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Aula 08

Direito Tributário p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)


Professor: Fábio Dutra

79496936652 - Lara Ester Campos


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AULA 08: Responsabilidade Tributária

SUMÁRIO PÁGINA
Observações sobre a aula 01
Responsabilidade Tributária 02
Responsabilidade por Substituição 07
Responsabilidade por Transferência 11
Responsabilidade por Infrações 49
Lista das Questões Comentadas em Aula 58
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 72

Observações sobre a Aula

Olá, prezado concurseiro(a)! Tudo bem?

Pronto para dar mais um passo rumo à sua aprovação? Estamos a cada
dia mais próximos!

O tema da aula de hoje é Responsabilidade Tributária. Um tema muito


bom de se estudar. Espero que você goste da aula! Vamos trabalhar com
diversas questões da ESAF dos últimos concursos. É um momento que você
terá a oportunidade de verificar como será a sua próxima prova!

Não se esqueça: todas as questões que você entender relevantes ou


difíceis, grife ao lado, para posterior revisão. Na semana que anteceder a
prova, vamos correr atrás do que você pode esquecer, e não do que já ficou
“memorizado”! Tudo bem?

Então, comecemos a aula!


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Observação: Quando você encontrar alguma questão com o título


“Adaptada” no nosso curso, saiba que isso não significa que alteramos a
estrutura e o conteúdo da questão. Houve apenas uma pequena adaptação no
enunciado, para que torne possível exercitá-la, no estilo “Certo” e “Errado”.
Ok?

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1 - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

Retomando o que foi visto na aula anterior, acerca dos elementos


subjetivos da relação jurídico-tributária, vimos que o sujeito passivo pode ser
contribuinte ou responsável, correto?

É contribuinte, nos dizeres do art. 121 do CTN, quando tenha relação


pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador. Por outro lado, é responsável, quando esteja obrigado por lei a
pagar o tributo, mas não seja contribuinte, isto é, não possua uma relação
pessoal e direta com o evento que fez acontecer o fato gerador.

A responsabilidade tributária, colega, é uma forma do Fisco otimizar a


atividade de fiscalização e arrecadação tributária. Relembre o exemplo
citado na aula anterior sobre o IR. O que seria mais fácil: fiscalizar o
recolhimento do IR de todos os contribuintes pessoas físicas ou das empresas?
Levando em consideração que as empresas podem contratar milhares de
empregados, certamente o controle destas será mais efetivo.

Nessa esteira, por não fazer acontecer o fato gerador, deve-se haver
uma lei que preveja tal responsabilidade, afinal de contas, repita-se, ninguém
é obrigado a fazer ou deixar de fazer nada, senão em virtude de lei
(CF/88, art. 5º, II). Por consequência, as convenções particulares não
podem modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações
tributárias (CTN, art. 123).

Observação: Nunca se esqueça de que para ser contribuinte também se


faz necessário haver previsão legal. Vamos reforçar: quando uma lei institui
um tributo, deve haver previsão de fato gerador, base de cálculo,
alíquotas e contribuintes. Caso contrário, não há elemento subjetivo na
relação jurídico-tributária.

Um detalhe que não pode ser confundido pelo candidato é a diferença


entre sujeito passivo indireto com sujeito passivo de tributo indireto.79496936652

O sujeito passivo indireto, como já estudamos, é o responsável pelo


adimplemento da obrigação tributária. Já o sujeito passivo dos tributos
indiretos pode ser tanto o contribuinte como o responsável, se houver. O
contribuinte, neste caso, a quem nos referimos é o de direito, já que nesses
tributos também há a figura do contribuinte de fato, o qual, como já foi
estudado, não integra a relação jurídico-tributária. É o caso da TV de LED e
o pagamento do ICMS citado na aula anterior. Está lembrado?

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Lembre-se de que, nos tributos diretos, há identidade


entre os contribuintes de direito e de fato.

O CTN, ao iniciar a abordagem do tema “Responsabilidade Tributária”,


estabeleceu o seguinte:

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir
de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a
terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou
parcial da referida obrigação.

Observação: Não se esqueça de que o crédito tributário, como será visto em


outra aula, é a obrigação tributária exigível, com o lançamento.

Há que se destacar também que a pessoa eleita pela lei como


responsável pelo pagamento do tributo deve possuir uma vinculação, ainda
que mínima, com o fato gerador da respectiva obrigação, conforme se
destaca no artigo supracitado.

O dispositivo ainda evidencia a possibilidade de o responsável ser o


único obrigado ao cumprimento da obrigação, hipótese em que haverá
exclusão da responsabilidade do contribuinte. Também há possibilidade
de o contribuinte ser colocado na posição subsidiária (supletiva), ou
seja, caso o responsável não realize o pagamento da obrigação, chama-se o
contribuinte para arcar com o ônus.

Por último, também há permissão no CTN (art. 134) para que o


responsável seja colocado na condição de subsidiário. Dessa forma, a
obrigação deve ser cumprida pelo contribuinte, que, não o fazendo, torna-se
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exigível do responsável legal.

Resumindo, veja que o responsável surge na obrigação tributária de três


modos distintos:

•! O responsável fica obrigado a pagar, excluindo qualquer responsabilidade


do contribuinte (o contribuinte é excluído da relação jurídica);
•! O responsável é obrigado a cumprir a obrigação. Caso não cumpra, exige-se
do contribuinte (o contribuinte é subsidiário);
•! O contribuinte é obrigado a cumprir a obrigação. Caso não cumpra, exige-se
do responsável (o responsável é subsidiário).

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O que acabamos de ver diz respeito à intensidade com


que o contribuinte ou o responsável tem perante a
obrigação tributária.

Além da questão da intensidade em relação ao cumprimento da


obrigação tributária, outro aspecto importante é saber em que momento o
responsável assume o dever de pagar, se no momento ou após o fato
gerador.

Quando o vínculo jurídico do responsável surge no momento da


ocorrência do fato gerador (ou até mesmo antes da ocorrência deste), diz-se
que a modalidade de responsabilidade é por substituição. Por outro lado,
se o responsável entra em cena em momento posterior à ocorrência do fato
gerador, trata-se da responsabilidade por transferência.

A doutrina ainda divide a responsabilidade por transferência em


responsabilidade por solidariedade, por sucessão e de terceiros.

Vamos ver cada uma dessas modalidades (transferência e substituição)


separadamente. De antemão, vamos esquematizar da forma como o assunto
tem sido cobrado em provas:

Progressiva/Regressiva

Por Substituição Resp. Terceiros c/ atuação irregular

Resp. por Infrações


Responsabilidade
Tributária
Resp. por Sucessão

Resp. por Solidariedade


Por Transferência 79496936652

Resp. Terceiros c/ atuação regular

Observação: Recomendo que, após a leitura da aula por completo, você


retorne a esse esquema e veja se o teu raciocínio está correto. Caso reste
alguma dúvida, estamos no fórum para elucidá-la.

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Questão 01 – ESAF/AFRFB/2009

Sabendo-se que a fonte pagadora é responsável pela retenção do imposto de


renda, não pode ser imputada ao contribuinte a obrigação pelo pagamento do
tributo, caso o imposto não tenha sido recolhido.

Comentário: O art. 128 do CTN afirma que há possibilidade de o contribuinte


ser colocado na posição subsidiária (supletiva), ou seja, caso o responsável
não realize o pagamento da obrigação, chama-se o contribuinte para arcar
com o ônus. Questão errada.

Questão 02 – FGV/AFRE-RJ/2009

O contrato firmado com o alienante, pelo qual este assume a responsabilidade


pelos débitos gerados durante sua gestão, poderá ser oposto, pelo adquirente,
ao Fisco.

Comentário: Estabelece o art. 123 do CTN que, salvo disposição de lei em


contrário, as convenções particulares – como os contratos, por exemplo -
relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser
opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo
das obrigações tributárias correspondentes. Questão errada.

Questão 03 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

É possível que sujeito passivo de obrigação principal figure como responsável,


ainda que a obrigação não decorra de disposição expressa em lei. 79496936652

Comentário: Para que uma pessoa se torne sujeito passivo de obrigação


tributária principal, na condição de responsável, é necessário que haja
expressa disposição em lei, conforme preceitua o art. 121, par. único, II,
combinado com o art. 128, ambos do CTN. Questão errada.

Questão 04 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

De acordo com a sistemática do CTN, a lei pode atribuir expressamente a


responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, ainda que não
vinculada ao fato gerador da obrigação.

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Comentário: De acordo com o art. 128 do CTN, a terceira pessoa a quem a lei
atribua a responsabilidade pelo crédito tributária deve possuir algum vínculo
com a situação que constitua o fato gerador da obrigação. Questão errada.

Questão 05 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

De acordo com o estabelecido no CTN, obrigação e responsabilidade tributária


são equivalentes, não se podendo atribuir responsabilidade tributária a terceira
pessoa que não o contribuinte.

Comentário: Em primeiro lugar, o conceito de obrigação não se confunde com


responsabilidade tributária. O CTN conceitua responsável como sendo a
terceira pessoa que deve cumprir a obrigação tributária. Logo, a questão está
errada.

Questão 06 – FCC/AUDITOR-TCE-AL/2008

‘Contribuinte’ é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que
constitui fato gerador.

Comentário: Conforme previsto no art. 121, par. único, I, do CTN,


contribuinte é o sujeito passivo da obrigação principal que possua relação
pessoal e direta com o fato gerador. Questão correta.

Questão 07 – FCC/AFR-SP/2009

A respeito da sujeição passiva da obrigação tributária principal, é possível


afirmar que o contribuinte é sujeito passivo indireto e o responsável tributário
é sujeito passivo direto.

Comentário: Na verdade, é exatamente o contrário: sujeito passivo direto é o


contribuinte, e sujeito passivo indireto é o responsável. Questão errada.
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Questão 08 – ESAF/PFN/1998

Segundo decorre do CTN, a lei não pode atribuir de modo implícito a


responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, nem a quem seja
desvinculado do fato gerador da respectiva obrigação.

Comentário: Conforme preceitua o art. 128 do CTN, para que se atribua a


terceira pessoa (que deve estar vinculada ao fato gerador) a responsabilidade
pelo crédito tributário deve haver disposição expressa na lei. Questão correta.

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Questão 09 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário


a terceira pessoa, vinculada ou não ao fato gerador da respectiva obrigação,
desde que se exclua totalmente a responsabilidade do contribuinte.

Comentário: Em primeiro lugar, lembre-se de que a terceira pessoa (o


responsável) deve estar vinculada ao fato gerador da obrigação). Além disso,
não é necessário que se exclua a responsabilidade do contribuinte, que pode
ser colocado na posição subsidiária, ou seja, se o responsável não cumprir,
exige-se do contribuinte. Questão errada.

Questão 10 – ESAF/AFRF/2005

A lei tributária pode atribuir responsabilidade solidária a terceira pessoa,


vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação.

Comentário: Vimos que, com base no art. 124, II, do CTN, é permitido que a
lei nomeie como devedores solidários pessoas que não tenham relação pessoal
e direta com o fato gerador, hipótese em que teríamos mais uma figura de
responsabilidade por via do instituto da solidariedade. Questão correta.

Questão 11 – ESAF/AFRFB/2009

O transportador, ao firmar termo de responsabilidade por determinada


mercadoria, pode ser considerado, por ato da autoridade administrativa,
responsável pelo pagamento do ICMS.

Comentário: Grave que somente a lei pode atribuir responsabilidade a


terceira pessoa, vinculada ao fato gerador. Portanto, o ato da autoridade
administrativa não tem esse condão. Questão errada.
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2 – RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO

Essa modalidade de responsabilidade tributária também é denominada


responsabilidade originária, título que não vem por acaso, já que o
responsável fica obrigado no momento da ocorrência do fato gerador ou até
mesmo antes dele.

Veja um exemplo mais do que repetido no nosso curso: imposto de


renda das pessoas físicas. Quando a lei atribui a responsabilidade das fontes
pagadoras em reter o valor do imposto para posterior recolhimento, esta
obrigação surge no momento da ocorrência do fato gerador, de forma
que o contribuinte (aquele que auferiu os rendimentos) fica substituído.

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Observação: À pessoa que substitui o contribuinte, dá-se o nome de


responsável por substituição, contribuinte substituto, substituto
tributário, ou, o mais comum, simplesmente responsável.

Há que se ressaltar dois casos em que ocorre responsabilidade por


substituição: substituição tributária regressiva (para trás) e
substituição tributária progressiva (para frente).

2.1 – Substituição tributária regressiva

A sistemática da substituição tributária regressiva consiste na


substituição das pessoas que estão nas etapas anteriores da cadeia de
produção ou circulação de mercadorias.

Observação: A substituição tributária regressiva também é denominada


“para trás” e antecedente.

Se quem está “atrás” é substituído, o que ocorre, na verdade, é o


diferimento do pagamento dos tributos devidos.

A princípio, parece confuso entender que na substituição regressiva


ocorre diferimento do pagamento. Mas, veja que é bastante simples de
entender: se a pessoa que faz acontecer o fato gerador é substituída por outra
que se situa em momento posterior na cadeia de produção, há, por
conseguinte, recolhimento a posteriori.

Vamos exemplificar!

Imagine que um grande frigorífico brasileiro tenha como fonte de


insumos (carne bovina) diversos e pequenos criadores espalhados pelo Brasil
afora. Como os criadores não possuem escritório, nem qualquer outro aparato
fiscal ou contábil, ou seja, tudo é feito lá no meio do “mato”, a lei pode
estipular que o adquirente dessas mercadorias (frigorífico) venha se tornar
responsável por substituição. 79496936652

Novamente, o raciocínio é o de que o Fisco deve buscar o modo que


otimize a sua atividade de fiscalização e arrecadação tributária. Como
você já deve imaginar, é muito mais simples fiscalizar escritório o de uma
grande empresa, do que ir no meio da “roça” fiscalizar pequenos contribuintes.

DICA DE PROVA: Para facilitar a memorização, guarde que, na substituição


“para trás”, quem fica para trás (no elo anterior da cadeia) é
substituído. Simples, não? Como consequência lógica, paga o tributo quem
vem depois, ou seja, o recolhimento é posterior.

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2.2 – Substituição tributária progressiva

Na substituição tributária progressiva, ocorre exatamente o oposto do


que acabamos de ver. Ou seja, as pessoas que estão nas etapas
posteriores são substituídas pelas ocupam posição anterior na cadeia
de produção e circulação de mercadorias.

Observação: A substituição tributária progressiva também é denominada


“para frente” e consequente.

Assim, se quem está “na frente” é substituído, a decorrência lógica é


haver a antecipação do pagamento dos tributos. O raciocínio é
exatamente o contrário do que vimos no tópico anterior, ao tratar da
substituição tributária regressiva.

Vamos imaginar o caso da incidência do ICMS sobre as operações de


venda de veículos novos. Quando o veículo é produzido na indústria e vendido
às concessionárias, ocorre o fato gerador do ICMS. Posteriormente, quando
você compra o seu carro “zero” na concessionária, uma nova incidência do
ICMS ocorre.

Contudo, a concessionária (etapa posterior) pode ser substituída pela


indústria automobilística (etapa anterior), ocorrendo antecipação do
pagamento do ICMS, e surgimento da substituição tributária progressiva.

A sistemática ocorre com base na presunção da base de cálculo e


do fato gerador que ainda irão ocorrer. Ou seja, o valor pelo qual a
mercadoria será revendida pela concessionária é presumido em momento
anterior, com base no regime de valor agregado, estabelecido pelo art. 8º
da Lei Kandir (LC 87/96).

