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Sub: com ou sem hífen?

Por Thaís Nicoleti

A (boa) sugestão é de um colega do UOL. Como são escritas as palavras que aparecem com o
prefixo "sub"? Subeditor ou sub-editor? Subdiretor ou sub-diretor?

Salvo dois casos (que comentaremos a seguir), a ligação é feita sem hífen:

-
subalimentação, subchefe, subdelegado, subdiretor, subeditor, subfaturamento, subseç
ão.

As exceções são as palavras iniciadas por "r" e "b". Nesses casos, usa-se o hífen:

- sub-raça, sub-reitor, sub-base, sub-bibliotecário.

Já comentamos outras vezes, mas não custa reforçar: na dúvida, o melhor caminho é sempre
consultar os dicionários.

Um abraço,
Paulo Ramos.

https://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/ult2781u363.jhtm

11/04/17

Se você quiser se livrar de pulgas, esta parece ser a maneira mais fácil de capturar e matar as pulgas
monstruosas, sim uma armadilha de pulgas!
Se você dá um banho em seu cão com um detergente líquido, você vai ser capaz de matar as pulgas em
seu corpo também. No entanto, uma armadilha de pulgas irá permitir-lhe para limpar toda a sua casa de pulgas.
Se você quiser se livrar de pulgas, esta parece ser a maneira mais fácil de capturar e matar as pulgas
monstruosas, sim uma armadilha de pulgas!
Se você dá um banho em seu cão com um detergente líquido, você vai ser capaz de matar as pulgas em
seu corpo também. No entanto, uma armadilha de pulgas irá permitir-lhe para limpar toda a sua casa de pulgas.
Se você quiser se livrar de pulgas, esta parece ser a maneira mais fácil de capturar e matar as pulgas
monstruosas, sim uma armadilha de pulgas!
Se você dá um banho em seu cão com um detergente líquido, você vai ser capaz de matar as pulgas em
seu corpo também. No entanto, uma armadilha de pulgas irá permitir-lhe para limpar toda a sua casa de pulgas.
Se você quiser se livrar de pulgas, esta parece ser a maneira mais fácil de capturar e matar as pulgas
monstruosas, sim uma armadilha de pulgas!
Se você dá um banho em seu cão com um detergente líquido, você vai ser capaz de matar as pulgas em
seu corpo também. No entanto, uma armadilha de pulgas irá permitir-lhe para limpar toda a sua casa de pulgas.
Se você quiser se livrar de pulgas, esta parece ser a maneira mais fácil de capturar e matar as pulgas
monstruosas, sim uma armadilha de pulgas!
Se você dá um banho em seu cão com um detergente líquido, você vai ser capaz de matar as pulgas em
seu corpo também. No entanto, uma armadilha de pulgas irá permitir-lhe para limpar toda a sua casa de pulgas.
Se você quiser se livrar de pulgas, esta parece ser a maneira mais fácil de capturar e matar as pulgas
monstruosas, sim uma armadilha de pulgas!
Se você dá um banho em seu cão com um detergente líquido, você vai ser capaz de matar as pulgas em
seu corpo também. No entanto, uma armadilha de pulgas irá permitir-lhe para limpar toda a sua casa de pulgas.
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seu corpo também. No entanto, uma armadilha de pulgas irá permitir-lhe para limpar toda a sua casa de pulgas.
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seu corpo também. No entanto, uma armadilha de pulgas irá permitir-lhe para limpar toda a sua casa de pulgas.
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seu corpo também. No entanto, uma armadilha de pulgas irá permitir-lhe para limpar toda a sua casa de pulgas.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.
1. Siga a norma, seja ela qual for
Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)


três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?
veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.
Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando
de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.
A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de
convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.
Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American
Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.
O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante
Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.
A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de
convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.
Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American
Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.
O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante
Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.
A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de
convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.
Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American
Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.
O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante
Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.
A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de
convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.
Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American
Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.
O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante
Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.
A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de
convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.
Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American
Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.
O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante
Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.
A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de
convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.
Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American
Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.
O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante
Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.
A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de
convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.
Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American
Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.
O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante
Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.
A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de
convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.
Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American
Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.
O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante
Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.
A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de
convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.
Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American
Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.
O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante
Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.
A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de
convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.
Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American
Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.
O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante
Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.

Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em


evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.
A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de
convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.

