peça.
Precaução
As pontas esféricas são mais fracas que as cônicas, de 60; evite, portanto, esforços muito
grandes, a fim de não quebrá-las.
SENAI - SP 119
Operações em Tono Mecânico
120 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Abrir rosca quadrada consiste em fazer um filete com perfil quadrado, com procedimento similar
ao da execução de rosca triangular. A diferença está em que a profundidade de corte deve ser
perpendicular ao eixo do torno, sem folga na aresta cortante da ferramenta.
Embora ainda seja empregada na fabricação de porcas e parafusos, a rosca quadrada tem uso
reduzido, sendo substituída pelas roscas trapezoidal e dente-de-serra. No entanto, a execução
de roscas trapezoidal e dente-de-serra requer antes a abertura de um sulco helicoidal
semelhante à rosca quadrada.
Processo de execução
SENAI - SP 121
Operações em Tono Mecânico
1. Torneie no diâmetro, faça o canal de saída segundo a norma NBR- 5870/88 e o rebaixo de
referência.
Observação
A largura do canal deve ser maior que a metade do passo da rosca.
Observações
Usar ferramenta com ângulo de folga conveniente para haver espaço entre ela e os flancos dos
filetes da rosca a executar.
122 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
O comprimento da parte afiada da ferramenta deve ser aproximadamente 1mm maior que a
profundidade do filete da rosca a executar.
Observações
A aresta de corte da ferramenta deve estar na altura do eixo geométrico da peça.
SENAI - SP 123
Operações em Tono Mecânico
Precaução
Caso seja torno de mudança de engrenagens, desligue a chave geral antes de trocá-las.
Observação
A profundidade de corte varia de 0,05 a 0,1mm.
Observação
124 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Quando a ferramenta estiver no canal de saída, afaste-a e reverta o torno; quando a ferramenta
estiver fora da peça, desligue o torno, reposicione a ferramenta e avance-a, dando a
profundidade de corte.
9. Verifique o ajuste da rosca com uma porca-calibradora, sem forçá-la, ou com a peça-
fêmea.
SENAI - SP 125
Operações em Tono Mecânico
Abrir rosca múltipla é uma operação que possibilita a obtenção de roscas na superfície externa
ou interna de peças, por meio de um sistema de divisões no avanço da ferramenta, a qual
permite fazer duas ou mais entradas de filetes.
Processo de execução
Observação
Dependendo da peça, pode-se montá-la na placa de três ou quatro castanhas ou entre pontas.
Observação
126 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Para roscas com ângulo de hélice (beta) inferior a 12o, a aresta de corte da ferramenta deve
ser horizontal. Para ângulos de hélice superiores a 12o, a aresta da ferramenta deve ser
perpendicular ao flanco do filete.
Precaução
Antes de mexer nas engrenagens do recâmbio, desligue a chave geral do torno.
Observação
A divisão na grade pode ser feita por dois processos:
1º Processo
Alguns tornos, em geral os com caixa de mudança de avanços, possuem na grade um
dispositivo que permite fazer a segunda, terceira, quarta e demais entradas da seguinte forma:
Afaste o anel dentado na direção A.
SENAI - SP 127
Operações em Tono Mecânico
Gire a roda motora até que a referência do anel coincida com o número desejado.
Observação
N de dentes inteiros
Giro da roda motora =
N de entradas da rosca
Exemplo: 3 entradas
60
Anel dentado interno = 60 Giro da roda motora = 3 = 20
Portanto, para 3 entradas, gire a roda motora de vinte em vinte dentes para cada entrada.
Encaixe o anel dentado, movendo-o para B e faça a outra entrada, e assim sucessivamente.
2º Processo
Em tornos com mudança de engrenagem, para executar a segunda, terceira, quarta e demais
entradas, monta-se no eixo principal do torno uma roda dentada motora que seja divisível pelo
número de entradas da rosca.
128 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
Observação
As divisões, para roscas múltiplas, podem ser feitas por meio do carro superior: para cada nova
entrada, avance a ferramenta um valor igual ao passo.
10. Repasse todas as entradas até a medida final, seguindo os mesmos passo indicados para o
desbaste.
Observação
SENAI - SP 129
Operações em Tono Mecânico
Quando se trabalha em tornos onde a mudança de entrada é mais difícil e demorada do que a
substituição da ferramenta de desbaste pela de acabamento, é preferível terminar
completamente uma entrada para, depois, passar à execução da outra.
Observações
Em caso de rosca não passante, faça o canal de saída da ferramenta.
A inclinação da ponta da ferramenta deve ser igual à inclinação da hélice da rosca, conservadas
as respectivas folgas laterais. Convém o uso de duas ferramentas: uma para desbaste, mais
estreita, com o gume perpendicular ao flanco do filete, e outra para acabamento com medidas
exatas e o gume horizontal.
A face de corte da ferramenta, no caso de rosca trapezoidal ou quadrada, deve ficar paralela à
parede do furo. No caso de rosca triangular, ela é acertada com um escantilhão.
130 SENAI - SP
Operações em Tono Mecânico
5. Verifique a rosca com a peça-macho ou com um calibrador tampão para rosca, e corrija se for
necessário.
SENAI - SP 131
Operações em Tono Mecânico
Referencias Bibliográficas
3. SENAI. SP. Caminhão betoneira: cara chata. Por Regina Célia Roland Novaes e
Selma Ziedas. São Paul, 1997. (Tecnologia aplicada, 1).
4. Caminhão betoneira: cara chata. Por Regina Célia Roland Novaes e Selma
Ziedas. São Paulo, 1997. (Operações, 1).
132 SENAI - SP