Na substituição tributária progressiva, o substituto surge


antes mesmo da ocorrência do fato gerador.
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Por mais que se argumente que a sistemática agrida o princípio da


tipicidade, por exemplo, por se cobrar algo sem que tenha havido a
subsunção do fato à norma tributária, é de se ressaltar que há previsão
constitucional para tal situação, conforme verificamos a seguir:

Art. 150 - (...):

§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a


condição de responsável pelo pagamento de imposto ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,

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assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga,


caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

Observação: Lembre-se de que nós estudamos em outra aula que, em se


tratando de ICMS, cabe à lei complementar dispor sobre substituição
tributária. A Lei Kandir (LC 87/96) cumpriu com esse papel.
Lembre-se também de que apenas a substituição progressiva foi
prevista na CF/88.

Ademais, o entendimento do STF (RE 213.396) e do STJ (REsp 89.630) é


no sentido da constitucionalidade da substituição tributária progressiva.
Aliás, esta Corte decidiu que, o pagamento antecipado não se confunde
com o recolhimento do tributo.

Na substituição tributária progressiva, não há


recolhimento antes da ocorrência do fato gerador,
mas apenas antecipação do pagamento realizada
por responsável definido em lei. Embora pareça
confuso, o assunto já caiu em provas da ESAF.

Note também que o § 7º, do art. 150, da CF/88, restringiu a


sistemática da substituição tributária progressiva apenas aos impostos
e contribuições. A restrição faz total sentido, tendo em vista que não seria
possível estendê-la aos tributos vinculados (taxas e contribuições de
melhoria), a fim de ser feita a cobrança antes da prestação da atividade
estatal.

Cabe ainda destacar que o legislador constituinte assegurou a imediata e


preferencial restituição do valor que foi pago ao Fisco, caso não se realize o
fato gerador presumido. Em nosso exemplo, a restituição ocorreria se o veículo
ficasse “encalhado” no pátio da concessionária, devendo ser devolvido ao
industrial.
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“Professor, e se a base de cálculo real for diferente (maior ou menor) da


presumida? Nesse caso, deve-se restituir o que foi pago a maior ou realizar
pagamento complementar?” Não! Explique-se o porquê:

O STF já teve oportunidade de se pronunciar a respeito dessa questão, e


deixou claro que a base de cálculo presumida é, na verdade, definitiva,
conforme se expõe a seguir:

"(...) O fato gerador presumido, por isso mesmo, não é provisório,


mas definitivo, não dando ensejo a restituição ou complementação
do imposto pago, senão, no primeiro caso, na hipótese de sua não-
realização final. Admitir o contrário valeria por despojar-se o instituto das

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vantagens que determinaram a sua concepção e adoção, como a redução, a


um só tempo, da máquina-fiscal e da evasão fiscal a dimensões mínimas,
propiciando, portanto, maior comodidade, economia, eficiência e celeridade
às atividades de tributação e arrecadação."

(STF, ADI 1.851/AL, Plenário, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgamento em


08/05/2002)

Se o fato gerador presumido não ocorrer, é


assegurada a devolução do que foi pago. Caso
ocorra, e a base de cálculo seja distinta, não há
complementação ou devolução da diferença.

DICA DE PROVA: Para facilitar a memorização, guarde que, na substituição


“para frente”, quem fica para frente (no elo posterior da cadeia) é
substituído. Simples, não? Como consequência lógica, paga o tributo quem
vem antes, ou seja, o pagamento é anterior.

3 – RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA

Diferentemente do que ocorre na responsabilidade por substituição,


neste caso o responsável tributário somente passa a ser devedor da
obrigação tributária após a ocorrência do fato gerador.

Pode-se dizer, portanto, que, ocorrido o fato gerador, tem-se o


contribuinte como devedor da obrigação tributária. No entanto, diante da
ocorrência de certos fatos, o responsável pode assumir a obrigação no lugar do
contribuinte.

Como foi visto anteriormente, a doutrina divide a responsabilidade por


transferência em responsabilidade “por solidariedade”, “por sucessão” e “de
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terceiros”. Vamos estudar, a partir de agora, cada um deles!

Por questão de organização da nossa aula, os três tipos de


responsabilidade por tranferência serão classificados em tópicos autônomos,
mas não deixam de pertencer a esse assunto.

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Questão 12 – ESAF/AFRFB/2009

Na substituição tributária progressiva, o dever de pagar o tributo recai sobre o


contribuinte que ocupa posição posterior na cadeia produtiva.

Comentário: Na substituição tributária progressiva, as pessoas que estão nas


etapas posteriores são substituídas pelas ocupam posição anterior na cadeia de
produção e circulação de mercadorias. Questão errada.

Questão 13 – FGV/SEAD-AP-Fiscal/2010

O parágrafo 7º do artigo 150 da Constituição Federal, ao prever que "a lei


poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição
da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido", acabou
instituindo o que a doutrina denomina "substituição tributária para frente".

Em relação a esse instituto, examine as afirmativas a seguir.

I. Denomina-se substituto tributário aquele sujeito em nome de quem é feito o


recolhimento antecipado e que deverá promover a operação futura.
II. Em que pese o fato de a substituição tributária para frente viabilizar a
tributação antes mesmo da ocorrência do fato gerador, razão pela qual sofreu
severas críticas doutrinárias, o Supremo Tribunal Federal declarou a
constitucionalidade dessa sistemática de instituição e cobrança de tributos.
III. De acordo com a jurisprudência pacífica do STF, caso o evento futuro não
ocorra, ou ocorra com base de cálculo menor do que aquela sobre a qual foi
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feita a antecipação do recolhimento, é necessária a imediata e preferencial


restituição do excesso recolhido.
Assinale:

a) se somente as afirmativas I e II forem verdadeiras.


b) se todas as afirmativas forem verdadeiras.
c) se somente as afirmativas I e III forem verdadeiras.
d) se somente a afirmativa III for verdadeira.
e) se somente a afirmativa II for verdadeira.

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Comentário:

Item I: A assertiva trata do conceito do substituído. O substituto é a pessoa


que paga o tributo. Item errado.

Item II: A substituição tributária progressiva já foi considerada constitucional


pelo STF. Portanto, o item está correto.

Item III: A restituição da quantia paga só ocorrerá se o fato gerador


presumido não se concretizar. Cabe destacar que eventuais diferenças a pagar
ou a restituir não são consideradas. Item errado.

Gabarito: Letra E

Questão 14 – ESAF/AFRFB/2009

Na substituição tributária para frente não há recolhimento de imposto ou


contribuição antes da ocorrência do fato gerador, mas apenas a antecipação de
seu pagamento por responsável definido por lei.

Comentário: Essa é a jurisprudência dominante, no sentido de que o


pagamento antecipado não se confunde com o recolhimento do tributo.
Questão correta.

Questão 15 – CESPE/SECONT-AUDITOR-ES/2009

O instituto jurídico tributário que atribui a responsabilidade pelo pagamento do


tributo a terceira pessoa que, desde o nascimento da obrigação tributária, já
tem com ela o dever de recolhê-lo chama-se de substituição tributária.

Comentário: Vimos que na substituição tributária, a responsabilidade pelo


pagamento do tributo pode surgir desde o nascimento da obrigação tributária,
ou até mesmo antes da ocorrência do fato gerador, como ocorre na sistemática
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da substituição tributária progressiva. Questão correta.

Questão 16 – FGV/AFRE-RJ/2009

Com relação ao instituto da substituição tributária, aplicado ao ICMS, é


possível afirmar que se trata de um mecanismo legal pelo qual a
responsabilidade pelo pagamento do imposto pode ser atribuída a sujeito
passivo outro que não o contribuinte, destinatário constitucional do tributo.

Comentário: A substituição tributária faz com que outra pessoa, que não o
contribuinte, assuma a responsabilidade pelo cumprimento da obrigação
tributária. Questão correta.

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Questão 17 – ESAF/PFN/2004

Instituto que atende ao princípio da praticabilidade da tributação, a


substituição tributária pode ser: regressiva, ou para trás, tendo por efeito o
diferimento do tributo; e progressiva, ou para frente, pressupondo a
antecipação do fato gerador, calculando-se o tributo devido de acordo com
uma base de cálculo estimada.

Comentário: Na substituição regressiva, quem fica para trás é substituído, o


que faz com que o pagamento do tributo seja diferido. Por outro lado, na
substituição progressiva, quem fica para frente é substituído, havendo, por
conseguinte, antecipação do pagamento dos tributos, de acordo com a base de
cálculo presumida. Questão correta.

Questão 18 – ESAF/SEFAZ-MG/2005

"A lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigação tributária a condição de


responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata restituição da quantia
paga, caso não se realize o fato gerador presumido" - art. 150, § 7º da
CRFB/88. O dispositivo referido veicula o instituto da substituição tributária
para frente.

Comentário: Trata-se da previsão constitucional da substituição tributária


progressiva. A questão, portanto, está correta.

3.1 – Transferência por Solidariedade

A transferência da responsabilidade do pagamento dos tributos ocorrida


por meio da solidariedade foi tratada no art. 124 do CTN.

Em relação ao art. 124, I, vimos que ficam solidariamente obrigadas as


pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato 79496936652

gerador da obrigação.

Não se nega que o vínculo entre as pessoas que tenham o citado


interesse comum e o fato gerador da obrigação é tão forte que elas são, na
verdade, contribuintes. Vamos relembrar o nosso exemplo:

Carlos, José e Bruno são proprietários de um imóvel urbano, localizado


no Município de São Paulo. Carlos detém 5% do imóvel, José, 70% e Bruno,
25%. Vamos supor, ainda, que o valor do IPTU no ano de 2013 foi de R$
1.000,00.

Naquele momento, vimos que o Fisco pode exigir a dívida integralmente


de qualquer um dos devedores solidários, correto? Portanto, imagino que José,

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possuindo 70% da propriedade, seja compelido a pagar o valor total, isto é, R$


1.000,00. Certamente, ele pagou uma parte (R$ 300,00) que não lhe cabia.

Nesse caso, dizemos que José pagou como contribuinte R$ 700,00, e


como responsável R$ 300,00.

O contribuinte solidário que paga a dívida integralmente,


paga a sua parte como contribuinte, e a dos demais
codevedores como responsável.

Ademais, cumpre destacar que o art. 124, II, permite que a lei
nomeie como devedores solidários pessoas que não tenham relação
pessoal e direta com o fato gerador, hipótese em que teríamos mais uma
figura de responsabilidade por via do instituto da solidariedade.

Observação: Não se esqueça de que a solidariedade foi tratada, pelo CTN,


fora do capítulo referente à “responsabilidade tributária”.

3.2 – Transferência por Sucessão

O CTN inicia a abordagem da responsabilidade por sucessão, ou, nas


palavras exatas do texto legal, responsabilidade dos sucessores, prevendo o
seguinte dispositivo:

Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos
tributários definitivamente constituídos ou em curso de
constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos
posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a
obrigações tributárias surgidas até a referida data.

Nós vimos que a responsabilidade por transferência se dá com a


ocorrência de um ato ou fato, posterior à ocorrência do fato gerador, que
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transfere a obrigação do contribuinte para o responsável. Ok?

O que o art. 129 quis dizer, ainda que por uma redação mais confusa, é
que o sucessor assume todas as obrigações tributárias surgidas até a
data do ato ou fato que demarcou a sucessão.

Observação: Em relação às obrigações tributárias surgidas após a data do


evento que demarcou a sucessão, o responsável (sucessor) é, na verdade,
contribuinte. Guarde isso!

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O que vai definir as obrigações que ficam sujeitas às


regras da responsabilidade por sucessão é a data da
ocorrência do fato gerador.

(Não despreze, contudo, a literalidade do art. 129!)

Acrescente-se também que a responsabilidade por sucessão é


caracterizada pelo desaparecimento do devedor original
(contribuinte).

De acordo com o ilustre Eduardo Sabbag (2013):

“Esse desaparecimento por ser, por exemplo, por morte do primeiro


devedor, recaindo o ônus sobre os herdeiros, ou por venda do imóvel ou
estabelecimento, incidindo o importe tribtário sobre o comprador.”
(SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 2013. Pág. 727)

Podemos dividir os assuntos a serem estudados sobre a responsabilidade


por sucessão da seguinte maneira:

1.! Sucessão na transmissão de bens imóveis (CTN, art. 130);


2.! Sucessão na transmissão de bens móveis (CTN, art. 131, I);
3.! Sucessão na transmissão causa mortis (CTN, art. 131, II e III);
4.! Sucessão empresarial (CTN, art. 132 e 133).

3.2.1– Sucessão na transmissão de bens imóveis

A sucessão na transmissão de bens imóveis tem como responsável o


adquirente de tais bens. Esta pessoa assume a responsabilidade pelo
pagamento dos impostos, taxas e contribuições de melhoria relativas
ao imóvel objeto da transmissão.

Vamos ver o que diz o art. 130 do CTN:


79496936652

Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador


seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem
assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais
bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de
sua quitação.

Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-


rogação ocorre sobre o respectivo preço.

Antes de interpretar o dispositivo citado, devemos entender a diferença


entre os impactos da sub-rogação real e sub-rogação pessoal no Direito
Tributário:

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Sub-rogação real ! O imóvel responde pela dívida tributária. Logo, a


responsabilidade é limitada ao valor do bem.

Sub-rogação pessoal ! O adquirente assume a responsabilidade sobre os


tributos, respondendo por todo o crédito tributário relativo ao imóvel,
mesmo que ultrapasse o valor deste.

Vamos lá, então!

Quando uma pessoa adquire um imóvel, assume a


responsabilidade pelos tributos incidentes sobre o bem. Nesse caso,
ocorre a sub-rogação pessoal, ficando o responsável (adquirente) com a
obrigação de quitar os tributos, ainda que o montante seja superior ao valor do
imóvel adquirido. Essa é a regra!

Contudo, devemos destacar que existem duas exceções previstas no


citado artigo do CTN. São elas:

•! Quando constar do título de transferência de propriedade (escritura) a


prova da quitação dos tributos (CTN, art. 130, caput);
•! Quando o imóvel for adquirido em hasta pública - leilão – (CTN, art. 130,
par. único).

Portanto, se no momento do registro da transferência do imóvel for


apresentada a prova de quitação dos tributos, o adquirente recebe o bem livre
de qualquer ônus tributário.

Observação: A comprovação da quitação dos tributos é feita pela emissão da


Certidão Negativa de Débitos (CND) ou simplesmente certidão negativa.

A que ônus eu estou me referindo se já foram apresentados os


comprovantes de quitação dos tributos? Ora, entre o momento da ocorrência
do fato gerador e o lançamento do tributo (procedimento com a finalidade de
torná-lo exigível), há um prazo determinado no CTN, denominado decadência.
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Se este prazo não existisse, os fiscais nunca iriam poder lançar os tributos que
não foram declarados espontaneamente pelos contribuintes.

Tudo isso será detalhadamente estudado nas próximas aulas. Não se


preocupe.

Por ora, grave apenas que o prazo decadencial é de


5 anos.

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Diante do exposto, no momento em que se comprova o pagamento dos


tributos, pode haver outros a serem posteriormente descobertos e lançados
pelo fisco. Nesse caso, o adquirente não assume tal responsabilidade, ou
seja, serão cobrados do antigo proprietário.

Em relação ao imóvel adquirido em hasta pública, que é o leilão de bens


penhorados, realizado pelo Poder Público, o CTN afirma que a sub-rogação
ocorre sobre o respectivo preço. O que isso significa?

Significa que o arrematante dos bens imóveis em hasta pública adquire


tais bens livres de qualquer gravame tributário, já que se trata de sub-
rogação real. Ou seja, os débitos tributários existentes sobre o imóvel são
quitados pelo próprio valor da arrematação. Logo, se o valor dos tributos
devidos superar o valor do imóvel, o Fisco não pode exigir a diferença
do arrematante nem do alienante (antigo proprietário), pois a sub-
rogação é real.