A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A


expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.
Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American
Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.
O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante
Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

Não se perca com o et al.


2 de setembro de 2015 por Marcelo Sabbatini 17 Comentários

Reza a lenda que uma pessoa foi ao posto de gasolina fazer a troca de óleo do
motor e pediu por uma marca específica do lubrificante: “710”. Ora, não havia
tal marca, nem qualquer frentista jamais havia ouvido falar dela. Mas o cliente
insistia, dizendo que somente utilizava aquele óleo, que era o melhor para seu
carro, etc. Depois de muitas idas e vindas, finalmente se descobriu a causa do
equívoco. Estampado, no fundo da lata, estava a palavra OIL, óleo em inglês.
Esta estorinha, muito utilizada em cursos de Comunicação, coloca em
evidência o caráter simbólico da linguagem, destacando como a subjetividade é
fundamental para a interpretação correta (ou não) de uma mensagem.
Felizmente, toda linguagem possui suas convenções; tivessem utilizado uma
fonte com serifas (aquelas pontinhas nas extremidades dos caracteres) e
“cortado” o algarismo sete, a ambiguidade seria reduzida e não haveria tal
confusão.

A linguagem acadêmica não é diferente e possui toda uma série de


convenções que podem parecer enigmáticas aos não iniciados. Uma delas, o
“apud”, não é o nome de um autor turco, mas sim a forma de proporcionar os
devidos créditos de autoria, numa citação da citação. E outra convenção,
também utilizada numa chamada de referência bibliográfica é a expressão “et
al.”

Mas o que ela significa? As aulas e os livros de metodologia científica nos


esclarecem, evitando confusões como a do posto de gasolina: et al. deve ser
lido como “e outros”, sendo uma abreviação do latim et alii ouet alia.

E por que substituir o nome de alguém, que merece todo o crédito e


reconhecimento por uma expressão destas? A ideia é simples: quando há
muito autores de uma mesma obra, tanto a chamada da referência, quanto a
referência em si ficariam “poluídas” com uma longa lista de nomes, tendo como
resultado uma legibilidade prejudicada.
A lista de autores de um trabalho acadêmico pode ser uma verdadeira multidão. A
expressão et. al. busca simplificar a leitura das chamadas da referência e da
referência bibliográfica em si.

Este limite para este excesso de informação, entretanto, é variável, mudando


de acordo com as normas de escrita acadêmica. Mas como princípio básico,
basta imaginar como ficaria uma chamada de referência bibliográfica com seis
autores para perceber a necessidade deste recurso. Em campos do
conhecimento onde pesquisas colaborativas são realizadas e os artigos
científicos possuem mais de cem autores, então, nem se fala.

Agora, como em qualquer idioma, uma coisa é compreender, outra é se


expressar. Dessa forma, ainda que saibamos “ler” corretamente a expressão et
al. em um texto acadêmico, utilizá-la corretamente é estória completamente
diferente. São normas e detalhes que precisam ser dominados e que dão esta
fama de chata e difícil à metodologia científica.

Então, para que você não se perca na multidão de autores do et al., vamos
conhecer sua utilização.

1. Siga a norma, seja ela qual for


Quando falamos em metodologia, sempre precisamos responder à pergunta
inicial: quem está mandando? Com isto me refiro a que norma específica está
orientando a elaboração de seu texto acadêmico, seja um artigo científico ou
um relatório de pesquisa, como uma monografia, dissertação ou tese. No
Brasil, a norma mais comum para a apresentação de documentos científicos e
técnicos é a ABNT; porém, algumas áreas do conhecimento aderem, por
tradição histórica e comodidade, a normas internacionais. E logo, é
relativamente comum que instituições de ensino e pesquisa possuam seus
próprios manuais metodológicos, preenchendo alguns vazios das normas
oficiais.

2. Aplique a regra
Dito isso, um fato chamativo: a atual versão da NBR 10520: 2002, que
normatiza a elaboração das chamadas de referência bibliográfica não faz mais
referência ao et al. Isso significa, em teoria, que você não está obrigado a
utilizar esta convenção. Mas versões anteriores, a tradição e os manuais
institucionais de formatação de trabalhos acadêmicos apontam para sua
utilização.