Grave isso: hasta pública ! bens imóveis.

As bancas tentam confundir o candidato, citando bens


móveis.

3.2.2 – Sucessão na transmissão de bens móveis

A norma que rege a responsabilidade do sucessor na transmissão de


bens móveis é o art. 131, I, do CTN, cuja redação é a seguinte:

Art. 131. São pessoalmente responsáveis:

I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens


adquiridos ou remidos;

Embora não o legislador não tenha mencionado expressamente que se79496936652

trata de bens móveis, essa é a interpretação da maioria dos autores, tendo em


vista que a responsabilidade dos bens imóveis já foi tratada no art. 130.

Essa espécie de responsabilidade em muito se assemelha à dos bens


imóveis, com a distinção de que, neste caso, não há exceções que eximem o
adquirente dos bens móveis. Se houve a transmissão dos bens, há
sucessão tributária, sem exceções.

No que se refere aos responsáveis, a norma assevera que são eles o


adquirente ou o remitente. Quando ao adquirente, não há observações a
serem feitas. É a pessoa que compra o bem móvel de outra.

No que concerne ao remitente, embora não deixe de ser um adquirente,


é bom que conheçamos, ainda que superficialmente, a origem do termo.

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Remitente é aquele que realiza a remição, que pode ser traduzida no resgate
e aquisição de bens que foram penhorados ou objeto de leilão judicial,
pelo cônjuge, ascendente ou descendente da pessoa executada. Tais pessoas
(remitentes) possuíam preferência sobre o arrematante.

Destaque-se que, atualmente, o instituto foi revogado. Contudo, para


nossa prova, você pode responder normalmente: o remitente é
pessoalmente responsável pelos tributos relativos aos bens (móveis)
remidos.

Observação: Não confunda remição com remissão. Esta é um benefício


fiscal, já citado em outra aula, mas que só será detalhadamente estudado na
aula em que tratarmos das hipóteses de extinção do crédito tributário.

3.2.3 – Sucessão na transmissão causa mortis

A responsabilidade com base na transmissão causa mortis foi prevista no


art. 131, II e III, do CTN, nos seguintes termos:

Art. 131. São pessoalmente responsáveis:

II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos


devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação,
limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado
ou da meação;

III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da


abertura da sucessão.

Observação: Confira abaixo um mini-dicionário para que você possa entender o assunto
com tranquilidade:
De cujus: pessoa falecida
Espólio: conjunto de bens, direitos, dívidas e responsabilidades do falecido
Abertura da sucessão: momento capaz de gerar os efeitos da sucessão (morte)
Quinhão: parcela do patrimônio deixado pelo de cujus 79496936652

Legado: patrimônio deixado pelo de cujus, por meio de testamento.


Meação: é a metade do patrimônio do casal que pertence a cada cônjuge

Nesse tipo de transmissão, a lógica é que, da mesma forma que os


bens do de cujus são transferidos para seus herdeiros, as dívidas
tributárias também o são.

Assim, quando em vida, a pessoa é sujeito passivo, na condição de


contribuinte, de vários tributos. Após a sua morte, alguém deve se
responsabilizar por isso.

Portanto, os sucessores devem arcar com as dívidas, na condição de


responsáveis. Afinal, não foram eles que praticaram o fato gerador (não

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houve relação pessoal e direta com o fato gerador), havendo, tão


somente, a transferência da responsabilidade.

Ocorre que, logo após a morte, há o procedimento de inventário, e até


que seja feita a partilha aos herdeiros, o ente que fica responsável pelas
dívidas do de cujus é o espólio, assim considerado o conjunto coisas e direitos
que compunham o patrimônio do falecido.

Dessa forma, o CTN estabeleceu que o espólio, embora não seja pessoa,
fica pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a
data da abertura da sucessão (morte). Por outro lado, em relação aos fatos
geradores ocorridos após a abertura da sucessão e antes da sentença da
partilha, o espólio é considerado contribuinte.

No que concerne aos sucessores, são pessoalmente responsáveis por


todos os fatos geradores ocorridos antes da sentença de partilha, inclusive o
que ocorreram antes da abertura da sucessão, caso o espólio não os tenha
quitado. De maneira análoga, em relação aos fatos geradores ocorridos após a
partilha, os sucessores são contribuintes, possuindo relação pessoal e direta
com o fato gerador.

Em síntese, o que você precisa saber é que há três marcos temporais


para definirmos o contribuinte e o responsável perante a administração
tributária: antes da morte (abertura da sucessão), entre esta e a partilha ou e
após a partilha.

Antes da abertura da sucessão ! fatos geradores ocorridos até esse


momento possuem como contribuinte o de cujus e como responsáveis o
espólio ou os sucessores.
Entre a abertura da sucessão e a partilha ! fatos geradores ocorridos
dentro desse período possuem como contribuinte o espólio e como
responsáveis os sucessores.
Após a partilha ou adjudicação ! fatos geradores após essa data possuem
como contribuintes os sucessores.
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Os sucessores (inclusive o cônjuge meeiro)


somente são responsáveis até o limite do valor que
lhes foi repassado. Observe que a responsabilidade vai
sendo transferida para os demais envolvidos na relação
jurídica.

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Esquematizando:

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/0123425+65+∗471889:+ ,523;<=5+

DE CUJUS ESPÓLIO SUCESSORES

ESPÓLIO OU SUCESSORES
SUCESSORES
(se espólio não pagar)

%)∗,∀#∗−.)&∗+

Por fim, deve ser ressaltado que a responsabilidade na sucessão


causa mortis engloba não só o valor dos tributos devidos, mas inclui as
multas moratórias, que são aquelas impostas pelo não pagamento do tributo
na data de vencimento. Esse é o entendimento do STJ:

TRIBUTÁRIO. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 2º, § 8º, DA LEI 6.830, DE 1980,


E DO ART. 131, III, DO CTN.
(...) 3. A multa moratória é imposição decorrente do não pagamento do
tributo na época do vencimento.
4. Na expressão créditos tributários estão incluídas as multas
moratórias.
5. O espólio, quando chamado como sucessor tributário, é
responsável pelo tributo declarado pelo "de cujus" e não pago no
vencimento, incluindo-se o valor da multa moratória.(...)"

(STJ, REsp 295.222/SP, Primeira Turma, Rel. Min. José Delgado, Julgamento
em 12/06/2001)
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3.2.4 – Sucessão Empresarial

O CTN estabelece que a sucessão empresarial gera, nos termos do art.


132 do CTN, responsabilidade tributária às empresas resultantes das
operações societárias. Vejamos a íntegra desse dispositivo:

Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,


transformação ou incorporação de outra ou em outra é
responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

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A sucessão empresarial consiste em operações societárias entre


empresas, que são denominadas fusão, incorporação, transformação ou
cisão. Vamos entender cada uma das operações:

Fusão ! Operação em que duas empresas se unem para formar uma só. As
empresas fusionadas deixam de existir, surgindo uma nova, que será a
sucessora.

Incorporação ! Operação em que uma (ou mais do que uma) sociedade é


absorvida por outra. A empresa incorporada deixa de existir.

Transformação ! Operação em que a sociedade muda de forma (de Ltda.


Para S.A., por exemplo).

Cisão ! A cisão pode ser total ou parcial. Na cisão total, uma empresa
transfere todo o seu patrimônio para outra, deixando de existir. Na cisão
parcial, a empresa transfere parcela do seu patrimônio para uma (ou mais de
uma) empresas, continuando a existir.

Observação: O CTN não cita expressamente a “cisão”, pois a operação


só foi regulada 10 anos após a publicação do CTN. Apesar disso, a doutrina e
a jurisprudência têm aceitado a aplicação da regra da responsabilidade
tributária na sucessão empresarial aos casos de cisão.

O marco temporal para se definir se a empresa sucessora será


contribuinte ou responsável é a data do ato que gerou a operação societária.

As operações societárias não se confundem com


operações comerciais. Logo, não ocorre fato
gerador do ICMS.

A responsabilidade por sucessão também é extensiva aos casos de 79496936652

extinção das pessoas jurídicas de direito privado, conforme preceitua o par.


único do art. 132, do CTN:

Art. 132 – (...):

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de


extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a
exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer
sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão
social, ou sob firma individual.

Veja que para a responsabilidade tributária ficar caracterizada, é


necessário que a atividade seja continuada por qualquer sócio

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remanescente ou seu espólio, podendo a atividade ser explorada sob a


mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.

Observação:

"! Firma individual, em termos atuais, significa “empresário individual”.


"! O sócio que continuar a respectiva atividade pode ser responsabilizado
ainda que exerça a atividade sem regular constituição, já que o art.
126, III, do CTN, impõe a capacidade passiva, independentemente de a
pessoa jurídica estar regularmente constituída.

No que se refere à abrangência do crédito transferido na


responsabilidade por sucessão empresarial, deve ficar claro que, neste caso,
abrange tanto as multas moratórias como as punitivas. Vejamos o
posicionamento do STJ consolidado na Súmula 554 (DJe 15/12/2015):

Súmula STJ 554 - Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade


da sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas
também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores
ocorridos até a data da sucessão.

3.2.5 – Responsabilidade do adquirente de fundo de comércio ou


estabelecimento profissional

Além da responsabilidade na sucessão empresarial, o legislador do CTN


disciplinou também a responsabilidade tributária na alienação de fundo de
comércio e estabelecimentos profissionais, conforme se vê abaixo:

Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que


adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob
firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao
79496936652

fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:

I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio,


indústria ou atividade;

II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na


exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de
comércio, indústria ou profissão.

Antes de partirmos para análise do art. 133, vamos entender o que vem
a ser fundo de comércio e estabelecimento comercial.

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Fundo de comércio é caracterizado pelo conjunto de bens tanto materiais


(máquinas,móveis, computadores etc.) como imateriais (marca, ponto
comercial etc.), utilizados para cumprir com a atividade empresarial. O fundo
de comércio pode ser composto por um ou mais estabelecimentos.

Portanto, os estabelecimentos são considerados parcelas do fundo de


comércio, já que este pode conter vários estabelecimentos.

Nesse contexto, repare que o CTN responsabiliza tanto o adquirente


de todo o fundo de comércio, como o que adquire apenas um
estabelecimento comercial.

Assim, o adquirente que continua a respectiva exploração da


atividade comercial, ainda que sob a mesma ou outra razão social ou sob
firma individual, responde pelos tributos relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido.

Daí, podemos tirar duas conclusões:

•! O adquirente deve continuar a exploração da respectiva atividade


comercial. Dessa forma, se compra um estabelecimento onde há a
exploração de uma farmácia, e decide abrir um lava-jato, não há que se
falar em responsabilidade do adquirente.
•! Havendo o prosseguimento na exploração da respectiva atividade, o
adquirente somente responde pelos tributos relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido. Nesse sentido, seria responsável pelo ICMS
ou IPI, por exemplo, mas não sobre o Imposto de Renda devido pela pessoa
jurídica alienante.

Vamos esquematizar para deixar tudo mais simples:

Se o alienante continuar
Se o alienante cessar atividade comercial; ou
exploração comercial 79496936652

Adquirente de Iniciar nova atividade


dentro dos próximos 6
Fundo de Comércio
meses.
ou Estabelecimento Integralmente

Se continuar a Subsidiariamente
Torna-se Responsável
exploração

É importante destacar que o STJ (REsp 108.873/SP) já


decidiu que, se uma empresa aluga um imóvel que já foi
anteriormente locado a outra pessoa jurídica devedora,
não há que se falar em responsabilidade tributária.

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Entendido tudo até aqui, correto? Então, vamos prosseguir no assunto,


explicando a intensidade da responsabilidade assumida pelo adquirente, que
pode ocorrer de duas maneiras. Vamos lá!

Imagine, a título de exemplo, que um japonês, inconformado com o


elevado índice de inadimplência na sua loja de roupas, decide vendê-la a outra
pessoa, com a finalidade de regressar ao seu país de sua origem.

Outro exemplo seria o de um italiano, que possui duas pizzarias.


Decepcionado com o baixo volume de vendas de uma das pizzarias, decide
aliená-la e continuar com a exploração da outra, que já se encontra
estruturada.

A primeira hipótese ocorre quando o alienante, após realizar a venda do


fundo de comércio ou do estabelecimento, cessa completamente a exploração
do comércio, indústria ou atividade. Perceba que, para o fisco, fica difícil
localizar o japonês, para cobrar-lhe os tributos porventura devidos. Por esse
motivo, se o alienante cessa a exploração comercial ou industrial, o
adquirente responde integralmente pelos tributos (art. 133, I).

A segunda hipótese refere-se ao caso de o alienante prosseguir na


exploração da atividade comercial ou industrial, ou iniciar dentro dos próximos
seis meses, contados da data da alienação, nova atividade, no mesmo ou até
mesmo em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

Como o alienante pode ser encontrado com maior facilidade, o


adquirente somente responderá pelos tributos devidos se a Fazenda não lograr
êxito na cobrança do alienante. Ou seja, a responsabilidade é subsidiária
do adquirente.

Percebe-se que há benefício de ordem, ou seja, o


adquirente só irá cumprir com a obrigação, caso o
alienante não possa fazê-lo. 79496936652

Um detalhe a ser notado é que, para o adquirente se responsabilizar


pelo fundo de comércio ou estabelecimento adquirido, deve continuar
a exploração da respectiva atividade. Por outro lado, a responsabilidade
do alienante continua ainda que venha a iniciar atividade distinta
dentro dos próximos seis meses.

Importa-nos destacar que a responsabilidade do adquirente, neste


caso, abrange não só os tributos, mas também as multas moratórias
ou punitivas, conforme a já citada Súmula 554 do STJ, que também é
aplicável ao art. 133, do CTN.

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Além disso, com o advento da LC 118/2005, ocorreram importantes


alterações no art. 133 do CTN, acrescentando 3 parágrafos a ele. Como tais
alterações envolvem o processo de recuperação judicial e de falência, é
muito importante que você entenda a relação desses conceitos com o assunto
que estamos estudando.

Na sistemática da recuperação judicial (antiga concordata), o objetivo é


fazer com que a empresa supere a crise econômico-financeira pela qual está
passando. Para que isso ocorra, pode ser necessário alienar um dos
estabelecimentos da empresa.

Da mesma forma que na recuperação judicial, em que está presente o


princípio da preservação da empresa, na falência pode haver alienação dos
estabelecimentos.

Em ambos os casos, o alienante está repleto de dívidas tributárias.


Aplicando-se a regra da responsabilidade por sucessão, o adquirente seria
responsável por tais dívidas.

A LC 118/05 alterou justamente esse ponto, ou seja, criou uma


hipótese de exclusão da responsabilidade do adquirente dos fundos de
comércio e dos estabelecimentos.

Art. 133 – (...):

§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de


alienação judicial:

I – em processo de falência;

II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de


recuperação judicial.

A princípio poderíamos pensar que foi aberta a possibilidade de os sócios


da sociedade falida ou em recuperação judicial utilizarem terceiros para
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adquirir os estabelecimentos livres do ônus tributário. Contudo, de modo a


prevenir que tal exceção seja utilizada com fins fraudulentos, o legislador
estabeleceu no § 2º o seguinte:

Art. 133 – (...):

§ 2o Não se aplica o disposto no § 1º (que estabelece a exclusão da


responsabilidade) deste artigo quando o adquirente for:

I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade


controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial;

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II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau,


consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial
ou de qualquer de seus sócios; ou

III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação


judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.

O objetivo de tais restrições é evitar fraude contra o


benefício estabelecido no CTN.