Onde encontramos sim o et al. na NBR 6023:2002, aquela que especifica como
elaborar as referências bibliográficas propriamente ditas. Ora, se na lista de
referências é preciso suprimir o nome dos autores a partir de um certo número,
nas chamadas de referência no corpo do texto, também seria necessário.
Questão de lógica.

De qualquer forma, o limite que a ABNT coloca é o de três autores. Quando um


trabalho possui quatro autores ou mais, a expressão entra em cena. Nesse
caso, somente ficaria o nome do primeiro autor, seguido do et al. Os autores
“sobrantes”, por assim dizer, desaparecem.

Já em normas internacionais, os manuais de estilo da APA (American


Psychological Association) e da AMA (American Medical Association) exigem o
uso do et al. para trabalhos com mais de seis autores. Por sua vez, a norma da
MLA (Modern Language Association) é similar a ABNT, tendo como limite três
autores e usando o et al para quatro autores ou mais.

Fica mais fácil compreender vendo a regra em funcionamento:

um autor: (MIRO, 2015)

dois autores: (MIRO; BIRO 2015)

três autores: (MIRO; BIRO; VALDOMIRO; 2015)

quatro ou mais autores, segundo a ABNT: (MIRO et al., 2015)


Neste exemplo, vemos a regra sendo aplicada à chamada da referência
bibliográfica. Na referência bibliográfica em si o sobrenome e nome dos
coautores também são suprimidos:

MIRO, José et al. Um framework transicional de comparadores de strings em


modelos orientados a objetos: uma experiência em curso de
especialização, Computação Paralela, Recife, v. 2, n. 1, jan. 2015.

3. Preste atenção para os detalhes


Agora que sabemos que a utilização do et al. é simples, vamos às minúcias:

A norma da ABNT permite exceções, nas ocasiões nas quais seja


indispensável certificar a autoria, quando todos nomes devem ser indicados.
Estes casos específicos são “projetos de pesquisa científica, indicação de
produção científica em relatórios para órgãos de financiamento, etc.”.

Atenção para a pontuação: somente o segundo termo da expressão em latim é


abreviado e, portanto, é seguido de ponto. Já o “et” não tem ponto depois. No
sistema autor-data, será utilizado a vírgula para separar a expressão et al. do
ano de publicação, por dois motivos: o primeiro a própria lógica deste sistema e
logo pelo fato do al. ser uma abreviação, possibilitando o uso da
vírgula. Observe como a expressão foi grafada ao longo de todo este post.

Podemos encontrar em manuais de normalização acadêmica a recomendação


de não aplicar o itálico na expressão et al. A origem desta regra está numa
norma que foi cancelada pela ABNT, a NBR 10522 de 1998 – Abreviação na
descrição bibliográfica – Procedimentos. Contudo, a prática e o uso
recomendam que você utilize fonte normal.

O título da referência fictícia é uma cortesia do "Incrivelmente Entediante


Gerador de Títulos Absurdamente Extensos de Artigos Científicos de
Computação no Contexto das ZzZz"...

http://www.marcelo.sabbatini.com/nao-se-perca-com-o-et-al/

11/04/2017

Grata pelas explicações mas gostaria de tirar uma dúvida. Como no exemplo todos
estão com a mesma data(2015), gostaria de saber se, no caso de datas diferentes
qual autor devo citar, o primeiro ou o mais recente?

veja só, são coisas diferentes. Neste texto estamos falando da citação de um texto
com vários autores, portanto a data de publicação é a mesma.
Acredito que o caso que lhe gera dúvidas é na citação de vários textos, de mais de um
autor, com datas diferentes. Para dar um nome, seria “citação indireta e simultânea de
vários autores”, usado por exemplo quando você estiver mencionando, como síntese,
autores que tenham contribuído para uma mesma área ou problema.
Neste caso, você irá separar cada par autor-data com um ponto e vírgula. Quanto à
ordem, não há nenhuma recomeção específica.
Exemplificando
(ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)
Aqui, Abreu e Silva é um texto, Vargas é outro, Yin é outro mais.

A vírgula antes do “etc” pode ou não ser colocada. Os seguidores da origem latina,
como eu, não a colocam. Os que entendem que “etc.” não tem mais ligação com o
latim, colocam. O artigo “Como fica a vírgula com ‘etc.’?”, do Prof. Pasquale, publicado
na Folha de S. Paulo de 24/11/2016, disponível para não assinantes, dá os detalhes.

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