Por último, a LC 118/05 acrescentou o § 3º ao art. 133, asseverando que


o dinheiro arrecadado com a alienação de empresa, filial ou unidade produtiva
isolada permanecerá à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 ano, só
podendo ser utilizado para pagar dívidas contraídas ao longo da falência
(créditos extraconcursais), ou para pagar créditos que, na falência,
possuem privilégio em relação ao crédito tributário.

Não se preocupe, amigo(a) concurseiro(a) com tais conceitos, pois tudo


isso será muito bem detalhado em momento oportuno. Não vamos complicar
nosso curso sem necessidade. Tudo deve fluir naturalmente!

Questão 19 – ESAF/AFRFB/2009

De acordo com o Código Tributário Nacional, a pessoa que alienar sua


empresa, o fundo de comércio ou apenas um estabelecimento da empresa, e o
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adquirente continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou diversa razão


social ou sob firma ou nome individual, a este último recai a responsabilidade
pelos tributos do primeiro devidos até a data da alienação e que incidam sobre
quaisquer daquelas universalidades de coisas.

Comentário: De acordo com o art. 133, do CTN, o adquirente que continuar a


respectiva exploração da atividade econômica responde pelos tributos relativos
ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data da alienação. A
questão não afirmou se a responsabilidade será integral ou subsidiária, apenas
assegurou que haverá responsabilidade do adquirente. Questão correta.

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Questão 20 – ESAF/AFRFB/2009

O espólio, até a data da abertura da sucessão, e o sucessor, até a data da


partilha, no que se refere aos tributos devidos pelo de cujus, podem ser
considerados, respectivamente, responsável tributário e contribuinte.

Comentário: Em ambos os casos, estamos tratando de responsáveis, e não


contribuintes. Na dúvida, olhe a nossa linha do tempo, no que diz respeito aos
responsáveis. Questão errada.

Questão 21 – ESAF/ATRFB/2012 - Adaptada

É correto dizer, em relação à recuperação judicial, que a alienação de unidade


produtiva isolada acarreta para o adquirente a responsabilidade pelos tributos,
relativos ao fundo adquirido, quando o adquirente for sócio da transmitente.

Comentário: De acordo com o §1º, II e §2º, I, do art. 133, do CTN, quando o


adquirente for sócio da transmitente (sociedade em recuperação judicial),
haverá responsabilidade pelos tributos, relativos ao fundo adquirido. Questão
correta.

Questão 22 – ESAF/ATRFB/2012 - Adaptada

É correto dizer, em relação à recuperação judicial, que a alienação judicial de


filial acarreta para o adquirente a responsabilidade pelos tributos, relativos ao
fundo ou estabelecimento adquirido.

Comentário: Em regra, a alienação judicial de filial não acarreta para o


adquirente a responsabilidade pelos tributos, apenas se houver alguma das
relações previstas no § 2º, do art. 133, do CTN, entre o adquirente e a
transmitente. Questão errada.
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Questão 23 – FGV/AFRE-RJ/2010

Com relação ao adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento


comercial, analise as afirmativas a seguir.
I. Terá responsabilidade integral se o alienante cessar a exploração da
atividade.
II. Terá responsabilidade subsidiária se o alienante iniciar, em até seis meses,
nova atividade em outro ramo de comércio.
III. Será responsável no caso de aquisição de filial mediante alienação judicial
em processo de falência.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.

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c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.


d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentário:

Item I: De acordo com o art. 133, I, do CTN, se o alienante cessar a


exploração do comércio, indústria ou atividade, a responsabilidade do
adquirente é integral. Item correto.

Item II: Conforme prevê o art. 133, II, do CTN, se o alienante prosseguir na
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova
atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão, a
responsabilidade do adquirente é subsidiária. Item correto.

Item III: Como regra, o adquirente de filial mediante alienação judicial em


processo de falência não é responsável tributário, como dispõe o art. 133, §
1º, I, do CTN. Só haverá responsabilidade tributária se o adquirente tiver
alguma das relações com o devedor falido, citadas no § 2º, do mesmo artigo.
Item errado.

Gabarito: Letra C

Questão 24 – FGV/AFRE-RJ/2008

Extinta a pessoa jurídica de direito privado, continuando a respectiva atividade


a ser exercitada por sócio remanescente, sob uma outra razão social, é correto
afirmar que a sociedade constituída pelo sócio remanescente é responsável
pelos tributos devidos pela sociedade extinta, independentemente de sua razão
social.
Comentário: A responsabilidade por sucessão também é extensiva aos casos
de extinção das pessoas jurídicas de direito privado, nos termos do par. único
do art. 132, do CTN. Desse modo, para a responsabilidade tributária ficar
caracterizada, é necessário que a atividade seja continuada por qualquer sócio
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remanescente ou seu espólio, podendo a atividade ser explorada sob a


mesma ou outra razão social. Questão correta.

Questão 25 – ESAF/AFTN-Natal/2008

No caso de arrematação de bem móvel em hasta pública pelo credor, o


arrematante adquire o bem livre de quaisquer ônus, não se investindo na
figura de responsável pelo pagamento de tributos cujos fatos geradores
tenham ocorrido até a data da aquisição.

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Comentário: O erro foi dizer “bem móvel”, quando, na realidade, seria “bem
imóvel”. Tome muito cuidado com essa típica pegadinha de prova. Questão
errada.

Questão 26 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

O cônjuge meeiro é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de


cujus até a data da adjudicação ou da partilha, limitada a responsabilidade ao
montante do quinhão, legado ou meação.

Comentário: A assertiva foi literalmente copiada do art. 131, II, do CTN.


Lembre-se de que o cônjuge meeiro também é sucessor tributário. Questão
correta.

Questão 27 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

O remitente responde pessoalmente pelos tributos relativos aos bens remidos.

Comentário: Conforme previsto no art. 131, I, do CTN, o remitente é


pessoalmente responsável pelos tributos relativos aos bens remidos. Questão
correta.

Questão 28 – CESPE/AGU/2012

O adquirente de um fundo de comércio é subsidiariamente responsável,


juntamente com o alienante que continue a exercer a atividade comercial em
outro estado, pelos tributos devidos até a data da venda desse fundo.

Comentário: Quando o alienante continua exercendo atividade comercial,


ainda que em outro estado, o adquirente responde subsidiariamente. Questão
correta.
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Questão 29 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011

Considere que Ômega tenha adquirido, a título oneroso, estabelecimento


empresarial de Delta Auto Peças Ltda. e, após três meses, Delta tenha iniciado
nova atividade empresarial, na área de venda de medicamentos. Nesse caso,
Ômega será subsidiariamente responsável pelos débitos tributários devidos por
Delta até a data da alienação.

Comentário: Como a empresa alienante (Delta) iniciou nova atividade, ainda


que em outro ramo, dentro do prazo de seis meses contados da data da
alienação, a empresa adquirente apenas responde subsidiariamente. Questão
correta.

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Questão 30 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

Com o falecimento do sujeito passivo tributário, haverá necessária


substituição, sendo o espólio pessoalmente responsável pelos tributos devidos
pelo de cujus até a abertura da sucessão.

Comentário: Na dúvida, retorne à nossa linha do tempo, e veja que, em


relação aos tributos devidos pelo de cujus até a abertura da sucessão, o
espólio é “pessoalmente” responsável. Questão correta.

Observação: O fato de a questão citar que houve substituição do sujeito


passivo não se confunde com responsabilidade por substituição. Na verdade,
houve a transferência da responsabilidade, em decorrência de um evento
posterior, o que fez com que houvesse a substituição do sujeito passivo.

Questão 31 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

A responsabilidade dos devedores sucessores atinge os créditos ainda não


constituídos, mas que correspondam a fatos geradores ocorridos antes da
realização dos atos ou fatos determinados da sucessão, pois, nesse caso, o
lançamento já se realizou.

Comentário: Se o crédito não foi constituído, não houve lançamento, que é


justamente o procedimento que constitui o crédito tributário. Questão errada.

Questão 32 – CESPE/PROCURADOR-BACEN/2009

João adquiriu de Júlio um imóvel por meio de simples escritura pública de


compra e venda, na qual não havia referência a qualquer quitação de IPTU e
de contribuição de melhoria. Contudo, não havia crédito constituído na época
da lavratura daquele instrumento. Nessa situação, considerando que havia
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créditos dos dois tributos em fase de constituição quando da compra, é correto


afirmar que a responsabilidade pelo pagamento
a) do IPTU será de João e da contribuição de melhoria, de Júlio.
b) do IPTU será de João e a contribuição de melhoria será 50% para cada um.
c) do IPTU será de Júlio e da contribuição de melhoria, de João.
d) dos dois tributos será de Júlio.
e) dos dois tributos será de João.

Comentário: Vamos analisar a situação. Quando se adquire bem imóvel, a


regra é o adquirente responder pelos créditos tributários constituídos ou em
curso de constituição. Ou seja, o adquirente é responsável pelos fatos
geradores ocorridos até a data do ato que demarcou a sucessão (transferência

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da propriedade). Somente se livra da responsabilidade se constar a prova de


quitação dos tributos devidos.

Como não houve nenhuma comprovação, a responsabilidade pelos dois


tributos fica a cargo de João, o adquirente. Portanto, a resposta correta é a
Letra E.

Questão 33 – CESPE/JUIZ FEDERAL-1ª REGIÃO/2009

A respeito da responsabilidade tributária, julgue o item a seguir. Considere que


João tenha adquirido um galpão onde funcionou, por quinze anos, um mini-
mercado, que recém encerrou suas atividades, e tenha instalado ali nova
empresa com o mesmo ramo de atividade. Nessa situação, João sucedeu a
antiga empresa, respondendo pelos tributos relativos ao fundo de comércio do
estabelecimento anterior.

Comentário: Não houve sucessão empresarial. João adquiriu um imóvel onde


havia funcionado outra empresa. Veja que não houve aquisição de fundo de
comércio nem de estabelecimento empresarial.

Se a questão dissesse que havia dívidas tributárias relativas ao imóvel em si, e


que não foi comprovado o pagamento dos tributos, aí sim haveria
responsabilidade do adquirente. Questão errada.

Questão 34 – CESPE/JUIZ FEDERAL-1ª REGIÃO/2009-Adaptada

A responsabilidade tributária é pessoal ou solidária, inexistindo


responsabilidade subsidiária para pagamento de tributo.

Comentário: A questão é genérica, afirmando que não há responsabilidade


subsidiária para pagamento de tributo. Lembre-se de que há a possibilidade de
o adquirente de fundo de comércio responder subsidiariamente pelos tributos
devidos até a data do ato, quando o alienante continuar a exploração de79496936652

atividade comercial ou industrial. Questão errada.

Questão 35 – CESPE/JUIZ FEDERAL-1ª REGIÃO/2009

A responsabilidade do espólio não alcança as multas devidas pelo de cujus,


inclusive a moratória.

Comentário: De acordo com o entendimento firmado no âmbito do STJ, o


espólio assume a responsabilidade pelos tributos devidos bem como pelas
multas moratórias. Questão errada.

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79496936652 - Lara Ester Campos


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Questão 36 – FCC/Promotor-PE/2002

A responsabilidade por transferência pode dar-se também por subsidiariedade.

Comentário: A responsabilidade por sucessão não deixa de ser uma forma de


responsabilidade por transferência. Na venda de fundo de comércio ou
estabelecimento empresarial, há responsabilidade subsidiária do adquirente,
quando o alienante continua a exploração de atividade comercial ou industrial.
Questão correta.

Questão 37 – ESAF/PFN/2003

O espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo ‘de cujus’ até
a data da abertura da sucessão, ainda que os correspondentes créditos
tributários da Fazenda Pública estejam em curso de constituição àquela data e
se refiram a fatos geradores de obrigação tributária do ‘de cujus’, ocorridos
nos últimos cinco anos anteriores à abertura da sucessão.

Comentário: O espólio assume a responsabilidade pelos fatos geradores


ocorridos até a data da abertura da sucessão, respeitado o prazo decadencial
de cinco anos. Questão correta.

Questão 38 – FGV/Agente Tributário-MS/2006

O indivíduo que adquirir imóvel sobre o qual existem dívidas tributárias


anteriores ao negócio jurídico é responsável somente se assim dispuser o
contrato de compra e venda.

Comentário: As convenções particulares não se opõem à Fazenda Pública


para modificar a definição legal do sujeito passivo da obrigação tributária,
conforme prevê o art. 123 do CTN. O adquirente será responsável se não for
comprovado o pagamento dos tributos no momento da transferência. Questão
errada.
79496936652

Questão 39 – ESAF/AFRF/2005

A lei tributária pode atribuir responsabilidade solidária a diversas pessoas,


cabível a invocação, por elas, do benefício de ordem, não do benefício de
divisão.

Comentário: De acordo com o art. 124, II, do CTN, a lei pode atribuir
responsabilidade solidária a outras pessoas, não havendo, no entanto,
invocação do benefício de ordem. Questão errada.

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Questão 40 – ESAF/AFTM-Recife/2003

Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a


propriedade ou a posse de bens móveis e imóveis subrogam-se nas pessoas
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação.

Comentário: Tudo o que foi afirmado na questão somente se aplica aos bens
imóveis (CTN, art. 130, caput). No que se refere aos bens móveis, o
adquirente é pessoalmente responsável, sem exceção. Questão errada.

Questão 41 – ESAF/PFN/2003

O adquirente responde solidariamente com o alienante pelos créditos


tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela
prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria,
salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

Comentário: No que se refere à aquisição de bens imóveis, não há


responsabilidade solidária. Se constar na escritura a certidão negativa, que
comprova o pagamento dos tributos, o adquirente não fica responsável pelos
tributos. Por outro lado, caso não seja tomada tal precaução, tornar-se-á
responsável pelos tributos relativos ao imóvel. Questão errada.

Questão 42 – ESAF/TCE-PR/2003

Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a


propriedade, o domínio útil ou a posse de bens móveis e imóveis, e bem assim
os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a
contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. 79496936652

Comentário: A assertiva cobra a literalidade do caput do art. 130, do CTN.


Contudo, o examinador foi maldoso e inclui a palavra “móveis”, quando, na
realidade, o dispositivo se refere apenas aos bens imóveis. Portanto, a questão
está errada.

Questão 43 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

O espólio é responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até o dia


imediatamente anterior ao falecimento.

Comentário: O espólio é responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até


a data da abertura da sucessão, que coincide com a morte. Questão errada.

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Questão 44 – FCC/Procurador-SP/2002

O espólio é responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da


abertura do inventário ou arrolamento.

Comentário: O espólio é responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até


a data da abertura da sucessão. Questão errada.

Questão 45 – FCC/Procurador Judicial-Recife-PE/2008

Após a partilha amigável em arrolamento de bens judicial pela morte de seu


pai, que se deu em 2007, Tício e Mévio recebem agora notificação para
pagamento de Imposto de Renda ano-base 2003, por ele devido quando ainda
estava vivo. Esta exigência fiscal está correta, porque os sucessores são
responsáveis pelos tributos devidos, cujos fatos geradores ocorreram até a
data da partilha, até o limite dos quinhões recebidos, desde que não tenha se
operado a decadência ou prescrição.

Comentário: Desde que não tenha ocorrido a decadência ou prescrição, que


são causas extintivas do crédito tributário, os sucessores são responsáveis até
o limite dos quinhões recebidos. A decadência e a prescrição serão estudadas
em momento oportuno. Não se preocupe. Questão correta.

Questão 46 – FGV/Agente Tributário-MS/2006

A responsabilidade tributária da pessoa jurídica de direito privado que resultar


da fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra, em relação aos
tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado
fusionadas, transformadas ou incorporadas, é exclusiva.

Comentário: Como a empresa resultante da operação societária (sucessora)


fica responsável por todas as dívidas tributárias da sucedida, pode-se dizer que
se trata de responsabilidade exclusiva. Questão correta.
79496936652

Questão 47 – FGV/AFRE-RJ/2006

Em se tratando de sucessão de uma pessoa jurídica por outra, relativamente a


tributos devidos por aquela, pode-se afirmar que no caso de aquisição de
estabelecimento comercial, com continuidade da respectiva exploração, o
adquirente responde pelos tributos devidos.

Comentário: O adquirente sempre responde, nesse caso, pelos tributos


devidos. Contudo, se a responsabilidade será integral ou subsidiária, vai
depender de o alienante continuar ou não a exploração de atividade comercial
ou industrial. Questão correta.

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Questão 48 – FCC/AFR-SP/2009

Considere a seguinte situação: diretores de uma empresa, que está sendo


adquirida por outra, pactuaram com a adquirente que suportarão o pagamento
do ICMS devido até a data do ato de aquisição. Neste caso, a Fazenda poderá
cobrar o ICMS da empresa adquirente, uma vez que as convenções
particulares não podem ser opostas à Fazenda Pública.

Comentário: De fato, conforme previsto no art. 123 do CTN, as convenções


particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não
podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do
sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Questão correta.

Questão 49 – ESAF/PGFN/2007

Não haverá responsabilidade por sucessão, a alienação em processo de


falência, a um concorrente do devedor que não tenha relação com ele nem
com sócio seu.

Comentário: Quando o fundo de comércio ou estabelecimento de uma


empresa em processo de falência é alienado a um concorrente, que não tenha
qualquer vínculo com o devedor, ocorre a exclusão da responsabilidade por
sucessão. Questão correta.

Questão 50 – ESAF/Advogado-IRB/2006

Em processo de falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou


unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do
juízo falimentar pelo prazo de um ano, contado da data de alienação, somente
podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de
créditos que preferem ao tributário.

Comentário: Trata-se da literalidade do § 3º, do art. 133, do CTN. Questão


79496936652

correta.

Questão 51 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

Em processo de falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou


unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do
juízo falimentar pelo prazo de um ano, contado da data de alienação, somente
podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de
créditos que preferem ao tributário.

Comentário: A questão já era fácil (literal), e a banca ainda repete um ano


depois. Só nos resta memorizar, não é mesmo? Questão correta.

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Questão 52 – FGV/Fiscal de Rendas-MS/2006

Em se tratando de sucessão de uma pessoa jurídica por outra, relativamente a


tributos devidos por aquela, pode-se afirmar que no caso de aquisição de
fundo de comércio, com continuidade da exploração, o adquirente responde
apenas pelos impostos, afastando a exigência das multas.

Comentário: Vimos que a responsabilidade do adquirente não se restringe aos


impostos, mas alcança os tributos e multas relativos ao fundo de comércio ou
estabelecimento. Questão errada

Questão 53 – CESPE/Procurador Federal/2007-Adaptada

A BM Confecções Ltda. adquiriu o estabelecimento empresarial da Divina


Vestuário Feminino Ltda., continuando a exploração da atividade deste
estabelecimento, sob outra razão social: a BM Confecções Ltda. A adquirente
responderá integralmente pelos tributos devidos pela Divina Vestuário
Feminino Ltda. até a data do ato de aquisição do estabelecimento empresarial,
se a alienante cessar a exploração da atividade.

Comentário: Como o alienante cessou a exploração, o adquirente responde


integralmente pelos tributos. Questão correta.

Questão 54 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que implicará sempre, para o
adquirente, responsabilidade integral.

Comentário: Nem sempre a responsabilidade será integral. Tudo dependerá


de o alienante prosseguir ou não com a exploração de atividade comercial ou
industrial. Questão errada.
79496936652

Questão 55 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que não haverá responsabilidade
do adquirente na hipótese de se tratar de alienação judicial de filial ou unidade
produtiva isolada em processo de recuperação judicial.

Comentário: Como regra, o adquirente de filial mediante alienação judicial em


processo de falência não é responsável tributário, como dispõe o art. 133, §
1º, I, do CTN. Questão correta.

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Questão 56 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que a extensão da
responsabilidade do adquirente não se altera em função do fato de o alienante
(do estabelecimento) cessar a exploração de comércio, indústria ou atividade.

Comentário: A grosso modo, a responsabilidade do adquirente é integral, se o


alienante cessar a exploração empresarial, ou subsidiária, se o alienante
continuar a exploração ou iniciar nova atividade empresarial dentro dos
próximos seis meses. Portanto, a extensão da responsabilidade se altera.
Questão errada.

3.3 – Responsabilidade de Terceiros

Diferentemente do que vimos nos tópicos anteriores, em que há


sucessão patrimonial e consequente responsabilidade, o que vamos estudar
aqui é a responsabilização de pessoas (denominadas “terceiros”), que possuem
o dever de administrar os bens de terceiros, de representá-los.

Caso tais pessoas se omitam do seu dever, ainda que não atuem
contrariamente à lei, devem ser responsabilizadas, já que a elas foi confiada a
gestão patrimonial.

Nesse rumo, a responsabilidade de terceiros foi dividida no CTN em duas


partes: o art. 134 trata da responsabilização por atuação regular, e o art.
135 se refere à responsabilidade de terceiros que agiram de forma
irregular, infringindo a lei, por exemplo.

Vamos estudá-los separadamente a partir deste momento.

3.3.1 – Responsabilidade de terceiros com atuação regular


79496936652

Vamos começar o estudo desse tipo de responsabilidade, analisando o


caput do art. 134:

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do


cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem
ou pelas omissões de que forem responsáveis:

(...)

De início, cumpre ressaltar uma imprecisão terminológica do CTN. A Lei


diz que, não sendo possível exigir o cumprimento da obrigação principal do
contribuinte, o terceiro passa a ser responsável “solidário” com aquele.

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Nós estudamos que a solidariedade não comporta benefício de ordem,


podendo ser exigida de um ou de outro. No caso, o comando é claro que a
exigência deve ser feita ao contribuinte e, não sendo possível adimplir a
obrigação, cobra-se do responsável.

Embora o CTN tenha sido impreciso na terminologia utilizada, devemos


guardar que a responsabilidade é solidária, mas que deve seguir a
ordem estipulada no caput. Esse conselho deve ser seguido, pois é
assim que as bancas costumam cobrar.

A ESAF e o CESPE já deixaram claro esse entendimento,


qual seja o de seguir a literalidade do CTN.

O que fazer na prova da FCC? Siga a literalidade, salvo


se a questão trouxer uma espécie de crítica à imprecisão
do CTN, como fizemos.

Observe que a responsabilidade é considerada por transferência, pois,


ao ocorrer o fato gerador, o contribuinte é o sujeito passivo da obrigação. Em
caso de impossibilidade do cumprimento pelo sujeito passivo direto,
transfere-se a responsabilidade ao terceiro.

Repare que no final do caput do art. 134, uma informação adicional


também nos foi dada: o terceiro deve intervir no ato que culminou no
inadimplemento da obrigação ou se omitir de um dever que lhe cabe.
Ou seja, a atuação do terceiro possui relação com o nascimento da obrigação
tributária, e se o contribuinte não pagar, o terceiro se torna responsável.

Logo, podemos esquematizar os dois requisitos para que a dívida venha


a ser exigida do responsável:

Impossibilidade de exigir a dívida do


Responsabilidade contribuinte
“Solidária” de Terceiros com 79496936652

Atuação REGULAR (art. 134)


Colaborou, de algum modo, com o não
pagamento do tributo

Deve ficar claro o que foi estabelecido no par. único do artigo em análise,
pois os responsáveis somente assumem o tributo devido e as multas de
caráter moratória, isto é, por mero atraso de pagamento. Logo, em relação
às multas decorrentes de atos ilícitos, a responsabilidade é pessoal do
infrator, como veremos ainda nesta aula.

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As multas por descumprimento de obrigações


acessórias (que, como vimos, “converte-se” em
obrigação principal) não são transferidas nesse tipo
de responsabilidade.

Nesse momento, você de estar se perguntando: quem são esses


terceiros responsáveis? Nos incisos do art. 134, o legislador elenca os terceiros
que podem ser tornar responsáveis em relação à obrigação tributária. São
eles:

I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados


ou curatelados;

III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos


por estes;

IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida


ou pelo concordatário;

VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos


tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em
razão do seu ofício;

VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

Observação: Lembre-se de que os menores, tutelados e curatelas, embora


sejam incapazes, possuem capacidade tributária passiva, em decorrência
do disposto no art. 126 do CTN.
79496936652

Em todos os casos, observe que o responsável exerce uma função de


representação do contribuinte.

Os pais, os tutores e os curadores, por exemplo, representam aqueles


que são incapazes para praticar os atos da vida civil (filhos menores, tutelados
e curatelados).

O inventariante, por seu turno, exerce a função de gerir o patrimônio do


espólio, podendo, por isso mesmo, se tornar responsável quando colaborar
para o inadimplemento da obrigação tributária principal (tributos ou multas
moratórias).

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No que se refere aos síndicos e comissários, na legislação falimentar


atual, são denominados Administrador Judicial. Na falência, o administrador
assume a administração dos bens da massa. Na recuperação judicial, o
administrador judicial atua como auxiliar.

Os tabeliães, também conhecidos por notários, podem ficar


responsáveis, por exemplo, quando não exigirem (omissão) a comprovação de
quitação dos tributos relativos a determinado imóvel, no momento da
transferência de sua propriedade.

Por fim, quando o CTN se referiu aos sócios de sociedade de pessoas,


quis se referir àquelas sociedades em que a responsabilidade dos sócios é
ilimitada em relação à sociedade, ou seja, respondem pelas dívidas das
sociedades com o próprio patrimônio.

3.3.2 – Responsabilidade de terceiros com atuação irregular

Acabamos de estudar a responsabilidade “solidária” (que, na verdade, é


subsidiária) dos terceiros que atuam ou se omitem , acarretando o não
pagamento dos tributos devidos. Não houve, portanto, qualquer infração
dolosa à lei ou excesso de poderes, por exemplo.

A partir desse momento, veremos a responsabilidade pelos terceiros que


agem com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

Dessa forma, o art. 135 do CTN estabelece o seguinte:

Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos


correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos:

I - as pessoas referidas no artigo anterior (art. 134, estudado no


tópico anterior);
79496936652

II - os mandatários, prepostos e empregados;

III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas


de direito privado.

Repare que as pessoas mencionadas nos incisos II e III


desse artigo não foram previstas na responsabilidade
“solidária” do art. 134. Isso cai em prova. Cuidado!

Vamos imaginar que o diretor de uma empresa, embora não tenha


poderes para adquirir imóveis sem anuência dos sócios da pessoa jurídica,

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compra uma fazenda a fim de que os funcionários da organização tenham um


local para o lazer.

Como houve excesso de poder por parte do diretor, ele será


pessoalmente responsável pela obrigação tributária relativa ao ITBI,
por conta da transmissão onerosa de bens imóveis.

Veja que a obrigação já nasce tendo como sujeito passivo o diretor, ou


seja, o responsável fica obrigado desde o momento da ocorrência do fato
gerador. O que isso nos lembra? Responsabilidade por substituição.

Esse raciocínio já foi utilizado pela FCC, que afirmou se


tratar de responsabilidade por substituição.

De acordo com a jurisprudência do STJ, a dissolução irregular de


sociedade também é caracterizada como infração à lei:

Súmula STJ 435 - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que


deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos
competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o
sócio-gerente.

Nesse caso, se a empresa encerrou suas atividades irregularmente, é


possível ao Fisco redirecionar a execução ao sócio, a quem cabe provar
o contrário. A fim de reforçar o nosso entendimento acerca da dissolução
irregular, que é um tema bastante relevante nos tribunais, julgo interessante
lermos um precedente da Súmula 435, que se resume no seguinte trecho da
ementa:

Ementa: Tributário. Não-localização da empresa. Dissolução irregular. 79496936652

Responsabilidade do gestor. art. 135, III, do CTN.


1. Hipótese em que o Tribunal a quo decidiu pela responsabilidade dos
sócios-gerentes, reconhecendo existirem indícios concretos de
dissolução irregular da sociedade por "impossibilidade de se localizar a
sede da empresa, estabelecimento encontrado fechado e desativado, etc.".
(...)
3. O sócio-gerente que deixa de manter atualizados os registros empresariais
e comerciais, em especial quanto à localização da empresa e à sua
dissolução, viola a lei (arts. 1.150 e 1.151, do CC, e arts. 1º, 2º, e 32, da Lei
8.934/1994, entre outros). A não-localização da empresa, em tais
hipóteses, gera legítima presunção iuris tantum de dissolução
irregular e, portanto, responsabilidade do gestor, nos termos do art.
135, III, do CTN, ressalvado o direito de contradita em Embargos à

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Execução.
4. Embargos de Divergência providos.

(STJ, Primeira Seção, Rel. Min. Herman Benjamin, Julgamento em


12/09/2007)

Dando continuidade ao nosso estudo, por outro lado, o mero


inadimplemento da obrigação tributária principal, ou seja, o não pagamento do
tributo, caso não haja dolo ou fraude, não caracteriza infração legal, de modo
que a mora é da empresa, e o gestor não passa a ser pessoalmente
responsabilizado:

Súmula STJ 430 - O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade


não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.

Ambas as súmulas citam o sócio-gerente. A propósito, nós vimos quem


são os terceiros responsáveis do art. 134, mas ainda não comentamos quem
pode ser pessoalmente responsabilizado nos termos do art. 135.

Saiba que todas as figuras citadas no art. 134 podem sofrer a


responsabilização, caso ajam com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos. Além disso, também podem ser responsabilizados
os mandatários, prepostos e empregados, bem com os diretores (citado
no nosso exemplo), gerentes ou representantes de pessoas jurídicas
de direito privado.

Os mandatários podem vir em provas como


“procuradores”!

Em relação aos sócios de uma empresa, é importante ter em mente que


79496936652

são as atividades desenvolvidas na gestão da empresa que podem acarretar


responsabilização pessoal, e não o fato de ser sócio. Por conseguinte, o sócio-
gerente pode ser responsabilizado, ao passo que o sócio-quotista não
pode.

Tal responsabilização, no entanto, não exclui a responsabilidade da


pessoa jurídica, contribuinte do tributo resultante dos atos praticados
pelos gestores, já que para isso haveria de ter previsão expressa no CTN.
Assim, embora a responsabilidade dos sócios seja pessoal, a pessoa jurídica
também é responsável. Parte da doutrina defende, ainda, que a
responsabilidade é solidária entre ambos, por haver interesse comum na
situação que ensejou a ocorrência do fato gerador (CTN, art. 124, I).

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A pessoa jurídica não tem sua responsabilidade excluída,


por conta da responsabilidade pessoal dos gestores.

Obs.: Parte da doutrina entende haver


responsabilidade solidária entre ambos.

Destaque-se que a responsabilidade pessoal prevista no art. 135, objeto


de nosso estudo, abrange os tributos, os juros e as multas, sejam elas de
caráter moratório ou punitivo, o que não ocorre nas hipóteses do art. 134,
conforme estabelece o seu par. único.

Observação: As multas punitivas também podem ser denominadas multas


de ofício, multas formais, multas fiscais ou até mesmo multas
pessoais.

Em tempo, cumpre-nos ressaltar que, se o sócio-gerente tiver se


retirado da sociedade antes da ocorrência do fato gerador que deu
origem à obrigação, fica excluído de qualquer responsabilidade. Assim
entende o STJ (REsp 276.779/SP).

Questão 57 – ESAF/AFRFB/2012

Sobre o instituto da responsabilidade no Código Tributário Nacional, assinale a


opção incorreta.
a) A obrigação do terceiro, de responder por dívida originariamente do
contribuinte, jamais decorre direta e automaticamente da pura e simples79496936652

ocorrência do fato gerador do tributo.


b) Exige-se que o responsável guarde relação com o contribuinte ou com o fato
gerador, ou seja, que tenha possibilidade de influir para o bom pagamento do
tributo.
c) Pode ser um sucessor ou um terceiro e responder solidária ou
subsidiariamente, ou ainda por substituição.
d) Contribuinte e responsável são sujeitos passivos da mesma relação jurídica,
cujo objeto, pagar o tributo, coincide.
e) O vínculo que obriga o responsável ao pagamento do tributo surge de lei
específica.

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Comentário: Como se trata de questão que exige amplo conhecimento de


todo o tema “responsabilidade tributária”, entendi que seria melhor deixá-la
para este momento. Vamos lá!

Alternativa A: Se a dúvida é originariamente do contribuinte, a


responsabilidade de terceiro ocorre mediante “transferência”. Essa
transferência se dá apenas diante de um evento posterior à ocorrência do fato
gerador. É o caso, por exemplo, de impossibilidade do cumprimento pelo
contribuinte, nos termos do art. 134, em que a obrigação é transferida a
terceiro. Item correto.

Alternativa B: Consta expressamente no art. 128 do CTN que a lei pode


atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação.

Veja que o examinador disse ainda que deve haver relação entre o responsável
e o contribuinte, mas o CTN não disse isso expressamente. Ocorre que, se o
responsável deve ter vínculo com o fato gerador, certamente o terá com
aquele que possui relação pessoal e direta com este, ou seja, com o
contribuinte. Item correto.

Alternativa C: O responsável, deveras, pode ser um sucessor ou um terceiro,


e, como aprendemos, pode responder solidária ou subsidiariamente, ou
mesmo por substituição, a depender do que for definido pelo legislador. Item
correto.

Alternativa D: Não está correta, como é o caso da responsabilidade por


substituição, em que o contribuinte é substituído por alguém que antecipa o
pagamento ou recolhe o valor a posteriori. Ademais, nem sempre a relação
jurídica diz respeito a tributo, podendo ser também relativa à penalidade
pecuniária. Item errado.

Alternativa E: Retomando novamente os ditames do art. 128 do CTN, é a lei


pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a
79496936652

terceira pessoa. Portanto, o item está correto.

Gabarito: Letra D

Questão 58 – FCC/AFR-SP/2009-Adaptada

Todos os sócios são responsáveis por obrigações tributárias resultantes de atos


praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato ou estatuto
social de empresa, independentemente da qualidade de representante legal.

Comentário: Na verdade, a responsabilidade pelos atos praticados com


excesso de poderes ou infração de lei, contrato ou estatuto social de empresa

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não se ocorre pelo fato de ser sócio, mas pelo fato de gerir a empresa. Sendo
assim, nem todos os sócios são responsabilizados. Questão errada.

Questão 59 – ESAF/AFRF/2005

Inadimplemento de obrigações tributárias caracteriza infração legal que


justifique redirecionamento da responsabilidade para o sócio-gerente da
empresa.

Comentário: O mero inadimplemento de obrigações tributárias não gera, por


si só, a responsabilização do sócio-gerente da empresa, conforme a Súmula
430 do STJ. Questão errada.

Questão 60 – FCC/Promotor-MPE-PE/2002

A prática de ato com excesso de poderes ou infração de lei também resulta em


responsabilidade por substituição.

Comentário: A responsabilidade pela prática de atos com excesso de poderes


ou infração de lei, contrato ou estatuto social de empresa ocorre no momento
da ocorrência do fato gerador. Sendo assim, trata-se de responsabilidade por
substituição. Questão correta.

Questão 61 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

Os mandatários, prepostos e empregados são solidariamente responsáveis


pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos
praticados com excesso de poderes.

Comentário: A responsabilidade, nesse caso, não é solidária, mas pessoal, o


que torna a questão errada.
79496936652

Questão 62 – ESAF/AFRF/2005

O sócio cotista pode ser responsabilizado com base na regra de solidariedade


do CTN, sem que tenha participado da gerência.

Comentário: Vimos que o sócio cotista não pode ser responsabilizado, por não
participar da gestão da empresa. Questão errada.

Questão 63 – ESAF/AFTM-Recife/2003

Na impossibilidade de a Fazenda Pública exigir da massa falida o cumprimento


de obrigações tributárias, o síndico responde solidariamente com a massa, nos

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atos em que ele intervier ou pelas omissões de que for responsável, pelos
tributos e correspondentes multas moratórias e punitivas, devidos pela massa
falida.

Comentário: A questão trata da responsabilidade “solidária”, prevista no art.


134 do CTN. Tudo está correto, com a exceção de que o par. único do referido
artigo estabelece que a responsabilidade só se aplica, em matéria de
penalidade, às de caráter moratório, não havendo, portanto, responsabilidade
em relação às multas punitivas. Portanto, a questão está errada.

Questão 64 – ESAF/AFTE-RN/2005

Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da obrigação


principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em
que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, os tutores e
curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados.

Comentário: A questão trata da responsabilidade “solidária”, prevista no art.


134 do CTN. Na essência, a responsabilidade é subsidiária, ou seja, a
obrigação tributária só pode ser exigida do responsável se não for cumprida
pelo contribuinte. Questão errada.

Questão 65 – ESAF/AFTM-Recife/2003

Os empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes


a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes
ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

Comentário: Consoante o disposto no art. 135, II, do CTN, os empregados


são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações
tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração
de lei, contrato social ou estatutos. Questão correta.
79496936652

Questão 66 – ESAF/AFTN/1998

No caso de menor que possua bens próprios, respondem solidariamente com


este nos atos praticados por terceiros os pais ou tutores respectivos.

Comentário: Os pais somente respondem solidariamente com este nos atos


em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis. Além disso,
a exigência somente se faz aos pais se não for cumprida pelos menores.
Questão errada.

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Questão 67 – ESAF/AFTN/1998

Pela multa tributária resultante de atos praticados com excesso de poderes


pelo mandatário, em benefício do mandante, responde perante o fisco,
pessoalmente, o procurador.

Comentário: O procurador, ou mandatário, responde pela multa resultante de


atos praticados com excesso de poderes, seja ela de caráter moratório ou
punitivo. Questão correta.

Questão 68 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade gera, de forma


automática, a responsabilidade solidária do sóciogerente.

Comentário: O entendimento do STJ, expresso na Súmula 430, é o de que o


inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a
responsabilidade solidária do sócio-gerente. A questão, portanto, está errada.

Questão 69 – CESPE/PROMOTOR-MP-RR/2011-Adaptada

Determinado consumidor, ávido por conseguir abatimento no preço de


determinado produto, adquiriu a mercadoria de estabelecimento comercial,
aceitando nota fiscal emitida, por um dos sócios da sociedade comercial, no
valor da metade da venda efetivamente realizada, o que reduziu os tributos
incidentes sobre a operação comercial e possibilitou a concessão do desconto.
Com base na situação hipotética acima apresentada, julgue a assertiva a
seguir. Além de responder pessoalmente pela dívida da sociedade, o sócio que
realizou a venda subfaturada responderá pela prática de crime contra a ordem
tributária.

Comentário: Com base no art. 137, I, do CTN, o agente (o sócio) responderá


pessoalmente pela infração praticada, sem excluir a responsabilidade na esfera
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penal. Questão correta.

Questão 70 – CESPE/DPDF/2013

A responsabilidade dos pais pelos tributos devidos pelos filhos é, de acordo


com o CTN, solidária e pessoal.

Comentário: A responsabilidade dos pais pelos tributos devidos pelos filhos é


solidária, e não pessoal. Questão errada.

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Questão 71 – CESPE/AGU/2012

A responsabilidade tributária de terceiros é solidária.

Comentário: Embora o art. 134 estipule regras de responsabilidade solidárias


de terceiros, devemos lembrar que nem todas responsabilidades a cargo de
terceiros são solidárias, como é o caso do art. 135 do CTN (responsabilização
por praticar atos com excesso de poderes. Questão errada.

Questão 72 – CESPE/PROCURADOR FEDERAL/2010

O sócio administrador de sociedade limitada em débito com a fazenda pública


federal, referente ao pagamento do IRPJ, é pessoal e solidariamente
responsável pelos referidos débitos, quando contraídos durante a sua
administração.

Comentário: O entendimento do STJ, expresso na Súmula 430, é o de que o


inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a
responsabilidade solidária do sócio-gerente. A questão, portanto, está errada.

4 - RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES

O CTN trata das responsabilidades por infrações nos arts. 136 e 137.

Normalmente, quando uma pessoa pratica infrações tributárias, fica


sujeita às penalidades pecuniárias. Ser punido com multas é o mais
corriqueiro. Contudo, há que se destacar que, no âmbito da legislação dos
tributos incidentes sobre o comércio exterior, há infrações puníveis com
penas de perdimento de mercadorias ou veículos, e até outras que não
possuem conteúdo pecuniário.
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Nessa esteira, é importante entender que aquele que pratica infrações,


possui relação pessoal e direta com o fato, o que o tornaria impreciso dizer
que é “responsável”. Contudo, é assim que o CTN estabelece, e é o que
vamos levar para a nossa prova, não é mesmo?

Pode-se dizer também que, como a pessoa é responsável pela infração


desde o momento de sua prática, é uma forma de responsabilidade por
substituição.

Pois bem, vamos ver então o que o CTN diz acerca dessa
“responsabilidade”:

Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por


infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou

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do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos


do ato.

Pode-se inferir do dispositivo que a responsabilidade por infrações


tributárias é, via de regra, objetiva, ou seja, não se leva em consideração
as características pessoais (subjetivas) do infrator e os efeitos que o ato pode
causar. Tudo isso, salvo disposição de lei em contrário, havendo, portanto,
exceções, se forem previstas em leis.

Observação: O entendimento desse assunto tornar-se-á mais compreensível


quando estudarmos a distinção entre Direito Tributário Penal e Direito Penal
Tributário.

Deve ficar muito claro que não estamos tratando de tributo, mas de
infrações e penalidades. Aí vai um exemplo para ficar claro: o cidadão que
recolhe imposto de renda durante o ano em conformidade com a legislação
que rege tal imposto, mas que não presta a declaração ao Fisco na data
correta, está sujeito à penalidade pela infração à legislação tributária.

Nunca é tarde para se lembrar de que a lei mais benéfica sobre


penalidades é aplicada retroativamente, desde que o ato não esteja
definitivamente julgado (art. 106, II, do CTN).

Além disso, a lei tributária que define infrações ou lhe comina


penalidades deve ser interpretada em benefício do infrator (acusado), quando
houver dúvida sobre (art. 112, do CTN):

•! a capitulação legal do fato;


•! a natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou
extensão dos seus efeitos;
•! a autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
•! a natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação

79496936652

De qualquer modo, deve sempre ser conferido ao


acusado o direito de defesa.

4.1 – A responsabilidade pessoal do agente

Em matéria tributária, a responsabilidade pelas infrações cabe a quem


praticou o ato ilícito. Logo, se foi a pessoa jurídica, ela será responsabilizada,
ainda que, na prática, seja uma pessoa natural que atue em nome da
empresa. A punição é aplicada ao sujeito passivo da obrigação
tributária principal ou acessória, que não foi cumprida. Essa é a regra!

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O art. 137 do CTN traz justamente a exceção à referida regra. São


situações em que a responsabilidade é pessoal do agente quanto à
punição, permanecendo a pessoa jurídica na condição de sujeito passivo do
tributo.

As três hipóteses de responsabilização pessoal do agente são as


seguintes:

Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:

I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou


contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de
administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;

II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do


agente seja elementar;

III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de


dolo específico:

a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem


respondem;

b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus


mandantes, preponentes ou empregadores;

c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas


de direito privado, contra estas.

A primeira se refere às infrações que foram definidas na lei penal como


crimes ou contravenções. As penas previstas para os crimes e contravenções
penais aplicam-se às pessoas naturais. O CTN, seguindo essa lógica,
também estabeleceu que a responsabilidade caberá ao agente.
79496936652

Destaque-se que há duas exceções, que acabam por afastar o


agente da responsabilidade pelas infrações à legislação tributária: se
forem praticadas no exercício regular da administração ou se for por
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito.

A segunda hipótese se refere à infração em que o agente possui dolo


específico, ou seja, age com uma finalidade específica. O dolo específico é
um elemento subjetivo que, como regra, não está presente nas infrações à
legislação tributária, já que estas têm natureza objetiva (CTN, art. 136).

No entanto, lembre-se de que há possibilidade de as infrações à


legislação tributária serem subjetivas (o art. 136 prevê a exceção). Portanto,
sempre quando o elemento subjetivo (dolo específico) estiver presente na

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legislação que preveja a infração, dizemos que o dolo específico é


elementar, e a responsabilidade será pessoal ao agente.

Por último, a terceira hipótese se faz presente quando a infração


decorra de dolo específico do representante contra seu representado.
Portanto, se o tutor age com a finalidade especial de lesar o tutelado, aquele
responde, ainda que este seja o sujeito passivo direto da obrigação.

Do mesmo modo, se o diretor comete uma infração à legislação


tributária com o fim específico de prejudicar a empresa na qual trabalha,
responderá pessoalmente pela infração.

Observação: As pessoas referidas no art. 137 são as mesmas que foram


previstas no art. 135.

4.2 – Denúncia Espontânea

A denúncia espontânea é o instituto criado pelo CTN para que o


contribuinte se redima das infrações tributárias, confessando os ilícitos. Como
consequência, a responsabilidade pela multa é afastada. Na verdade, conforme
entendimento do STJ (REsp 774.058/PR), a denúncia espontânea afasta
tanto as multas moratórias como as punitivas.

Denúncia espontânea = afastamento de todas as


multas (moratórias e punitivas)

Há que se ressaltar que, para configurar a espontaneidade, o sujeito


passivo deve se antecipar ao fisco, ou seja, a denúncia espontânea deve
ser feita antes de qualquer procedimento fiscalizatório. 79496936652

Obviamente, o infrator não é obrigado a “adivinhar” quando a sua


espontaneidade fica afastada, sendo necessário que a administração
tributária comunique o sujeito passivo formalmente.

Com o início da fiscalização sobre certo contribuinte, lavra-se o Termo


de Início de Fiscalização (CTN, art. 196), com data e hora, ficando claro a
partir de que momento a espontaneidade fica excluída.

Observação: A denúncia espontânea deve ser feita antes do início de


qualquer procedimento fiscalizatório. Portanto, é errado afirmar que basta
que seja formulada antes da notificação de lançamento, tendo em vista que
este é o resultado final da fiscalização, e não o seu início.

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Outro ponto digno de nota é que, com o início do procedimento de


fiscalização, o sujeito passivo somente perde o direito à denúncia
espontânea em relação ao tributo objeto de apuração bem como aos
períodos aos quais se refere. Logo, se o objeto da fiscalização é o IPI
relativo ao ano de 2010, o sujeito passivo pode utilizar da denúncia
espontânea em relação ao IPI relativo ao ano de 2011, ou mesmo em relação
a outros tributos.

Destaque-se que o art. 138 assevera que a denúncia espontânea deve


ser feita acompanhada do pagamento do tributo e dos juros de mora. Caso o
valor do tributo dependa de apuração, cabe ao sujeito passivo
depositar o valor arbitrado pela autoridade administrativa, como
condição de ser beneficiado pela denúncia espontânea.

Com base nisso, a ESAF já apontou como ERRADO dizer


que é APENAS com o pagamento do tributo devido e dos
juros de mora que a responsabilidade se exclui pela
denúncia espontânea.

Nessa linha, o STJ (REsp 426.964/SC) já decidiu que o parcelamento


não equivale ao pagamento do tributo, não sendo suficiente para
configurar a denúncia espontânea.

Vamos nos atentar, ainda, para o entendimento do STJ, segundo o qual


as disposições do CTN sobre a denúncia espontânea não se aplicam ao
cumprimento das obrigações acessórias. Faz todo o sentido, já que se isso
fosse permitido, a regra seria descumprir o prazo de entrega de declarações,
por exemplo, fazendo a denúncia poucos dias depois. Ou seja, a regra se
tornaria o descumprimento dos prazos.

4.2.1 - Aplicabilidade da Denúncia Espontânea aos Tributos Lançados


por Homologação, por Declaração e de Ofício
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A denúncia espontânea é majoritariamente aplicável aos tributos


lançados por homologação, tendo em vista a obrigação, neste caso, do
sujeito passivo em declarar e pagar o tributo antecipadamente, sem
prévio exame da autoridade administrativa. Logo, a denúncia espontânea
pode ser apresentada quando não houve previamente a declaração por
parte do sujeito passivo.

Por outro lado, o benefício da denúncia espontânea não se aplica


aos tributos sujeitos a lançamento por homologação, quando, embora
declarados, sejam pagos a destempo:

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Súmula STJ 360 - O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos


tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados,
mas pagos a destempo.

Ora, se fosse possível a denúncia espontânea nesses casos, o sujeito


passivo declararia o débito regularmente (após a ocorrência do fato gerador),
sendo que esta declaração por si só já configuraria espontaneidade.
Assim, ele ficaria livre para recolher o tributo algum tempo depois, sem arcar
com a multa moratória (por atraso de pagamento). Muito injusto com quem
paga tempestivamente seus tributos, não é mesmo?

Em relação aos tributos sujeitos a lançamento por declaração, vislumbra-


se a possibilidade de utilização da denúncia espontânea em duas situações
distintas: quando o fato gerador não tenha sido declarado pelo
contribuinte ou quando após declaração, o contribuinte proceda à sua
retificação, antes da atuação do Fisco. Neste último caso, percebe-se que
houve omissão parcial do montante a pagar.

Por último, deve ser demonstrada a incompatibilidade da denúncia


espontânea com os tributos lançados de ofício. Neste caso, o sujeito
passivo não participa do lançamento tributário. Não são necessárias
informações prestadas pelo sujeito passivo para providenciar a constituição do
crédito tributário, nem mesmo a antecipação do pagamento do tributo.
Portanto, qualquer infração relativas a esses tributos (lançados de ofício),
sempre ocorrerá após o lançamento.

4.3 – Direito Tributário Penal e Direito Penal Tributário

Antes de finalizarmos o estudo da responsabilidade por infrações, você,


meu aluno, minha aluna, não pode ficar sem saber a distinção entre os
conceitos de Direito Tributário Penal e Direito Penal Tributário.

Primeiramente, cumpre-nos salientar que o Direito Tributário Penal está


relacionado às infrações administrativas, passíveis de punição por penalidades
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pecuniárias (multas), as quais não deixam de ser obrigações tributárias,


conforme preceitua o § 1°, do art. 113, do CTN, cuja redação é a seguinte:

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem


por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e
extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

Diferentemente do que foi acima exposto, o Direito Penal Tributário


constitui instituto do Direito Penal, disciplinando crimes contra a ordem
tributária.

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A distinção relevante entre o Direito Tributário Penal e o Direito Penal


Tributário é que, como já foi estudado por nós, naquele a responsabilidade
do agente é objetiva, e neste, subjetiva.

Explique-se melhor: no Direito Tributário, se a infração foi cometida,


haverá a respectiva responsabilização, independentemente da intenção do
agente, conforme prevê o art. 136 do CTN. Por outro lado, no Direito Penal,
vigora o princípio da responsabilidade penal subjetiva, tomando relevância a
intenção do agente. É por esse motivo que a doutrina incansavelmente discute
os elementos dolo e culpa, quando da prática de determinado delito.

Diferentemente do que ocorre no Direito Penal, a


responsabilidade pelas infrações à legislação tributária
independe do elemento volitivo.

Questão 73 – FGV/AFRE-RJ/2010

A denúncia espontânea, formulada antes da notificação do lançamento ao


sujeito passivo, exclui a responsabilidade por infrações à legislação tributária,
desde que acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora
ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa.
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Comentário: A denúncia espontânea deve ser formulada antes do início de


qualquer procedimento fiscalizatório, e não antes da notificação de
lançamento, sendo este a última etapa do procedimento. Questão errada.

Questão 74 – FGV/AFRE-RJ/2009

Somente antes do início de qualquer procedimento de fiscalização é possível ao


contribuinte se socorrer do benefício da denúncia espontânea, afastando-se a
responsabilidade por infrações à legislação tributária, desde que haja o
pagamento integral do tributo devido acrescido dos juros de mora.

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Comentário: Conforme prevê o art. 138 do CTN, a responsabilidade é


excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso,
do pagamento do tributo devido e dos juros de mora. Contudo, a denúncia
espontânea só pode ser promovida antes do início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração (CTN,
art. 138, par. único). Questão correta.

Questão 75 – FGV/AFRE-RJ/2008

Com relação à imposição de penalidade, é correto afirmar que é excluída pela


denúncia espontânea de infração, mesmo que o contribuinte deixe de recolher
o tributo devido ou o faça sem os devidos acréscimos moratórios.

Comentário: A denúncia espontânea da infração deve ser acompanhada, se


for o caso, do pagamento do tributo e dos respectivos juros de mora, como
prevê o art. 138 do CTN. Portanto, a questão está errada.

Questão 76 – FCC/Procurador-SP/2009

A norma contida no art. 138 do CTN, que trata da denúncia espontânea da


infração, não autoriza o contribuinte do ICMS, que declarou o imposto e não o
recolheu tempestivamente, efetuar, após a data do vencimento, o pagamento
do tributo, acrescido de juros de mora, mas sem a multa moratória.

Comentário: De acordo com a Súmula 360 do STJ, o benefício da denúncia


espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação
regularmente declarados, mas pagos a destempo. Como o ICMS é um tributo
lançado por homologação, não se aplica a denúncia espontânea a esse caso.
Questão correta.

Questão 77 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012

Aplica-se o benefício da denúncia espontânea aos tributos sujeitos a


79496936652

lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a


destempo.

Comentário: A Súmula 360 do STJ estabelece que o benefício da denúncia


espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação
regularmente declarados, mas pagos a destempo. Questão errada.

Questão 78 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011

A responsabilidade do agente por infrações é excluída pela denúncia


espontânea, que deve ser apresentada antes da propositura da ação penal, em
relação às conceituadas por lei como crimes.

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Comentário: Na realidade, a denúncia espontânea deve ser apresentada


antes do início de qualquer procedimento fiscal. Questão errada.

Questão 79 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

A responsabilidade por infrações da legislação tributária somente é excluída


pela denúncia espontânea da infração quando acompanhada do pagamento do
tributo devido e dos juros de mora.

Comentário: A questão afirmou que “somente” quando for feito o pagamento


do tributo devido e dos juros de mora é que será excluída a responsabilidade
pelas infrações. Na verdade, quando o tributo dependa de apuração, se o
contribuinte depositar a importância arbitrada pela autoridade administrativa,
também é capaz de excluir a responsabilidade.. Questão errada.

Questão 80 – ESAF/AFTN/1998

Segundo o Código Tributário Nacional, a denúncia espontânea da infração,


acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, afasta a
responsabilidade pela multa.
Comentário: Se houver a denúncia espontânea da infração, acompanhada do
pagamento do tributo devido e dos juros de mora, a responsabilidade pela
infração é excluída. Questão correta.

Amigo(a), por hoje é só!

Até a próxima aula.

Um abraço e bons estudos!


79496936652

Prof. Fábio Dutra


Email: fabiodutra@estrategiaconcursos.com.br
Facebook: http://www.facebook.com/ProfFabioDutra

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6 – LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

Questão 01 – ESAF/AFRFB/2009

Sabendo-se que a fonte pagadora é responsável pela retenção do imposto de


renda, não pode ser imputada ao contribuinte a obrigação pelo pagamento do
tributo, caso o imposto não tenha sido recolhido.

Questão 02 – FGV/AFRE-RJ/2009

O contrato firmado com o alienante, pelo qual este assume a responsabilidade


pelos débitos gerados durante sua gestão, poderá ser oposto, pelo adquirente,
ao Fisco.

Questão 03 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

É possível que sujeito passivo de obrigação principal figure como responsável,


ainda que a obrigação não decorra de disposição expressa em lei.

Questão 04 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

De acordo com a sistemática do CTN, a lei pode atribuir expressamente a


responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, ainda que não
vinculada ao fato gerador da obrigação.

Questão 05 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

De acordo com o estabelecido no CTN, obrigação e responsabilidade tributária


são equivalentes, não se podendo atribuir responsabilidade tributária a terceira
pessoa que não o contribuinte. 79496936652

Questão 06 – FCC/AUDITOR-TCE-AL/2008

‘Contribuinte’ é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que
constitui fato gerador.

Questão 07 – FCC/AFR-SP/2009

A respeito da sujeição passiva da obrigação tributária principal, é possível


afirmar que o contribuinte é sujeito passivo indireto e o responsável tributário
é sujeito passivo direto.

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Questão 08 – ESAF/PFN/1998

Segundo decorre do CTN, a lei não pode atribuir de modo implícito a


responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, nem a quem seja
desvinculado do fato gerador da respectiva obrigação.

Questão 09 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário


a terceira pessoa, vinculada ou não ao fato gerador da respectiva obrigação,
desde que se exclua totalmente a responsabilidade do contribuinte.

Questão 10 – ESAF/AFRF/2005

A lei tributária pode atribuir responsabilidade solidária a terceira pessoa,


vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação.

Questão 11 – ESAF/AFRFB/2009

O transportador, ao firmar termo de responsabilidade por determinada


mercadoria, pode ser considerado, por ato da autoridade administrativa,
responsável pelo pagamento do ICMS.

Questão 12 – ESAF/AFRFB/2009

Na substituição tributária progressiva, o dever de pagar o tributo recai sobre o


contribuinte que ocupa posição posterior na cadeia produtiva.

Questão 13 – FGV/SEAD-AP-Fiscal/2010

O parágrafo 7º do artigo 150 da Constituição Federal, ao prever que "a lei


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poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de


responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição
da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido", acabou
instituindo o que a doutrina denomina "substituição tributária para frente".

Em relação a esse instituto, examine as afirmativas a seguir.

I. Denomina-se substituto tributário aquele sujeito em nome de quem é feito o


recolhimento antecipado e que deverá promover a operação futura.
II. Em que pese o fato de a substituição tributária para frente viabilizar a
tributação antes mesmo da ocorrência do fato gerador, razão pela qual sofreu

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severas críticas doutrinárias, o Supremo Tribunal Federal declarou a


constitucionalidade dessa sistemática de instituição e cobrança de tributos.
III. De acordo com a jurisprudência pacífica do STF, caso o evento futuro não
ocorra, ou ocorra com base de cálculo menor do que aquela sobre a qual foi
feita a antecipação do recolhimento, é necessária a imediata e preferencial
restituição do excesso recolhido.
Assinale:

a) se somente as afirmativas I e II forem verdadeiras.


b) se todas as afirmativas forem verdadeiras.
c) se somente as afirmativas I e III forem verdadeiras.
d) se somente a afirmativa III for verdadeira.
e) se somente a afirmativa II for verdadeira.

Questão 14 – ESAF/AFRFB/2009

Na substituição tributária para frente não há recolhimento de imposto ou


contribuição antes da ocorrência do fato gerador, mas apenas a antecipação de
seu pagamento por responsável definido por lei.

Questão 15 – CESPE/SECONT-AUDITOR-ES/2009

O instituto jurídico tributário que atribui a responsabilidade pelo pagamento do


tributo a terceira pessoa que, desde o nascimento da obrigação tributária, já
tem com ela o dever de recolhê-lo chama-se de substituição tributária.

Questão 16 – FGV/AFRE-RJ/2009

Com relação ao instituto da substituição tributária, aplicado ao ICMS, é


possível afirmar que se trata de um mecanismo legal pelo qual a
responsabilidade pelo pagamento do imposto pode ser atribuída a sujeito
passivo outro que não o contribuinte, destinatário constitucional do tributo.
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Questão 17 – ESAF/PFN/2004

Instituto que atende ao princípio da praticabilidade da tributação, a


substituição tributária pode ser: regressiva, ou para trás, tendo por efeito o
diferimento do tributo; e progressiva, ou para frente, pressupondo a
antecipação do fato gerador, calculando-se o tributo devido de acordo com
uma base de cálculo estimada.

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Questão 18 – ESAF/SEFAZ-MG/2005

"A lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigação tributária a condição de


responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata restituição da quantia
paga, caso não se realize o fato gerador presumido" - art. 150, § 7º da
CRFB/88. O dispositivo referido veicula o instituto da substituição tributária
para frente.

Questão 19 – ESAF/AFRFB/2009

De acordo com o Código Tributário Nacional, a pessoa que alienar sua


empresa, o fundo de comércio ou apenas um estabelecimento da empresa, e o
adquirente continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou diversa razão
social ou sob firma ou nome individual, a este último recai a responsabilidade
pelos tributos do primeiro devidos até a data da alienação e que incidam sobre
quaisquer daquelas universalidades de coisas.

Questão 20 – ESAF/AFRFB/2009

O espólio, até a data da abertura da sucessão, e o sucessor, até a data da


partilha, no que se refere aos tributos devidos pelo de cujus, podem ser
considerados, respectivamente, responsável tributário e contribuinte.

Comentário: Em ambos os casos, estamos tratando de responsáveis, e não


contribuintes. Na dúvida, olhe a nossa linha do tempo, no que diz respeito aos
responsáveis. Questão errada.

Questão 21 – ESAF/ATRFB/2012 - Adaptada

É correto dizer, em relação à recuperação judicial, que a alienação de unidade


produtiva isolada acarreta para o adquirente a responsabilidade pelos tributos,
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relativos ao fundo adquirido, quando o adquirente for sócio da transmitente.

Questão 22 – ESAF/ATRFB/2012 - Adaptada

É correto dizer, em relação à recuperação judicial, que a alienação judicial de


filial acarreta para o adquirente a responsabilidade pelos tributos, relativos ao
fundo ou estabelecimento adquirido.

Questão 23 – FGV/AFRE-RJ/2010

Com relação ao adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento


comercial, analise as afirmativas a seguir.

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I. Terá responsabilidade integral se o alienante cessar a exploração da


atividade.
II. Terá responsabilidade subsidiária se o alienante iniciar, em até seis meses,
nova atividade em outro ramo de comércio.
III. Será responsável no caso de aquisição de filial mediante alienação judicial
em processo de falência.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Questão 24 – FGV/AFRE-RJ/2008

Extinta a pessoa jurídica de direito privado, continuando a respectiva atividade


a ser exercitada por sócio remanescente, sob uma outra razão social, é correto
afirmar que a sociedade constituída pelo sócio remanescente é responsável
pelos tributos devidos pela sociedade extinta, independentemente de sua razão
social.
Questão 25 – ESAF/AFTN-Natal/2008

No caso de arrematação de bem móvel em hasta pública pelo credor, o


arrematante adquire o bem livre de quaisquer ônus, não se investindo na
figura de responsável pelo pagamento de tributos cujos fatos geradores
tenham ocorrido até a data da aquisição.

Questão 26 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

O cônjuge meeiro é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de


cujus até a data da adjudicação ou da partilha, limitada a responsabilidade ao
montante do quinhão, legado ou meação.
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Questão 27 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

O remitente responde pessoalmente pelos tributos relativos aos bens remidos.

Questão 28 – CESPE/AGU/2012

O adquirente de um fundo de comércio é subsidiariamente responsável,


juntamente com o alienante que continue a exercer a atividade comercial em
outro estado, pelos tributos devidos até a data da venda desse fundo.

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Questão 29 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011

Considere que Ômega tenha adquirido, a título oneroso, estabelecimento


empresarial de Delta Auto Peças Ltda. e, após três meses, Delta tenha iniciado
nova atividade empresarial, na área de venda de medicamentos. Nesse caso,
Ômega será subsidiariamente responsável pelos débitos tributários devidos por
Delta até a data da alienação.

Questão 30 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

Com o falecimento do sujeito passivo tributário, haverá necessária


substituição, sendo o espólio pessoalmente responsável pelos tributos devidos
pelo de cujus até a abertura da sucessão.

Questão 31 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

A responsabilidade dos devedores sucessores atinge os créditos ainda não


constituídos, mas que correspondam a fatos geradores ocorridos antes da
realização dos atos ou fatos determinados da sucessão, pois, nesse caso, o
lançamento já se realizou.

Questão 32 – CESPE/PROCURADOR-BACEN/2009

João adquiriu de Júlio um imóvel por meio de simples escritura pública de


compra e venda, na qual não havia referência a qualquer quitação de IPTU e
de contribuição de melhoria. Contudo, não havia crédito constituído na época
da lavratura daquele instrumento. Nessa situação, considerando que havia
créditos dos dois tributos em fase de constituição quando da compra, é correto
afirmar que a responsabilidade pelo pagamento
a) do IPTU será de João e da contribuição de melhoria, de Júlio.
b) do IPTU será de João e a contribuição de melhoria será 50% para cada um.
c) do IPTU será de Júlio e da contribuição de melhoria, de João. 79496936652

d) dos dois tributos será de Júlio.


e) dos dois tributos será de João.

Questão 33 – CESPE/JUIZ FEDERAL-1ª REGIÃO/2009

A respeito da responsabilidade tributária, julgue o item a seguir. Considere que


João tenha adquirido um galpão onde funcionou, por quinze anos, um mini-
mercado, que recém encerrou suas atividades, e tenha instalado ali nova
empresa com o mesmo ramo de atividade. Nessa situação, João sucedeu a
antiga empresa, respondendo pelos tributos relativos ao fundo de comércio do
estabelecimento anterior.

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Questão 34 – CESPE/JUIZ FEDERAL-1ª REGIÃO/2009-Adaptada

A responsabilidade tributária é pessoal ou solidária, inexistindo


responsabilidade subsidiária para pagamento de tributo.

Questão 35 – CESPE/JUIZ FEDERAL-1ª REGIÃO/2009

A responsabilidade do espólio não alcança as multas devidas pelo de cujus,


inclusive a moratória.

Questão 36 – FCC/Promotor-PE/2002

A responsabilidade por transferência pode dar-se também por subsidiariedade.

Questão 37 – ESAF/PFN/2003

O espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo ‘de cujus’ até
a data da abertura da sucessão, ainda que os correspondentes créditos
tributários da Fazenda Pública estejam em curso de constituição àquela data e
se refiram a fatos geradores de obrigação tributária do ‘de cujus’, ocorridos
nos últimos cinco anos anteriores à abertura da sucessão.

Questão 38 – FGV/Agente Tributário-MS/2006

O indivíduo que adquirir imóvel sobre o qual existem dívidas tributárias


anteriores ao negócio jurídico é responsável somente se assim dispuser o
contrato de compra e venda.

Questão 39 – ESAF/AFRF/2005

A lei tributária pode atribuir responsabilidade solidária a diversas pessoas,


79496936652

cabível a invocação, por elas, do benefício de ordem, não do benefício de


divisão.

Questão 40 – ESAF/AFTM-Recife/2003

Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a


propriedade ou a posse de bens móveis e imóveis subrogam-se nas pessoas
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação.

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Questão 41 – ESAF/PFN/2003

O adquirente responde solidariamente com o alienante pelos créditos


tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela
prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria,
salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

Questão 42 – ESAF/TCE-PR/2003

Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a


propriedade, o domínio útil ou a posse de bens móveis e imóveis, e bem assim
os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a
contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

Questão 43 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

O espólio é responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até o dia


imediatamente anterior ao falecimento.

Questão 44 – FCC/Procurador-SP/2002

O espólio é responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da


abertura do inventário ou arrolamento.

Comentário: O espólio é responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até


a data da abertura da sucessão. Questão errada.

Questão 45 – FCC/Procurador Judicial-Recife-PE/2008


79496936652

Após a partilha amigável em arrolamento de bens judicial pela morte de seu


pai, que se deu em 2007, Tício e Mévio recebem agora notificação para
pagamento de Imposto de Renda ano-base 2003, por ele devido quando ainda
estava vivo. Esta exigência fiscal está correta, porque os sucessores são
responsáveis pelos tributos devidos, cujos fatos geradores ocorreram até a
data da partilha, até o limite dos quinhões recebidos, desde que não tenha se
operado a decadência ou prescrição.

Questão 46 – FGV/Agente Tributário-MS/2006

A responsabilidade tributária da pessoa jurídica de direito privado que resultar


da fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra, em relação aos

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tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado
fusionadas, transformadas ou incorporadas, é exclusiva.

Questão 47 – FGV/AFRE-RJ/2006

Em se tratando de sucessão de uma pessoa jurídica por outra, relativamente a


tributos devidos por aquela, pode-se afirmar que no caso de aquisição de
estabelecimento comercial, com continuidade da respectiva exploração, o
adquirente responde pelos tributos devidos.

Questão 48 – FCC/AFR-SP/2009

Considere a seguinte situação: diretores de uma empresa, que está sendo


adquirida por outra, pactuaram com a adquirente que suportarão o pagamento
do ICMS devido até a data do ato de aquisição. Neste caso, a Fazenda poderá
cobrar o ICMS da empresa adquirente, uma vez que as convenções
particulares não podem ser opostas à Fazenda Pública.

Questão 49 – ESAF/PGFN/2007

Não haverá responsabilidade por sucessão, a alienação em processo de


falência, a um concorrente do devedor que não tenha relação com ele nem
com sócio seu.

Comentário: Quando o fundo de comércio ou estabelecimento de uma


empresa em processo de falência é alienado a um concorrente, que não tenha
qualquer vínculo com o devedor, ocorre a exclusão da responsabilidade por
sucessão. Questão correta.

Questão 50 – ESAF/Advogado-IRB/2006
79496936652

Em processo de falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou


unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do
juízo falimentar pelo prazo de um ano, contado da data de alienação, somente
podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de
créditos que preferem ao tributário.

Questão 51 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

Em processo de falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou


unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do
juízo falimentar pelo prazo de um ano, contado da data de alienação, somente

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podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de


créditos que preferem ao tributário.

Questão 52 – FGV/Fiscal de Rendas-MS/2006

Em se tratando de sucessão de uma pessoa jurídica por outra, relativamente a


tributos devidos por aquela, pode-se afirmar que no caso de aquisição de
fundo de comércio, com continuidade da exploração, o adquirente responde
apenas pelos impostos, afastando a exigência das multas.

Questão 53 – CESPE/Procurador Federal/2007-Adaptada

A BM Confecções Ltda. adquiriu o estabelecimento empresarial da Divina


Vestuário Feminino Ltda., continuando a exploração da atividade deste
estabelecimento, sob outra razão social: a BM Confecções Ltda. A adquirente
responderá integralmente pelos tributos devidos pela Divina Vestuário
Feminino Ltda. até a data do ato de aquisição do estabelecimento empresarial,
se a alienante cessar a exploração da atividade.

Questão 54 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que implicará sempre, para o
adquirente, responsabilidade integral.

Questão 55 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que não haverá responsabilidade
do adquirente na hipótese de se tratar de alienação judicial de filial ou unidade
79496936652

produtiva isolada em processo de recuperação judicial.

Questão 56 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que a extensão da
responsabilidade do adquirente não se altera em função do fato de o alienante
(do estabelecimento) cessar a exploração de comércio, indústria ou atividade.

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Questão 57 – ESAF/AFRFB/2012

Sobre o instituto da responsabilidade no Código Tributário Nacional, assinale a


opção incorreta.
a) A obrigação do terceiro, de responder por dívida originariamente do
contribuinte, jamais decorre direta e automaticamente da pura e simples
ocorrência do fato gerador do tributo.
b) Exige-se que o responsável guarde relação com o contribuinte ou com o fato
gerador, ou seja, que tenha possibilidade de influir para o bom pagamento do
tributo.
c) Pode ser um sucessor ou um terceiro e responder solidária ou
subsidiariamente, ou ainda por substituição.
d) Contribuinte e responsável são sujeitos passivos da mesma relação jurídica,
cujo objeto, pagar o tributo, coincide.
e) O vínculo que obriga o responsável ao pagamento do tributo surge de lei
específica.

Questão 58 – FCC/AFR-SP/2009-Adaptada

Todos os sócios são responsáveis por obrigações tributárias resultantes de atos


praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato ou estatuto
social de empresa, independentemente da qualidade de representante legal.

Questão 59 – ESAF/AFRF/2005

Inadimplemento de obrigações tributárias caracteriza infração legal que


justifique redirecionamento da responsabilidade para o sócio-gerente da
empresa.

Questão 60 – FCC/Promotor-MPE-PE/2002

A prática de ato com excesso de poderes ou infração de lei também resulta em


79496936652

responsabilidade por substituição.

Questão 61 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

Os mandatários, prepostos e empregados são solidariamente responsáveis


pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos
praticados com excesso de poderes.

Questão 62 – ESAF/AFRF/2005

O sócio cotista pode ser responsabilizado com base na regra de solidariedade


do CTN, sem que tenha participado da gerência.

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Questão 63 – ESAF/AFTM-Recife/2003

Na impossibilidade de a Fazenda Pública exigir da massa falida o cumprimento


de obrigações tributárias, o síndico responde solidariamente com a massa, nos
atos em que ele intervier ou pelas omissões de que for responsável, pelos
tributos e correspondentes multas moratórias e punitivas, devidos pela massa
falida.

Questão 64 – ESAF/AFTE-RN/2005

Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da obrigação


principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em
que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, os tutores e
curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados.

Questão 65 – ESAF/AFTM-Recife/2003

Os empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes


a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes
ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração


de lei, contrato social ou estatutos. Questão correta.

Questão 66 – ESAF/AFTN/1998

No caso de menor que possua bens próprios, respondem solidariamente com


este nos atos praticados por terceiros os pais ou tutores respectivos.

Questão 67 – ESAF/AFTN/1998
79496936652

Pela multa tributária resultante de atos praticados com excesso de poderes


pelo mandatário, em benefício do mandante, responde perante o fisco,
pessoalmente, o procurador.

Questão 68 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade gera, de forma


automática, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.

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Questão 69 – CESPE/PROMOTOR-MP-RR/2011-Adaptada

Determinado consumidor, ávido por conseguir abatimento no preço de


determinado produto, adquiriu a mercadoria de estabelecimento comercial,
aceitando nota fiscal emitida, por um dos sócios da sociedade comercial, no
valor da metade da venda efetivamente realizada, o que reduziu os tributos
incidentes sobre a operação comercial e possibilitou a concessão do desconto.
Com base na situação hipotética acima apresentada, julgue a assertiva a
seguir. Além de responder pessoalmente pela dívida da sociedade, o sócio que
realizou a venda subfaturada responderá pela prática de crime contra a ordem
tributária.

Questão 70 – CESPE/DPDF/2013

A responsabilidade dos pais pelos tributos devidos pelos filhos é, de acordo


com o CTN, solidária e pessoal.

Questão 71 – CESPE/AGU/2012

A responsabilidade tributária de terceiros é solidária.

Questão 72 – CESPE/PROCURADOR FEDERAL/2010

O sócio administrador de sociedade limitada em débito com a fazenda pública


federal, referente ao pagamento do IRPJ, é pessoal e solidariamente
responsável pelos referidos débitos, quando contraídos durante a sua
administração.

Questão 73 – FGV/AFRE-RJ/2010

A denúncia espontânea, formulada antes da notificação do lançamento ao 79496936652

sujeito passivo, exclui a responsabilidade por infrações à legislação tributária,


desde que acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora
ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa.

Questão 74 – FGV/AFRE-RJ/2009

Somente antes do início de qualquer procedimento de fiscalização é possível ao


contribuinte se socorrer do benefício da denúncia espontânea, afastando-se a
responsabilidade por infrações à legislação tributária, desde que haja o
pagamento integral do tributo devido acrescido dos juros de mora.

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Questão 75 – FGV/AFRE-RJ/2008

Com relação à imposição de penalidade, é correto afirmar que é excluída pela


denúncia espontânea de infração, mesmo que o contribuinte deixe de recolher
o tributo devido ou o faça sem os devidos acréscimos moratórios.

Questão 76 – FCC/Procurador-SP/2009

A norma contida no art. 138 do CTN, que trata da denúncia espontânea da


infração, não autoriza o contribuinte do ICMS, que declarou o imposto e não o
recolheu tempestivamente, efetuar, após a data do vencimento, o pagamento
do tributo, acrescido de juros de mora, mas sem a multa moratória.

Questão 77 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012

Aplica-se o benefício da denúncia espontânea aos tributos sujeitos a


lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a
destempo.

Questão 78 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011

A responsabilidade do agente por infrações é excluída pela denúncia


espontânea, que deve ser apresentada antes da propositura da ação penal, em
relação às conceituadas por lei como crimes.

Questão 79 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

A responsabilidade por infrações da legislação tributária somente é excluída


pela denúncia espontânea da infração quando acompanhada do pagamento do
tributo devido e dos juros de mora.
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Questão 80 – ESAF/AFTN/1998

Segundo o Código Tributário Nacional, a denúncia espontânea da infração,


acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, afasta a
responsabilidade pela multa.

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7 – GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1 ERRADA 28 CORRETA 55 CORRETA


2 ERRADA 29 CORRETA 56 ERRADA
3 ERRADA 30 CORRETA 57 LETRA D
4 ERRADA 31 ERRADA 58 ERRADA
5 ERRADA 32 LETRA E 59 ERRADA
6 CORRETA 33 ERRADA 60 CORRETA
7 ERRADA 34 ERRADA 61 ERRADA
8 CORRETA 35 ERRADA 62 ERRADA
9 ERRADA 36 CORRETA 63 ERRADA
10 CORRETA 37 CORRETA 64 ERRADA
11 ERRADA 38 ERRADA 65 CORRETA
12 ERRADA 39 ERRADA 66 ERRADA
13 LETRA E 40 ERRADA 67 CORRETA
14 CORRETA 41 ERRADA 68 ERRADA
15 CORRETA 42 ERRADA 69 CORRETA
16 CORRETA 43 ERRADA 70 ERRADA
17 CORRETA 44 ERRADA 71 ERRADA
18 CORRETA 45 CORRETA 72 ERRADA
19 CORRETA 46 CORRETA 73 ERRADA
20 ERRADA 47 CORRETA 74 CORRETA
21 CORRETA 48 CORRETA 75 ERRADA
22 ERRADA 49 CORRETA 76 CORRETA
23 LETRA C 50 CORRETA 77 ERRADA
24 CORRETA 51 CORRETA 78 ERRADA
25 ERRADA 52 ERRADA 79 ERRADA
26 CORRETA 53 79496936652

CORRETA 80 CORRETA
27 CORRETA 54 ERRADA - -

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